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Caso clinico

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FACULDADES INTEGRADAS DA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO
Estrutura para o relato do Caso Clínico (Psicologia)
Docente Ministrante: Fabiane Gonçalves.
Autora: Simone Costa Lima Sena.
1. Identificação geral do paciente
· Nome: Sam
· Sexo: Feminino.
· Idade: 17 anos.
· Escolaridade: 3º ano do ensino médio.
· Estado Civil: Solteira
Identificação Paterna 
· Pai: José (fiquiticio) 
· Idade: 38 anos (fiquiticio) 
· Profissão do pai: Empresários. 
· Estado Civil: Casado.
Identificação Materna 
· Mãe: Maria (fiquiticio) 
· Idade: 37 anos (fiquiticio)
· Profissão da mãe: Enfermeira (fiquiticio) 
· Estado Civil: Casada. 
2.	Impressões Iniciais: A adolescente de apenas dezessete anos filha de pais separados, mais que raras vezes visita seu pai o qual não tem um bom relacionamento, pois a mesma diz que não ira visitá-lo naquele dia, pois para ela é melhor, só assim não ira se aborrecer. Mora com a mãe e padrasto que aparenta ter um bom relacionamento por não haver queixas da parte da adolescente, no novo relacionamento o padrasto tem um filho por nome Patrick os dois tem apenas seis meses de diferença na idade, são bastante unidos para tudo se tratam com carinho e respeito, um para com o outro. Sam é uma adolescente bastante bonita gosta de ouvir musicas tristes é conhecida como, a vadia da escola, pois a mesma já se relacionou com vários homens e para isso os mesmos lhe deixavam alcoolizada para abusar sexualmente dela, seus relacionamentos são todos com homens sem caráter, os mesmos a tratava muito mal, a mesma vive sua vida sem medir conseqüências futuras só dando ênfase no prazer de viver o aqui e o agora. A adolescente prática bulimia coisa que estar habituada a fazer. É confusa com relação a seus sentimentos diz que ama uma pessoa mais gosta de outra, não tem uma boa imagem de si própria, se sente insiguinificante, não se sente amada, não consegue ser feliz apesar de tentar esconder isso quando estar com o grupo, tem um desejo imenso que as pessoas a amem pelo que ela é não se acha no direito de ser amada por alguém de uma boa índole. Quando a mesma tinha onze anos de idade foi abusada sexualmente pelo chefe de seu pai por nome Robert, que freqüentava sua casa constantemente.
Sintomas apresentados (diagnostico): Insegurança, Baixa alta estima Frustração, Reflexos de situações conflitantes, Sintomas cognitivos, emocionais e comportamentais, Transtornos alimentares, Transtorno da Personalidade, Abuso de substâncias químicas, Conduta hipersexualizada, Comportamentos autodestrutivos, Sintomas de ansiedade, Depressão.
Possível condição de tratamento: 1º Entrevista com um psicólogo, semi-estruturada inicial constituída por duas partes: na primeira parte, o objetivo é estabelecer um vínculo terapêutico com a paciente, criando um espaço seguro baseado em uma relação de confiança para que ocorra uma melhor elaboração daquilo que vem sendo motivo de crises pessoais transtornos psicopatológicos, crises existenciais e de qualquer sintoma que esteja sinalizando algum problema e sendo motivo de sofrimento. 2º A avaliação psicológica a que é fundamental no trabalho do psicólogo nos diferentes contextos: clínico, entre outros. No contexto clínico, este instrumento é importantíssimo no acolhimento, na avaliação e na condução de todo o processo terapêutico. Neste sentido, a entrevista psicológica se estrutura a partir dos pressupostos teóricos que sustentam o entendimento do indivíduo, do seu desenvolvimento, das suas relações, das suas potencialidades e limitações, da sua saúde e de seu adoecimento. Assim, pode estar baseada numa perspectiva psicanalítica composta por três encontros com duração de uma hora cada e com freqüência semanal. A Psicoterapia que é um processo que utiliza de diálogos sigilosos e construtivos, reflexões, apontamentos, intervenções, desenhos e histórias com o objetivo de ampliar a consciência e possibilitar o acesso a novos canais de comunicação, contribuindo para a mudança de padrões e de modelos de relações que não estejam mais sendo saudáveis ou úteis para o indivíduo. Como nossa paciente que tem a pratica da bulimia o tratamento desses transtornos envolve uma equipe multidisciplinar psiquiatra, nutricionista, fármacos e antidepressivos.
