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22_Equi_acid_basico

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Equilíbrio Ácido- Básico 
O Papel dos Rins 
 
O organismo produz diariamente 80 mEq (50 a 100 mmoles/dia) de ácidos não 
voláteis (não excretáveis pelos pulmões), principalmente a partir do metabolismo das 
proteínas. E cerca de 15 a 20 moles/dia de ácidos voláteis. 
O mecanismo primário para a remoção desses ácidos não voláteis é a excreção 
renal. Entretanto o controle preciso das concentrações de íons H+ no Líquido extracelular 
(LEC) envolve mais que a simples eliminação desses íons pelos rins, como mecanismos de 
tamponamento ácido-básico envolvendo o sangue, as células e os pulmões, que são 
essenciais à manutenção das concentrações normais dos íons H+, tanto no Líquido 
intracelular (LIC) quanto no LEC. 
A concentração de íons H+ nos líquidos corporais é normalmente mantida em nível 
baixo, em comparação aos outros íons. 
[H+] 40 x 10-9Eq/l ou 40 nEq/l 
O íon Hidrogênio é um próton livre liberado a partir do átomo de Hidrogênio, as 
moléculas que contém átomos de Hidrogênio são capazes de liberar íons Hidrogênio e são 
denominadas ácidos. 
Ex: HCl se ioniza na água e libera H+ e Cl-. 
H2CO3 se ioniza na água e libera H+ e HCO3- . Uma base é um íon ou molécula que pode aceitar um íon H+. 
Ex: HCO3- é uma base visto que pode combinar-se com o H+ e formar o H2CO3. 
HPO4-- é uma base visto que pode combinar-se com o H+ e formar o H2PO4--. 
As proteínas também funcionam como base, visto que alguns aminoácidos têm 
carga negativa e prontamente aceitam íons H+. 
A Hemoglobina nos eritrócitos e as proteínas em outras células estão entre as bases 
mais importantes no corpo. 
O termo base é freqüentemente é utilizado como sinônimo do termo álcali, que é 
uma molécula formada pela combinação de um ou mais dos metais alcalinos (Sódio, 
Potássio e Lítio) com um íon fortemente básico como o íon hidroxila (OH-). 
A porção básica dessas moléculas reage rapidamente com os íons H+ para removê-
los da solução. 
Alcalose refere-se a remoção excessiva de íons H+ dos líquidos corporais. 
Acidose refere-se a adição excessiva de íons H+ nos líquidos corporais. 
Distúrbios ácido-básicos metabólicos resultam da mudança na [HCO3-]. 
Distúrbios ácido-básicos respiratórios resultam da mudança na pCO2. 
Ácido forte: rapidamente se dissocia e libera grandes quantidades de H+ na solução, 
ex: HCl. 
Base forte: reage rapidamente e fortemente com o H+ e remove ativamente íons H+ 
da solução, ex: OH- forma H2O. 
Ácido fraco: libera íons H+ com menor intensidade, ex: H2CO3. 
Base fraca: liga-se mais fracamente com o H+ do que a hidroxila, ex: HCO3-. 
A maioria dos ácidos e bases no LEC que estão envolvidos no controle ácido-básico 
são ácidos e bases fracas (H2CO3 e o HCO3-). 
 
 
 
 1
pH dos Líquidos Corporais 
 
Concentrações extremas de íons H+ podem variar desde 10 nEq/l a 160 nEq/l sem 
causar a morte. Como a concentração de íons H+ é normalmente muito baixa, se costuma 
expressar esta concentração em escala logarítmica, utilizando-se as unidades de pH, que 
está relacionado à verdadeira concentração de íons H+. 
pH = log 1/ [H+] = - log [H+] 
A partir desta fórmula podemos verificar que o pH esta inversamente relacionado 
com a concentração de íons H+, pH baixo = alta concentração de íons H+ e um pH alto = 
baixa concentração de íons H+. 
Os limites de pH compatíveis com a vida são 6,8 e 8,0. 
A necessidade de ajuste nestes limites é devido a influencia do pH na atividade 
enzimática, no funcionamento cardíaco e oxigenação tecidual. 
A faixa normal de variação do pH sangüíneo é de 7,37 a 7,42. 
 
