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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER Adriana Pochmann da Silva (RU1135675) Débora Feijó (RU1217450) TURMAS 2014/10 E 2015/03 PORTFÓLIO UTA A 2018 - EDUCAÇÃO E TRABALHO MÓDULO A – FASE I LAJEADO 2018 A Lei e o dia a dia na escola Podemos dizer todas as pessoas estão asseguradas por lei no direito de frequentar uma escola como relata o Art. 205: ”A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Segundo o texto “A aplicação da nova Lei Brasileira de Inclusão no Contexto Escolar”, afirma que a lei de nº 13.146 / 2015 institui a: “Inclusão da pessoa com deficiência destinada a assegurar e promover em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.” A lei deixa claro o direito e a liberdade para as crianças e jovens com necessidades educacionais especiais frequentarem preferencialmente as escolas de ensino regular. Sendo assim, os profissionais e a escola precisariam estar preparados e capacitados para receberem alunos inclusos e assim capazes de combater atitudes preconceituosas e exclusivas. Porém na maioria das vezes as dificuldades encontradas pelas escolas e professores ao receberem alunos inclusos, justamente são por não estarem preparados. Todas as instituições escolares deveriam estar adaptadas, tanto em espaço físico quanto em ‘material’ humano, para receber os alunos e não esperar a efetuação da matrícula para depois se adequar ou esperar que o aluno simplesmente se adapte ao ambiente e ao convívio social. A escola onde fizemos a observação em uma turma de jardim A é uma instituição pública e sabendo da necessidade de promover a matrícula para os alunos em idade escolar, constituintes da educação básica segundo a Lei de Diretrizes Curriculares Nacionais, percebemos a dificuldade que uma professora possui para receber e adaptar um aluno incluso sem diagnóstico que remeta a alguma necessidade especial, porém com deficiência intelectual aparente (tem 4 anos, fala muito pouco em monossílabos, apresenta dificuldade de interação com os colegas, não consegue ficar na sala com seus pares, entre outros). O menino necessita de ajuda no dia a dia, para resolver situações corriqueiras como acompanhá-lo ao banheiro e ajudá-lo na higienização, incentivá-lo a participar e realizar as atividades propostas, sendo que estas muitas vezes precisam ser adaptadas para que consiga desenvolvê-las, além de resolver conflitos gerados no convívio com colegas entre tantas outras situações. Como a matricula foi efetuada o menino frequenta a escola em meio turno, porém como dito no início não possui laudo que confirme suas limitações e a partir disso não tem monitor que acompanhe a professora titular da turma. Sabemos que a inclusão não deve ser somente um desafio do professor, mas sim de toda a comunidade escolar e da rede de ensino, pois estes darão apoio ao titular na inclusão efetiva e de fato da criança. Estes, apoiados pela lei, terão direito ao profissional capacitado a atendê-los, à sala de recursos, ao Laboratório de Aprendizagem, enfim a uma inclusão de fato. Direito a aprendizagem e a cidadania. Muito vezes a professora responsável necessita parar suas atividades para sair atrás do aluno que escapou da sala de aula procurando refúgio em um ambiente mais tranquilo como a secretaria da escola ou até mesmo ao pátio da escola, onde não há barulho e movimento intenso. A diretora atua sem auxílio de coordenação e muitas vezes deixa os seus afazeres para poder acompanhar o aluno em suas necessidades. A professora responsável pela turma não conseguirá obter bons resultados nem com o aluno incluso nem com o restante do grupo. Ambos ficarão prejudicados no desenvolvimento cognitivo. Isso deixa clara a necessidade de um acompanhante para esta criança que precisa de uma atenção individualizada na maior parte do tempo. É importante salientar de que esta atenção individualizada não pode ser disponibilizada somente pelo professor, que precisa sim adaptar o currículo, mas necessitará de auxílio para aplicação. Afinal este deve ocupar o seu papel de referência do grupo e manter sua atenção para o coletivo. Para que esses alunos desfrutem de oportunidades iguais para apropriar o saber, o saber fazer e o saber ser, há que se considerar as diferenças individuais e as necessidades educativas delas decorrentes. Nesse sentido e como bem esclarece Carvalho (2000, p. 48), “os movimentos em prol de uma educação para todos são movimentos de inclusão de todos em escolas de qualidade garantindo-lhes a permanência, bem-sucedida no processo educacional escolar desde a educação infantil até a universidade”. (Bergamo, 2012, p.45) Através das observações percebemos que a educação, não só na parte inclusiva, ainda anda em passos lentos em certas Instituições. Para estar capacitado é necessário que o professor esteja em processo permanente de aprendizado, pois os desafios são diários e muitas vezes inerentes a sua atuação, mas elemento mediador do processo educativo. “Muitas crianças experimentam dificuldades de aprendizagem e têm, portanto, essas necessidades em algum momento de sua escolarização e às escolas cabe o desafio de encontrar a maneira de educar com êxito todas ekas (Declaração de Salamanca, 1994, p.18).” (Bergamo, 2012, p.44). Referências Bergamo, Regiane B. Educação Especial pesquisa e prática. Curitiba: InterSaberes, 2012 (Série Inclusão Escolar). BRASIL, Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm >.acesso 03/ 04/2018 https://ludovica.opopular.com.br acesso 03/ 04/2018 https://novaescola.org.br acesso 03/ 04/2018
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