Vitória de Santo Antão 28 de Setembro de 2015
ENSAIO TEÓRICO
Docente Ministrante: Fabiane Gonçalves.
Autora: Simone Costa Lima Sena.
Erik Erikson Propõe uma teoria psicossocial do desenvolvimento humano
Identidade X Confusão de papéis (doze aos dezoito anos).
O livro Identidade Juventude, de Erik Erikson revê um conjunto de conceitos escritos de acontecimentos na vida do adolescente. Para embasar nosso caso queremos em primeiro lugar deixar claro o que acontece na fase da adolescência segundo Erik Erikson a tônica recai sobre os conceitos: Ego, Identidade e Crise de Identidade, estudando especialmente a quinta fase. 
Correspondendo à adolescência, período de grande atenção do autor, a quinta idade supõe que as identificações que foram sendo feitas no decorrer das idades anteriores possibilitarão o indivíduo a encontrar e fortalecer sua identidade: é um período da vida em que o corpo muda radicalmente de proporções, a puberdade genital inunda o corpo e a imaginação com toda espécie de impulsos, a intimidade com o outro sexo se inicia e o futuro imediato o coloca diante de um número excessivo de possibilidades e escolhas conflitantes. Nesta idade o ego tem um papel fundamental de revisão e síntese das vivências de todas as idades anteriores. Se ao longo de seu desenvolvimento a criança conseguir uma boa relação inicial com o mundo e com a cultura através dos questionamentos próprios desta idade, buscando novo sentido de continuidade e de coerência para suas vidas, ela terá maior possibilidade de ser bem sucedida no futuro. É sabido que a adolescência localiza se numa zona intermediária entre a vida infantil e as expectativas e medos referentes á vida futura. 
O quê ele explica é que a integração que agora tem lugar sob a forma de identidade do ego é mais que a soma das identificações da infância e diz respeito à experiência acumulada da capacidade do ego para integrar todas as identificações realizadas mais as aptidões naturais da pessoa mais as oportunidades oferecidas pelas funções sociais. O sentimento de identidade do ego, então firma a certeza de que coerência e continuidade interiores elaboradas no passado alicerçam e equivalem á coerência e á continuidade do próprio significado de si mesmo para a cultura, o que se evidencia, por exemplo, na escolha de uma carreira. A confusão de papéis pode ser entendida como parte do processo de conquista da identidade, principal trabalho do ego nesta idade. Se o adolescente trouxer consigo desconfianças, vergonhas, culpas e inferioridades muito acentuadas o conflito em relação á aquisição da identidade sexual e social fica intensificado. Erikson explica que: A mente do adolescente é essencialmente uma mente do moratório que é uma etapa psicossocial entre a infância e a idade adulta, entre a moral aprendida pela criança e a ética a ser desenvolvida no adulto.
É uma mente ideológica e, de fato, é a visão ideológica de uma sociedade a que afeta mais claramente o adolescente ansioso por se afirmar perante seus iguais e que está preparado para ser confirmado pelos rituais, credos e programas que definem ao mesmo tempo o que é mau e hostil (ERIKSON, 1976, p.242). É um período crítico, pois ao mesmo tempo em que o ego da criança já fez um trabalho de síntese também este período de confusão irá determinar sobremaneira. O adolescente está amadurecendo, assimilando os valores de sua cultura, desenvolvendo senso crítico, observando de forma muito particular a realidade, refletindo, utilizando suas atividades cognitivas. 
