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40 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Unidade II Unidade II 5 Mão de obra direta Conforme estamos estudando, o custo de produção por produto é formado por três elementos: os materiais diretos (estudados anteriormente), a mão de obra e os custos indiretos de fabricação. Agora vamos estudar o segundo elemento, a formação do custo da mão de obra. Os gastos com mão de obra, geralmente, representam uma considerável parte dos custos totais incorridos por uma empresa na produção dos seus produtos. Consideramos mão de obra direta aqueles empregados que atuam promovendo diretamente a transformação da matéria-prima em produto acabado. Entretanto, o custo que esses empregados representam só pode ser considerado como custo direto após a análise feita nos registros de tempo trabalhado pelos empregados. Esses registros são feitos, normalmente, por meio do cartão de ponto ou do relatório preparado pelo apontador de mão de obra. O relatório feito pelo apontador é diário, sendo mencionadas apenas as exceções feitas durante o dia, como se o funcionário é destacado para executar tarefas indiretas. O valor do custo da mão de obra direta é composto pelo salário, que pode ser horário ou mensal, ajustado entre a empresa e o empregado, acrescido dos encargos sociais. Estes decorrem do contrato de trabalho e podem representar obrigações legais, acordos sindicais ou negociações com a própria empresa. observação Cada empresa deve proceder ao seu próprio cálculo dos encargos sociais, não só pela alteração frequente de seus percentuais como também pela sua especificidade. Para aplicação dos cálculos que demonstraremos a seguir, portanto, há necessidade de adequação à legislação trabalhista, previdenciária e tributária, uma vez que indicaremos apenas um roteiro básico para os cálculos dos principais encargos trabalhistas que incidem sobre a mão de obra, seja ela direta ou indireta. 5.1 Cálculo do custo de um empregado horista Assim, se imaginarmos um empregado horista, ou seja, aquele contratado para receber um salário por hora, no caso por um salário de $ 8,00/hora, que cumprirá uma jornada de trabalho 41 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Contabilidade de Custos de 220 horas por mês (mínimo permitido pela legislação trabalhista) ou 44 horas por semana (considerando-se que a semana tenha seis dias de trabalho), quanto, de fato, esse funcionário custará para a empresa? Uma forma simplificada de procedermos a esse cálculo é determinar inicialmente quanto o empregado custará para a empresa por ano. Assim, teremos: A: Remuneração 1) Salário: 275 dias x 7,33h x $ 8,00 16.126,00 2) Domingos: 48 dias x 7,33 x $ 8,00 2.814,72 3) Feriados: 12 dias x 7,33 x $ 8,00 703,68 4) Férias: 30 dias x 7,33h x $ 8,00 1.759,20 5) 1/3 Férias anuais: $ 1.759,20 : 3 586,40 6) 13º Salário: 220h x $ 8,00 1.760,00 Total da remuneração: 23.750,00 B: Encargos sociais (consideremos apenas alguns) 1) INSS: 20% 2) Senai, Sesi etc.: 5,8% 3) FGTS: 8% 4) Seguro acidente de trabalho: 3% Total percentual de encargos sociais: 36,8% 36,8% sobre $ 23.750,00 8.740,00 Gasto total para a empresa durante um ano: 32.490,00. A seguir, consideremos o total de horas por ano que um funcionário pode oferecer à empresa. Dias do ano: 365 Domingos: (48) Férias: (30) Feriados: (12) Total de dias produtivos no ano: 275 Horas de trabalho por ano: 275 dias X 7,33 h = 2.015, 75 h/ano. 42 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Unidade II Assim, o custo total por hora (salário + encargos) de um funcionário contratado por $ 8,00/hora é de: $ 32.490,00 = $ 16,12 2.015,75 h/ano Os encargos sociais, portanto, provocam um acréscimo de $ 8,12/horas do empregado contratado, o que, percentualmente, representa um acréscimo de 101,50%. Ainda sobre encargos sociais, informamos que existem empresas especializadas que divulgam tabelas para o cálculo para empregados horistas e mensalistas. Essas tabelas são formadas por grupos de encargos sociais. 5.2 Grupos de encargos sociais Grupo A: constituído por contribuições fixas mensais, determinadas por lei, incidentes sobre a folha de pagamento: (INSS, Sesi, Sesc, Senai, Senac, Incra, Sebrae, Salário-educação, SAT, FGTS). Em média, a somatória dos encargos sociais desse grupo atinge 35,8% para empregados horistas e mensalistas. Grupo B: constituído pela parcela agregada ao salário e paga diretamente ao empregado (DSR, férias, 1/3 férias, feriados, 13º salário, faltas abonadas, auxílio-doença, aviso prévio). Em média, a somatória dos encargos sociais desse grupo atinge 57,73% para empregados horistas e 30,70% para mensalistas. Grupo C: constituído por obrigações trabalhistas que não incidem sobre os outros grupos, como depósito sobre o FGTS por dispensa de empregado sem justa causa. Em média, a somatória dos encargos sociais desse grupo atinge 1,52% para empregados horistas e 1,25% para mensalistas. Logo, se considerarmos esses percentuais, teremos incidido sobre o salário o percentual de 115,72% para empregados horistas e 78,74% para mensalistas. Os percentuais são obtidos da seguinte maneira: Tabela 14 Funcionário horista % Funcionário mensalista % Total Grupo A 35,80 35,80 Total Grupo B 57,73 30,70 Total Grupo C 1,52 1,25 Incidência cumulativa Grupo A x Grupo B 20,67 10,99 Percentual total 115,72 78,74 Observamos que o percentual encontrado de incidência de encargos sociais sobre o salário de empregados é superior àquele encontrado anteriormente, quando calculamos um percentual de forma simplificada para um empregado horista (101,50% contra 115,72%). Essa diferença ocorre por diversos 43 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Contabilidade de Custos motivos, entre os quais destacamos o fato de, no cálculo inicial, não serem levados em consideração os encargos do grupo B e C, bem como não ter sido considerada a incidência do grupo A sobre o grupo B. 5.3 tempo ocioso e outros gastos com a mão de obra Para completarmos o assunto, observamos que não devemos confundir o tempo ocioso, que corresponde às horas não trabalhadas no processo produtivo de forma direta, como a falta de matéria-prima e de energia elétrica, manutenção das máquinas, com o tempo ocioso de greves ou acidentes, que paralisam a produção. O primeiro é um tempo ocioso que deve ser considerado normal e apropriado aos produtos, como custo indireto de produção; o segundo é um tempo ocioso que deve ser considerado como anormal e apropriado diretamente ao resultado do exercício como perda do período. Observamos também que existem diversos gastos da empresa em função da mão de obra, como transporte, alimentação e vestuário. Esses gastos, por serem de natureza fixa e não guardarem relação com o volume de produção, devem ser considerados como mão de obra indireta, para posterior rateio aos produtos. 