Tampões, Pulmões e Rins 
 
Existem 3 sistemas primários que regulam a concentração de íons H+ nos líquidos 
corporais para evitar o desenvolvimento de acidose e alcalose: 
1. Os sistemas químicos de tampões ácido-básicos dos líquidos corporais (primeira 
linha de defesa contra as variações de pH) 
2. O centro respiratório 
3. Os rins. 
 
Tampão 
 
Qualquer substância que pode ligar-se reversivelmente aos íons H+. Ácido fraco e 
sua base conjugada e uma base fraca e seu ácido conjugado. 
 
TAMPÃO + H+ TAMPÃO H 
 
Sistema tampão bicarbonato: ácido fraco e sal bicarbonato 
 
1) ácido carbônico 
 
CO2 + H2O H2CO3 H+ + HCO3 -
 
* anidrase carbônica 
* Enzima presente nas células alveolares pulmonares, células tubulares renais, 
hemácias. 
 
 
 
 
 
 
 
 2
Tampão Bicarbonato 
 
NaHCO3 (sal Bicarbonato de Sódio) 
 
Na HCO3 Na+ + HCO3 - 
 
Considerando-se todo o sistema 
 
CO2 + H2O H2CO3 HCO3 - + H+ 
 + 
 Na 
 
Adicionando-se ácido forte, ex: HCl eu desvio a equação para a esquerda, 
adicionando-se base forte (NaOH), a equação é desviada para a direita. 
 
CO2 + H2O H2CO3 HCO3 - + H+ 
 + NaOH + Na 
 
Equação de Henderson-Hasselbach 
 
Fornece a relação matemática definida entre a proporção das concentrações dos 
elementos ácidos e básicos de cada sistema tampão e o pH da solução. 
Com ela se pode calcular o pH de uma solução se forem conhecidas a concentração 
molar de íon Bicarbonato e a PCO2. 
pH = 6,1 + log HCO3- 
(0,03 x pCO2) 
 
Tampão Fosfato 
 
H2PO4- e HPO4 -- 
 
ácido forte -> HCl + Na2HPO4 NaH2PO4 + NaCl 
base forte -> NaOH + NaH2PO4 Na2HPO4 + H2O 
 
Importante tampão nos líquidos intracelulares visto ser a concentração de fosfatos 
nestes líquidos maior que no LEC. 
 
Proteínas 
 
As proteínas são os tampões mais abundantes do organismo em virtude de suas altas 
concentrações, especialmente no interior das células. 
Nos eritrócitos a hemoglobina é um importante tampão H+ + Hb HHb 
 
Regulação Respiratória 
 
É o controle da concentração de CO2 do LEC pelos pulmões que por sua vez 
diminui a concentração de íons H+. 
 3
O CO2 é produzido constantemente pelas células devido aos processos metabólicos, 
se difunde das células para os líquidos intersticiais e daí para o sangue, onde é levado aos 
pulmões para ser trocado e eliminado na atmosfera. 
Em média existem 1,2 mmol/l CO2 dissolvidos no LEC, o que corresponde a pCO2 
de 40 mmHg. Se a produção de CO2 aumentar eleva a pCO2, se ocorrer redução metabólica 
a pCO2 diminui. O aumento da concentração dos íons H+ estimula a ventilação alveolar. 
Sistema de feedback negativo, eficiência de 50 a 75%, resposta observada em 3 a 15 min. 
Se a produção metabólica de CO2 permanecer constante o único outro fator capaz de 
afetar a pCO2 é a ventilação alveolar. Quanto mais alta a ventilação alveolar, menor pCO2 e 
quanto menor a ventilação alveolar maior a pCO2. 
 
Controle Químico da Respiração 
 
O objetivo final da respiração: manutenção dos níveis de O2, CO2 e H+ nos tecidos. 
O excesso de CO2 e H+ no sangue exerce ação direta no centro respiratório, 
intensificando os sinais motores tanto inspiratórios como expiratórios (músculos). 
O2 não exerce efeito direto (atua em quimiorreceptores periféricos - corpos 
carotídeos e aórticos); níveis de pO2 < 70 mmHg (60 para 30). 
Resposta dos neurônios quimiossensíveis aos íons H+, que não atravessam 
facilmente a barreira hematoencefálica. 
 
