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181024112017 OAB2FASE PECAS PROC AULA 05

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1. Histórico no Brasil 
 
“A Constituição é caracteristicamente o estatuto do homem. É sua marca de fábrica. O inimigo mortal do homem é 
a miséria. O estado de direito, consectário da igualdade, não pode conviver com estado de miséria. Mais miserável 
do que os miseráveis é a sociedade que não acaba com a miséria. 
 
Não lhe bastou, porém, defendê-lo contra os abusos originários do Estado e de outras procedências. Introduziu o 
homem no Estado, fazendo-o credor de direitos e serviços, cobráveis inclusive com o mandado de injunção...” 
Trecho Discurso Ulysses Guimarães – Promulgação da Constituição Federal de 1988, em 5 de outubro 
 
2. Conceito 
 
Alexandre de Moraes: O Mandado de Injunção consiste em uma ação constitucional de caráter civil, e de procedi-
mento especial, que visa suprir uma omissão do Poder Público, no intuito de viabilizar o exercício de um direito, 
uma liberdade ou uma prerrogativa previsto na Constituição Federal. 
 
José Afonso da Silva: “meio de invocar a atividade jurisdicional para buscar a aplicação concreta da norma consti-
tucional atribuidora de direitos à falta de regulamentação que lhe dê eficácia e aplicabilidade genérica”. 
 
 - Remédio Constitucional que visa defender “direitos fundamentais” dependentes de regulamentação. 
Segundo a doutrina majoritária, “direitos fundamentais” são os de primeira, segunda ou terceira dimensão. 
 
5. Modalidades 
 
a) Mandado de injunção individual – poderá ser impetrado por pessoa natural ou jurídica, nacional ou estrangeira, 
cujo direito esteja à míngua de uma norma que o regulamente. 
b) Mandado de injunção coletivo 
 
Art. 12. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido: 
 
I - pelo Ministério Público, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a defesa da ordem jurídica, 
do regime democrático ou dos interesses sociais ou individuais indisponíveis; 
II - por partido político com representação no Congresso Nacional, para assegurar o exercício de direitos, liberdades 
e prerrogativas de seus integrantes ou relacionados com a finalidade partidária; 
III - por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo 
menos 1 (um) ano, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas em favor da totalidade ou de 
parte de seus membros ou associados, na forma de seus estatutos e desde que pertinentes a suas finalidades, 
dispensada, para tanto, autorização especial; 
IV - pela Defensoria Pública, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a promoção dos direitos 
humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5o da 
Constituição Federal. 
 
Parágrafo único. Os direitos, as liberdades e as prerrogativas protegidos por mandado de injunção coletivo são os 
pertencentes, indistintamente, a uma coletividade indeterminada de pessoas ou determinada por grupo, classe ou 
categoria. 
 
SÚMULAS STF 
Súmula 629 
 
A IMPETRAÇÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO POR ENTIDADE DE CLASSE EM FAVOR DOS 
ASSOCIADOS INDEPENDE DA AUTORIZAÇÃO DESTES. 
 
Súmula 630 
 
A ENTIDADE DE CLASSE TEM LEGITIMAÇÃO PARA O MANDADO DE SEGURANÇA AINDA QUANDO A PRE-
TENSÃO VEICULADA INTERESSE APENAS A UMA PARTE DA RESPECTIVA CATEGORIA. 
 
 
 
 
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3 
6. Pressupostos do remédio 
 
Impossibilidade de exercício do direito fundamental previsto na Constituição 
+ 
Inexistência da “Lei” (lei ordinária, complementar...) 
 
"Os agravantes objetivam a regulamentação da atividade de jogos de bingo, mas não indicam o dispositivo consti-
tucional que expressamente enuncie esse suposto direito. Para o cabimento do mandado de injunção, é imprescin-
dível a existência de um direito previsto na Constituição que não esteja sendo exercido por ausência de norma 
regulamentadora. O mandado de injunção não é remédio destinado a fazer suprir lacuna ou ausência de regula-
mentação de direito previsto em norma infraconstitucional, e muito menos de legislação que se refere a eventuais 
prerrogativas a serem estabelecidas discricionariamente pela União. 
 
