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Bullying ano de 2012

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Bullying ano de 2012
Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.
Todos os dias, alunos no mundo inteiro são vítimas da violência que vem mascarada em forma de brincadeiras, as quais são praticadas por um indivíduo ou grupo. Infelizmente, a violência escolar nos últimos anos adquiriu uma vasta dimensão em todas as classes sociais, o que a torna uma questão preocupante devido aos seus inúmeros acontecimentos em todos os níveis de escolaridade. 
A terminologia bullying tem sido adotada em vários países como designação para explicar todo tipo de comportamento agressivo, cruel, intencional e repetitivo inerente às relações interpessoais. Bullying é um termo de origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão, e até aquele que usa a superioridade física para intimidar alguém. Ainda não existe termo equivalente em português, porém, alguns psicólogos estudiosos deste assunto, o denominou violência moral, vitimização ou maltrato entre pares, já que este fenômeno se trata de agressão em grupo, como na maioria dos casos de estudantes. 
O bullying trata-se de um comportamento ligado à agressividade física, verbal ou psicológica. É uma ação de transgressão individual ou de grupo, que é exercida de maneira continuada por parte de um indivíduo ou de um grupo de jovens definidos como intimidadores nos confrontos com uma vítima. 
Algumas práticas de maus tratos podem tornar-se bullying de forma direta ou indireta e, quase sempre, a vítima sofre estes desrespeitos de mais de um agressor, o que contribui para a evasão escolar e também sua exclusão social. 
O bullying se caracteriza por alguns tipos de maus tratos como físico, verbal, moral, sexual, psicológico, moral, material e virtual e ocorrem quase sempre quando um ou mais integrantes de um grupo escolhem um indivíduo para ser espiado pelo grupo que o agride sem que este consiga se defender. Os agressores ainda induzem a opinião dos demais colegas por meio de boatos que o difamam ou apelidos que intensificam suas características tanto físicas, quanto psicológicas e seu jeito taxado como diferente esquisito ou negativo.
A expressão bullying, corresponde a um conjunto de atitudes de violência física e/ou psicológica, de caráter intencional e repetitivo, praticado por um bully, que é o agressor, contra uma ou mais vitimas que se encontram impossibilitadas de se defender. Existe a dificuldade em se traduzir, para a língua portuguesa, a palavra bullying, devido a sua complexidade. 
A maioria dos alvos de bullying são aqueles alunos considerados diferentes dos demais, como exemplo citamos: ser um ótimo aluno, ser muito pequeno, usar óculos, possuir atitudes afeminadas para os homens ou masculinizadas para as mulheres, entre outros. As agressões se dão gratuitamente, pois a pessoa vitima do bullying, normalmente, não cometeu nenhum ato que motivasse as agressões.
Explica-se que a prática do bullying não são conflitos normais ou brigas que ocorrem entre estudantes, mas verdadeiros atos de intimidação preconcebidos, ameaças, que, sistematicamente, com violência física e psicológica, são repetidamente impostos a indivíduos particularmente mais vulneráveis e incapazes de se defenderem, o que leva no mais das vezes a uma condição de sujeição, sofrimento psicológico, isolamento e marginalização. Os traumas causados pelo bullying nos alunos vitimados podem ter consequências terríveis em toda sua vida. A ação maléfica do bullying traumatiza o psiquismo de suas vitimas, provocando um conjunto de sinais e sintomas muito específicos, caracterizando uma nova síndrome, denominada de Síndrome de Maus Tratos repetitivos, onde a criança estará predisposta a reproduzir a agressividade sofrida ou reprimi-la, comprometendo, assim, o seu processo de socialização.
Além de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, crianças e adolescentes que passam por humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podem apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços da personalidade. Em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio.
Discussões ou brigas pontuais não são bullying. Conflitos entre professor e aluno ou aluno e gestor também não são considerados bullying. Para que seja bullying, é necessário que a agressão ocorra entre pares colegas de classe ou de trabalho, por exemplo. Todo bullying é uma agressão, mas nem toda a agressão é classificada como bullying. 
Para ser dada como bullying, a agressão física ou moral deve apresentar quatro características: a intenção do autor em ferir o alvo, a repetição da agressão, a presença de um público espectador e a concordância do alvo com relação à ofensa. Quando o alvo supera o motivo da agressão, ele reage ou ignora, desmotivando a ação do autor.
Os autores do bullying querem ser mais popular, sentir-se poderoso e obter uma boa imagem de si mesmo. Isso tudo leva o autor do bullying a atingir o colega com repetidas humilhações ou depreciações. É uma pessoa que não aprendeu a transformar sua raiva em diálogo e para quem o sofrimento do outro não é motivo para ele deixar de agir. Pelo contrário, sente-se satisfeito com a opressão do agredido, supondo ou antecipando quão dolorosa será aquela crueldade vivida pela vítima.
