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Impactos ambientais 26 10 2

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GOLDEMBERG J., et al. The sustainability of ethanol production from sugarcane. Energy Policy, v 36, 2086– 2097, 2008
MACEDO, I. C. (org) A Energia da Cana-de-açúcar – Doze estudos sobre a agroindústria da cana-de-açúcar no Brasil e sua sustentabilidade. São Paulo. Editora Berlendis&Vertecchia, 2005.
CÂMARA, G. M. S. BIODIESEL BRASIL - ESTADO ATUAL DA ARTE. Piracicaba, 2006
NOGUEIRA, L. A. H. Bioenergias e Sustentabilidade: nexos e métodos. São Paulo, 2005
Ademais, a produção de biodiesel possibilita demandar financiamentos internacionais em condições favoráveis, no comércio de créditos do carbono, conforme o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), previsto no Protocolo de Quioto. (Mota, J.C.; Almeida, M. M. et al, 2009) Isso faz parte de um doutorado, não sei se é assim q se referencia, mas nessa página está referenciado dessa forma. 
IMPACTOS e benefícios ambientais e sociais dos biocombustíveis: uma visão global. Disponível em:<http://www.scribd.com/doc/28737232/IMPACTOS-E-BENEFICIOS-AMBIENTAIS-ECONOMICOS-E-SOCIAIS-DOS-BIOCOMBUSTIVEIS-UMA-VISAO-GLOBAL (Acesso 19/10/16)
Impactos positivos e negativos
A Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) nº 01 de 23/01/86, no artigo 1º, define impacto ambiental como:
 “(...) qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente (...) resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente afete: a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições sanitárias e estéticas do meio ambiente; e a qualidade dos recursos ambientais”
Os Biocombustíveis não são poluentes como os combustíveis de origem fóssil, porém não podem ser considerados totalmente limpos. Segundo Santos e Alemeis (2010) os mesmos causam impactos tanto de forma negativa quanto positiva, são eles:
Ambientais 
Positivos 
• Energias renováveis, utilizadas como alternativa aos combustíveis fósseis; 
• Ajudam na redução da emissão de óleos usados que seriam descartados na natureza, pois podem ser produzidos através da reciclagem destes óleos; 
• Para difundir o desenvolvimento sustentável a agricultura biológica está sendo utilizada por alguns produtores. 
Negativos 
• Em grande quantidade, os adubos utilizados poluem os solos e podem chegar a cursos d’água; 
• A agricultura extensiva traz o desgaste dos solos, e é utilizada em alguns locais; 
• Locais de rica biodiversidade são substituídos por grandes zonas de produção; 
• O CO2 é utilizado na sua produção.
Sociais 
Positivos 
• Renda extra para os agricultores; 
• Nas áreas de produção, transporte e comercialização são gerados novos empregos; 
• Aumento da qualidade de vida nas áreas rurais. 
Negativos 
• Maior disputa por terras a serem cultivadas;
• Espaços destinados para o cultivo de alimentos, são utilizados para plantios dos vegetais utilizados na fabricação dos biocombustíveis. 
Econômicos 
Positivos 
• Tem menos custo que outros combustíveis; 
• Não tendem a sofrer alteração de preço por causa de guerras ou falta do mesmo. 
Negativos 
•A diminuição da produção de alimentos acarreta no aumento do preço dos alimentos; 
• As áreas cultiváveis também sofrem aumento de preço.
(file:///C:/Users/adm/Documents/os%20biocombústiveis%20e%20seus%20impactos%20ambientais.pdf) 
Ciclo do nitrogênio e a produção dos biocombustíveis
O álcool e o biodiesel, principais biocombustíveis utilizados atualmente, ainda não podem ser considerados combustíveis limpos para pesquisadores da área de Química ambiental. Para eles, a utilização desses tipos combustível ainda emite poluentes na atmosfera e consequentemente poluem os rios, florestas, cidades e campos. Além disso, se o país continuar aumentando a produtividade desses combustíveis pare se tornar o maior produtor mundial, com a intenção de minimizar o aquecimento global, pode causar prejuízos ambientais para minimizar o aquecimento global, pode resultar em prejuízos ambientais para o Brasil, e esta informação não está sendo passada para a população. 