No presente caso, não existe norma constitucional que confira o direito que, segundo os impetrantes, estaria à 
espera de regulamentação. Como ressaltou o PGR, a União não está obrigada a legislar sobre a matéria, porque 
não existe, na CF, qualquer preceito consubstanciador de determinação constitucional para se que legisle, especi-
ficamente, sobre exploração de jogos de bingo." (MI 766-AgR, Rel. Min.Joaquim Barbosa, julgamento em 21-10-
2009, Plenário, DJE de 13-11-2009.) No mesmo sentido: MI 4.345-AgR, rel. min. Dias Toffoli, julgamento em 23-5-
2013, Plenário, DJE de 1º-8-2013; MI 765-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 30-11-2011, Plenário, DJE de 
1º-2-2012. 
 
"Mandado de injunção. Alegada omissão legislativa quanto à elaboração da lei complementar a que se refere o § 4º 
do art. 18 da CF, na redação dada pela EC 15/1996. Ilegitimidade ativa do Município impetrante. Inexistência de 
direito ou prerrogativa constitucional do Município cujo exercício esteja sendo obstaculizado pela ausência da lei 
complementar federal exigida pelo art. 18, § 4º, da Constituição. Mandado de injunção não conhecido." (MI 725, 
Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 10-5-2007, Plenário, DJ de 21-9-2007.) 
 
“Aposentadoria especial. Servidor público portador de necessidades especiais: art. 40, § 4º, I, da CR. Aplicação das 
regras da LC 142/2013, que dispõem sobre aposentadoria de pessoa com deficiência segurada do Regime Geral 
de Previdência Social (RGPS).” (MI 1.885-AgR, rel. min. Cármen Lúcia, julgamento em 22-5-2014, Plenário, DJE de 
13-6-2014.) 
 
DECISÃO RECENTE – INF. 789, STF 
 
O Plenário, em conclusão de julgamento e por maioria, denegou a ordem em mandado de injunção coletivo impe-
trado contra alegada omissão quanto à regulamentação do art. 40, § 4º, da CF, para fins de aposentadoria especial 
de ocupantes do cargo de oficial de justiça avaliador federal. 
 
O sindicato impetrante requeria, ainda, a aplicação analógica da disciplina prevista na LC 51/1985, no que regula-
menta a aposentadoria especial para servidor público policial — v. Informativos 594 e 764. A Corte afirmou que a 
eventual exposição a situações de risco — a que poderiam estar sujeitos os servidores ora substituídos — não 
garantiria direito subjetivo constitucional à aposentadoria especial. A percepção de gratificações ou adicionais de 
periculosidade, assim como o fato de poderem obter autorização para porte de arma de fogo de uso permitido (Lei 
10.826/2003, art. 10, § 1º, I, c/c o art. 18, § 2º, I, da IN 23/2005-DG-DPF, e art. 68 da Lei 8.112/1990) não seriam 
suficientes para reconhecer o direito à aposentadoria especial, em razão da autonomia entre o vínculo funcional e 
o previdenciário. 
 
Os incisos do § 4º do art. 40 da CF utilizariam expressões abertas: “portadores de deficiência”, “atividades de risco” 
e “condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física”. Dessa forma, a Constituição teria reser-
vado a concretização desses conceitos a leis complementares, com relativa liberdade de conformação, por parte do 
legislador, para traçar os contornos dessas definições. 
 
A lei poderia prever critérios para identificação da periculosidade em maior ou menor grau, nos limites da discricio-
nariedade legislativa, mas o estado de omissão inconstitucional restringir-se-ia à indefinição das atividades ineren-
temente perigosas. Quanto às atribuições dos oficiais de justiça, previstas no art. 143 do CPC, eles poderiam estar 
sujeitos a situações de risco, notadamente quando no exercício de suas funções em áreas dominadas pela crimi-
nalidade, ou em locais marcados por conflitos fundiários. No entanto, esse risco seria contingente, e não inerentewww.cers.com.br 
 
4 
ao serviço, ou seja, o perigo na atividade seria eventual. MI 833/DF, rel. Min. Cármen Lúcia, red. p/ o acórdão Min. 
Roberto Barroso, 11.6.2015. (MI-833) 
 
A competência para julgamento do MI será fixada de acordo com a autoridade/órgão omisso. 
 
Ex: Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
 
I - processar e julgar, originariamente: 
 
q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Presidente da Repú-
blica, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas 
Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal 
Federal; 
 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
 
I - processar e julgar, originariamente: 
 
h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou 
autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal 
Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal; 
 
E no plano dos Estados? Tribunal de Justiça 
 
G - Governador 
P - Prefeito de capital 
S - Secretário de Estado 
Mesa de Assembleia Legislativa 
 
Súmula 512 
Não cabe condenação em honorários de advogado na ação de mandado de segurança. 
 