5.4 exercício resolvido Suponhamos que, numa fábrica de fogões, exista um setorde pintura com oito funcionários diretos com jornada de trabalho de 44 horas semanais. O salário de cada empregado é de R$ 6,00 por hora. Os encargos sociais somam 115,72% dos salários. No mês em questão, houve quatro domingos e dois feriados (que caíram, respectivamente, na segunda-feira e na quarta-feira). Um dos empregados faltou dois dias, que foram justificados e abonados. A empresa fabrica quatro produtos (A, B, C e D). O relatório de apontamento de mão de obra indica que, das horas disponíveis para trabalhar, 176,70 h foram consideradas improdutivas, e as restantes, portanto, produtivas. Tabela 15 Produtos Tempo total A B C D Total de horas produtivas Horas improdutivas Total de horas apontadas 220 h 370 h 425 h 201 h 1216 h 176.70 h 1392.70 h Pede-se: 1. Calcular o salário mensal do setor de pintura; 2. Calcular o valor dos encargos sociais e trabalhistas do setor de pintura; 44 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Unidade II 3. Calcular o custo da mão de obra do setor de pintura; 4. Calcular o custo/hora de mão de obra do setor de pintura; 5. Calcular o custo de mão de obra direta; 6. Calcular o custo do tempo improdutivo do setor de pintura; 7. Calcular o custo da mão de obra por produto. Para a resolução desse exercício, passaremos por diversas etapas: a) Cálculo dos dias de trabalho no mês: dos funcionários não faltosos: do funcionário faltoso: 30 dias 4 domingos 2 feriados 24 dias úteis 30 dias 4 domingos 2 feriados 2 faltas 22 dias úteis b) Cálculo da jornada diária: 44 h/semana: 6 dias = 7,33 horas/dia c) Cálculo das horas disponíveis para trabalhar, conforme cartão de ponto: dos funcionários não faltosos: do funcionário faltoso: 24 dias úteis x 7,33 h/dia = 175,92 horas/mês x 7 funcionários = 1.231,44 horas disponíveis 22 dias úteis x 7,33 h/dia 161,26 horas/mês x 1 funcionário = 161,26 horas disponíveis Os oito funcionários totalizaram 1.392,7 horas disponíveis para trabalhar no mês (1231,44 h + 161,26 h). Respostas 1) Cálculo do salário mensal do setor de pinturas: 45 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Contabilidade de Custos 1.392,7 horas disponíveis, segundo cálculo do item c x $ 6,00 (salário/hora) = $ 8.356,20 (salário do mês do setor de pinturas) 2) Cálculo dos encargos sociais e trabalhistas: $ 8.356,20 (salário do mês) x 115,72% (percentual dos encargos) = $ 9.669,79 (encargos do mês) 3) Cálculo do custo da mão de obra do departamento: $ 8.356,20 (salário) + $ 9.669,79 (encargos) = $ 18.025,99 (custo da mão de obra do mês) 4) Cálculo do custo/hora da mão de obra direta do setor de pintura: $ 18.025,99 (custo = $ 12,94/h) 1.392,7 (horas disponíveis) 5) Cálculo do custo da mão de obra direta: 1.216 horas produtivas (220 h + 370 h +425 h + 201 h) x $ 12,94/h = $ 15.735,04 6) Cálculo do custo de tempo improdutivo: 176,7 horas improdutivas x $ 12,94/h $ 2.286,49 46 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Unidade II 7) Custo da mão de obra direta por produto: Tabela 16 Produto Horas apontadas Custo/hora Custo MOD A B C D Total 220 370 425 201 1216 $ 12,94 $ 12,94 $ 12,94 $ 12,94 $ 2.846,80 $ 4.787,80 $ 5.499,50 $ 2.600,94 $ 15.735,04 Observamos que o custo referente ao tempo improdutivo ou ocioso deverá ser alocado aos quatro produtos conforme algum critério de rateio. Essa apropriação é o objeto da nossa próxima disciplina referente a custos. Lembrete A formação do custo de produção relacionada à mão de obra aplicada na produção mostra-nos que, além do salário contratado, todos os encargos sociais, bem como os benefícios que a empresa oferece a seus empregados, deverão integrar o custo dessa mão de obra; caso contrário, a empresa não terá condições financeiras de cobrir todos os seus gastos, uma vez que será a partir do custo de produção por produto que formará o preço de venda. 6 CUStoS iNdiretoS de FabriCaÇão Conforme estudado anteriormente, o custo de produção é formado a partir de três elementos: materiais diretos, mão de obra direta e custos indiretos de fabricação, que agora vamos estudar e saber quais os itens que os compõem, como são atribuídos aos produtos e como devem ser controlados; veremos as principais características que envolvem esse tipo de custo. Para um melhor entendimento sobre os custos indiretos de fabricação, é importante relembrar o esquema básico da contabilidade de custos: 1º passo: separação entre custos e despesas (partindo de uma relação de gasto incorrido em determinado período). 2º passo: apropriação dos custos diretos aos produtos. 3º passo: apropriação dos custos indiretos aos produtos (por meio de rateio). 47 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Contabilidade de Custos Este esquema básico pode ser ilustrado pelo seguinte gráfico: Custos Diretos Indiretos Rateio Prod A Prod B Prod C Estoque (+) Receitas (-) CPV (-) Despesas (=) Resultado Elementos de custos Componentes principais Material Direto (MD) Mão de Obra Direta (MOD) Custos Indiretos de Fabricação (CIF) Figura 5 Assim, considerando o 3º passo, apropriação dos custos indiretos aos produtos (por meio de rateio), foco do nosso estudo, tem-se que os custos indiretos serão transferidos aos produtos por meio de rateio. E o que vem a ser rateio? 6.1 Conceito Os Custos Indiretos de Fabricação (CIF), também conhecidos por Gastos Gerais de Fabricação (GGF), compreendem todos os gastos decorrentes do processo de fabricação, exceto os gastos com os materiais diretos e com mão de obra direta. Os CIF mais comuns são: aluguel de fábrica, material de limpeza, manutenção de máquinas e equipamentos, mão de obra indireta (salário do pessoal da chefia da fábrica, por exemplo), depreciação, seguros em geral; enfim, todos os gastos relacionados com o processo fabril que não se classificam em material direto, tampouco como mão de obra direta. Estudamos anteriormente que os custos diretos (matérias diretas e mão de obra direta) podem ser identificados e mensurados, ou seja, é possível conhecer tal custo e ainda saber o respectivo valor gasto com a produção de determinado produto. Já os CIF são gastos que envolvem o processo produtivo, mas não interferem diretamente na formação do produto. Por exemplo: considerando o gasto com o aluguel, caso o prédio seja de 48 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Unidade II propriedade da própria empresa, o produto será fabricado mesmo assim. Em outras palavras, os CIF, em termos gerais, podem ser substituídos que o produto será fabricado da mesma forma. Outro exemplo:uma determinada empresa não efetua gastos com a manutenção das máquinas, já o seu concorrente, sim, e ambos fabricam calçados; os produtos serão os mesmos, mas a empresa que tem o gasto com a manutenção mostrará um custo mais elevado para o seu produto. Considera-se ainda que todos os custos indiretos não são mensuráveis, ou seja, não é possível conhecer o efetivo gasto com cada unidade de produto fabricado. Pode-se colocar como exemplo o gasto com energia elétrica numa área com dez bicos de luz acesos durante oito horas. Tanto se podem produzir 80 unidades de um determinado produto por dia quanto 200 unidades, o gasto com a energia elétrica será o mesmo, e será impossível reconhecer tal gasto no produto. Assim, os CIF deverão ser transferidos aos produtos para conhecer justamente o custo de produção (custos diretos + custos indiretos de fabricação) por meio de rateio, ou seja, buscando uma base para distribuir tais gastos aos produtos. 6.2 Critérios de rateio Para distribuir os custos indiretos de fabricação aos produtos, conforme explanado, é necessário adotar uma maneira, um critério, para levar tais gastos aos produtos e assim apurar o custo de produção por produto. Há inúmeros critérios de rateio, a escolha daquele que melhor atenda às necessidades da empresa no momento é o que deve ser estabelecido. Assim, pode-se entender que não há um único critério, tampouco o melhor. Entre os diversos critérios de rateio para os custos indiretos de fabricação, destacam-se: • quantidade de matéria-prima consumida na produção; • valor da mão de obra direta; • quantidade fabricada; • número de horas-máquinas utilizado na produção; • número de empregados classificados como mão de obra direta. A partir do critério de rateio escolhido pela empresa, recomenda-se utilizá-lo durante todo exercício social, caso contrário, isso dificultará a comparação entre o custo de produção apurado por produto em períodos diferenciados. Logo, se a mudança de critério de rateio for necessária, que seja feita no início do próximo exercício social. Para fins de ilustração, tomaremos o mesmo exemplo utilizado anteriormente para a formação do custo de produção por produto, considerando alguns dos critérios de rateio para os custos indiretos 49 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Contabilidade de Custos de fabricação e evidenciando que a cada critério adotado novo custo de produção por produto será formado. Suponha que uma empresa industrial fabrique dois produtos, Beta e Gama, e que num determinado período tenha incorrido nos seguintes gastos: Depreciação móveis e utensílios $ 80 Mão de obra indireta $ 160 Matéria-prima consumida $ 540 Gastos gerais de fabricação $ 120 Comissão de vendedores $ 300 Depreciação máquina/produção $ 140 Aluguel escritório de vendas $ 60 Salário de vendedores $ 20 ICMS sobre vendas $ 600 Mão de obra direta $ 220 Embalagem utilizada em produção $ 40 Total $ 2.280 Conforme informado, para apurar o custo de produção por produto, três passos devem ser seguidos: 1º passo: separação entre custos e despesas (partindo de uma relação de gasto incorrido em determinado período). 