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Anti diabeticos

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Anti-diabéticos: 
-Insulina
-Sulfonilureias
-Meglitinidas
-Biguanidas
-Tiazolinidionais
-Inibidores da alpha-glicosidase
-Inibidores da DPP4
-Análogos da GLP1
-Dapagliflozina
**Fármacos de administração oral são de metabolização hepática e excreção renal.
Pré-diabetes: não é necessário o uso de fármacos, somente uma mudança nutricional.
Glicemia em jejum: 100-126mg/dL
Glicemia pós-prandial: 140-200mg/Dl
*Diabetes mellitus tipo I: dependente de insulina sempre em reposição, causa a glicosúria, com a presença de glicose na urina.
*Diabetes mellitus tipo II: não dependente de insulina, ocorre a destruição das células beta de langerhans, havendo uma baixa nos níveis de insulina. Causa hipertensão e obesidade por aumento do apetite, micção constante e sede intensa. 
*Diabetes gestacional: geralmente se cura após o parto, comum na faixa dos 40 anos.
-Mecanismos de secreção da insulina: a glicose entra na célula beta de langerhans por meio do transportador Glut 2 e logo é fosforilada a glicose-6-fosfato pela glicose-6-fosfatase, a G-6-F vai para o ciclo das pentoses onde a produção de piruvato, o piruvato vai para a mitocôndria onde lá é produzida a Acetil-CoA, o Acetil-CoA vai para o ciclo de Krebs onde ocorre a produção de ATP, a fração ATP/ADP aumenta, e o excesso de ATP leva o fechamento dos canais de K+ ATPase, impedindo assim o efluxo do potássio o que leva a um grande influxo de Ca++ para dentro da célula levando a liberação da insulina. A insulina é excretada da vesícula como pró-insulina= peptídeo c + insulina.
-Insulina aumenta pós-refeição: ocorre a ativação do GLP (glucagon like protein) via proteína G e ocorre a ativação da adenilil ciclase que converte ATP em cAMP, o cAMP ativa a PKA que aumenta a secreção de insulina.
-Efeitos metabólicos da insulina: síntese de lipídeos, translocação do Glut 4 aumentando a densidade do mesmo na membrana para captação de mais glicose, síntese de glicogênio pela aumento da atividade da enzima glicogênio sintetase e diminuição da glicogênio fosforilase, inibe a gliconeogênese por maio da diminuição da transcrição da carboxiquinase fosfoenolpiruvato.
1. Insulinas: para tipo I
* Insulina Lispro: análogo da insulina de ação rápida, duração de 6h. 
* Insulina simples ou regular: duração de 6h.
* Insulina NPH e insulina lenta: NPH – neutral protoamine hagedorn e a lenta são de ação intermediária com duração de 18h e administração por via subcutânea.
* Insulina-Protoamina-Zinco: é de ação prolongada de 36h
O principal efeito colateral das insulinas é a hipoglicemia (taquicardia, sudorese e tremor), lipodistrofia que é a deposição e absorção da gordura de maneira diferente, o tecido adiposo passa a produzir citocinas inflamatórias.
2. Sulfonilureias (grupo químico):Para tipo II, aumentam a secreção de insulina pela inibição do canal de K+ ATPase.
* Clorpropamida: indicada para diabetes mellitus tipo II, tempo de meia vida de 32h, tem duração de 60h (longa duração), é utilizado quando a doença já atingiu o estado crônico, gera metabólitos ativos, pode causar hipoglicemia por ser de longa duração, excreção renal, sendo cerca de 20-30% na forma ativa.
leva a doença renal crônica , efeito antabuse ( não ingerir com álcool).
Contraindicações: pacientes insuficientes renais e idosos.
Efeitos colaterais: hiponatremia (baixo nível de sódio) e elevação dos níveis pressódicos em idosos.
*Gliclazida: tem duração de 24h, chega no rim inativa, usada para pacientes insuficientes renais, diabéticos obesos e diabéticos idosos e comprometimento vascular, pois se opõe ao comprometimento vascular.
*Glibenclamida: tem duração de 24h, é o fármaco mais utilizado, chega nos rins inativa, sofre metabolização hepática e excreção renal e biliar.
*Glipizida: administração oral e sofre interferência de alimentos na sua absorção, 10% é excretado pela urina.
OBS: se não for metabolizado pelo fígado e chegarem ativos no rim podem provocar insuficiência renal, sendo necessária a suspenção do fármaco.
