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ANESTESIA INALATÓRIA

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16/04/2018
ANESTESIA INALATÓRIA
Sempre há uma transferência de anestésico para compartimentos, do sistema respiratório, para a circulação e por fim para o SNC. Se inicia no aparelho de anestesia inalatória e finaliza no SNC.
Por exemplo:
Se colocar um medicamento a 2% no aparelho não será os 2% que irá chegar ao SNC naquele momento, chega uma menor quantidade no sistema respiratório, menos ainda na circulação e quase nada no SNC. Isso ocorre em uma inspiração, a cada inspiração a concentração vai se igualando com o total (2%), daí em diante a anestesia se mantém, o animal inspira 2% do anestésico e expira os 2%, pois não ocorrerá troca gasosa, já que a concentração estará a mesma.VEZES QUE O AR FOI INSPIRADO
	
	
	APARELHO
	SISTEMA RESPIRATÓRIO
	SISTEMA CIRCULATÓRIO
	SISTEMA NERVOSO CENTRAL
	
	2,00%
	1,40%
	1,20%
	1,00%
	
	2,00%
	1,60%
	1,40%
	1,20%
	
	2,00%
	1,80%
	1,60%
	1,40%
	
	2,00%
	2,00%
	1,80%
	1,60%
	
	2,00%
	2,00%
	2,00%
	1,80%
	
	2,00%
	2,00%
	2,00%
	2,00%
	
	
	
	
	
SEQUÊNCIA QUE O ANESTÉSICO PERCORRE
É possível regular a anestesia em qualquer momento da cirurgia. A inalatória é ajustada para o paciente individualmente e não para a espécie, diferente das outras anestesias, é possível também ajustar para o momento da anestesia.
A anestesia inalatória o animal pode ficar nela por horas, diferente em anestesia injetável ou dissociativa.
Vantagens:
Tempo não é limitante
Via de administração e eliminação
Pouco metabolizado
Manutenção da anestesia no plano desejado
Facilidade de controle da anestesia
Obrigatoriedade do fornecimento de oxigênio
Rápida indução e recuperação
Características desejáveis:
Pouco metabolizado
Não irritante à mucosa 
Não inflamável (éter) ou explosivo (clorofórmio)
Baixo coeficiente de solubilidade no sangue e gordura
Não nefrotóxico ou hepatotóxico
Não sensibilizar o miocárdio a ação das catecolaminas (alguns podem aumentar a chance de o animal ter arritmias) 
Odor agradável
Os anestésicos inalatórios usados hoje são o Isofluorano, Halotano e Sevofluorano, o Halotano está deixando de ser usado. O animal inala o anestésico, cai na corrente sanguínea e vai para os órgãos mais vascularizados, ele redistribui para músculo, gordura e assim por diante, quando o paciente fica estável, isso se mantém, quando é retirada a anestesia inalatório, retira rapidamente aquilo que ele está ricamente vascularizado e o animal acorda. Ele acorda rápido, porque o cérebro é muito vascularizado, mas ainda há anestésico ainda em músculo e gordura, então o animal acorda, mas não totalmente, porque aos poucos esse anestésico em músculo está sendo liberado para a corrente sanguínea.
 