2º passo: apropriação dos custos diretos aos produtos. 3º passo: apropriação dos custos indiretos aos produtos (por meio de rateio). Para melhor entendimento, transcrevemos os três passos: 1º passo: separação entre custos e despesas (partindo de uma relação de gasto incorrido em determinado período). 50 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Unidade II Custos Despesas Mão de obra indireta $ 160 Matéria-prima consumida $ 540 Gastos gerais de fabricação $ 120 Depreciação máquina produção $ 140 Mão de obra direta $ 220 Embalagem utilizada em produção $ 40 Total $ 1.220 Depreciação móveis e utensílios $ 80 Comissão de vendedores $ 300 Aluguel escritório de vendas $ 60 Salário de vendedores $ 20 ICMS sobre vendas $ 600 Total $ 1.060 Total dos gastos: custos + despesas $ 2.280. observação Após a separação dos custos e das despesas, sabemos que as despesas não entrarão nos custos de produção, uma vez que serão consideradas diretamente na composição do resultado mensal. Por esse motivo, não as consideraremos. 2º passo: apropriação dos custos diretos aos produtos. Considerando os registros da empresa sobre os custos com os produtos Beta e Gama, temos que o consumo de matéria-prima foi registrado por meio de requisições da produção ao almoxarifado e que, durante o período, foram apurados os seguintes valores quanto à matéria-prima consumida e quanto às embalagens utilizadas na produção: Matéria-prima $ 540 Embalagens $ 40 Produto Beta $ 320 Produto Beta $ 20 Produto Gama $ 220 Produto Gama $ 20 Quanto à mão de obra, os apontamentos feitos indicam que, para a mão de obra direta, temos: Mão de obra direta $ 220 Produto Beta $ 100 Produto Gama $ 120 51 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Contabilidade de Custos Temos, então, de forma resumida: Tabela 17 Custos diretos Custos indiretos Custos totais Produto Beta Produto Gama Matéria-prima Mão de obra direta Embalagem utilizada produção Mão de obra indireta Gastos gerais de fabricação Depreciação máquinas produção 320 100 20 220 120 20 160 120 140 540 220 40 160 120 140 Total 440 360 420 1.220 Do custo total de produção de $ 1.220, os custos diretos perfazem um total de $ 800 e já estão alocados aos produtos Beta e Gama. $ 420 compreendem os custos indiretos de produção e precisam ainda ser apropriados aos produtos. 3º passo: apropriação dos custos indiretos aos produtos (por meio de rateio). O valor total dos custos indiretos de produção ($ 420) deverão ser apropriados aos produtos Beta e Gama seguindo-se algum critério de rateio. Analisaremos alguns a seguir. O primeiro critério de rateio dos custos indiretos de produção ou custos indiretos de fabricação (CIF) que utilizamos em nosso exemplo é a alocação aos produtos, proporcionalmente aos custos diretos totais ($ 800). Observamos que, uma vez estabelecido o critério de rateio, a execução dos cálculos é feita pela regra de três simples. Assim, teremos: Produto Beta Produto Gama 800 – 100% 800 – 100% 440 – x 360 – x x = 55% x = 45% Para a obtenção dos valores dos CIF a serem apropriados aos produtos, apropriamos o total dos CIF de $ 420 da seguinte forma: Produto Beta Produto Gama 55% de $ 420 = $ 231,00 45% de $ 420 = $ 189,00 De forma resumida: 52 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Unidade II Tabela 18 Produtos Custos diretos Custos indiretos Total $ % $ % $ Beta 440 55 231 55 671 Gama 360 45 189 45 549 Total 800 100 420 100 1.220 Antes de apresentarmos outros critérios de rateios para os custos indiretos de fabricação, calculamos o percentual de cada item dos custos diretos consumidospelos dois produtos apresentados em nosso exemplo: Beta e Gama. A tabela a seguir contribui para um melhor entendimento sobre o rateio dos custos indiretos de fabricação e a formação do custo de produção por produto. Tabela 19 Custos diretos Produto Beta Produto Gama Total $ % $ % $ % Matéria-prima 320 59 220 41 540 100 Mão de obra direta 100 45 120 55 220 100 Embalagem utilizada produção 20 50 20 50 40 100 Total dos custos diretos 440 55 360 45 800 100 Utilizamos como primeiro critério de rateio para os custos indiretos de fabricação os custos diretos totais ($ 800). Agora, para fins de comparação, iremos utilizar outros critérios: a base do custo total da matéria-prima ($ 540), a base do custo total da mão de obra direta ($ 220) e a base do custo total de embalagem ($ 40), respectivamente, segundo, terceiro e quarto critérios. O segundo critério de rateio dos custos indiretos de produção ou custos indiretos de fabricação (CIF) que utilizamos em nosso exemplo será a alocação daqueles aos produtos, proporcionalmente ao total dos custos da matéria-prima, ou seja, de $ 540, também por meio da regra de três simples: Produto Beta Produto Gama 540 – 100% 540 – 100% 320 – x 220 – x x = 59% x = 41% Para a obtenção dos valores dos CIF a serem apropriados aos produtos, utilizamos o total dos CIF de $ 420, da seguinte forma: 53 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Contabilidade de Custos Produto Beta Produto Gama 59% de $ 420 = $ 248,00 49% de $ 420 = $ 172,00 Tabela 20 - Custo de produção por produto, tomando-se como base o rateio do CIF proporcional ao consumo da matéria-prima Produtos Custos diretos Custos indiretos Total $ $ $ Beta 440 248 688 Gama 360 172 532 Total 800 420 1.220 O terceiro critério de rateio dos custos indiretos de produção ou custos indiretos de fabricação (CIF) que utilizaremos em nosso exemplo será a alocação aos produtos, proporcionalmente ao total dos custos da mão de obra direta, ou seja, de $ 220, também por meio da regra de três simples: Produto Beta Produto Gama 220 – 100% 220 – 100% 100 – x 120 – x x = 45% x = 55% Para a obtenção dos valores dos CIF a serem apropriados aos produtos, utilizamos o total dos CIF de $ 420, da seguinte forma: Produto Beta Produto Gama 45% de $ 420 = $ 189,00 55% de $ 420 = $ 231,00 Tabela 21 - Custo de produção por produto, tomando-se como base o rateio do CIF proporcional ao consumo da mod: Produtos Custos diretos Custos indiretos Total $ $ $ Beta 440 189 629 Gama 360 231 591 Total 800 420 1.220 O quarto critério de rateio dos custos indiretos de produção ou custos indiretos de fabricação (CIF) que utilizaremos em nosso exemplo será a alocação aos produtos, proporcionalmente ao total dos custos da embalagem, ou seja, de $ 40, também por meio da regra de três simples: 54 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Unidade II Produto Beta Produto Gama 40 – 100% 40 – 100% 20 – x 20 – x x = 50% x = 5% Para a obtenção dos valores dos CIF a serem apropriados aos produtos, utilizamos o total dos CIF de $ 420, da seguinte forma: Produto Beta Produto Gama 50% de $ 420 = $ 210,00 5% de $ 420 = $ 210,00 Tabela 22 Produtos Custos diretos Custos indiretos Total $ $ $ Beta 440 210 650 Gama 360 210 570 Total 800 420 1.220 Observamos que o custo total de cada produto fica diferente em função do critério de rateio adotado, conforme demonstra a tabela a seguir: Tabela 23 Produto 1º Rateio CIF à base de CD 2º Rateio CIF à base de MP 3º Rateio CIF à base de MOD 4º Rateio CIF à base de embalagem Beta 671 688 629 650 Gama 549 532 591 570 Total 1.220 1.220 1.220 1.220 Nota-se que o produto Beta terá o menor custo quando utilizar como critério o rateio do CIF à base da MOD em relação aos outros métodos adotados; mas, em compensação, o produto Gama se tornará o mais caro. Após analisar cuidadosamente a tabela, pergunta-se: qual é o melhor critério de rateio a ser adotado para distribuir os custos indiretos aos produtos? A resposta é simples, mas de grande alcance: não há o melhor critério a ser adotado para distribuir os custos indiretos aos produtos; há aquele que melhor atende às necessidades da empresa, uma vez que será principalmente a partir do custo do produto que se formará o preço de venda. 