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09/11/2017
1
Materiais Cerâmicos
Prof: Rafael Augusto de Lima Costa
História da Cerâmica
O termo “Cerâmica” vem do grego (“kéramos”), e significa
“argila queimada”.
A utilização da cerâmica teve início à medida que os seres
humanos passaram a cultivar alimentos como agricultores
(há cerca de 10 à 15 mil anos), partindo da necessidade de
armazenamento de mantimentos, água e sementes para a
próxima safra. Existem registros de civilizações que
utilizavam a cerâmica.
Desde a Antiguidade na Mesopotâmia utiliza-se da cerâmica 
na construção civil (exceto tijolos e telhas, que se 
originaram na Revolução Industrial). 
09/11/2017
2
Cerâmica na Construção Civil
• A aplicação da cerâmica na construção civil é de enorme 
importância, envolvendo uma grande gama de produtos 
como tijolos telhas e revestimentos entre outros.
• O mais utilizado dentre eles são os tijolos que são aplicados 
em sua grande maioria na alvenaria das paredes, 
representando cerca de 15% do valor total da construção.
Classificação quanto ao tipo:
CERAMICA VERMELHA:
Blocos, tijolos, elementos vazados, 
lajes, argilas expandidas , tubos 
cerâmicos, além de utensílios para 
uso domésticos e de adorno.
MATERIAIS DE REVESTIMENTO:
Porcelanatos pastilhas, azuleijos, 
lajotas, pisos, tozetos entre 
outros.
09/11/2017
3
Processos de fabricação:
1. Exploração da Jazida;
2. Tratamento da matéria prima;
3. Regularização da matéria prima;
4. Moldagem;
5. Extrusão;
6. Colagem;
7. Secagem;
8. Queima.
Produção de Bloco Cerâmico 
Cerâmica Incargel
09/11/2017
4
Produtos Cerâmicos para a 
Construção Civil
Provenientes da Argila:
• Blocos cerâmicos:
Maciços;
Vazados.
• Telhas;
• Tubos;
• Peças redutoras de peso;
• Elementos vazados;
Provenientes de grês ou louça:
• Produtos de revestimentos:
Porcelanatos;
Pisos cerâmicos;
Azuleijos;
Pastilhas.
• Louças sanitárias;
• Material Refratário;
Blocos Cerâmicos:
Produto que compõe a alvenaria das edificações 
e podem ser de materiais diversos como 
exemplo cerâmicos ou de concreto
Quanto ao tipo temos:
• Maciços ( estruturados ou moldados )
• Vazados ( estruturais ou vedações )
09/11/2017
5
Blocos Cerâmicos:
Principais Propriedades:
1. Ter resistência à compressão considerável;
2. Capacidade de aderir à argamassa;
3. Dimensões uniformes;
4. Alta resistência física e química:
1. Variação de temperatura (frio, calor e até fogo);
2. Durabilidade frente a umidade;
3. Agentes externos (químicos).
Blocos Cerâmicos:
DIMENÇÕES (cm) 
(comprimento Xl argura
X altura)
POSIÇÃO DE 
ACENTAMENTO UNIDADES POR m²
19x9x14
Vertical 33
Horizontal 50
19x11,5x14
Vertical 11
Horizontal 30
19x9x19
Vertical 25
Horizontal 55
24x11,5x14
Vertical 27
Horizontal 32
29X14X19
Vertical 17
Horizontal 22
Exemplo de relação blocos por m²
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6
Blocos Cerâmicos:
Tijolos Maciços de cerâmica
Blocos de argila comum moldados, prensados ou 
extrusados com arestas vivas e queimados em grandes 
temperaturas ( cerca de 1000°C ).
• Possuem forma de paralelepípedo ou retângulo;
• Faces planas;
• Ausência de eflorescências e queima uniforme;
• Podem apresentar rebaixo em umas das faces de maior 
área.