Efeito do CO2 sangüíneo sobre a estimulação da área quimiossensível: 
 
CO2 + H2O H2CO3 H+ + HCO3-
 
O efeito estimulador do CO2 é diminuído após 1 a 2 dias (intenso nas primeiras 
horas declina gradualmente, diminuindo 1/5 efeito inicial). 
A capacidade global de tamponamento do sistema respiratórioé 1 a 2 vezes maior 
que os tampões químicos. Anormalidades respiratórias podem causar mudanças nas 
concentrações de íons H+, levando a acidose respiratória.
 
Controle Renal 
 
Os rins controlam o equilíbrio ácido-básico ao excretarem urina ácida ou básica. 
Os rins desempenham papel chave na regulação dos íons H+. 
Os rins impedem a perda de Bicarbonato na urina, cerca de 4320 mEq de 
Bicarbonato por dia são filtrados em condições normais, e quase todo ele é reabsorvido. 
Os 80 mEq de ácidos não voláteis produzidos diariamente principalmente a partir do 
metabolismo das proteínas são excretados pelos rins. 
Cerca de 4400 (4320 + 80) mEq de íons H+ devem ser secretados diariamente no 
líquido tubular. 
Na alcalose ocorre a redução dos íons H+do LEC, os rins são incapazes de 
reabsorver todo o HCO3- filtrado, aumentando assim a excreção de HCO3-, esta perda de 
HCO3- eqüivale a adicionar íons H+ ao LEC. 
Na acidose os rins não excretam HCO3- na urina, mas reabsorvem todo o HCO3- 
filtrado e produzem novo HCO3-, que é devolvido ao LEC. 
 
 4
Os íons H+ não são em sua maior parte excretados como íons livres, mas sim em 
combinação com outros tampões urinários como o fosfato e a amônia. 
Os rins controlam a concentração de íons H+ do LEC através de 3 mecanismos 
básicos: 
1. Secreção de íons H+ 
2. Reabsorção dos íons HCO3- filtrados 
3. Produção de novos íons HCO3-. 
 
A secreção de íons H+ e reabsorção de Bicarbonato ocorrem em todas as partes dos 
túbulos, exceto nos ramos delgados descendente e ascendente da alça de Henle, mas cerca 
de 80 a 90 % ocorre no TCP. 
A cada Bicarbonato reabsorvido, é necessária a secreção de um íon H+. 
As células epiteliais do túbulo proximal, segmento espesso da alça de Henle e 
túbulo distal secretam íons H+ através do contratransporte de Na+-H+. 
Íons HCO3- são titulados com os íons H+ nos túbulos. 
No excesso de íons HCO3 - em relação aos íons H+ (alcalose metabólica), o excesso 
de íons HCO3 - não podem ser reabsorvidos e então são excretados na urina. 
Na acidose o excesso de íons H+ , provoca a reabsorção completa de íons HCO3 - 
enquanto que o excesso de íons H+ passa para a urina (tamponados pelos íons fosfatos e 
amônia e excretados como sais). 
Células intercaladas no túbulo distal final e coletor secretam íons H+ por transporte 
ativo primário. 
Bomba ativa é responsável por 5% do total de íons H+ secretados, mecanismo 
importante na formação de urina maximamente ácida. 
Quando ocorre secreção de íons H+ em quantidades superiores ao HCO3 - apenas 
pequena parte desses íons pode ser excretada na forma iônica (pH mínimo da urina é de 4,5 
= [H+] 0,03 mEq/l). 
Os íons H+ são excretados com os tampões no líquido tubular. 
Os tampões mais importantes são os tampões fosfato (HPO4 -- e H2PO4 -) e amônia. 
Sistema tampão fosfato transporta o excesso de íons H+ na urina e gera novo HCO3 -.Toda 
vez que H+ se ligar com um tampão diferente do HCO3 - o efeito final consiste na adição de 
novo HCO3 - ao sangue. 
 