55 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Contabilidade de Custos Sendo assim, pode-se afirmar que os mais diversos critérios para a distribuição dos CIF aos produtos não reduz o valor total dos custos, apenas procura adequá-los da melhor maneira possível. 6.3 exercício completo resolvido Uma determinada empresa do ramo industrial produz três modelos de bolsa feminina: Modelo X, Modelo Y e Modelo Z. Durante o mês de março de 20X9, os custos foram de: Tabela 24 Produto Matéria-prima Mão de Obra Direta Total dos Custos Diretos Custos Indiretos de Fabricação Total dos Custos de Produção “X” $ 3.000 $ 2.000 $ 5.000 “Y” $ 2.000 $ 1.000 $ 3.000 “Z” $ 1.500 $ 500 $ 2.000 Total $ 6.500 $ 3.500 $ 10.000 $ 18.700 $ 28.700 A empresa adota como critério para ratear os Custos Indiretos de Fabricação a base do número total de horas-máquinas e, de acordo com os controles internos, tem-se que: Tabela 25 Produto Tempo de produção por unidade de produto Quantidade produzida Tempo total “X” 4 horas-máquinas 12 un. 48 hmqs “Y” 5 horas-máquinas 15 un. 75 hmqs “Z” 8 horas-máquinas 08 un. 64 hmqs Total 187 hmqs Pede-se: 1. Apurar os custos de produção por unidade de produto. 2. Alterar o critério de rateio para os CIF e apurar o novo custo de produção por produto. O critério de rateio é o seguinte: tomar como base o número de empregados para fabricar cada modelo de bolsa, ou seja: para o Modelo X, total de 8 pessoas; Modelo Y, 5 empregados,e, para o Modelo Z, 3 operários. 3. Elaborar um breve comentário, a partir da comparação do custo de produção por produto, considerando os dois critérios escolhidos para ratear os CIF. 56 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Unidade II Etapas para resolução a) Cálculo do rateio dos CIF, considerando como critério o número de horas-máquinas. b) Apropriação dos CIF aos produtos. c) Apuração dos custos de produção por produto. d) Apuração dos custos de produção por unidade de produto. e) Novo cálculo do rateio dos CIF, considerando como rateio o critério apontado na letra em 1. f) Nova apropriação dos CIF aos produtos. g) Nova apuração dos custos de produção por produto. h) Nova apuração dos custos de produção por unidade de produto. i) Quadro comparativo e breve relatório sobre a apuração do custo de produção por unidade de produto, tomando-se como base os dois critérios diferentes para distribuir os CIF aos produtos. Resolução a) Cálculo do rateio dos CIF, considerando como critério derateio para os CIF o número de horas-máquinas Demonstrativo dos cálculos: Produto “X” → 48 = multiplicar por 100 = 25,67% 187 Produto “Y” → 75 = multiplicar por 100 = 40,11% 187 Produto “Z” → 64 = multiplicar por 100 = 34,22% 187 Tabela 26 Produto Tempo de produção por unidade de produto Quantidade produzida Tempo total Cálculo do rateio dos CIF “X” 4 horas-máquinas 12 un. 48 hmqs 25,67% “Y” 5 horas-máquinas 15 un. 75 hmqs 40,11% “Z” 8 horas-máquinas 08 un. 64 hmqs 34,22% Total 187 hmqs 100,00% 57 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Contabilidade de Custos b) Apropriação dos CIF aos produtos Demonstrativo dos cálculos: Produto “X” → $ 18.700 x 0,2567 = $ 4.800 Produto “Y” → $ 18.700 x 0,4011 = $ 7.501 Produto “Z” → $ 18.700 x 0,3422 = $ 6.399 Tabela 27 Produto Cálculo do rateio dos CIF Custos indiretos de fabricação “X” 25,67% $ 4.800 “Y” 40,11% $ 7.501 “Z” 34,22% $ 6.399 Total 100,00% $ 18.700 c) Apuração dos custos de produção por produto Tabela 28 Produto Matéria-prima Mão de Obra Direta Total dos Custos Diretos Custos Indiretos de Fabricação Total dos Custos de Produção “X” $ 3.000 $ 2.000 $ 5.000 $ 4.800 $ 9.800 “Y” $ 2.000 $ 1.000 $ 3.000 $ 7.501 $ 10.501 “Z” $ 1.500 $ 500 $ 2.000 $ 6.399 $ 8.399 Total $ 6.500 $ 3.500 $ 10.000 $ 18.700 $ 28.700 d) Apuração dos custos de produção por unidade de produto Tabela 29 Produto Matéria-prima Mão de Obra Direta Total dos Custos Diretos Custos Indiretos de Fabricação Total dos Custos de Produção Quantidade produzida “X” $ 3.000 $ 2.000 $ 5.000 $ 4.800 $ 9.800 12 un. “Y” $ 2.000 $ 1.000 $ 3.000 $ 7.501 $ 10.501 15 un. “Z” $ 1.500 $ 500 $ 2.000 $ 6.399 $ 8.399 08 un. Total $ 6.500 $ 3.500 $ 10.000 $ 18.700 $ 28.700 35 un. 58 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Unidade II Demonstrativo dos cálculos: Produto “X” → $ 9.800 = $ 817 12 un. Produto “Y” → $ 10.501 = $ 700 15 un. Produto “Z” → $ 8.399 = $ 1.050 8 un. Tabela 30 Produto Custo de produção unitária “X” $ 817 “Y” $ 700 “Z” $ 1.050 e) Novo cálculo do rateio dos CIF, considerando como rateio o critério apontado em 2., ou seja, a base do número de empregados para fabricar cada modelo de bolsa Modelo “X” = 8 pessoas Modelo “Y” = 5 empregados Modelo “Z” = 3 operários Total de empregados = 16 Demonstrativo dos cálculos: Produto “X” → 8 = multiplicar por 100 = 50,00% 16 Produto “Y” → 5 = multiplicar por 100 = 31,25% 16 Produto “Z” → 3 = multiplicar por 100 = 18,75% 16 59 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Contabilidade de Custos Tabela 31 Produto Quantidade de empregados Cálculo do rateio dos CIF “X” 08 50,00% “Y” 05 31,25% “Z” 03 18,75% Total 16 100,00% f) Nova apropriação dos CIF aos produtos. Demonstrativo dos cálculos: Produto “X” → $ 18.700 x 0,5000 = $ 9.350 Produto “Y” → $ 18.700 x 0,3125 = $ 5.844 Produto “Z” → $ 18.700 x 0,1875 = $ 3.506 Tabela 32 Produto Cálculo do rateio dos CIF Custos Indiretos de Fabricação “X” 50,00% $ 9.350 “Y” 31,25% $ 5.844 “Z” 18,75% $ 3.506 Total 100,00% $ 18.700 g) Nova apuração dos custos de produção por produto Tabela 33 Produto Matéria- prima Mão de Obra Direta Total dos Custos Diretos Custos Indiretos de Fabricação Total dos Custos de Produção “X” $ 3.000 $ 2.000 $ 5.000 $ 9.350 $ 14.350 “Y” $ 2.000 $ 1.000 $ 3.000 $ 5.844 $ 8.844 “Z” $ 1.500 $ 500 $ 2.000 $ 3.506 $ 5.506 Total $ 6.500 $ 3.500 $ 10.000 $ 18.700 $ 28.700 h) Nova apuração dos custos de produção por unidade de produto 60 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Unidade II Tabela 34 Produto Matéria-prima Mão de Obra Direta Total dos Custos Diretos Custos Indiretos de Fabricação Total dos Custos de Produção Quantidade produzida “X” $ 3.000 $ 2.000 $ 5.000 $ 9.350 $ 14.350 12 un. “Y” $ 2.000 $ 1.000 $ 3.000 $ 5.844 $ 8.844 15 un. “Z” $ 1.500 $ 500 $ 2.000 $ 3.506 $ 5.506 08 un. Total $ 6.500 $ 3.500 $ 10.000 $ 18.700 $ 28.700 35 un. Demonstrativo dos cálculos: Produto “X” → $ 14.350 = $ 1.196 12 un. Produto “Y” → $ 8.844 = $ 590 15 un. Produto “Z” → $ 5.506 = $ 688 8 un. Tabela 35 Produto Custo de produção unitária “X” $ 1.196 “Y” $ 590 “Z” $ 688 i) Quadro comparativo e breve relatório sobre a apuração do custo de produção por unidade de produto, tomando-se como base os dois critérios diferentes para distribuir os CIF aos produtos Tabela 36 Produto Custo de produção unitária: critério de rateio para o CIF a base total de horas-máquinas Custo de produção unitária: critério de rateio para o CIF a base de total de nº empregados Variação em % “X” $ 817 $ 1.196 46,39% “Y” $ 700 $ 590 15,71% “Z” $ 1.050 $ 688 34,48% Demonstrativo dos cálculos: Produto “X” → ($ 1.196 -1) x 100 = 46,39% $ 817 61 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Contabilidade de Custos Produto “Y” → ( $ 590 -1) x 100 = 15,71% $ 700 Produto “Z” → ( $ 688 - 1) x 100 = 34,48% $ 1.050 A partir da comparação entre os dois critérios de rateio para os Custos Indiretos de Fabricação – à base total de horas-máquinas e à base total do número de empregados – nota-se que o produto Bolsa Feminina Modelo X teve seu custo elevado quando houve troca de critério, o que foi compensado com a redução do custo unitário para os outros dois modelos, Y e Z. É importante ressaltar que não houve redução do total de custo de produção, ou seja, independentemente do critério adotado para distribuir os CIF aos produtos, o custo total foi o mesmo ($ 28.700). Contudo, uma mudança de critério de rateio pode favorecer, por exemplo, a venda de um produto, uma vez que seu custo unitário torna-se menor (em nosso exercício foram os Modelos Y e Z), mas deve-se ter como entendimento que há apenas uma transferência de custos (no exercício, o Modelo X teve seu custo elevado). observação Caso uma empresa necessite reduzir seus custos totais de produção, não será com a simples mudança de critério de rateios para os CIF, e sim com estratégias planejadas e implantadas em seu parque fabril. 