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ESTUDOS DISCIPLINARES VI

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ESTUDOS DISCIPLINARES VI
Pergunta 1 
1 em 1 pontos
 
No tocante à oralidade e à escrita, a perspectiva que se preocupa com o papel da 
escrita e da fala em contextos de ensino formal é:
 
I. dicotômica.
II. sociointeracionista.
III. variacionista.
IV. culturalista.
 
Está correto o que se afirma em
Resposta Selecionada: c. 
III.
• Pergunta 2 
• 1 em 1 pontos
 
A oralidade e a escrita apresentam características distintas. São marcas da 
modalidade escrita da língua, exceto:
Resposta 
Selecionada: 
c. 
A dimensão visual e espacial da escrita, articulada a sua 
materialidade e inserção num suporte externo, tornaram-na 
estanque e conservável, permitindo guardar as informações 
durante um tempo indeterminado.
• Pergunta 3 
• 1 em 1 pontos
 
Considerando o conceito de elisão da sílaba fraca nas palavras proparoxítonas, 
analise o seguinte enunciado.
 
O uso de "teto" em lugar de tétano não deve ser considerado desconhecimento da 
língua 
PORQUE
 
esse uso revela a gramática interna da aluna.
 
Assinale a opção correta a respeito desse enunciado.
Resposta 
Selecionada: 
b. 
As duas asserções são proposições verdadeiras e a segunda é 
uma justificativa correta da primeira.
• Pergunta 4 
• 1 em 1 pontos
 
Assinale o trecho do diálogo que apresenta um registro informal, ou coloquial, da 
linguagem, próximo, portanto, da modalidade oral:
Resposta Selecionada: a. 
“Tá legal, espertinho! Onde é que você 
esteve?!”
• Pergunta 5 
• 1 em 1 pontos
 
Com base no texto abaixo e no conceito de hesitação, responda.
é... eu veju contá qui u... a mulher tava isfreganu ropa.... i quanu ea istendeu ropa nu 
secadô veiu um leitãozim... i pegô a fuçá a ropa dela... ea foi... cua mão chuja di 
sabão ea deu um tapa assim nu... nu... nu... nu fucim du leitão... u leitão sumiu.... 
quanu ea veiu i chegô dentru di casa... ea tinha dexadu u mininu nu berçu... quanu ea
chegô u mininu tava choranu... eli tava cua marca di sabão.
(Adaptado de E. T. R. Amaral. "A transcrição das fitas: abordagem preliminar")
 
A hesitação é uma estratégia apontada como constitutiva da construção do texto 
falado. O falante, de modo não controlado ou parcialmente controlado, usa artifícios 
como prolongamento de vogais e consoantes, com a finalidade de mostrar-se 
cauteloso em relação ao que diz ou, ainda, reorganizar o que deseja enunciar, 
caracterizando o "ganhar tempo" na produção da fala. Vale ressaltar também que as 
hesitações sofrem pressões situacionais, que dependem do contexto da interação e 
dos interlocutores envolvidos. Com base no exposto, observe os exemplos.
 
I. "quanu ea veiu i chegô dentru di casa";
II. "eli tava cua marca di sabão";
III. "nu... nu... nu... nu fucim du leitão...";
IV. "i quanu ea istendeu ropa nu secadô veiu um leitãozim";
V. "quanu ea chegô u mininu tava choranu".
 
Está correto o que se afirma apenas em
Resposta Selecionada: b. 
III.
• Pergunta 6 
• 1 em 1 pontos
 
No poema “Aula de Português”, de Carlos Drummond de Andrade, há referências 
aos usos da língua. 
 
Aula de Português
 
A linguagem
na ponta da língua
tão fácil de falar
e de entender.
 
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que quer dizer?
 
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
 
Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a priminha.
 
O português são dois; o outro, mistério.
 
Fonte: ANDRADE, C. D. Esquecer para lembrar. Rio de Janeiro: José Olympio, 
1979.
 
Em qual das alternativas faz-se uma referência à variedade padrão da língua?
Resposta Selecionada: b. 
“A linguagem / na superfície estrelada de 
letras”.
• Pergunta 7 
• 1 em 1 pontos
 
Considerando o conceito de elisão da sílaba fraca nas palavras proparoxítonas, veja a 
afirmação abaixo:
 
O uso de "teto" em lugar de tétano não deve ser considerado desconhecimento
da língua 
 
Em qual alternativa ocorre o mesmo fenômeno citado no exemplo? 
 