Tampão Amônia 
 
O sistema tampão amônia (NH3) e o íon amônio (NH4) são os mais importantes do 
ponto de vista quantitativo (o fosfato é reabsorvido e apenas 30 a 40 mEq/dia são 
disponíveis para o tamponamento dos íons H+). 
O íon amônio é sintetizado a partir da Glutamina (transportada ativamente para o 
interior das células epiteliais dos túbulos proximais, ramo ascendente espesso da alça de 
Henle e túbulos distais). 
Cada molécula de Glutamina é metabolizada para formar dois íons amônio (NH4) e 
dois íons HCO3-. 
 O NH4 é transportado por mecanismo de contratransporte em troca do Na+ e o 
HCO3- é reabsorvido pelo sangue - novo HCO3-. 
 
 
 5
O aumento na concentração de H+ LEC estimula o metabolismo da Glutamina e, 
portanto aumenta a formação do NH4 e de novo HCO3 - para serem utilizados no 
mponamento dos íons Hta Os estímulos mais importantes para aumentar a secreção dos íons H
+. 
+ pelos túbulos 
na acidose são: 
1. Aumento da pCO2 no LEC 
2. Aumento da concentração de H+ no LEC (pH baixo). 
 
Causas Clínicas dos Distúrbios Ácido-Básicos 
 
Acidose respiratória: lesão bulbo, obstrução das vias aéreas, pneumonia extensão ou 
doença que diminua a área de superfície da membrana pulmonar, ou qualquer fator que 
interfira na troca de gases entre o sangue e o ar alveolar. 
Alcalose respiratória: ventilação excessiva, raramente de causas físicas, psiconeurose, 
subida a altas altitudes (alcalose respiratória leve). 
Acidose metabólica: incapacidade dos rins de excretar ácidos metabólicos do organismo, 
perda de bases dos líquidos corporais; diarréia intensa (bicarbonato nas fezes), diabetes 
mellitus descompensado (ácido acetoacético e Betahidroxibutírico); insuficiência renal 
crônica. 
Alcalose metabólica: excesso de aldosterona; vômitos do conteúdo gástrico apenas, ingesta 
de fármacos alcalinos (Bicarbonato de Cálcio). 
 
Análise da Urina 
 
A análise do volume e das propriedades física, química e microscópica da urina, 
chamada de análise de elementos anormais e sedimento (EAS), revela muito sobre as 
condições do corpo. 
As principais características são: volume, cor, aspecto, odor, pH e gravidade 
específica (densidade). 
A água responde por 95% do volume total de urina e os 5% restantes consistem em 
eletrólitos, solutos derivados do metabolismo celular e substâncias exógenas, tais como 
fármacos. 
 
 
 
 
 