7 SiSteMa de aCUMULaÇão de CUStoS Indica os caminhos para coleta, processamento e saída das informações para o custeamento dos produtos. É o segmento estrutural de bancos de dados da contabilidade de custos. Basicamente o sistema de acumulação de custos é composto por: • produção por ordem ou sob encomenda;• produção por processo e/ou produção contínua. 7.1 Produção por ordem ou sob encomenda Essencialmente, um sistema de custeio por ordem coleta os custos de cada etapa da produção fisicamente identificável, sem levar em conta o período em que se realiza o trabalho. Para a apuração do custo total da ordem, a acumulação de custos vai desde o início até o fim da produção dessa ordem, mesmo que ultrapasse o exercício contábil convencionado. Ao final do exercício social, caso haja ordens de serviço em aberto, os custos também serão considerados. 62 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Unidade II Assim, cada encomenda terá a respectiva ordem de serviço, na qual serão anotados todos os custos (diretos e indiretos) para a produção de tal encomenda. Vale informar que, nesse caso, há um orçamento que propicia a realização da encomenda, uma vez que os produtos são fabricados baseados em modelos, metragem específica e cliente. Exemplos: empresas que fabricam móveis sob encomenda, serviços gráficos, confecção de roupas sob medida etc. Veja a seguir um exemplo de folha de orçamento. Proposta nº: J4369 Data: 6 de julho 20xx Cliente: Silva Motores Ltda. Produto: Válvula de motor de automóvel (válvula L181) Projeto de Engenharia nº JDR – 103 Nº de Unidades: 1.500 Materiais Diretos - MD Quantidade Preço Valor Barras de aço Submontagem Total do MD 3.600 kg 1.500 un. $ 11,30 $ 39,00 $ 40.680 $ 58.500 $ 99.180 Mão de Obra Direta - MOD Horas Preço Valor Operadores de torno Montadores Total da MOD 480 900 $ 26,00 $ 18,00 $ 12.480 $ 16.000 $ 28.680 Custos Indiretos de Fabricação - CIF Valor Depreciação Mão de obra indireta Manutenção Total do CIF $ 24.000 $ 20.080 $ 29.600 $ 73.680 Custos Totais - - Valor MD + MOD + CIF Mais 25% de margem Preço proposto Custo unitário: $ 201.540/1.500 Preço unitário: $ 251.925/1.500 - - - - - - $ 201.540 $ 50.385 $ 251.925 $ 134,36 $ 167,94 Figura 6 - Folha de orçamento 63 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Contabilidade de Custos É importante informar que a venda ocorre após a aceitação do orçamento pelo cliente. Contudo, a entrega física do produto ocorrerá somente após sua produção e, ainda, durante a produção da encomenda, todo gasto ocorrido deverá ser registrado em controle próprio. Ao final da produção, haverá a comparação entre o valor orçado e o realizado. Caso o gasto efetivo seja maior que o orçado, a empresa fabricante terá sua margem de lucro reduzida, a não ser que repasse tal gasto ao cliente, se o mesmo concordar, uma vez que toda negociação teve como base um contrato assinado entre as partes. 7.2 Produção por processo e/ou produção contínua Num sistema de custeamento por processo ou produção contínua, todos os custos de um período (geralmente por mês) são coletados sem nenhuma tentativa de atribuí-los a unidades específicas do produto. Fundamentalmente, nesse sistema coleta-se o total de custos incorridos durante o período e o número total de unidades de produtos trabalhados no mesmo período. Em seguida, dividem-se os custos totais pelo total de unidades fabricadas, chegando-se ao custo unitário de cada processo. À medida que o produto segue para o processo seguinte, leva como custo inicial o custo unitário do processo anterior, acumulando com o atual e, assim, obtendo o custo unitário acumulado até o processo em questão. Esse fluxo vai até a conclusão do produto, ou seja, passa por todo processo necessário para a fabricação de um determinado item. A produção por processo ou produção contínua também é conhecida por linha de produção. Na produção contínua, os produtos fabricados são iguais, não há uma identificação específica; por exemplo: fabricação de bacias de plástico. Para o sistema de acumulação de custos por processo, ou produção contínua, ou até mesmo por linha de produção, a empresa estabelece uma quantidade a ser produzida no período, considerando um custo total de produção para esse mesmo período, conforme demonstra o exemplo a seguir: Tabela 37 Total de unidades a produzir no mês 1.200 un. Custos totais de produção no mês: Custos Diretos - CD Material direto $ 1.700,00 Mão de obra direta $ 550,00 Total dos custos diretos $ 2.250,00 Custos Indiretos de Fabricação - CIF Aluguel $ 800,00 Manutenção $ 300,00 Mão de obra indireta $ 700,00 Seguro $ 100,00 Total dos custos indiretos $ 1.900,00 Total dos custos do período (CD + CIF) $ 4.150,00 64 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Unidade II Para conhecer o custo de produção unitária, basta dividir o Custo de Produção Total do período pela quantidade produzida, ou seja: $ 4.150,00 = $ 3,46 o custo de produção unitária 1.200 un. Considerando que todas as unidades previstas foram fabricadas durante o mês, pode-se afirmar que o Custo de Produção Acabada do mês foi de $ 4.150,00; logo, seu Estoque de Produtos Acabados também equivale a $ 4.150,00. Partindo do mesmo raciocínio, pode-se afirmar que, se a empresa vender todas as unidades fabricadas no mesmo mês, seu Custo de Produtos Vendidos (CPV) será igual a $ 4.150,00. Entretanto, se vender somente 910 unidades no mês, qual serão os seus custos (produção acabada e vendida e o valor do estoque de produtos acabados)? Vamos às respostas. Tanto o Custo da Produção Acabada quanto o Estoque de Produtos Acabados terão o mesmo valor, ou seja, $ 4.150,00, uma vez que as 1.200 unidades foram iniciadas e tiveram sua fabricação concluída no mesmo mês. Todavia, teremos novos valores para o Custo dos Produtos Vendidos – CPV e para o Estoque Final de Produtos Acabados; os valores serão calculados proporcionalmente à quantidade de unidades vendidas e em estoque. Seguem os cálculos: • quantidade produzida = 1.200 • quantidade vendida = 910 • quantidade em estoque = 290 Cálculo do CPV $ 4.150,00 = $ 3,46 → custo de produção unitária x 910 un. = $ 3.148,60 1.200 un. Cálculo do Estoque Final de Produtos Acabados $ 4.150,00 = $ 3,46 → custo de produção unitária x 290 un. = $ 1.001,40 (*) 1.200 un. (*) diferença de arredondamento Outra maneira de apurar o valor do estoque final de produtos acabados: Custo total de produção acabada – custo dos produtos vendidos $ 4.150,00 - $ 3.148,60 → $ 1.001,40 65 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Contabilidade de Custos Temos mais uma situação para o nosso estudo. Por diversos fatores (quebra de máquinas, falta de material, falta de funcionários etc.), a quantidade prevista para a produção do período poderá não ser concluída em sua totalidade, mas, pelo próprio sistema de produção contínua, sabe-se que algumas unidades tiveram o processo de produção iniciado; logo, há custos em tais unidades e, assim, deve ser apurado tal valor. Esse procedimento é chamado de Equivalente deProdução. 