Enxofre, nitrogênio, fósforo e potássio fazem parte do crescimento de um vegetal e são estes macroconstituintes que devem ser incorporados anualmente ao solo na forma de adubos. No processo de adubação, não existe mais a condição de balanço igual a zero como resultado, o que reforça a ideia do combustível ser considerado limpo apenas pelo fato de não interferir no ciclo do carbono. Dos macroconstituintes de um vegetal que possuem balanço positivo no ciclo biogeoquímico, devemos dar maior atenção ao Nitrogênio.
Os compostos de nitrogênio vão afetar ambientes em escala local ou regional, não sendo um problema ambiental de caráter global, como o buraco da camada de ozônio. O nitrogênio ativo pode modificar as propriedades físicas de ambientes ou da biota locais e regionais, pois tem a grande possiblidade de afetar a biodiversidade de florestas naturais, o mesmo também causa chuva ácida e a contaminação de águas. O mesmo pode se depositar a muitos quilômetros do local onde foi gerado, pois o nitrogênio pode se apresentar na forma de gases ou compostos solúveis na água.
Existem quatro mecanismos de obtenção e disseminação de nitrogênio ativo no ambiente, o cultivo da cana-de-açúcar vai atuar direta ou indiretamente nesses mecanismos. Para o cultivo da cana, é necessário o uso de fertilizantes, aproximadamente 100 kg de fertilizantes nitrogenados são inseridos por hectare no solo, é nesta parte que o processo se inicia. As plantas usam parte deste fertilizante para seu crescimento, mas o restante é perdido e arrastado pela água. No intervalo da safra, o solo precisa ser recuperado, então é feito o plantio de amendoim ou soja, plantas que possuem bactérias em suas raízes capazes de transformar nitrogênio inerte em nitrogênio ativo. A reação química que relaciona o nitrogênio inerte com o oxigênio e gera nitrogênio ativo (NO e NO2) é favorecida por toda combustão que aconteça em presença de ar atmosférico (78% de nitrogênio + 21% de oxigênio). 
O nitrogênio remanescente quando ativo em água propicia crescimento em larga escala de plantas e algas. Com isso, o problema se torna pior, pois muitos rios e lagos já possuem compostos de nitrogênio dissolvidos originados de esgotos domésticos. 
A biodiversidade de um local é afetada quando nitrogênio ativo que é levado pela atmosfera e se deposita no solo, sendo bem aceito por alguns tipos de vegetais que crescem com mais força que outras espécies.
A chuva ácida formada através do NO2 (dióxido de nitrogênio) que é transformado em ácido nítrico, modifica o pH dos solos e das águas tendo várias consequências ambientais. O ozônio, entre outros, é um composto que também pode ser formado pelo dióxido de nitrogênio através do processo de catalisação das reações atmosféricas em presença de luz solar. Esse composto quando gerado na baixa atmosfera, região onde vivemos, pode ser muito prejudicial, pois é muito tóxico a animais e plantas e ataca diversos materiais como borracha e pigmentos. “Medidas da concentração de ozônio, feitas por nós na região produtora de cana-de-açúcar de Araraquara (SP), mostram que os valores alcançados na época de safra da cana são próximos ao de um grande centro poluído como São Paulo.” (Machado et al., 2008).
Os gases NO e NO2 são sempre emitidos independente do tipo de combustível utilizado. “Pelo aspecto da Química Ambiental, para chamar o álcool ou outro biocombustível de combustível limpo, é necessário esconder muita sujeira debaixo do tapete.” (Machado; Cardoso; Alen, 2008).
Hoje em dia, a produção de energia feita por processos de combustão, fabricação de fertilizantes e cultura de alguns vegetais, ações essas que fazem parte de atividades humanas, contribuem com a fixação de 150 Tg de nitrogênio por ano. A influência das atividades humanas no ciclo natural do nitrogênio no ecossistema terrestre é bastante significativa, pela quantidade natural de nitrogênio que já dobrou de quantidade. Isso evidencia que muitas regiões no mundo estão preocupantementecomprometidas com o excesso de nitrogênio ativo. [1: Terminologia usada para se tratar de emissões ambientais. Tg = teragrama. ]
Na figura x é apresentado um modelo do mecanismo de transformação e transporte dos compostos de nitrogênio, podendo-se visualizar integradamente os mais importantes processos de emissão, dispersão, transporte e mudança de fase dos compostos de nitrogênio no ambiente.
