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trabalho de psicologia- visita ao francisca julia

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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
 7º SEMESTRE
ATIVIDADE PRATICA SUPERVISIONADA
2013
Trabalho da Disciplina de Psicopatologia Geral
Visita Hospital Francisca Júlia
Após um semestre de teoria a respeito de transtornos mentais, sintomas, estabelecendo parâmetros entre a “normalidade” e a loucura, realizar a visita ao Hospital Francisca Júlia e vivenciar de perto as condições de vidas de pessoas, que possuem uma história como qualquer outra, podendo ter uma família fora dali, que possuem ou um dia possuíram sonhos e projetos de vida, causam no mínimo um momento de reflexão.
Pudemos conhecer todas as alas do hospital que pertencem a área encaminhada pelo SUS, para pacientes psiquiátricos, e internação voluntaria, o caso dos pacientes dependentes químicos.
Observar as condições psíquicas que aquelas pessoas se encontram é algo que causou imenso desconforto interno.
Passar de uma ala para outra, sempre com portas e portões trancados lembrou algumas questões abordadas em sala de aula, quando questionados a respeito dos limites existentes entre a loucura e sanidade. Onde se encontra as “verdadeiras” grades? Embora estejam trancados como forma de segurança, durante o momento de surto em que tipo de amarras eles se encontram?
Alguns pacientes ao verem os alunos passando faziam questão de dirigir-se a esses e cumprimenta-los. Outros, quando percebiam tratar-se de alunos universitários chagavam a lamuriar-se.
Um momento que marcou bastante a maioria dos alunos foi o fato de um dos pacientes estar nu e correndo pela ala. O choque maior não é a questão de “estar nu”, mas saber em quais condições isso se dá.
Embora tudo muito organizado, não é um lugar acolhedor.
Após a visita pelas alas, foi possível conhecer a historia do Hospital, desde sua perspectiva e motivos de fundação até os dias de hoje, onde foram apresentados dados a respeito do numero de pacientes atendidos por ala, forma de chegada ao hospital, os projetos desenvolvidos e forma de trabalho no mesmo.
Realizando então um paralelo entre a experiência vivenciada e também a leitura anterior do livro “Encontro Marcado com a Loucura”, foi possível compreender a importância de viver e experimentar o contato com o outro inserido no contexto da internação, percebendo de fato, quem é o doente mental, além de diagnósticos, buscando então, respeitá-lo, ouvi-lo e acolhê-lo em seu sofrimento. 
Dessa forma, nos aproximaremos nos permitindo conhecer e pensar sobre esse, não somente de forma “romântica” e incondicional, mas de maneira a ajudar a tornar visível o seu próprio mundo e conflitos internos na busca de sentido, compreensão desse sofrimento e reintegração do ser como individuo no meio em que vive. 
Ao mesmo tempo em que esse debate, nos ajuda a formular questões teóricas relacionadas ao transtorno mental, faz nos suscitar questões sobre como é possível atender esse paciente, se nós mesmos temos nossas angústias em relação ao nosso desempenho e o que temos para oferecer. Então, muitas vezes pela ansiedade e medo são geradas as preconcepções sobre o assunto, dificultando o aprendizado e experiência por vontade de ter respostas prontas no trato com esses.
Assim como no livro buscou tentar desmitificar nossas ilusões, nossas preconcepções, e a ideia equivocada que temos em sociedade sobre a loucura, através da visita foi possível redescobrir e experenciar esse espaço e contato com o outro, a fim de conhecer, questionar, e praticar uma humanização em psicopatologia.
Falando também um pouco a respeito do filme “Bicho de Sete Cabeças” visto em sala de aula, foi possível verificar todas as questões referentes ao ambiente, instalações, condições que são proporcionadas aos pacientes.
Muito diferente das situações demonstradas no filme, as condições apresentadas hoje no hospital são realmente boas, tendo uma melhoria em relação a época em que o filme buscou retratar.
Além das condições básicas oferecidas de forma mais digna do que as vista no filme, o hospital ainda busca também reinserir os pacientes ao convívio social novamente, tendo o hospital como Missão: “Trabalhar o reequilíbrio emocional, a reabilitação psíquica e a reinserção social das pessoas.” e sendo assim, mantendo a projetos como as “casas de convivência terapêutica”, que nada mais são do que uma espécie de “republica” de ex pacientes do hospital passam a morar juntos, possuindo apoio de enfermeiras durante o dia, mas realizando atividades do cotidiano.
Bibliografia
COCIUFFO, T. Encontro marcado com a loucura: ensinando e aprendendo Psicopatologia. 2ª Edição. São Paulo: LUC, 2007. 102p.

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