7.2.1 Equivalente de produção O custeamento por processo utiliza-se do conceito de unidades equivalentes para apurar a quantidade do estoque periódico de produtos em processo, quando o processo em questão ainda não foi totalmente concluído. No final do período de apuração de custo, são encontrados produtos em diferentes graus de acabamentos nos diversos estágios do processo produtivo. É evidente que o cálculo do custo médio unitário das unidades em processamento não deve ter o mesmo peso das terminadas, pois as unidades parcialmente completas receberam somente atenção parcial e técnica. O Equivalente de Produção é apurado por meio de um percentual informado pela área industrial; é feita uma análise sobre as unidades iniciadas e não concluídas no período, determinando o percentual para apurar o Custo da Produção Semiacabada e, consequentemente, o valor do Estoque de Produtos em Elaboração ou Semiacabados. Para melhor entendimento, usaremos os mesmos dados do exemplo utilizado no item anterior, com os devidos ajustes: Tabela 38 Total de unidades a produzir no mês 1.200 un. Custos totais de produção no mês: Custos Diretos - CD Material direto $ 1.700,00 Mão de obra direta $ 550,00 Total dos custos diretos $ 2.250,00 Custos Indiretos de Fabricação - CIF Aluguel $ 800,00 Manutenção $ 300,00 Mão de obra indireta $ 700,00 Seguro $ 100,00 Total dos custos indiretos $ 1.900,00 Total dos custos do período (CD + CIF) $ 4.150,00 Conforme informado, o equivalente de produção é apurado a partir de um percentual determinado pela área industrial, ou seja, um percentual que possa expressar o volume de custos considerados sobre as unidades iniciadas e não concluídas no período. Para o nosso exemplo, utilizaremos para o equivalente de produção a ordem de 80%. Seguem os cálculos: 66 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Unidade II a) Quantidade prevista para produção = 1.200 unidades b) Unidades concluídas = 700 c) Unidades semiacabadas = 500 d) Equivalente de produção = 80% Cálculo do equivalente de produção: Unidades concluídas = 700 (+) Unidades semiacabadas = 500 x 0,80 = 400 (=) Equivalente de produção = 1.100 un. Pode-se entender que as 700 unidades prontas receberam todos os custos empregados, já as 500 unidades semiacabadas receberão custos proporcionais, ou seja, 80%, conforme determina o equivalente de produção. Novos cálculos: a) Custo de produção unitária. b) Estoque total de produtos acabados. c) Estoque total de produtos em elaboração ou semiacabados. Respostas: a) Custo de produção unitária. Custo total de produção Unidade equivalente de produção $ 4.150,00 = $ 3,77 → novo custo de produção unitária 1.100 un. b) Estoque total de produtos acabados. 700 unidades x $ 3,77 = $ 2.639,00 67 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Contabilidade de Custos c) Estoque total de produtos em elaboração ou semiacabados. 500 unidades x 0,80 x $ 3,77 = $ 1.511,00 (*) (*) valor arredondado Para confirmar o valor custo total da produção do período, basta somar o valor de ambos os estoques: Estoque total de produtos acabados $ 2.639,00 (+) Estoque total de produtos em elaboração $ 1.511,00 (=) Custo total de produção do período $ 4.150,00 É importante ressaltar que as vendas ocorrerão a partir das unidades prontas, ou seja, 700 unidades, nas quais, inclusive, será apurado o Custo dos Produtos Vendidos - CPV. Entretanto, há custos envolvidos nas unidades semiprontas que deverão ser considerados, caso contrário, o preço de venda será formado inadequadamente. Saiba mais O criador da linha de produção foi Henry Ford, com a finalidade de reduzir os custos na produção de automóveis. Com isso, não só foi possível alcançar essa situação como até hoje é utilizado esse método de produção. Para maiores informações, acesse: <http://www.brasilescola.com/biografia/henry-ford.htm> 8 MÉtodoS de CUSteio Conforme aponta Martins (2003, p. 36), custeio significa “apropriação de custos”. Há diversos métodos de custeio, como custeio por absorção, custeio variável, custeio baseado em atividades, entre outros. As duas metodologias de apuração do custo dos produtos – custeamento por absorção e custeamento direto/variável – são as consideradas clássicas na teoria de contabilidade de custos. Elas foram desenvolvidas baseadas nos conceitos de custos com comportamentos diferentes em relação à quantidade produzida, ou seja, nos custos fixos e variáveis, e também utilizando os critérios de alocação dos custos indiretos fixos aos produtos. Do mesmo modo, a inadequação de critérios de alocação dos custos indiretos fixos pode enviesar as informações de custo dos produtos, atribuindo responsabilidades indevidas. Nesse sentido, o 68 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Unidade II custeamento por atividades (ABC) vem tentando minimizar os impactos de alocações inadequadas por meio do custeamento das atividades exigidas pelos produtos ou demais operacionais. A disciplina Contabilidade de Custos contemplará o custeio por absorção, ficando os dois métodos de custeio citados – variável e custeio baseado em atividades – a serem tratados em disciplinas específicas durante o curso de Ciências Contábeis. 8.1 Custeio por absorção x custeio variável Custeio por absorção é o método que consiste em atribuir aos produtos todos os custos de produção, de forma direta ou indireta. Assim, todos os custos, sejam eles fixos ou variáveis, são absorvidos pelos produtos. É o método utilizado para custear estoques, cujos saldos encontramos no balanço patrimonial, e para determinar o Custo dos Produtos Vendidos (CPV), encontrado na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). É, normalmente, exigido pela auditoria externa das empresas abertas e pelo Imposto de Renda. Custeio variável é o método que consiste em considerar que os produtos devem receber somente e exclusivamente os custos que causam ao serem produzidos. Nesse caso, os custos a serem alocados aos produtos são somente os custos variáveis. Os custos fixos são tratados como custos do período, indo diretamente para o resultado como despesas. Devido à complexidade do assunto e por tratar-se de um sistema gerencial que utiliza as informações de custo para decisão, o método do custeio variável será tratado em outra disciplina durante o curso de Ciências Contábeis. Vale informar que é a partir dos custos de produção que ocorre a formação do estoque de produtos que serão vendidos (ou mesmo estocados). Despesas Custos Estoque de produtos Venda Custeio por Absorção Demonstração de resultado Receita CPV - Custo dos Produtos Vendidos Lucro bruto Despesas Lucro operacional Fonte: Martins (2003, p. 37). Figura 7 69 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Contabilidade de Custos Para fins fiscais, entre os métodos de custeio existentes, o custeio por absorção é o único aceitopela legislação brasileira, ou seja, é a partir desse método que o CPV é formado e, consequentemente, o resultado do período, que se torna a base para a tributação vigente: Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Exemplo: uma determinada empresa fabrica os produtos A e B. A partir dos dados, utilizando o Método do Custeio por Absorção, apure: a) lucro por unidade de produto; b) lucro total por produto; c) lucro total do período. Tabela 39 Valor dos custos $ / un. Produto A Produto B • Custos diretos Matéria-prima Materiais auxiliares Mão de obra direta Total dos Custos Diretos 460,00 36,00 200,00 696,00 1.140,00 72,00 300,00 1.512,00 Outras informações Custos Indiretos de Fabricação: Salários deptos. de apoio à produção $ 200.000,00/mês Custos deptos. de apoio à produção $ 