11. Principais diferenças entre MI e ADO 
 
 NATUREZA JURÍDICA 
 FINALIDADE 
 LEGITIMIDADE ATIVA 
 
12. Jurisprudência do STF. Decisão final prevista na lei 13.300/16 
 
Art. 8°. Reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a injunção para: 
 
I - determinar prazo razoável para que o impetrado promova a edição da norma regulamentadora; 
II - estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas reclama-
dos ou, se for o caso, as condições em que poderá o interessado promover ação própria visando a exercê-los, caso 
não seja suprida a mora legislativa no prazo determinado. 
 
Parágrafo único. Será dispensada a determinação a que se refere o inciso I do caput quando comprovado que o 
impetrado deixou de atender, em mandado de injunção anterior, ao prazo estabelecido para a edição da norma. 
 
13. Caso Concreto (XXII EXAME DE ORDEM) 
 
Servidores públicos do Estado Beta, que trabalham no período da noite, procuram o Sindicato ao qual são filiados, 
inconformados por não receberem adicional noturno do Estado, que se recusa a pagar o referido benefício em razão 
da inexistência de lei estadual que regulamente as normas constitucionais que asseguram o seu pagamento. 
 
 
 
 
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O Sindicato resolve, então, contratar escritório de advocacia para ingressar com o adequado remédio judicial, a fim 
de viabilizar o exercício em concreto, por seus filiados, da supramencionada prerrogativa constitucional, sabendo 
que há a previsão do valor de vinte por cento, a título de adicional noturno, no Art. 73 da Consolidação das Leis do 
Trabalho. Considerando os dados acima, na condição de advogado(a) contratado(a) pelo Sindicato, utilizando o 
instrumento constitucional adequado, elabore a medida judicial cabível. (Valor: 5,00) 
 
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à preten-
são. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação. 
 
EXM°. SR. DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO BETA 
(pular aproximadamente 5 linhas em todas as petições iniciais) 
 
Sindicato ..., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o número..., com sede..., por seu advogado 
infra-assinado, conforme procuração anexa ...., com escritório ..., endereço que indica para os fins do art. 77, V, do 
CPC, com fundamento no art. 5º, LXXI da CRFB/88 e na Lei 13.300/16, vem impetrar MANDADO DE INJUNÇÃO 
COLETIVO em face de ato omissivo do Governador do Estado Beta, que poderá ser encontrado na sede funcio-
nal...e do Estado Beta. 
 
I – SÍNTESE DOS FATOS 
 
Os associados do impetrante, servidores públicos do Estado Beta, que laboram no período da noite, desejam ter o 
exercício de seu direito ao adicional noturno, previsto no art. 7º, inciso IX, e no art. 39, § 3º, ambos da CRFB/88, 
assegurado. 
 
Importante ressaltar que os referidos trabalhadores, portanto, não podem exercer o direito constitucional ao referido 
adicional noturno em razão da falta da lei que a regulamente, o que enseja a propositura do mandado de injunção 
ora apresentado. 
 
II – FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA 
 
Na forma do art. 5º, LXXI, da CRFB/88, o mandado de injunção é o remédio constitucional responsável pela defesa 
em juízo de direito fundamental previsto na Constituição ainda pendente de regulamentação. 
 
De acordo com o art. 2º da Lei 13.300/16: “Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta total ou parcial 
de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas 
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. Parágrafo único. Considera-se parcial a regulamentação 
quando forem insuficientes as normas editadas pelo órgão legislador competente.”. 
 
O direito ao benefício de adicional noturno é concedido aos servidores públicos que exercem atividade laboral no-
turna, sendo garantido em razão da previsão constitucional contida no art. 7º, inciso IX e no art. 39, § 3º, ambos da 
CRFB/88. Trata-se, portanto, de um direito fundamental ainda pendente de regulamentação. 
 
O remédio ora em análise foi impetrado em face de ato omissivo do Governador do Estado Beta e do Estado Beta, 
tendo em vista que são partes legítimas para integrar o polo passivo da presente ação constitucional. 
 
No processo legislativo estadual, o Governador é quem detém competência privativa para iniciar o processo legis-
lativo no presente caso, vez que as regras constitucionais estaduais de competência devem observar, por simetria, 
o que determina a Constituição Federal, no caso, o art. 61, § 1º, II, alínea “a”. 
 