O aluno que sofre bullying, principalmente quando não pede ajuda, enfrenta medo e vergonha de ir à escola. Pode querer abandonar os estudos, não se achar bom para integrar o grupo e apresentar baixo rendimento. Uma pesquisa da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia) revela que 41,6% das vítimas nunca procuraram ajuda ou falaram sobre o problema, nem mesmo com os colegas. 
Aqueles que conseguem reagir podem alternar momentos de ansiedade e agressividade. Para mostrar que não são covardes ou quando percebem que seus agressores ficaram impunes, os alvos podem escolher outras pessoas mais indefesas e passam a provocá-las, tornando-se alvo e agressor ao mesmo tempo.
As ações dos meninos são mais expansivas e agressivas, portanto, mais fáceis de identificar. Eles chutam, gritam, empurram, batem. Já no universo feminino o problema se apresenta de forma mais velada. As manifestações entre elas podem ser fofocas, boatos, olhares, sussurros, exclusão. As garotas raramente dizem por que fazem isso quem sofre não sabe o motivo e se sente culpada Ela conta que as meninas agem dessa maneira porque a expectativa da sociedade é de que sejam boazinhas dóceis e sempre passivas. Para demonstrar qualquer sentimento contrário, elas utilizam meios mais discretos, mas não menos prejudiciais. É preciso reconhecer que as garotas também sentem raiva.
Ao surgir uma situação em sala, a intervenção deve ser imediata se algo ocorre e o professor se omite ou até mesmo dá uma risadinha por causa de uma piada ou de um comentário, vai pelo caminho errado. Ele deve ser o primeiro a mostrar respeito e dar o exemplo. O professor pode identificar os atores do bullying: autores, espectadores e alvos. Claro que existem as brincadeiras entre colegas no ambiente escolar. Mas é necessário distinguir o limiar entre uma piada aceitável e uma agressão. Isso não é tão difícil como parece. Basta que o professor se coloque no lugar da vítima.
Conceitualmente, não, pois, para ser considerada bullying, é necessário que a violência ocorra entre pares, como colegas de classe ou de trabalho. O professor pode, então, sofrer outros tipos de agressão, como injúria ou difamação ou até física, por parte de um ou mais alunos. 
Mesmo não sendo entendida como bullying, trata-se de uma situação que exige a reflexão sobre o convívio entre membrosda comunidade escolar. Quando as agressões ocorrem, o problema está na escola como um todo. Em uma reunião com todos os educadores, pode-se descobrir se a violência está acontecendo com outras pessoas da equipe para intervir e restabelecer as noções de respeito. 
Se for uma questão pontual, com um professor apenas, é necessário refletir sobre a relação entre o docente e o aluno ou a classe. O jovem que faz esse tipo de coisa normalmente quer expor uma relação com o professor que não está bem. O professor é uma autoridade na sala de aula, mas essa autoridade só é legitimada com o reconhecimento dos alunos em uma relação de respeito mútua. O jovem está em processo de formação e o educador é o adulto do conflito e precisa reagir com dignidade.
O foco deve se voltar para a recuperação de valores essenciais, como o respeito pelo que o alvo sentiu ao sofrer a violência. A escola não pode legitimar a atuação do autor da agressão nem humilhá-lo ou puni-lo com medidas não relacionadas ao mal causado, como proibi-lo de frequentar o intervalo. 
Já o alvo precisa ter a autoestima fortalecida e sentir que está em um lugar seguro para falar sobre o ocorrido. Às vezes, quando o aluno resolve conversar, não recebe a atenção necessária, pois a escola não acha o problema grave e deixa passar.
A primeira ação deve ser mostrar aos envolvidos que a escola não tolera determinado tipo de conduta e por quê. Nesse encontro, deve-se abordar a questão da tolerância ao diferente e do respeito por todos, inclusive com os pais dos alunos envolvidos. 
Mais agressões ou ações impulsivas entre os envolvidos podem ser evitadas com espaços para diálogo. Uma conversa individual com cada um funciona como um desabafo e é função do educador mostrar que ninguém está desamparado.
Os alunos e os pais têm a sensação de impotência e a escola não pode deixá-los abandonados. É mais fácil responsabilizar a família, mas isso não contribui para a resolução de um conflito.
É também essencial que o trabalho de conscientização seja feito também com os espectadores do bullying, aqueles que endossam a agressão e os que a assistem passivamente. Sem que a plateia entenda quão nociva a violência pode ser, ela se repetirá em outras ocasiões.