90.000,00/mês Depreciações das máquinas e equipamentos $ 150.000.00/mês Quantidade produzida no mês: A = 625 un. B = 250 un. Quantidade de horas de mão de obra direta por produto: A = 4 h/un. B = 6 h/un. 70 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Unidade II Critérios de rateio adotados para a distribuição dos Custos Indiretos de Fabricação aos Produtos: Salários e custos dos deptos. de apoio à produção: à base do total de horas/MOD. Depreciações: à base da quantidade produzida. Despesas operacionais Despesas administrativas: 3,5% sobre o preço de venda por unidade de produto. Despesas comerciais: 2,5% sobre o preço de venda por unidade de produto. Comissões sobre vendas por unidade de produto: A = $ 204,00 e B = $ 450,00. Preço de venda por unidade de produto: A = $ 1.700,00 B = $ 3.750,00 Respostas a) Etapas para apurar o lucro por unidade de produto. Cálculo do rateio dos custos indiretos de fabricação aos produtos. Salários e custos dos deptos. de apoio à produção: à base do total de horas/MOD. Produto A = 4 h x 625 un. = 2.500 horas → 62,5% Produto B = 6 h x 250 un. = 1.500 horas → 37,5% Total de horas = 4.000 → 100% Salário dos deptos. de apoio à produção, por unidade de produto. Produto A = 62,5% de $ 200.000,00 → $ 125.000,00/625 un. = $ 200,00 Produto B = 37,5% de $ 200.000,00 → $ 75.000,00/250 un. = $ 300,00 Custos dos deptos. de apoio à produção, por unidade de produto. Produto A = 62,5% de $ 90.000,00 → $ 56.250,00/625 un. = $ 90,00 71 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Contabilidade de Custos Produto B = 37,5% de $ 90.000,00 → $ 33.750,00/250 un. = $ 135,00 Depreciações das máquinas e equipamentos: à base da quantidade produzida. Produto A = 625 un. → 71,4% Produto B = 250 un. → 28,6% Total = 875 un. → 100% Depreciações das máquinas e equipamentos, por unidade de produto. Produto A = 71,4% de $ 150.000,00 → $ 107.100,00/625 un. = $ 171,36 Produto B = 28,6% de $ 150.000,00 → $ 42.900,00/250 un. = $ 171,60 Distribuição das despesas administrativas e comerciais por unidade de produto. Despesas administrativas: 3,5% sobre o preço de venda por unidade de produto. Produto A = 3,5% de $ 1.700,00 → $ 59,50 Produto B = 3,5% de $ 3.750,00 → $ 131,25 Despesas comerciais: 2,5% sobre o preço de venda por unidade de produto Produto A = 2,5% de $ 1.700,00 → $ 42,50 Produto B = 2,5% de $ 3.750,00 → $ 93,75 Tabela 40 Valor dos custos $ /un. Produto A Produto B 1. Custos diretos Matéria-prima Materiais auxiliares Mão de obra direta Total dos custos diretos 2. Custos Indiretos de Fabricação Salário dos deptos. de apoio à produção Custos dos deptos. de apoio à produção Depreciações das máquinas e equipamentos Total dos Custos Indiretos de Fabricação 3. (1+2) Total dos custos de produção 460,00 36,00 200,00 696,00 200,00 90,00 171,36 461,36 1.157,36 1.140,00 72,00 300,00 1.512,00 300,00 135,00 171,60 606,60 2.118,60 72 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Unidade II Tabela 41 Valor das despesas $ /un. Produto A Produto B Despesas administrativas Despesas comerciais Comissões sobre vendas Total das despesas 59,50 42,50 204,00 306,00 131,25 93,75 450,00 675,00 Tabela 42 Lucro por unidade de produto $ / un. Produto A Produto B Preço de venda ( - ) CPV (- ) Lucro bruto ( - ) Despesas ( = ) Lucro líquido Lucro em percentual sobre o preço de venda 1.700,00 (1.157,36) 542,64 (306,00) 236,64 13,92 % 3.750,00 (2.118,60) 1.631,40 (675,00) 956,40 25,50% b) Apuração do lucro total por produto. Tabela 43 Produto A $ Preço de venda: 1.700,00 x 625 un. ( - ) CPV: 1.157,00 x 625 un. (=) Lucro bruto. ( - ) Despesas: 306,00 x 625 un. ( = ) Lucro líquido 1.062.500,00 (723.125,00) 339.375,00 (191.250,00) 148.125,00 Tabela 44 Produto B $ Preço de venda: 3.750,00 x 250 un. ( - ) CPV: 2.118,60 x 250 un. ( = ) Lucro bruto ( - ) Despesas: 675,00 x 250 un. ( = ) Lucro líquido 937.500,00 (529.625,00) 407.875,00 (168.750,00) 239.125,00 c) Apuração do lucro total do período: Tabela 45 Produto A Produto B Total Preço de venda ( - ) CPV ( =) Lucro bruto ( - ) Despesas ( =) Lucro líquido 1.062.500,00 (723.125,00) 339.375,00 (191.250,00) 148.125,00 937.500,00 (529.625,00) 407.875,00 (168.750,00) 239.125,00 2.000.000,00 (1.252.750,00) 747.250,00 (360.000,00) 387.250,00 73 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Contabilidade de Custos 8.2 exercício resolvido sobre custeio por absorção A Indústria e Comércio de Tapetes Aladin Ltda., durante o mês de abril de 20x9, fabricou tapetes do tipo antialérgico, e os dados do período são os seguintes: Preço de venda $ 600,00 / un. Comissão sobre venda 5% Quantidade produzida 8.000 Quantidade vendida 7.000 Custos diretos no mês MP + MOD = $ 200,00/un. Custos indiretos de fabricação $ 2.400.000,00/mês Despesas gerais $ 50.000,00/mês Utilizando-se do custeio por absorção, pede-se: a) Custo total da produção acabada. b) Custo unitário da produção acabada. c) Custo total da produção vendida. d) Lucro total do período. e) Lucro unitário do período. f) Valor do estoque final de produtos acabados. Respostas a) Custo total da produção acabada Custos diretos: MP + MOD = $ 200,00 x 8.000 un. $ 1.600.000,00 (+) Custos Indiretos de Fabricação $ 2.400.000,00 (=) Custo total da produção acabada $ 4.000.000,00 74 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Unidade II b) Custo unitário da produção acabada: $ 4.000.000,00 → $ 500,00 8.000 un. c) Custo total da produção vendida: $ 4.000.000,00 → $ 500,00 x 7.000 un. → $ 3.500.000,00 8.0 un. d) Lucro totaldo período Demonstração de resultado do exercício Receita de vendas $ 600,00 x 7.000 un. $ 4.200.000,00 ( - ) CPV ($ 3.500.000,00) ( = ) Lucro bruto $ 700.000,00 ( - ) Despesas com comissões (*) ($ 210.000,00) ( - ) Despesas gerais ($ 350.000,00) ( = ) Lucro líquido $ 140.000,00 (*) Cálculo das despesas com comissões: $ 4.200.000,00 x 0,05 = $ 210.000,00 e) Lucro unitário do período $ 140.000,00 → $ 20,00 7.000 un. f) Valor do estoque final de produtos acabados Há duas maneiras de apurar o valor do estoque de produtos acabados: CPA – CPV → $ 4.000.000,00 - $ 3.500.000,00 = $ 500.000,00 Ou: CPA unitária x quantidade em estoque $ 500,00 x 1.000 un. = $ 500.000,00 75 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Contabilidade de Custos resumo Esta unidade abordou os dois componentes que formam o custo de produção por produto: a mão de obra direta e os custos indiretos de fabricação. Lembrando que anteriormente apresentamos a formação dos materiais diretos, concluindo assim os três componentes principais da formação do custo de produção: materiais diretos, mão de obra e custos indiretos de fabricação. Foi evidenciado que a formação do custo da mão de obra considera o salário contratado, os encargos sociais e todos os benefícios oferecidos pela empresa aos seus empregados. Foi estudada também a formação dos custos indiretos de fabricação, a necessidade de escolher um ou mais critérios de rateio para distribuir tais custos aos produtos fabricados, formando o custo de produção por produto, uma vez que os outros dois componentes, materiais diretos e mão de obra direta, por serem custos diretos, são mensuráveis e identificados com produtos fabricados. Vimos por meio de um exemplo que, a cada critério de rateio adotado, nova formação de custo de produção ocorre; mas os critérios de rateio são necessários para distribuir os custos indiretos aos produtos, já que estes não são mensuráveis e identificáveis. Ainda, não será pelo rateio que haverá redução de custos: para isso, a empresa necessitará de estratégias adequadas à sua realidade. Estudamos também os sistemas de acumulação de custos, considerando as empresas industriais que trabalham por ordem, ou seja, aquelas que dependem de um pedido para depois efetuar a produção; já as empresas que atuam por processo ou linha de produção fabricam em grande escala e produtos iguais. Em relação à produção por