3. Meglitinidas (grupo químico): Repaglinida e Natiglinida
São de administração oral, aumentam a secreção de insulina pela inibição do canal de K+ATPase. Não provocam hipoglicemia por terem meia vida curta e são rapidamente absorvidos. São utilizados antes das refeições para diminuir a glicemia pós-prandial.
4. Biguanida (grupo químico): Metformina: para tipo II
Usada quando ocorre resistência a insulina. Aumenta a afinidade da insulina pelo seu receptor, aumenta a captação de glicose pelos tecidos periféricos e músculos, aumenta a translocação do Glut 4, atua no fígado diminuindo a oxidação de ácidos graxos, através da AMPK diminui a gliconeogênese, diminui a síntese de ácidos graxos e colesterol, diminui a absorção gastrointestinal da glicose. 
Possui tempo de meia vida curta e por isso é usado em associação com outros fármacos, não sofre metabolização hepática.
É contra indicado em casos de pacientes insuficientes renais crônicos, gravidez, insuficiência cardíaca ou respiratória, casos de hipóxia, infecções severas, consumo de álcool, contrastes radiológicos.
Efeitos colaterais: anorexia, náusea, vomito, desconforto abdominal, diarreia, reduz a absorção intestinal de vitamina B12 e acidose lática.
OBS: aumenta a produção de ácido lático. Não afeta a liberação de insulina nem depende das células beta do pâncreas. 
5. Tiazolidinediona ou Glitazonas: Rosiglitazona e Pioglitazona, para tipo II têm duração de 24h. agem no receptor PPAR-gama (receptor ativador da proliferação de peroxissomas) ativam o receptor, ativam a lipidogênese e com isso diminui os ácidos graxos livres e aumentam a captação de glicose. Melhoram a sensibilidade dos tecidos à insulina, atuam como agonistas seletivos dos receptores nucleares da insulina.
*Rosiglitazona: dose única diária, excreção renal, e biliar. Efeitos colaterais: ganho de peso, edema, anemia, retenção de líquido, carcinoma hepático. (retirada do mercado)
*Pioglitazona: dose única diária, excreção renal. 
6. Inibidores da alpha-glicosidase: para tipo II
*Arcalose (associada): age no intestino, inibindo a enzima, que degrada polissacarídeos, diminuindo a absorção de glicose em 10%.
Efeitos colaterais se restringem ao intestino: dores abdominais, flatulência, diarreia.
7. Inibidores da DPP4 (dipeptidilpeptidase 4): administração oral, acarreta na secreção da insulina por inibição da proteína G, inibição da secreção de GLP, levando a um aumento de GLP endógena, o que leva a secreção da insulina e reduz a produção de glucagon.
OBS: a DPP4 é a enzima responsável pela degradação do GLP-1. Com essa enzima inativa os níveis de GLP1 aumentam.
*Vidagliptina: duas doses diárias, tempo de meia vida de 3h, excreção renal onde 23% ativa, é escolhida em casos de insuficientes renais.
*Sitagliptina: dose diária única, tempo de meia vida de 12h, exceção renal onde 75% ativa, é escolhida em casos de insuficientes hepáticos. 
8. Análogos de GLP: Dulaglutina, Liraglutida e Exenatida. Aumentam a secreção de insulina, administração subcutânea por causa de sua natureza peptídica. Diminui peso, diminui a motilidade intestinal, diminui a resistência à insulina nos músculos, aumentam a sensibilidade a insulina, diminui a gliconeogênese, aumenta a cardioproteção e diminui o apetite. 
*GLP: são hormônios produzidos pelo trato gastrointestinal, secretadas pós-prandial, que atuam sobre as células beta do pâncreas e estimulas a liberação de insulina, e aumentam a sensibilidade de seus tecidos alvo para a mesma. Além de estimular a secreção de insulina ele suprime a liberação de glucagon, desacelera o esvaziamento gástrico, diminui a ingestão de alimentos e sensibiliza os tecidos.
9. Dapagliflozina: para tipo II, administração oral, inibe o transportador sódio-glicose 2 (SGLT2) no túbulo proximal (rim). Inibe a reabsorção de glicose, acarreta em gliconúria e poliúria (aumenta a excreção de água). 
Restrito para pacientes com taxa de filtração glomerular acima de 45ml/min.

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