 
 6
	Equilíbrio Ácido- Básico
	O Papel dos Rins
	O organismo produz diariamente 80 mEq (50 a 100 mmoles/dia) de ácidos não voláteis (não excretáveis pelos pulmões), principalmente a partir do metabolismo das proteínas. E cerca de 15 a 20 moles/dia de ácidos voláteis.
	O mecanismo primário para a remoção desses ácidos não voláteis é a excreção renal. Entretanto o controle preciso das concentrações de íons H+ no Líquido extracelular (LEC) envolve mais que a simples eliminação desses íons pelos rins, como mecanismos de tamponamento ácido-básico envolvendo o sangue, as células e os pulmões, que são essenciais à manutenção das concentrações normais dos íons H+, tanto no Líquido intracelular (LIC) quanto no LEC.
	A concentração de íons H+ nos líquidos corporais é normalmente mantida em nível baixo, em comparação aos outros íons.
	[H+] 40 x 10-9Eq/l ou 40 nEq/l 
	O íon Hidrogênio é um próton livre liberado a partir do átomo de Hidrogênio, as moléculas que contém átomos de Hidrogênio são capazes de liberar íons Hidrogênio e são denominadas ácidos. 
	Ex: HCl se ioniza na água e libera H+ e Cl-.
	H2CO3 se ioniza na água e libera H+ e HCO3- .
	 Uma base é um íon ou molécula que pode aceitar um íon H+. 
	Ex: HCO3- é uma base visto que pode combinar-se com o H+ e formar o H2CO3.
	HPO4-- é uma base visto que pode combinar-se com o H+ e formar o H2PO4--.
	As proteínas também funcionam como base, visto que alguns aminoácidos têm carga negativa e prontamente aceitam íons H+.
	A Hemoglobina nos eritrócitos e as proteínas em outras células estão entre as bases mais importantes no corpo.
	O termo base é freqüentemente é utilizado como sinônimo do termo álcali, que é uma molécula formada pela combinação de um ou mais dos metais alcalinos (Sódio, Potássio e Lítio) com um íon fortemente básico como o íon hidroxila (OH-).
	A porção básica dessas moléculas reage rapidamente com os íons H+ para removê-los da solução.
	Alcalose refere-se a remoção excessiva de íons H+ dos líquidos corporais.
	Acidose refere-se a adição excessiva de íons H+ nos líquidos corporais.
	Distúrbios ácido-básicos metabólicos resultam da mudança na [HCO3-]. 
	Distúrbios ácido-básicos respiratórios resultam da mudança na pCO2.
	Ácido forte: rapidamente se dissocia e libera grandes quantidades de H+ na solução, ex: HCl.
	Base forte: reage rapidamente e fortemente com o H+ e remove ativamente íons H+ da solução, ex: OH- forma H2O.
	Ácido fraco: libera íons H+ com menor intensidade,ex: H2CO3.
	Base fraca: liga-se mais fracamente com o H+ do que a hidroxila, ex: HCO3-.
	A maioria dos ácidos e bases no LEC que estão envolvidos no controle ácido-básico são ácidos e bases fracas (H2CO3 e o HCO3-). 
	pH dos Líquidos Corporais
	Concentrações extremas de íons H+ podem variar desde 10 nEq/l a 160 nEq/l sem causar a morte. Como a concentração de íons H+ é normalmente muito baixa, se costuma expressar esta concentração em escala logarítmica, utilizando-se as unidades de pH, que está relacionado à verdadeira concentração de íons H+.
	pH = log 1/ [H+] = - log [H+] 
	A partir desta fórmula podemos verificar que o pH esta inversamente relacionado com a concentração de íons H+, pH baixo = alta concentração de íons H+ e um pH alto = baixa concentração de íons H+.
	Os limites de pH compatíveis com a vida são 6,8 e 8,0.
	A necessidade de ajuste nestes limites é devido a influencia do pH na atividade enzimática, no funcionamento cardíaco e oxigenação tecidual. 
	A faixa normal de variação do pH sangüíneo é de 7,37 a 7,42.
	Tampões, Pulmões e Rins
	Existem 3 sistemas primários que regulam a concentração de íons H+ nos líquidos corporais para evitar o desenvolvimento de acidose e alcalose:
	1. Os sistemas químicos de tampões ácido-básicos dos líquidos corporais (primeira linha de defesa contra as variações de pH)
	2. O centro respiratório
	3. Os rins.
	Tampão
	Qualquer substância que pode ligar-se reversivelmente aos íons H+. Ácido fraco e sua base conjugada e uma base fraca e seu ácido conjugado.
	TAMPÃO + H+ TAMPÃO H
	Sistema tampão bicarbonato: ácido fraco e sal bicarbonato
	1) ácido carbônico
	CO2 + H2O H2CO3 H+ + HCO3 -
	* anidrase carbônica