Figura 1: Esquema do ciclo biogeoquímico do nitrogênio com as principais rotas de emissões, transporte, transformações e mudança de fase dos compostos de nitrogênio no ambiente.
Fonte: Adaptado de World Health Organization (1997).
Sendo assim, tanto os combustíveis fósseis quanto os biocombustíveis não são ambientalmente limpos, pois não existe combustão limpa. O que diferencia os impactos causados por cada um, sendo de escala global no caso dos combustíveis fósseis e de escala regional no caso dos biocombustíveis.
MACHADO,C.M.D.; CARDOSO, A.A. e ALEN, A.G. Atmospheric emission of reactive nitrogen during biofuel ethanol production. Environmental Science & Technology, V. 42, p. 381-385, 2008.
 WORLD HEALTH ORGANIZATION. Nitrogen Oxides. 2 ed. Geneva, p. 117, 1997.
(file:///C:/Users/adm/Documents/o%20mito%20do%20combustível%20limpo.pdf)
Impactos relacionados à produção de etanol
A série de complicações nesta categoria ambiental engloba várias causas antecedentes que ressaltam os impactos ambientais, uma experiência que mostra claramente a situação é a incineração dos canaviais, em que a colheita é feita de forma manual. Dessa forma, também é executada uma incineração de pré quebra de corte, para simplificar o trabalho dos talhadores e tentar conter ataques de animais nocivos e ampliar o teor de açúcar da cana, em razão da evaporação da água (GODOI et. al, 2004). 
As usinas de açúcar e álcool apresentam três fontes principais de poluentes: a incineração da lavoura de cana, as emissões atmosféricas das unidades de geração de calor e eletricidade desde o bagaço e os resíduos líquidos - especialmente as águas de limpeza da cana e o vinhoto originário das destilarias (MELLO et al. 2007).
Em relação aos impactos globais, com a incineração transcorre a emissão de gases de efeito estufa como o CO2 (somente caso haja mudança na tipologia vegetal, visto que caso contrário, às emissões são corrigidas ao longo do cultivo seguinte e as emissões desse gás são consideradas nulas), porém assim como de CH4, de CO e de N2O e NO2. A oxidação do SO2 na atmosfera forma ácido sulfúrico que se deposita por meio da “chuva ácida”. A poluição por SO2 é mais devastadora quando as concentrações de material particulado e outros poluentes são mais altos. Então, os poluentes predominantes que resultam das queimas que impactam a saúde dos habitantes são: o MP (aerossóis, fuligens, fumaça), o dióxido de enxofre (SO2), o dióxido de nitrogênio (NO2), o monóxido de carbono (CO) e o ozônio (O3) (DUBEUX, 2007). O SO2 irrita os olhos e as vias respiratórias e o CO reage com a hemoglobina diminuindo a eficácia do sangue em transportar o oxigênio às células, aumentando o risco de ataques cardíacos, doenças coronarianas e doenças do sistema circulatório (VIEIRA, 2006).
No entanto, as vantagens econômicas denotadas pelo campo sucroalcooleiro, algumas questões ambientais necessitam de melhorias, sendo que um dos mais indispensáveis é a realização da queimada previamente ao corte, que denota um alto potencial de impacto ambiental (OMETTO; MANGABEIRA; HOTT, 2005). Para Mattos e Mattos (2004, p. 37), o campo sucroalcooleiro mostra uma contradição: se, de um modo, é considerado um veículo de crescimento socioeconômico e um modelo de atividade ecológica, em compensação, por outro modo, é criticado como causador da degradação ambiental e pela deterioração social.
Desmatamento 
O desmatamento é a forma de agressão ao ambiente muito utilizada no Brasil, dados revelam que o desmatamento é um problema histórico cultural no Brasil, lembremos que o desmatamento foi a primeira prática de agressão ao meio ambiente brasileiro feito pelos colonizadores e continua até hoje em todas as regiões do território. O problema da indústria canavieira é que a sua expansão ocorre em regiões onde as matas e florestas já estão em um processo de degradação muito avançado que é o caso da Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado, deste o que merece mais atenção é a Mata Atlântica.