Blocos Cerâmicos:
Tijolos Maciços de cerâmica 
• Tijolos comuns • Tijolos especiais
09/11/2017
7
Blocos Cerâmicos:
Tijolos Maciços de cerâmica 
NBR7170 “Tijolo maciço cerâmico para alvenaria” classifica
os tijolos comuns segundo suas propriedades mecânicas
O teste da resistência a compressão segue a NBR 6460
“Tijolo maciço cerâmico para alvenaria – Verificação da
resistência à compressão”
CATEGORIAS RESISTÊNCIAA COMPRESSÃO (Mpa)
A 1,5
B 2,5
C 4,0
NBR 7071 – Resistência mínima à compressão :
Blocos Cerâmicos:
Tijolos Maciços de cerâmica 
• NBR 8041 “Tijolo Maciço Cerâmico para Alvenaria –
Formas e Dimensões” descreve as dimensões nominais
que os tijolos comuns devem apresentar.
COMPRIMENTO (mm) LARGURA (mm) ALTURA (mm)
190 90 57
190 90 90
NBR 7170 – Dimensões Nominais:
OBS: Recomenda-se a utilização de blocos e tijolos cerâmicos somente após 2
ou 3 semana que saírem do forno, pois podem apresentar expansão devido a
absorção de umidade.
09/11/2017
8
Blocos Cerâmicos:
Tijolos Maciços de cerâmica 
Mesmo a norma referenciando o tamanho dos tijolos a
realidade é que são encontrados no mercados diversos
tamanhos diferentes. Muitos dos fabricantes não conhecem ou
ate mesmo não seguem as dimensões nominais.
COMPRIMENTO (mm) LARGURA (mm) ALTURA (mm)
190 90 53
240 115 60
240 190 90
290 140 65
290 190 90
Exemplos de dimensões encontradas para tijolos maciços:
OBS: a norma permite uma variação de +ou- 3mm nas dimensões especificas.
Blocos Cerâmicos:
Blocos cerâmicos vazados
São produzidos por extrusão e queima da argila vermelha, 
têm arestas vivas e retilíneas, sendo seus furos cilíndricos 
ou prismáticos.
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9
Blocos Cerâmicos:
Blocos cerâmicos vazados
Classificação quanto ao tipo:
1. Vedação
• Suportam apenas o peso próprio;
• Possuem 4, 6, 8, ou 9 furos;
• Furos na vertical ou horizontal.
2. Estruturais ( Portantes )
• Furos na vertical;
• Suportam cargas previstas em alvenaria estrutural;
• Três tipos de blocos:
a) Com paredes maciças
b) Com paredes vazadas
c) perfurados
Blocos Cerâmicos:
Blocos cerâmicos vazados
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10
Blocos Cerâmicos:
Blocos cerâmicos vazados
NBR 7171 "Bloco Cerâmico para Alvenaria” determina 
algumas condições gerais, sendo as mais importantes:
• Não devem apresentar defeitos como trincas, quebras, superfícies 
irregulares ou deformações que impeçam o seu emprego;
• Devem apresentar som metálico ao se bater nos mesmos (som vibrante e 
não abafado);
• Absorção de agua total: entre 8 e 22% (quando levada absorção umedecer 
o bloco antes do assentamento);
• Não pode ter “coração negro”;
• Esquadro e planeza das faces;
• uma variação máxima de +ou- 3mm nas dimensões especificas.