Fatores que controlam a concentração dos anestésicos inalatórios no SNC:
Solubilidade: 
Há anestésicos muito solúveis e anestésicos pouco solúveis. O anestésico funciona como um copo de água que está sendo colocado sal. O sal é solúvel na água, ele se dissolve até que ele precipita no fundo, ou seja, extrapolou a sua capacidade de solubilidade (Soluto + solvente). O anestésico inalatório quando começa a ser jogado na circulação, ele dissolve e depois que ele extrapola sua capacidade de solubilidade que ele irá formar microbolhas no sangue e essas vão para o cérebro. Um anestésico que é pouco solúvel ele não se dissolve no sangue e diretamente vira microbolhas e vai para o cérebro mais rápido (como chumbo jogado na água, ele não se dissolve), então o animal vai dormir rápido. Se o anestésico é muito solúvel, o animal demora para dormir e para acordar, se o anestésico é pouco solúvel, o animal dorme rápido e ele vai acordar rápido.
Isso irá influenciar na hora de aprofundar ou superficializar o animal em alguns momentos de uma cirurgia, se usar um anestésico muito solúvel é preciso ajustar muito antes do momento que deseja, já o pouco solúvel irá ajustar na hora que for necessário.
O melhor anestésico é aquele que tem menor solubilidade, pois se o animal está aprofundando demais, com risco de óbito, um anestésico pouco solúvel é mais rápido de superficializar o paciente, mas é necessário que o anestesista seja muito habilidoso. A solubilidade está diretamente ligada a velocidade, quanto menos solúvel é o anestésico mais veloz ele é para fazer seu efeito.
Concentração alveolar mínima:
A definição é a concentração anestésica necessária para 50% dos animais não responderem a uma incisão cirúrgica de pele. Por exemplo, pegamos 10 cães e colocamos na anestesia com Halotano a 0,1% e então faz-se uma incisão, no caso todos os cães reagem a dor, então aumentamos a dose de 0,1 a 0,1% e testamos, o número de animais que reagem começam a decair, até que aos 0,8% de Halotano apenas 5 cães reagem a dor da incisão, isto é a CAM. Então é a concentração de anestésico para que a metade dos cães não reaja a dor.
Se pegar o valor da CAM e multiplicar por 1,5, funciona em 95% dos pacientes, fazendo isso aumenta a segurança da anestesia.
	ESPÉCIE
	HALOTANO
	ISOFLUORANO
	SEVOFLUORANO
	HOMEM
	0,77%
	1,15%
	1,70%
	CÃO
	0,87%
	1,41%
	2,10%
	GATO
	0,82%
	1,63%
	-
	CAVALO
	0,90%
	1,55%
	2,31%
	PORCO
	1,25%
	1,45%
	-
A CAM está correlacionada com a potência, quanto menor a CAM mais potente é o anestésico, pois se um anestésico com pouca concentração consegue fazer com que o paciente durma, mais potente esse anestésico é.
Um anestésico potente não significa que ele é rápido, pois o que correlaciona com a velocidade que anestésico faz efeito é sua solubilidade. O isofluorano sempre será um intermediário. Cães orientais normalmente tem uma CAM mais alta.
A CAM em um animal debilitado será diferente, pois ele não irá aguentar a quantidade de anestésico que um cão normal aguenta, portanto, a quantidade de anestésico será menor. Animais com hipotermia, acidose metabólica, hipotensão, gestante, animais muito idosos, mal oxigenados, quando usamos opiódes no transoperatório ou que estejam usando outros anestésicos.
Já os fatores que fazem aumentar a CAM são hipertermia, estimulantes do sistema nervoso central (broncodilatadores) e animais superexcitados.
Fatores que diminuem a CAM:
Hipotermia (<36C no cão);
Acidose metabólica;
Hipotensão (Pa < 50mmHg)
Gestação;
Idade avançada;
PaO2 menor que 40mmHg;
PaCO2 maior que 95mmHg;
Fármacos que deprimem o SNC (MPA, anestésicos injetáveis);
Uso de opióides no transoperatório.
Fatores que aumentam a CAM:
Hipertermia
Estimulantes do SNC (anfetaminas)
Porcentagem de metabolização hepática do anestésico:
O anestésico inalatório foi desenvolvido para poupar um pouco a metabolização dentro do organismo. O ideal é que ele seja eliminado boa parte pela respiração, poupando o fígado de metabolizar e o rim de excretar.
O halotano hoje é o anestésico mais metabolizado pelo fígado, boa parte vai ser eliminado pela respiração, mas ainda assim uma parte considerável será metabolizada pelo fígado. Em especial este anestésico forma um metabólito extremamente ruim, o ácido trifluoroacético. Esse metabólito desenvolve vários problemas, limitando muito o uso para muitos pacientes, ele é cardiotóxico, nefrotóxico, neurotóxicos, hepatotóxico, deprime filhotes na cesárea. O halotano é limitado para quase todos os pacientes. 
Quem sofre mais com isso é a equipe cirúrgica, pois o animal recebe este anestésico apenas na cirurgia que ele está, já a equipe cirúrgica recebe os resquícios desse anestésico em toda cirurgia que fizer com este anestésico, trazendo vários problemas de saúde, predispõe a doenças imunomediadas, câncer, quadros de enxaqueca, depressão, é teratogênico (fetos com deficiência).
O sevofluorano é o melhor para hepatopatas, mesmo sendo mais metabolizado pelo fígado que o isofluorano, ele não produz ácido trifluoroacético, já o isofluorano produz muito pouco, mesmo assim ele se torna mais tóxico que o sevofluorano, pois ele não produz nada de metabólito.
PIC – Pressão intracraniana / FC – Frequência cardíaca / PA – Pressão arterial/ DC – Débito cardíaco.
O halotano não deve ser usado em cardiopatas, pois causa muitas alterações em sistema cardiovascular. O isofluorano é muito vasodilatador, diminuindo a PA, mas não deprime tanto o resto do sistema, já o sevofluorano é parecido com o isofluorano, mas não é tanto vasodilatador, assim se um cardiopata usa um vasodilatador, o uso é de isofluorano, se a doença cardíaca no animal não pode acontecer vasodilatação, então usa sevofluorano.
O halotano aumenta a PIC, então a oxigenação cerebral cai, animais com alguma alteração neurológica não pode usar esse medicamento. O iso mantém a PIC e o sevo aumenta bem pouco, então o melhor para um neuropata é o isofluorano, pode utilizar sevo, mas não é o ideal.
No sistema respiratório o halotano deprime absurdamente, todo animal saudável anestesiado com ele respira mal, um paciente com alguma doença respiratória ou qualquer alteração que a respiração está comprometida, ele não aguenta o a anestesia com halotano, ou se utilizar o halotano deve manter o animal em ventilação controlada, ele tem um odor razoável. O isofluorano deprime a respiração, mas é mínima, mas tem odor pungente (horrivel), além disso ele irrita a mucosa, é o pior anestésico para induzir o animal na máscara e pode gerar tosse no pós-operatório, cirurgias de traqueia, laringe não utilizar o iso. O sevofluorano deprime bem pouco a respiração e o seu odor é muito agradável, este é pouco solúvel, por essas características ele é o melhor para induzir na máscara.
Para o fígado, o halotano é extremamente hepatotóxico, pois produz ácido trifluoroacético em grande quantidade, pode causar cirrose no paciente. Já o iso tem hepatotoxicidade menor, mas tem uma hepatotoxicidade importante. O sevofluorano é o menos hepatotóxico de todos.
O halotano é extremamente nefrotóxico, o sevo é menos nefrotóxico e o isofluorano é o menos nefrotóxico de todos. Então para nefropata o ideal é o isofluorano, mas pode ser utilizado o sevofluorano também.
Para o sistema reprodutivo o halotano induz aborto e teratogênese, o iso e o sevo não induz, embora os trabalhos não serem 100% confiáveis.
Riscos da exposição aos anestésicos inalatórios:
Cefaléia, náusea, fadiga e irritabilidade
Prevalência de abortos, anomalias congênitas, tumores, doenças hepáticas –em estudo.
Cuidados para reduzir a poluição:
Cuff 
Uso mínimo de máscara (induzir o animal na máscara) e sistemas abertos;
Evitar vazamentos
Sistemas antipoluentes.

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