À época do descobrimento do Brasil, a Mata Atlântica e seus ecossistemas associados- mangues e restingas- cobriam uma área de aproximadamente 1.360.000 km2 , o que correspondia a cerca de 16% do território brasileiro, distribuídos por dezessete estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí. Atualmente, menos de 8% da área do bioma preserva suas características bióticas originais (Ministério do Meio Ambiente 2000). http://bdm.unb.br/bitstream/10483/1897/1/2011_FernandoVazdaCosta.pdf
Plantio da cana
Ao se retirar a floresta e não construir meios para conter a velocidade das águas da chuva, ocorre um processo muito danoso ao meio ambiente principalmente no solo. O processo erosivo se divide em três etapas: deslocamento, transporte e depósito de partículas do solo. Na lavoura canavieira, por expandir-se inicialmente em áreas de topografia suave e com solos muito produtivos, principalmente pelo Latossolos Roxos e Latossolos Vermelho-Escuros-orto, segundo Ranzani (1976), não foram identificados inicialmente problemas graves de erosão acelerada.
Efeitos de sistemas de manejo em perdas de solo e água por erosão hídrica têm sido avaliados em diferentes condições edafoclimáticas do país (ELTZ et al., 1977). A forma mais eficaz em se prevenir a erosão é a prática de curva de nível no solo e a escolha da área a ser cultivada. Esse processo de erosão faz o carregamento da camada superficial do solo sendo esta a parte fértil do solo e acaba por transportar também fertilizantes e agrotóxicos para os cursos d água poluindo as fontes de água (RESCK, 1998).
http://bdm.unb.br/bitstream/10483/1897/1/2011_FernandoVazdaCosta.pdf
Uso da água 
Na produção de um litro de álcool gasta-se 13 litros de água, e ainda sobram 12 litros de vinhoto, sub-produto extremamente poluente normalmente utilizado na adubação dos canaviais.
Os circuitos fechados de água são os principais responsáveis pela redução no consumo por permitirem o reuso da água, ou seja, o reaproveitamento do mesmo efluente. A lavagem da cana, por exemplo, é uma das etapas da produção que consome muita água.
Impactos Provocados pela Vinhaça
 A vinhaça a ser depositada no solo pode servir de adubo melhorando a fertilidade do mesmo, mas para se utilizar a vinhaça como fertilizante, deve-se antes fazer uma análise do solo e verificar suas características orgânicas e minerais, por quê o solo deve ter uma boa capacidade de retenção de íons. Caso ele não possua esta capacidade pode haver a lixiviação de vários desses íons, sobretudo do nitrato e do potássio. Depois de estudos realizados constatou- se que o uso da vinhaça não é uma boa opção devido a seus efeitos no solo e na água (FREIRE e CORTEZ, 2000).
http://bdm.unb.br/bitstream/10483/1897/1/2011_FernandoVazdaCosta.pdf
O vinhoto, também denominado vinhaça ou restilo, é um subproduto do processo de fabricação de açúcar e álcool de grande importância, não apenas devido a quantidade produzida (aproximadamente 12 litros para cada litro de álcool processado), mas principalmente em razão de seu poder poluidor. Caso o vinhoto seja despejado em cursos d’água, estes tornam-se impróprios para a utilização humana e provoca a morte de fauna e flora aquáticas devido às elevadas taxas de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e Demanda Química de Oxigênio (DQO). Por exemplo, o vinhoto, em conjunto com as águas residuárias apresentam um grande volume (10,85 / litro de álcool) e carga orgânica com cerca de 175 g DBO5 / litro de álcool (5).A vinhaça é aplicada na lavoura de cana conjuntamente com as águas residuá- rias (lavagem de pisos, purgas de circuitos fechados, sobra de condensados), promovendo a fertirrigação (aplicação de fertilizantes através da água de irrigação) com aproveitamento dos nutrientes.
http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v60n3/a10v60n3.pdf
NA UTILIZAÇÃO DO ETANOL: Já a queima do álcool combustível em motores emite também formaldeído e acetaldeído que são vapores tóxicos, mas por outro lado emite menos monóxido de carbono, dióxido de enxofre e material particulado que os derivados do petróleo.