processo, quando o lote não for concluído no mesmo mês, será necessário apurar o equivalente de produção, ou seja, a apuração de custos sobre produtos iniciados e não concluídos no mesmo mês e que terão sua produção levada para o seguinte, juntando-se ao lote desse próximo mês. Para concluir a apresentação do conteúdo programático sobre a disciplina Contabilidade de Custos, demonstramos os principais métodos de custeio: absorção, variável e baseado em atividades. Por 76 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Unidade II meio de conceito e exemplo, apuramos o resultado do período, bem como a formação do estoque de produtos acabados, considerando o custeio por absorção, por ser o único método contábil, ou seja, aceito pela legislação fiscal. Deixaremos os outros dois métodos, variável e baseado em atividades, serem estudados em outras disciplinas do nosso curso, uma vez que, por tratarem de métodos gerenciais, serão utilizados para decisões internas de uma organização industrial. exercícios Questão 1. (ENADE 2005) Uma empresa está estudando a viabilidade econômica de duas tecnologias, conhecidas como X e Y, para a fabricação de um novo produto. O custo total de produção anual pode ser corretamente representado por uma função de custo da forma CTi (q) = Fi + vi q, em que: • CTi é o custo total de produção anual, usando-se a tecnologia i; • Fi é o custo fixo (constante independentemente da quantidade produzida); • vi é o custo variável unitário (constante independentemente da quantidade produzida); • q é a quantidade anual a ser produzida. Ao vender o produto, a empresa recebe um valor p por unidade vendida. O gráfico a seguir mostra a função de custo total anual de cada uma das tecnologias e a função de receita total, R(q) = q × p. R$ R(q) CTy(q) CTx(q) Fy Fx q0 q1 q2 Figura 8 77 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Contabilidade de Custos Com base unicamente nas informações anteriores, assinale a opção correta: A) Se q < q1, então apenas a tecnologia X é economicamente inviável. B) Se q > q2, então apenas a tecnologia Y é economicamente viável. C) Se q > q1, então a tecnologia Y deve ser utilizada. D) Se q1 < q < q2, então apenas a tecnologia X é economicamente viável. E) Se q = q0, então ambas as tecnologias são inviáveis, mas o prejuízo anual que se teria com a fabricação do produto seria maior se a tecnologia X fosse a escolhida. Reposta correta: alternativa C. Análise das alternativas Para a questão estudada, o ponto de equilíbrio (PE) ocorre quando R = CT para o novo produto i, sendo R = q.p e CT= F + q.v. Então, PE = F/(p – q). No gráfico apresentado, q1 é o ponto de equilíbrio para a tecnologia Y e q2 é o da tecnologia X. À direita desses pontos, fica a região dos lucros e à esquerda, a dos respectivos prejuízos. O ponto q0 indica apenas que, a partir dessa quantidade, a tecnologia Y possui custos totais menores do que a tecnologia X. Para a solução dessa questão, basta realizar uma análise gráfica do ponto de equilíbrio. A) Alternativa incorreta. Justificativa: no gráfico, q1 é o ponto de equilíbrio da tecnologia Y (PEy) e q2 é o ponto de equilíbrio da tecnologia X (PEx). Como q<q1<q2, o ponto q está abaixo do PE das duas tecnologias. Logo, ambas são inviáveis. B) Alternativa incorreta. Justificativa: no gráfico, q1 é o ponto de equilíbrio da tecnologia (PEy) e q2 é o ponto de equilíbrio da tecnologia X (PEx). Como q>q2>q1, o ponto q está acima do PE das duas tecnologias. Logo, ambas são viáveis. C) Alternativa correta. Justificativa: no gráfico, q1 é o ponto de equilíbrio da tecnologia Y (PEy) e q2 é o ponto de equilíbrio da tecnologia X (PEx). 78 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Unidade II Nessa situação, q é maior do que o PE da tecnologia Y e, sendo assim, ocorrerá lucro. Mesmo quando q>q2, o que viabiliza a tecnologia X, o lucro obtido usando a tecnologia Y é maior do que o lucro obtido usando a tecnologia X. D) Alternativa incorreta. Justificativa: nessa situação, q está abaixo do ponto de equilíbrio da tecnologia X, que é q2. E) Alternativa incorreta. Justificativa: para essa quantidade, as duas tecnologias são inviáveis. Nessa situação, os prejuízos seriam idênticos, pois a distância entre as retas de custo total de X e de Y em relação à reta das receitas é a mesma. Portanto, ambas as tecnologias, nesse ponto, têm prejuízo igual. Questão 2. A fábrica de calçados Jura’s S/A está em fase de expansãoe necessita refinar as suas formas de calcular e acompanhar os seus custos, os gastos e os resultados de suas operações. Durante o primeiro período de sua nova gestão de custos, apurou os seguintes valores: Preço unitário de venda R$ 500,00 % Comissão sobre vendas 3 Quantidade produção 4.000 Quantidade vendida 3.500 CD Custos diretos unit (MP+MOD) R$ 150,00 CIF Custos indiretos de fabricação R$ 1.240.000,00 Despesas gerais R$ 50.000,00 O Sistema de Custeio adotado é o de Custeio por Absorção. Deve-se calcular e acompanhar os valores de: • custo total da produção; • custo unitário da produção; • custo total da produção vendida; • lucro total; • lucro unitário; • valor do estoque final de produtos acabados. 79 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Contabilidade de Custos Com Base nos resultados apurados, pode-se afirmar que: I – O Custo Total de Produção é de R$ 600.000,00. II – O Custo Unitário dos Produtos Acabados é de R$ 150,00. III – O Custo Total da Produção Vendida é de R$ 1.610.000,00. IV – O Lucro Total (líquido) do período é de R$ 37.500,00. V – O valor do estoque final de produtos acabados é de R$ 230.000,00. Estão corretas apenas as afirmativas: A) I e II. B) II, III e V. C) I, II, III, IV e V. D) III, IV e V. E) III e V. Resolução desta questão na plataforma. 80 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 REFERÊNCIAS Textuais LEONE, G. S. G. Curso de contabilidade de custos: livro de exercícios. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2003. ___. Custos: planejamento, implantação e controle. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2011. MARTINS, E. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2003. MARTINS, E.; GELBCKE, E. R.; IUDÍCIBUS, S. Manual de contabilidade das sociedades por ações. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009. RIBEIRO, O. M. Contabilidade de custos. São Paulo: Saraiva, 2012. SOUZA, M. A.; DIEHL, C. A. Gestão de custos: uma abordagem integrada entre contabilidade, engenharia e administração. São Paulo: Atlas, 2009. Disponível em: <http://online.minhabiblioteca. com.br/books/9788522471195>. Acesso em: 18 jun. 2013. VIDECONTI, P. E. V.; NEVES, S. Contabilidade de custos: um enfoque direto e objetivo. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. Site <http://www.cpc.org.br> Exercícios Unidade I – Questão 1. INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2009: Engenharia. Questão 24. Disponível em: <http://public.inep.gov.br/enade2009/ADMINISTRACAO.pdf>. Acesso em: 3 ago. 2013. Unidade I – Questão 2. INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2006: Administração. Questão 30. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/download/enade/2006/Provas/PROVA_ DE_ADMINISTRACAO.pdf>. Acesso em: 3 ago. 2013. Unidade II – Questão 1. INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2005: Engenharia. Questão 29. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/download/enade/2005/provas/ENGENHARIA_VI.pdf>. Acesso em: 3 ago. 2013. 81 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 82 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 83 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 84 CC TB - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 6/ 09 /1 3 // Q ue st õe s CQ A: C ris tin a / C or re çã o: M ár ci o - 17 /0 9/ 20 13 Informações: www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000
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