Erikson observava que todo este mecanismo psíquico em direção á identidade explicitava a necessidade atual da juventude daquele tempo de definir sua identidade no mundo moderno e industrializado. Durante a adolescênciaos conflitos vivenciados nas idades anteriores são revividos com conflitos parciais desconfiança, vergonha, culpa inferioridade, assim como busca por confiança, autonomia, iniciativa e produtividade e vão ajudando a moldar sua Identidade adolescente em direção à vida adulto-jovem. Fica claro o processo de expansão do ego ao longo das quatro primeiras idades, na adolescência. Como nosso caso clinica a adolescente sofreu abuso sexual quando tinha apenas onze anos, os traumas são vivenciados em sua vida nesta fase tão importante para seu desenvolvimento, um dos diagnostico ocorrido na vida da mesma são os transtornos alimentares, a baixa auto-estima e outros. 
Erik Erikson (1976) afirma que, quando ocorre um desenvolvimento satisfatório e positivo, há a construção de uma personalidade que domina ativamente seu ambiente, podendo perceber corretamente o mundo e a si mesmo. A adolescência, para Erikson (1976), é um momento crucial para a construção da identidade. Ela é determinada por muitos fatores, tanto pelo que ocorreu anteriormente na vida do indivíduo como também pelo que ocorrerá, ou seja, suas expectativas futuras. Ainda, para Erikson (1976), a adolescência normal é caracterizada especialmente pela crise da identidade versus confusão de identidade. Esse é um momento no qual o jovem inicia a estabilidade de sua identidade; ao mesmo tempo em que há uma consideração de diferentes percepções, formas de compreender o mundo, de experiências que podem ser causadoras de confusão. Essa confusão - que é normal e esperada nesse período - faz com que o jovem passe a refletir sobre as diferentes escolhas e caminhos possíveis a serem tomados por ele. Do ambiente em que essa jovem em desenvolvimento está inserida não proporciona experiências positivas e seguras, a mesma pode desenvolver uma perturbação central, o que aguça a regressão patológica interferindo diretamente no processo de construção da identidade e no desenvolvimento da personalidade como um todo. Esses conceitos e características englobam o desenvolvimento normal da adolescência, quando o indivíduo passa por uma reformulação da visão de si, do mundo e de sua identidade. Porém, a partir do momento em que esses jovens são expostos a fatores de risco, podem tornar-se emocionalmente vulneráveis. Tais fatores de risco podem ser caracterizados por condições de pobreza, rupturas na família e vivência de algum tipo de violência. A adolescência, por si só, é constituída de estressores que podem influenciar no surgimento das sintomatologias psiquiátricas. 
Propõem que a fase da adolescência, com tantos estressores ambientais recentes ou prévios, também podem influenciar no surgimento de sintomas depressivos. Assim, o alto grau de estressores nessa fase do desenvolvimento torna-se influenciador da construção da identidade que ocorre nesse momento, segundo Erikson (1998). A adolescência é constituída de intensos períodos de desenvolvimento corporal, crescimento, cognitivo e emocional, necessitando de condições afetivas e sociais e positivas favoráveis para o completo desenvolvimento de suas potencialidades vitais. Esses aspectos podem comprometer a saúde, o bem-estar ou o desempenho social do indivíduo. A infância e a adolescência vêm sendo acometidas por transtornos mentais, como apresenta a paciente analisada os fatores associados a alguns sintomas como: ansiedade, transtorno de personalidade, frustração, transtorno alimentares, abuso do álcool, drogas e outros.
O trauma da violência sexual infantil pode ser tratado para amenizar a dor das crianças que sofrem a agressão, mas a cicatriz criada com o abuso ficará para sempre. A violência sexual infantil, as seqüelas de um trauma como um abuso podem interferir na vida adulta de uma vítima se não forem tratadas. A adolescente precisa de um acompanhamento para enfrentar o problema e depois superá-lo. 
PERSONALIDADE NA CONCEPÇÃO DE JUNG
Carl Jung. (Psicologia do inconsciente) Carl Jung. (O Desenvolvimento da Personalidade)
"Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana." (Carl Jung)
Um dos principais conceitos de Jung, motivo maior de nosso trabalho, é o conceito da individuação termo que usa para descrever um processo de desenvolvimento pessoal que envolve o estabelecimento de uma conexão entre o ego, centro da consciência, e o self, centro da psique total incluindo tanto a consciência quanto o inconsciente, os quais não devem ser considerados sistemas separados, mas dois aspectos de um único sistema. A tarefa maior da psicologia analítica, como ficou conhecida a psicologia de Carl Gustav Jung, é, precisamente, incentivar o indivíduo a percorrer o mundo desconhecido do inconsciente e, lá estando, reconhecer aquilo com que se depara na busca de integrar tais conteúdos à consciência e se tornar um ser mais completo e autoconsciente. 