IMPACTOS relacionados a produção de biodiesel
“A substituição de diesel, por biodiesel propicia a redução da maioria das emissões causadas por este combustível fóssil. A exceção se dá nos óxidos de nitrogênio, poluente de grande importância por ser um dos antecessores do ozônio troposférico. Mais uma característica importante é a ausência de enxofre no biodiesel, contribuindo para a redução das emissões de SOx geradas pelo diesel, em especial o diesel brasileiro, do qual teor de enxofre é altamente elevado” (NOGUEIRA; MACEDO, 2005).
Na Europa, as emissões de gases de efeito estufa da queima de biodiesel têm sido avaliadas desde a última década, considerando-se o uso de canola e soja, e éteres metílicos. Os resultados, relativos ao biodiesel puro, indicam uma redução de 40% a 60% das emissões verificadas no diesel mineral. A Tabela 2 apresenta os dados comparativos de emissões de gases poluentes, segundo a proporção de biodiesel presente no combustível. Observa-se que o biodiesel promove uma redução das principais emissões associadas ao diesel derivado de petróleo, como por exemplo, de óxidos de enxofre (SOx). A redução é proporcional à quantidade misturada com o óleo diesel. Verifica-se também uma sensível diminuição (10%) das emissões de materiais particulados quando se usa a mistura de 20% de biodiesel e, segundo Knothe et al. (9), o uso desse combustível também diminui as emissões de hidrocarbonetos poliaromáticos, que são responsáveis pelo desenvolvimento de vários tipos de câncer. Todavia, é importante salientar que os óxidos de nitrogênio (NOx) são as únicas substâncias cujas emissões aumentam quando se compara as emissões do biodiesel com as do diesel mineral. Os óxidos de nitrogênio reagem na atmosfera, principalmente sob ação da luz solar, formando um conjunto de gases agressivos denominados oxidantes fotoquímicos.
Figurax: Emissões de poluentes das diversas composições.
http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v60n3/a10v60n3.pdf
Na economia: Conforme dados colhidos no programa de uso do biodiesel nacional do Ministério das Minas e Energia (MME, 2007), o uso comercial deste produto, a partir da mistura de 2% ao diesel de petróleo, impulsiona o mercado interno um potencial nos próximos anos de pelo menos 800 milhões de litros/ano para o novo biocombustível. Isso dará a possibilidade de ganhos à balança comercial com a diminuição das importações de petróleo a partir do uso de B2 (2% de biodiesel misturado com 98% de diesel).O diesel também pode ser empregado para a geração e abastecimento de energia elétrica em inúmeras comunidades remotas em nosso país, muitas delas dependentes de geradores movidos a óleo diesel, e que conseguem aproveitar os variados tipos de oleaginosas locais para suprir suas necessidades. Sendo assim, o Brasil tornou-se um potencial exportador de biodiesel, hoje utilizado comercialmente nos Estados Unidos e em países da União Europeia, onde se destaca a Alemanha, atualmente o maior consumidor mundial. (Mota, J.C.; Almeida, M. M. et al, 2009).
Soja para produção de biodiesel: “Independentemente da soja não ser a opção mais incentivadora para produzir biodiesel, quando é relacionada com outras oleaginosas, esta é a matéria-prima determinante para produção de biodiesel no Brasil. A soja tem sido indicada como causador da ampliação do desmatamento na floresta amazônica. Porém, a proporção de fabricação, as opções de conversão do produto e a forma como está ordenado o seu complexo, posicionam o biodiesel de soja como uma alternativa a ser fortemente considerável.” (CAMARA, 2006).
Existem algumas restrições para alguns tipos de óleos apontados como não ideais. (Ramos; Domingos; Wilhelm, 2003) Uma particularidade indesejada é o alto índice de iodo, que torna o biodiesel mais vulnerável à oxidação e impróprio para uso diretamente em motores do ciclo diesel. Contudo, essa adversidade pode ser superada pela adição de antioxidantes (Canacki; Gerpen, 1999).
