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Fisiologia Renal Anatomia e Fisiologia do Trato Urinário Inferior • Uma vez que a urina tenha saído dos cálices renais e da pelve renal ela flui pelos ureteres e entra na bexiga urinária, onde é armazenada. • Os ureteres são tubos musculares com cerca de 30 cm de comprimento. Entram na bexiga na face posterior, próximo à base, acima do colo da bexiga. • A bexiga é composta de 2 partes: – fundo ou corpo, que armazena a urina – colo (uretra posterior) que tem forma de funil e une-se a uretra; nas mulheres é o final do trato urinário e ponto de saída da urina e nos homens a urina flui da uretra posterior até a anterior, que se estende pelo pênis. • A bexiga, os cálices renais, a pelve e o ureter são revestidos com epitélio transicional, composto por várias camadas celulares, este epitélio é envolvido por fibras longitudinais e espirais de tecido muscular liso. • Na bexiga este tecido muscular recebe o nome de músculo detrusor. • As fibras musculares da bexiga próximas ao colo formam o esfíncter interno (não é um esfíncter verdadeiro, formado por fibras musculares convergentes), este esfíncter não está sobre controle voluntário. Seu tônus evita o esvaziamento da bexiga até que estímulos apropriados ativem a micção. • O esfíncter externo (formado de músculo esquelético) está sob controle voluntário, e pode ser usado para interromper ou impedir a micção. • As células do músculo liso, no trato urinário inferior, são acopladas eletricamente, exibem potenciais de ação espontâneos, contraem-se quando estiradas e estão sob controle autonômico. • As paredes dos ureteres, bexiga e uretra são altamente pregueadas e dessa forma dilatáveis. • O volume da bexiga pode aumentar a partir de um volume mínimo de 10 ml, após a micção até 400 ml; a pressão, porém varia apenas 5 cm de H2O. • O músculo liso do colo da bexiga recebe inervação simpática dos nervos hipogastros. Os receptores alfa-adrenérgicos, localizados principalmente no colo da bexiga e na uretra, causam contração (fechamento da uretra e armazenamento de urina). • As fibras parassimpáticas sacrais (muscarínicas) inervam o corpo da bexiga e causam contração mantida da bexiga. • Fibras sensoriais dos nervos pélvicos (via visceral aferente) também inervam o fundo, carregam informações dos receptores que detectam o volume da bexiga, dor e sensações de temperatura. • Os nervos pudendos sacros inervam as fibras do músculo esquelético do esfíncter externo. Micção – Micção é o processo de esvaziamento da bexiga urinária. Duas etapas estão envolvidas: 1) Enchimento progressivo da bexiga até que a pressão chegue a um valor crítico 2) Reflexo neuronal - reflexo da micção - que esvazia a bexiga. Análise da Urina • A análise do volume e das propriedades física, química e microscópica da urina, chamada de análise de elementos anormais e sedimento (EAS), revela muito sobre as condições do corpo. • As principais características são: volume, cor, aspecto, odor, pH e gravidade específica (densidade). • A água responde por 95% do volume total de urina e os 5% restantes consistem em eletrólitos, solutos derivados do metabolismo celular e substâncias exógenas, tais como fármacos. • Cilindros: – Cilindros hialinos: significado – urina concentrada, doenças febris, exercício extenuante, durante tratamento com diuréticos (não indicam doença renal). – Cilindros hemáticos: significado – glomerulonefrite. – Cilindros leucocitários: significado – necrose tubular aguda, nefrite intersticial. – Cilindros epiteliais: não específicos, podem representar necrose tubular aguda. – Cilindros granulares: não específicos, podem representar necrose tubular aguda. – Cilindros céreos: significado - IRC, indicam estase nos túbulos coletores, indicativos de anúria ou oligúria.
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