Blocos Cerâmicos:
Blocos cerâmicos vazados
• NBR 15270-3 quanto à resistência a compressão
“A resistência à compressão dos blocos cerâmicos de 
vedação, calculada na área bruta, deve atender aos 
valores mínimos indicado”
POSIÇÃO DOS FUROS RESISTÊNCIAA COMPRESSÃO ( fb em MPa ) 
HORIZONTAL fb ≥ 1,5
VERTICAL fb ≥ 3,0
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Blocos Cerâmicos:
Blocos cerâmicos vazados
LARGURA ALTURA COMPRIMENTOBLOCO PRINCIPAL ½ BLOCO
14 19
19 9
24 11,5
29 14
39 19
19 19
19 9
24 11,5
29 14
39 19
24 24
24 11,5
29 14
39 19
Segundo a NBR 15270-3 Dimensões de fabricação de blocos cerâmicos de vedação:
Os blocos com largura de 6,5 cm e altura de 19 cm serão admitidos excepcionalmente, 
somente em funções secundárias (como em “shafts” ou pequenos enchimentos) e 
respaldados por projeto com identificação do responsável técnico 
Telhas Cerâmicas 
Algumas das exigencias para telhas de cerâmicas:
• Impermeabilização
• Retilinearidade e planacidade (evitar problemas de encaixe)
• Tolerância dimensional (+ou- 2% à especificação)
• Absorção de agua (de 7 a 20% variando com o clima)
• Clima muito frio ou úmido <7%
• Clima frio e temperado <12%
• Clima temperado ou tropical <20%
Classificadas em quatro categorias em função de suas características 
geométricas e tipo de fixação, sendo elas:
1. Planas de encaixe;
2. Composta de encaixe;
3. Simples de sobreposição;
4. Planas de sobreposição.
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Telhas Cerâmicas;
Planas de encaixe
Se encaixam por meio de sulcos e saliências, apresentam 
furos e pinos para fixação. Resistência a flexão = 1,0 kN
1. Francesa:
• Bom rendimento.
Telhas Cerâmicas
Composta de encaixe 
Capa e canal no mesmo componente, apresentam furos e 
pinos para fixação.Resistência a flexão = 1,3 kN
1. Portuguesa:
• Deriva da telha colonial.
2. Romana:
• Boa vedação;
• Melhor estabilidade.
3. Americana:
• Deriva da telha portuguesa
• Maior rendimento que a 
portuguesa.
1 2
3
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13
Telhas Cerâmicas
Simples de sobreposição 
Composto por 2 peças capa e canal independente ( o canal 
não possui furos e pinos para fixação).
Resistência a flexão = 1,0 kN
1. Colonial:
• Com encaixe, sem 
encaixe ou de cumeira.
2. Paulista:
• Derivada da telha 
colonial;
• Capa menor que o canal.
3. Plan:
• Variação entre a paulista 
e a colonial;
• Possui arestas retas.
3
21
Telhas Cerâmicas
Planas de sobreposição
Somente se sobrepõe (podem apresentar furos e pinos 
para fixação). Resistência a flexão = 1,0 kN
1. Alemã ou germânica:
• Utilizado em baixas 
temperaturas;
• Muito inclinados 
para que a neve 
não acumule;
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Telhas Cerâmicas
TELHA RENDIMENTO (m²)
INCLINAÇÃO
MÍNIMA (%) PESO (kgf/m²)
FRANCESA 17 40 44
COLONIAL 19 à 26 25 51
PAULISTA 26 25 52
PORTUGUESA 15 à 17 30 44
ROMANA 15,5 à 17 30 44
AMERICANA 12 30 38
PLAN 21 à 26 25 52
Caracteristicas técnicas de algumas telhas cerâmicas 
Revestimento Cerâmicos
Os produtos de cerâmicos destinados ao revestimento de 
pisos podem ser obtidos por processos de extrusão ou 
prensagem.
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Revestimento Cerâmicos
Podem apresentar face esmaltada, que é revestida com uma 
camada vítrea conferindo um aspecto brilhoso ao material e 
uma face porosa, também chamada de tordoz ou face de 
assentamento
Algumas peças possuem as duas faces não esmaltadas, uma 
exposta e outra destinada ao assentamento
Revestimento Cerâmicos
Quanto a classificação completa e dos requisitos 
que os revestimentos devem obedecer tem-se as 
normas NBR 13817 e NBR 13818.
Suas principais características são:
• Absorção de água;
• Resistencia a abrasão;
• Facilidade de limpeza;
• Resistencia a agentes químicos.