Uma questão adicional pertinente, é em relação às propriedades de fluxo do biodiesel a baixas temperaturas. O biodiesel produzido a partir de matérias-primas com alto teor de ácidos graxos saturados dispõe-se a apresentar problemas de solidificação quando utilizados nessa circunstância. Dessa forma, as quedas rápidas de temperatura são responsáveis pelo aumento da viscosidade de ésteres saturados que, possivelmente, podem causar o entupimento dos filtros de óleo e do sistema de injeção (Soldi, et al., 2007). A mesma situação é observada no diesel de petróleo pela presença de materiais parafínicos, que pode ser diminuída em ambas as matrizes pelo uso de aditivos. (Kucek, 2004) 
Portanto, apesar de parecer evidente as vantagens ambientais do biodiesel, estudos devem ser realizados para se comparar se o volume de subsídios que esse biocombustível receberá será menor do que os custos com saúde pública que ocorreriam, caso não houvesse a inserção desse combustível na matriz energética brasileira. Trata-se de verificar se não haveriam outras tecnologias mais eficientes do ponto de vista ambiental, do que a adoção do biodiesel. Por exemplo, deveria se investigar se a adoção de padrões mais rígidos de nível de poluentes no petrodiesel poderia trazer resultados ambientais mais satisfatórios do que o próprio biodiesel. http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252008000300010
Processos de MINIMIZAÇÃO DOS IMPACTOS
No âmbito ambiental 
• Utilizar adubo orgânico – compostagem; 
• Não fazer uso da agricultura extensiva; • Separar uma área para criação de APA (Área de Preservação Ambiental); 
• Se possível não utilizar CO2 na produção – se não, diminuir o uso. 
No âmbito social 
• Fiscalizar para que não ocorram disputas territoriais; 
• Criar um programa de distribuição de terras; 
• Criar um programa incentivando a produção de alimentos. 
No âmbito econômico 
• Cuidar para que não ocorra aumento exagerado da inflação alimentícia; 
• Criar um programa de fiscalização contra a especulação do preço de terras cultiváveis. file:///C:/Users/adm/Documents/os%20biocombústiveis%20e%20seus%20impactos%20ambientais.pdf
Quanto ao plantio:
Hoje na agricultura com a conscientização dos produtores e o avanço da tecnologia faz com que seja possível produzir etanol com uma redução marcante nos impactos ao meio ambiente. A cultura canavieira, segundo Rossetto (2004, p.80), “carregou sozinha, por muitos anos, o ônus de ser uma atividade agrícola extremamente degradadora do solo, poluidora do ar e da água, causadora de grande impacto ambiental”. Mas, o cenário vem se modificando nas últimas décadas. Os avanços tecnológicos e a receptividade do setor às questões relacionadas ao desenvolvimento sustentável transformaram a atividade sucroalcooleira através das diminuições dos Impactos Ambientais Com a Mudança nos Tratos Culturais na Lavoura de Cana de Açúcar. 
Quanto a queima da cana:
Medidas para redução dessas queimadas começaram a ser tomadas no Brasil. No estado de São Paulo, a Lei Estadual 11.241, de 19 de setembro de 2002, estabeleceu que o procedimento da queima prévia da cana fosse reduzido gradativamente até ser eliminado, nas áreas mecanizáveis o prazo é até 2021 e nas áreas não mecanizáveis, com área superior a 150 hectares, foi estipulado o prazo de até o ano de 2031. http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v60n3/a10v60n3.pdf
Uso da água para lavagem da cana:
Há duas maneiras de reduzir o consumo da água neste caso:uma é adotar o circuito fechado, a outra é, simplesmente, parar de lavar a cana. E, para que seja possível, é preciso outro avanço das usinas na proteção ao meio ambiente: a eliminação gradativa da queima da cana na colheita. A cana crua, obtida com a mecanização da colheita, não pode ser lavada porque há muita perda de açúcar no processo. Por isso, as usinas que já adotam a colheita da cana crua contribuem para a redução no uso de água na produção.