	* Enzima presente nas células alveolares pulmonares, células tubulares renais, hemácias.
	Tampão Bicarbonato 
	NaHCO3 (sal Bicarbonato de Sódio) 
	Na HCO3 Na+ + HCO3 - 
	Considerando-se todo o sistema
	CO2 + H2O H2CO3 HCO3 - + H+
	 + Na 
	Adicionando-se ácido forte, ex: HCl eu desvio a equação para a esquerda, adicionando-se base forte (NaOH), a equação é desviada para a direita.
	CO2 + H2O H2CO3 HCO3 - + H+
	 + NaOH + Na 
	Equação de Henderson-Hasselbach
	Fornece a relação matemática definida entre a proporção das concentrações dos elementos ácidos e básicos de cada sistema tampão e o pH da solução.
	Com ela se pode calcular o pH de uma solução se forem conhecidas a concentração molar de íon Bicarbonato e a PCO2.
	pH = 6,1 + log HCO3-
	(0,03 x pCO2)
	Tampão Fosfato 
	H2PO4- e HPO4 --
	ácido forte -> HCl + Na2HPO4 NaH2PO4 + NaCl
	base forte -> NaOH + NaH2PO4 Na2HPO4 + H2O
	Importante tampão nos líquidos intracelulares visto ser a concentração de fosfatos nestes líquidos maior que no LEC.
	Proteínas
	As proteínas são os tampões mais abundantes do organismo em virtude de suas altas concentrações, especialmente no interior das células.
	Nos eritrócitos a hemoglobina é um importante tampão H+ + Hb HHb
	Regulação Respiratória 
	É o controle da concentração de CO2 do LEC pelos pulmões que por sua vez diminui a concentração de íons H+.
	O CO2 é produzido constantemente pelas células devido aos processos metabólicos, se difunde das células para os líquidos intersticiais e daí para o sangue, onde é levado aos pulmões para ser trocado e eliminado na atmosfera.
	Em média existem 1,2 mmol/l CO2 dissolvidos no LEC, o que corresponde a pCO2 de 40 mmHg. Se a produção de CO2 aumentar eleva a pCO2, se ocorrer redução metabólica a pCO2 diminui. O aumento da concentração dos íons H+ estimula a ventilação alveolar. Sistema de feedback negativo, eficiência de 50 a 75%, resposta observada em 3 a 15 min.
	Se a produção metabólica de CO2 permanecer constante o único outro fator capaz de afetar a pCO2 é a ventilação alveolar. Quanto mais alta a ventilação alveolar, menor pCO2 e quanto menor a ventilação alveolar maior a pCO2.
	Controle Químico da Respiração
	O objetivo final da respiração: manutenção dos níveis de O2, CO2 e H+ nos tecidos.
	O excesso de CO2 e H+ no sangue exerce ação direta no centro respiratório, intensificando os sinais motores tanto inspiratórios como expiratórios (músculos).
	O2 não exerce efeito direto (atua em quimiorreceptores periféricos - corpos carotídeos e aórticos); níveis de pO2 < 70 mmHg (60 para 30).
	Resposta dos neurônios quimiossensíveis aos íons H+, que não atravessam facilmente a barreira hematoencefálica.
	Efeito do CO2 sangüíneo sobre a estimulação da área quimiossensível:
	CO2 + H2O H2CO3 H+ + HCO3-
	O efeito estimulador do CO2 é diminuído após 1 a 2 dias (intenso nas primeiras horas declina gradualmente, diminuindo 1/5 efeito inicial).
	A capacidade global de tamponamento do sistema respiratório é 1 a 2 vezes maior que os tampões químicos. Anormalidades respiratórias podem causar mudanças nas concentrações de íons H+, levando a acidose respiratória.
	Controle Renal
	Os rins controlam o equilíbrio ácido-básico ao excretarem urina ácida ou básica.
	Os rins desempenham papel chave na regulação dos íons H+.
	Os rins impedem a perda de Bicarbonato na urina, cerca de 4320 mEq de Bicarbonato por dia são filtrados em condições normais, e quase todo ele é reabsorvido.
	Os 80 mEq de ácidos não voláteis produzidos diariamente principalmente a partir do metabolismo das proteínas são excretados pelos rins.
	Cerca de 4400 (4320 + 80) mEq de íons H+ devem ser secretados diariamente no líquido tubular.
	Na alcalose ocorre a redução dos íons H+do LEC, os rins são incapazes de reabsorver todo o HCO3- filtrado, aumentando assim a excreção de HCO3-, esta perda de HCO3- eqüivale a adicionar íons H+ ao LEC.
	Na acidose os rins não excretam HCO3- na urina, mas reabsorvem todo o HCO3- filtrado e produzem novo HCO3-, que é devolvido ao LEC.
	Os íons H+ não são em sua maior parte excretados como íons livres, mas sim em combinação com outros tampões urinários como o fosfato e a amônia.