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Revestimento Cerâmicos
TIPOLOGIA DE PRODUTO GRAU DE ABSORÇÃO
PORCELANATO 0 à 0,5%
GRÉS 0,5 à 3%
SEMI-GRÉS 3 à 6%
SEMI-POROSO 6 à 10%
POROSO Maior que 10%
AZULEJO Maior que 10%
Conforme a NBR 13817, alguns revestimentos cerâmicos recebem uma 
nomenclatura especifica de acordo com o grau de absorção :
Porém o porcelanato é composto por pigmentos que são adicionados à argila 
durante o processo de prensagem. Quando queimados dão o aspecto de pedra 
natural.
Possibilitam o acabamento polido (com brilho) e não polido (sem brilho).
Revestimento Cerâmicos
PISO X AZULEJO
AZULEJO 
• Peça de cerâmica de fina espessura, quadrada, tendo uma das faces vidradas 
(geralmente esmalte), impermeável e brilhante; 
• Maior absorção de água, o que permite máxima adesão entre o azulejo e a 
argamassa (evita destacamento da parede). 
• Menor resistência à abrasão. 
PISO 
• Menor absorção de água; 
• Maior resistência à abrasão e maior resistência mecânica (pois está sujeito ao 
tráfego de pessoas e objetos).
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Revestimento Cerâmicos
RESISTÊNCIA À ABRASÃO
• Os revestimentos cerâmicos também são classificados segundo o teste
de resistência do esmalte da peça ao desgaste por abrasão. Essa
classificação é conhecida como Índice PEI (Porcelain Enamel Institute),
onde são indicadas os ambientes mais adequados para sua aplicação.
• Este índice deve estar especificado nas embalagens de revestimentos
cerâmicos.
Revestimento Cerâmicos
RESISTÊNCIA À ABRASÃO
Classificação dos pisos quanto à resistência à abrasão:
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Revestimento Cerâmicos
PEI X QUALIDADE DO PISO
A classificação PEI refere-se apenas a qualidade do esmalte do piso e não a
resistência da peça em si. Para ser mais prático, um piso PEI 5 é mais resistente
a riscos com pedras ou arrastar de objetos pesados do que um PEI 3, por
exemplo; mas isto não quer dizer que o PEI 5 suporta um peso de um caminhão.
A resistência ao peso implica em outros fatores, como a qualidade da cerâmica,
forma e materiais usados no assentamento, qualidade da base do piso, entre
outros.
Revestimento Cerâmicos
RESISTÊNCIA AO ATAQUE QUÍMICO E AO MANCHAMENTO
É a capacidade que a superfície da placa possui de não alterar sua aparência,
quando em contato com determinados produtos químicos ou agentes
manchantes. As classes, em ordem decrescente de resistência, são:
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19
Revestimento Cerâmicos
RESISTÊNCIA À FLEXÃO
• É a resistência da peça cerâmica quando submetida a uma força aplicada
linearmente em sua região central, com intensidade progressiva e de velocidade
constante.
• A resistência do pavimento como um todo depende fortemente das condições
de assentamento, da existência ou não de desníveis ou cavidade entre a peça a
base.
Aplicações e vantagens:
• BLOCOS E TIJOLOS:
• TUBOS:
• TELHAS CERÂMICA:
• REVESTIMENTOS:
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Grupo:
Mateus Freitas Antonio C6555H-8
Guilherme Camillo Reginato T42965-0
Renan Augusto Izidoro Vieira C7197B-1
Luis Henrique Ap. Ramos C38BGB-0
Bruno Henrique Zampieri da Silva C737AB-2
Cleber Jordão da Silva C4474C-8
Vinicius Davenia de Souza C615366
João Otávio Rainho Silva C04085 1
Bruno Luiz do Nascimento Amâncio C63DDD-4
Vitória de Carvalho Barbalho C4102-68
Pedro Henrique Serqueira C44196-1
Gustavo Rodrigues Marques dos Santos C488CE-1
Higor Gomes da Silveira C47CCE-1
Alberto Henrique da Silva Fachinelli C46HHE-4
Vivian Davenia C42440-4
Jeferson dos Santos B86BHD-6
Ana Beatriz Camillo Garcia C40044-0
Jessica de Mello
João da Conceição Costa
Karen Cristhiane de Lima
Leonado Henrique da Silva C42405-6
Thiago Guadanhim

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