I. "figo" - "fígado".
II. "estombo" - "estômago".
III. "tremo" - "trêmulo".
 
Está correto o que se afirma apenas em
Resposta Selecionada: d. 
I, II e III.
• Pergunta 8 
• 1 em 1 pontos
 
Com base no texto abaixo, responda à questão. 
 
O trecho é parte da transcrição de uma entrevista oral, concedida por uma senhora de 84 
anos, moradora de Barra Longa (MG). Pertence ao corpus de uma pesquisa realizada na 
cidade, envolvendo pessoas idosas com pouca ou nenhuma escolaridade e que não 
habitaram outros lugares. A entrevistada fala sobre a existência da figura folclórica do 
lobisomem.
é... eu veju contá qui u... a mulher tava isfreganu ropa.... i quanu ea istendeu ropa nu 
secadô veiu um leitãozim... i pegô a fuçá a ropa dela... ea foi... cua mão chuja di sabão ea 
deu um tapa assim nu... nu... nu... nu fucim du leitão... u leitão sumiu.... quanu ea veiu i 
chegô dentru di casa... ea tinha dexadu u mininu nu berçu... quanu ea chegô u mininu tava
choranu... eli tava cua marca di sabão.
(Adaptado de E. T. R. Amaral. "A transcrição das fitas: abordagem preliminar")
 
O procedimento de inserção, comum na construção do texto falado, vem exemplificado, 
no trecho: 
ea [ela] tinha dexadu u mininu nu berçu...
 
Do ponto de vista da produção desse texto, a inserção caracteriza 
I. um truncamento que, não aceitável em textos escritos, impede que essa produção oral 
seja associada à noção de autoria.
II. um movimento típico de autoria, realizado por meio do retorno ao próprio discurso 
para dar ao ouvinte informações que direcionam a interpretação da sequência narrativa, 
de modo semelhante ao que ocorre com os índices que solucionam ou antecipam fatos 
pendentes nas narrativas escritas.
III. um acréscimo que, assinalado por uma quebra de fronteiras prosódicas, fornece 
informação indispensável para a explicitação da relação entre as personagens "leitão" e 
"menino" e se constitui em uma marca de autoria.
 
Está correto o que se afirma APENAS em
Resposta Selecionada: e. 
II e III.
• Pergunta 9 
• 1 em 1 pontos
 
Leia a letra da música e as afirmações que seguem.
 
Cuitelinho
 
Cheguei na bera do porto
Onde as onda se espaia.
As garça dá meia volta,
Senta na bera da praia.
E o Cuitelinho não gosta
Que o botão da rosa caia.
Quando eu vim da minha terra,
Despedi da parentaia.
Eu entrei em Mato Grosso,
Dei em terras paraguaia.
Lá tinha revolução
Enfrentei fortes bataia.
A tua saudade corta
Como aço de navaia.
O coração fica aflito,
Bate uma outra faia.
E os oio se enche d'água.
Que até a vista se atrapaia.
 
Folclore recolhido por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó. Bortoni-Ricardo, S.M. 
Educação em língua materna. São Paulo: Parábola, 2004.
 
A canção “Cuitelinho” manifesta aspectos culturais de um povo, observados, por 
exemplo, no jeito de falar. Observe as afirmativas abaixo, considerando a 
preservação da produção cultural marcada nas formas linguísticas evidenciadas na 
música.
 
I. Recriação da realidade brasileira de forma ficcional.
II. Criação neológica na língua portuguesa.
III. Formação da identidade nacional por meio da tradição oral.
IV. Incorreção da língua portuguesa que é falada por pessoas do interior do Brasil.
V. Padronização de palavras que variam regionalmente, mas possuem o mesmo 
significado.
Está correto o que afirma apenas em
Resposta Selecionada: c. 
III.
• Pergunta 10 
• 1 em 1 pontos
 
O conhecimento de categorias e processos fonológicos pode ser útil para o professor 
conduzir a alfabetização porque alguns desses processos se refletem na escrita. 
Sempre que o estudante toma como referencial a sua variedade de fala, formascomo 
contá e fuçá podem surgir tanto nas fases iniciais como em momentos mais 
avançados da alfabetização. Qual a categoria fonológica afetada no fenômeno que 
essas formas exemplificam?
Resposta 
Selecionada: 
d. 
A sílaba e, no seu interior, o fonema de travamento, cuja queda
resulta no padrão silábico CV.
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