	Os rins controlam a concentração de íons H+ do LEC através de 3 mecanismos básicos:
	1. Secreção de íons H+
	2. Reabsorção dos íons HCO3- filtrados
	3. Produção de novos íons HCO3-.
	A secreção de íons H+ e reabsorção de Bicarbonato ocorrem em todas as partes dos túbulos, exceto nos ramos delgados descendente e ascendente da alça de Henle, mas cerca de 80 a 90 % ocorre no TCP.
	A cada Bicarbonato reabsorvido, é necessária a secreção de um íon H+.
	As células epiteliais do túbulo proximal, segmento espesso da alça de Henle e túbulo distal secretam íons H+ através do contratransporte de Na+-H+.
	Íons HCO3- são titulados com os íons H+ nos túbulos.
	No excesso de íons HCO3 - em relação aos íons H+ (alcalose metabólica), o excesso de íons HCO3 - não podem ser reabsorvidos e então são excretados na urina.
	Na acidose o excesso de íons H+ , provoca a reabsorção completa de íons HCO3 - enquanto que o excesso de íons H+ passa para a urina (tamponados pelos íons fosfatos e amônia e excretados como sais). 
	Células intercaladas no túbulo distal final e coletor secretam íons H+ por transporte ativo primário.
	Bomba ativa é responsável por 5% do total de íons H+ secretados, mecanismo importante na formação de urina maximamente ácida.
	Quando ocorre secreção de íons H+ em quantidades superiores ao HCO3 - apenas pequena parte desses íons pode ser excretada na forma iônica (pH mínimo da urina é de 4,5 = [H+] 0,03 mEq/l).
	Os íons H+ são excretados com os tampões no líquido tubular.
	Os tampões mais importantes são os tampões fosfato(HPO4 -- e H2PO4 -) e amônia. Sistema tampão fosfato transporta o excesso de íons H+ na urina e gera novo HCO3 -.Toda vez que H+ se ligar com um tampão diferente do HCO3 - o efeito final consiste na adição de novo HCO3 - ao sangue.
	Tampão Amônia
	O sistema tampão amônia (NH3) e o íon amônio (NH4) são os mais importantes do ponto de vista quantitativo (o fosfato é reabsorvido e apenas 30 a 40 mEq/dia são disponíveis para o tamponamento dos íons H+).
	O íon amônio é sintetizado a partir da Glutamina (transportada ativamente para o interior das células epiteliais dos túbulos proximais, ramo ascendente espesso da alça de Henle e túbulos distais).
	Cada molécula de Glutamina é metabolizada para formar dois íons amônio (NH4) e dois íons HCO3-.
	 O NH4 é transportado por mecanismo de contratransporte em troca do Na+ e o HCO3- é reabsorvido pelo sangue - novo HCO3-.
	O aumento na concentração de H+ LEC estimula o metabolismo da Glutamina e, portanto aumenta a formação do NH4 e de novo HCO3 - para serem utilizados no tamponamento dos íons H+.
	 Os estímulos mais importantes para aumentar a secreção dos íons H+ pelos túbulos na acidose são:
	1. Aumento da pCO2 no LEC
	2. Aumento da concentração de H+ no LEC (pH baixo).
	Causas Clínicas dos Distúrbios Ácido-Básicos
	Acidose respiratória: lesão bulbo, obstrução das vias aéreas, pneumonia extensão ou doença que diminua a área de superfície da membrana pulmonar, ou qualquer fator que interfira na troca de gases entre o sangue e o ar alveolar.
	Alcalose respiratória: ventilação excessiva, raramente de causas físicas, psiconeurose, subida a altas altitudes (alcalose respiratória leve).
	Acidose metabólica: incapacidade dos rins de excretar ácidos metabólicos do organismo, perda de bases dos líquidos corporais; diarréia intensa (bicarbonato nas fezes), diabetes mellitus descompensado (ácido acetoacético e Betahidroxibutírico); insuficiência renal crônica.
	Alcalose metabólica: excesso de aldosterona; vômitos do conteúdo gástrico apenas, ingesta de fármacos alcalinos (Bicarbonato de Cálcio).
	Análise da Urina
	A análise do volume e das propriedades física, química e microscópica da urina, chamada de análise de elementos anormais e sedimento (EAS), revela muito sobre as condições do corpo.
	As principais características são: volume, cor, aspecto, odor, pH e gravidade específica (densidade).
	A água responde por 95% do volume total de urina e os 5% restantes consistem em eletrólitos, solutos derivados do metabolismo celular e substâncias exógenas, tais como fármacos.

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