Neste sentido observando a adolescente de apenas dezessete anos aparentemente parece não sofrer, pois muitas coisas estão no seu inconsciente Jung diz que, a mesma precisa percorrer o mundo do desconhecido e trazer tudo para o consciente para torna-se um individuo outoconciente. Segundo a concepção junguiana, por mais que nos esforcemos em viver superficial e alienadamente o nosso ser e estar de cada dia, acomodados na segurança do mundo habitual, a psique por diversos momentos evoca o ego a um processo de interiorização, momento de confrontação e chamamento, vasculhando-se o interior à procura das verdades até então buscadas fora. A partir de tamanho confronto com o inconsciente, novos horizontes se abrem para a realização pessoal e para toda uma nova tomada de consciência do si mesmo. 
Sob tal processo, visto como natural por Jung, o ego, receoso de se encontrar com o desconhecido e seus mais íntimos medos, bem podem recusar e se esquivar dessa verdadeira jornada de interiorização e busca de significado. Em tal caso, e ao impedir o fluxo natural de sua evolução, a psique, em sua capacidade auto-reguladora, poderá se manifestar na vida na forma de um conflito insustentável, em um chamado para que nos voltemos para essa dimensão de nós mesmos. Jung pregava que no confronto entre inconsciente e consciente, quer seja mediante conflito ou em termos de colaboração, os distintos componentes da personalidade se unem e amadurecem para formar um indivíduo específico e uno. Sob tal visão, o processo de individuação não deve ser entendido como algo que se processe linearmente, mas como um movimento de circunvolução que leva o indivíduo em direção a um novo centro psíquico, chamado de centro, self ou Si Mesmo, por Jung de tal modo que, segundo a psicologia analítica de Jung, a personalidade do indivíduo somente venha a se completar quando o consciente e o inconsciente se organizarem em torno do self, aí formando o centro total da personalidade
As lembranças concentradas e alojadas no consciente ou subconsciente de Sam quando ainda era uma criança em virtude dos tormentos e traumas causados pelos abusos sexuais e agressões, eternizou-se na mente da mesma e refletem em todas as subseqüências e aspectos de sua vida. Por esse motivo, em virtude dos tormentos e traumas causados pelos abusos sexuais e agressões, o desenvolvimento saudável é afetado tornando seu comportamento diferente daquela criança que teve sua infância em vias normais. Pois ao passar por forte choque emocional, sente-se desprotegida, oprimido, abusada, rejeitada e abandonada. Os traumas emocionais sofridos geram transtornos comportamentais em sua personalidade. 
Apontando que a violência foi num âmbito extrafamiliar, atinge a vida da criança de forma a prejudicar seus padrões de saúde. Estas experiências de violência acabam tornando-se de grande amplitude, podendo vir a resultar no surgimento de culpa, tristeza, retraimento, vergonha e levando o adolescente a desenvolver transtornos de humor, assim como outras psicopatologias a violência tem sido a propagadora de danos à saúde mental de adolescentes. Devido ao trauma, esta jovem acaba desenvolvendocomportamentos de risco que podem interferir no seu desenvolvimento.
Referências 
ERIKSON, E. H. Identidade, Juventude e Crise. Rio de Janeiro: Zahar editores, 1976.
ERIKSON, E. H. Infância e Sociedade. 2ª ed. Rio de Janeiro: Zahar editores, 1987.
JUNG,Carl Gustavo. O Desenvolvimento da Personalidade,Vol. XVII, Rio De Janeiro Editora Vozes,1981.
JUNG, Carl Gustav. Psicologia do inconsciente. São Paulo. Editoras Vozes. 1984.

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