Quanto ao uso da vinhaça:
A partir do ano de 1978, a Portaria Ministerial nº 323, de 29 de novembro, proibiu o lançamento direto ou indireto do vinhoto em corpos d’água de qualquer natureza. Desde então, iniciou-se a aplicação da vinhaça como fertilizante nas lavouras de cana-de-açúcar, prática realizada até os dias de hoje. Atualmente, o vinhoto é integralmente utilizado na fertirrigação. O percentual da área atingida pela fertirrigação é muito variável, sendo que algumas usinas aplicam o vinhoto em até 70% da área de cultivo e outras apresentam valores bem menores. Mas, de maneira geral, a cada safra esse valor tem aumentado, pois as usinas têm buscado a utilização mais racional do vinhoto visando maior produtividade agrícola e redução no uso de fertilizantes químicos.
http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v60n3/a10v60n3.pdf
QUANTO AO BIODIESEL
Os estudos que mostram o uso dos poluentes gerados na produção de biodiesel (principalmente o glicerol) para a produção de hidrogênio 35,36 e metano34 são interessantes para aplica- ções futuras, desde que estes combustíveis sejam usados em sistemas não poluentes de produção de energia, estacionárias e não estacioná- rias, como são as células a combustíveis que funcionem diretamente oxidando hidrogênio no ânodo.50 Deve ser também considerado que o metano pode ser facilmente transformado em hidrogênio via reforma em fase vapor ou por decomposição catalítica ou térmica.51,52 Finalmente, do ponto de vista industrial, a viabilidade econômica de diversos tipos de tratamento deverá ser avaliada, visando, além de alcançar elevadas eficiências na remoção, recuperação ou reuso dos poluentes, conhecer os custos inerentes a cada processo para a obtenção de uma maior quantidade de informações dos processos.
http://www.scielo.br/pdf/qn/v35n2/25.pdf
TRATAMENTO DE EFLUENTES E RESÍDUOS GERADOS 
Para remoção de impurezas como glicerina e ácidos graxos, o biodiesel passa por um processo final de lavagem para remoção de impurezas, de duas a cinco vezes dependendo da quantidade de impurezas, seguido pela filtração e secagem. (Stidham et al., 2000) Nesta etapa, são gerados 20 a 120 l de efluentes por cada 100 l de biodiesel, que são quimicamente inapropriados para serem descartados em rios, etc., fazendo-se necessário a aplicação das técnicas de tratamentos de efluentes. Sendo, do ponto de vista de preservação ambiental, necessária a adoção de técnicas de tratamento para este efluente. (Palomino-Romero et al., 2011) http://www.scielo.br/pdf/qn/v35n2/25.pdf
Barski (2008) realizou um estudo de caso em uma produção de metiléster e biocombustível a partir do óleo de soja numa empresa multinacional escolhida do setor produtivo de óleos lubrificantes sintéticos, metiléster e biocombustível. A partir desse estudo foram obtidas informações a respeito de tratamento de resíduos, que serão citadas neste trabalho.
“A empresa tem a experiência da tecnologia na formulação de óleos vegetais: canola, soja e girassol, somadas à fabricação de ésteres sintéticos para lubrificantes em geral e produtos a base de gorduras vegetais para diversos segmentos industriais.” (BARSKI, 2008).
Foi verificado durante o período de produção que a matéria-prima mais usada para fabricação do biocombustível e metiléster foi o óleo de soja. Outros tipos de matéria-prima foram utilizados em ensaio como: óleo de frango, gordura hidrogenada e sebo, pra poder avaliar a viabilidade dos mesmos, porém, devido a questões comerciais e custos na produção, o uso das mesmas se tornou inviável.
A empresa possui um sistema de tratamento de efluentes que é formado por uma etapa anterior, físico-química, O tratamento de efluentes da empresa é constituído por uma etapa precedente, físico-química, e um tratamento de lodo aditivado em seguida. No fluxograma da figura x, temos as etapas deste sistema descritas, onde se pode ter uma visão dos equipamentos fundamentais que constituem esta unidade de tratamento, e do processo. 
1) Unidade Elevatória: Esta unidade é formada por um poço com bombas centrífugas submersíveis que recebem os resíduos líquidos e as águas pluviais da área de tancagem, da limpeza de piso, desidratação do lodo e fração líquida da peneira hidrostática. 
2) Skimmer: Equipamento utilizado para retirar a fase oleosa sobrenadante, através de uma corda oleofílica que flutua sobre a superfície líquida e é acionada por este equipamento para realizar esta retirada, esta fase oleosa é colocada em um container de 1 tonelada. c) Peneira Hidrostática: Equipamento que visa a separação de sólidos presentes nos efluentes. 