Ademais, compete ao Tribunal de Justiça do Estado Beta processar e julgar originariamente o mandado de injunção, 
quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Governador do Estado, podendo a competência 
da ação pode ser definida pelas Constituições dos Estados, de acordo com o art. 125, § 1º, da CRFB/88, obser-
vando-se o princípio da simetria entre os entes federativos. 
 
III- OMISSÃO INCONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
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Até 2007 o STF adotava a posição não concretista geral e de acordo com esse entendimento, em nome da harmonia 
e separação entre os poderes (art.
 
2º, da CRFB/88), o Poder Judiciário não poderia suprir a omissão da norma 
faltante, tampouco fixar prazo para o legislador elaborar a lei, restando a sentença produzindo efeito apenas para 
declarar a mora legislativa. 
 
Desde 2007, entretanto, o Tribunal vem mudando de entendimento e tem adotado posições concretistas, aplicando 
por analogia leis já existentes para suprir a omissão normativa, ora atribuindo efeitos subjetivos erga omnes, ora 
inter partes. 
 
No que tange especialmente à ausência da Lei Complementar anunciada pelo art. 40, §
 
4º, III, a Corte tem aplicado 
a Lei 8213/91, no que couber, até que seja suprida a referida omissão inconstitucional. 
 
Apesar de todo o avanço jurisprudencial, a Lei 13.300/16, no art. 8º, adotou uma posição mais conservadora (con-
cretista intermediária) sobre a decisão do Mandado de Injunção. Senão vejamos: 
 
Art. 8º Reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a injunção para: 
 
I – determinar prazo razoável para que o impetrado promova a edição da norma regulamentadora; 
II – estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos, das liberdadesou das prerrogativas reclama-
dos ou, se for o caso, as condições em que poderá o interessado promover ação própria visando a exercê-los, caso 
não seja suprida a mora legislativa no prazo determinado. 
 
Parágrafo único. Será dispensada a determinação a que se refere o inciso I do caput quando comprovado que o 
impetrado deixou de atender, em mandado de injunção anterior, ao prazo estabelecido para a edição da norma. 
 
IV – DOS PEDIDOS 
 
Ante todo o exposto, requer-se: 
 
a) a notificação da autoridade omissa no endereço fornecido na inicial, para que, querendo, preste as informações 
que entender pertinentes do caso; 
b) a ciência ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica; 
c) a intimação do Representante do Ministério Público; 
d) a condenação do Impetrado em custas processuais; 
e) que seja reconhecida a omissão e o estado de mora legislativa, a fim de que seja concedida a ordem de injunção 
coletiva; 
f) que seja determinado prazo razoável para que o Governador promova a edição da norma regulamentadora; 
g) que seja suprida a omissão normativa, garantindo-se a efetividade do direito à percepção do adicional noturno 
no percentual de 20% conforme disposições contidas no art. 73 da CLT; 
h) a juntada de documentos. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 para efeitos procedimentais. 
Ou: 
Valor da causa de acordo com o art. 291 do CPC/15. 
Ou: 
Valor da causa de acordo com o art. 319 do CPC/15. 
Termos em que, 
pede deferimento 
Local... e data... 
Advogado... 
OAB n.º ... 
 
14. CASO HIPOTÉTICO 
 
Poliana Sá é deficiente auditiva em razão da perda total da audição causada por má-formação, causa genética, nas 
estruturas que compõem o aparelho auditivo. Contornando as dificuldades e utilizando-se dos meios tecnológicos 
 
 
 
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7 
disponíveis na medicina, Poliana sempre teve uma vida normal, sendo realizada profissionalmente, tendo trabalhado 
durante trinta e dois anos como servidora pública da AGU (Advocacia Geral da União). 
 
Em consulta a um advogado constitucionalista, Poliana descobriu que poderia requerer aposentadoria especial, com 
base no art. 40, § 4º, I, da Constituição Federal de 1988. Após tentativa administrativa, o seu pedido foi negado pelo 
Poder Público sob a alegação da falta de lei complementar regulamentando a aposentadoria especial. 
 
Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado contratado por Poliana, redija a petição inicial da ação 
cabível para a defesa dos interesses de sua cliente, atentando, necessariamente, para os seguintes aspectos: 
 
a) competência do órgão julgador; 
b) legitimidade ativa e passiva; 
c) argumentos de mérito; 
d) requisitos formais da peça judicial proposta. 
 
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: 
 
a) partido político com representação no Congresso Nacional; 
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo 
menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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