Entre as crianças menores, é comum que as brigas estejam relacionadas às disputas de território, de posse ou de atenção - o que não caracteriza o bullying. No entanto, por exemplo, se uma criança apresentar alguma particularidade, como não conseguir segurar o xixi, e os colegas a segregarem por isso ou darem apelidos para ofendê-la constantemente, trata-se de um caso de bullying. E perto dos três anos, as crianças começam a se identificar como um indivíduo diferente do outro, sendo possível que uma criança seja alvo ou vítima de bullying. Essa conduta, porém, será mais frequente num momento em que houver uma maior relação entre pares, mais cotidiana e estabelecida com os outros.
É comum que as crianças menores briguem com o argumento de não gostar uns dos outros, mas o educador precisa apontar que todos devem ser respeitados, independentemente de se dar bem ou não com uma pessoa, para que essa ideia não persista durante o desenvolvimento da criança.
Bullying se configura como qualquer ato de indisciplina cometido ou provocado por alunos a outrem de qualquer natureza, seja apenas um simples mangar, chatear, tirar onda do outro, seja tabeliar o colega ou colegas, seja empurrar o companheiro na fila, seja puxar os cabelos, mexer com os quietos e inofensivos, insultar os novatos, chatear dos que sabem mais, humilhar os que são bonitos ou os que tem deficiência. Enfim, Bullying tem um significado muito amplo quando se refere ao palco escolar. O que nós, professores, devemos fazer? Não podemos perder o equilíbrio diante dessas atitudes. Temos que ir de encontro com as soluções e uma delas, que nos cai bem, é ensinarmos a eles as palavras que pleiteiam o amor, o carinho, a amizade, o respeito e todo conteúdo que envolva os valores humanos, transformadores de uma sociedade desigual e injusta. Mais que isso e não somente isso, teremos que recorrer a uma soma significativa de atividades que possam envolver os praticantes do bullying ao social, com ênfase na mudança sócio-psicológica dos mesmos. Os professores são verdadeiros meios de fazer chegar até os praticantes do bullying a prevenção e o combate por meio de suas atividades pedagógicas bem planejadas. Não é interessante bater de frente contra um praticante do bullying, pois a agressão física e moral são cada vez mais fortalecidas, motivando cada vez mais a prática do bullying. Sabemos que há professores que não conseguem resolver as agressões físicas entre as crianças, partindo para o moralismo de gritos e impondo castigos. Privá-los do recreio não é uma solução milagrosa e nem tampouco desejosa. O correto é incentivá-lo à leitura reflexiva, pondo filmes que apresente o conteúdo de forma também reflexiva, trazer seminários e palestras sobre o conteúdo para a escola com frequência. Essas dicas, se não sanarem a situação, pelo menos, acalma ou diminua o foco de agressividade. Bullying também é motivo de denúncia. Não devemos aceitar qualquer forma de ofensa seja ela física ou moral.
bullying, apesar de ser um problema atual, e causa de constrangimento pode ser evitado. Através de várias estratégias como: conversar periodicamente com os alunos, criar regimes de disciplina dentro da escola, interferir diretamente quando se perceber que a situação ou o aluno gerou o bullying, entre outras...   A escola não deve punir o indivíduo agressor, com medidas que não estejam relacionadas ao caso concreto, como por exemplo, proibir o aluno de frequentar o intervalo. Deve-se procurar em contra partida, fortalecer a autoestima do aluno vítima. Outra maneira de se prevenir o bullying, cabe aos professores, trazendo para a sala de aula atividades socializadoras. Quanto mais unida e social for a turma, maiores são as chances do aluno considerado de alguma forma ``diferente ser inserido no grupo.A responsabilidade pelos danos causados pela prática do ato é sem dúvida nos pais dos alunos incapazes. Em contrapartida, há uma responsabilidade da própria escola, e dos professores. A escola, no momento de prestação de serviços educacionais. Observando desta óptica, cabe a instituição, se responsabilizar pelo que ocorre em seu interior, sendo ela a prestadora de um serviço educacional. De maneira ampla, cabe ao professor reconhecer a situação e enfrenta-la, não ridicularizando o aluno agressor. Mas mostrando que esta é uma atitude errada perante toda a turma. Os pais do aluno agressor devem também ser responsabilizados pelos danos do agredido. Pois os pais tem o dever garantido pala nossa constituição de educar os filhos. O objetivo do presente trabalho foi expor a problemática atual, apresentando possíveis soluções, e apontando a responsabilidade dos envolvidos na violência, apresentando a legislação do tema e os diversos corresponsáveis pela prática.  Buscamos com isso a proteção à integridade de nossas crianças. Protegendo-as contra o bullying, capazes de atingir a integridade física, psicológica e moral dos diversos envolvidos. Cabe à instituição adotar medidas pedagógicas e envolvimento de todos  para evitar possíveis atos e minimizar os danos que já foram causados. Cabe também ao direito, como bem é meio de controle social oferecer respostas e soluções para o problema. Zelando com isso, pelo bem estar de nossas crianças que serão os adultos de amanha.

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