3) Tanque de Equalização: Utilizado com o objetivo de executar a homogeneização qualitativa dos resíduos, através de uma mistura ininterrupta através de mistura ininterrupta, aumentando a pré-neutralização dos efluentes e equilibrar as cargas hidráulicas de entrada para ter uma vazão de saída constante.
4) Decantador: Após ser neutralizado o efluente é conduzido para o tanque de coagulação para proporcionar a produção de flocos através da dosagem de um coagulante e um polieletrólito. Após esse processo, o efluente coagulado é encaminhado em seguida para o separador de placas coalecentes.
5) Tanques de Aeração: Os efluentes seguem para os tanques de aeração do sistema após saírem do separador de placas. Estes tanques têm por objetivo promover a mistura da massa líquida e introduzir oxigênio na massa líquida, para isso eles possuem um aerador flutuante. Para dar origem ao chamado “lodo biológico” são adicionados microorganismos a estes tanques, microorganismos esses que tem a capacidade de se reproduzir dando origem a esse lodo que é mais pesado que a água e se deposita no fundo do tanque. 
6) Tanque de Clarificado: Neste tanque é colocado o efluente final tratado para ser analisado antes de ser direcionado para a Calha Parshall e ser descartado no Rio Ribeirão do Varjão. 
7) Tanque de Lodo: Este tanque recebe o excesso do lodo biológico e o lof recebido o excesso de lodo biológico, bem como o lodo físico químico sedimentado do separador de placas. Este lodo é adensado com a adição de produtos químicos visando melhorar as condições de filtrabilidade. Após um determinado tempo, ocorre a sedimentação do lodo na parte inferior e ele é então bombeado para o filtro prensa e a água retorna para a equalização.
 8) Filtro Prensa: O lodo condicionado e adensado será desidratado em filtro prensa tipo placas e câmaras. O filtrado resultante da operação de filtração será encaminhado até a caixa elevatória.
APÓS SER LEVADO PARA A CAIXA ELEVATÓRIA PASSA POR OUTRAS ETAPAS ATÉ CHEGAR AO TANQUE CLARIFICADO (FIGURA X), E A PÓS, É DESCARTADO NO RIO, SENDO FEITA UMA ANÁLISE DESTE EFLUENTE TRATADO ANTES DO DESCARTE.
Deve-se coletar uma determinada porção de esgoto, ou seja, um volume que permita uma boa caracterização no laboratório e que seja representativa de sua qualidade e com a caracterização da vazão permita conhecer as cargas de tratamento. 
Com o levantamento dos resultados de análise do efluente tratado desde o início da operação da planta, temos uma verificação das variações acompanhar as oscilações no processo de tratamento de efluentes, bem como os impactos que podem ser causados se este não for bem gerenciado e controlado. 
https://www.unimep.br/phpg/bibdig/pdfs/docs/26052012_145456_angelita_aparecida_barski.pdf
CONCLUSÃO
O fato relevante é que a utilização de qualquer combustível em processo de combustão afeta o meio ambiente, seja ele um biocombustível ou um combustível fóssil. Não existe combustão ambientalmente limpa. Todo usuário de combustívelprecisa conhecer este fato. No caso do uso do biocombustível, o usuário não está contribuindo para o aquecimento global, mas “apenas” para poluição local e regional. O único combustível limpo é aquele que não foi gasto e sequer produzido, porque economizar combustível ainda é a melhor forma de minimizar efeitos no ambiente. Para os habitantes das regiões produtoras, somam-se também os encargos de arcar com os prejuízos ambientais da produção do biocombustível que, como já discutido, nada tem de limpo.
Isso não significa que deveremos ser contra o biocombustível, mas que devemos estar alertas a possíveis conseqüências negativas da produção e do uso desse tão importante combustível. É também relevante considerar que a necessidade do biocombustível pelos países desenvolvidos é resultado do pouco caso que esses grandes usuários de combustível deram no passado aos avisos do aquecimento global. Nada mais justo que eles paguem a conta agora. file:///C:/Users/adm/Documents/o%20mito%20do%20combustível%20limpo.pdf

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