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1 FONTES CONVENCIONAIS DE ENERGIA Considerações sobre o Consumo de Energia Fontes convencionais são tecnologias de conversão de uma forma de energia em outra que estão desenvolvidas e cujos custos são considerados economicamente aceitáveis. Uma fonte será renovável se ela puder ser reabastecida, ou se desenvolver ou existir dentro de um intevalo de tempo significativo para as pessoas (comida, madeira, água, radiação solar). Uma fonte será dita não renovável se sua formação for tão lenta ou sua existência tão curta a ponto de se tornar esgotável num intervalo de tempo. Taxa de energia consumida pela sociedade tem aumentado progressivamente. Numa sociedade industrializada quatro setores utilizam a maior parte da energia: indústria, transporte, comércio-doméstico, e alimentação. 2 O consumo de energia pela população e as fontes produtoras dessa energia estão fortemente realacionada à renda familiar. A tabela abaixo mostra o consumo de eletricidade dos 20 maiores consumidores Essa Nº País Consumo de eletricidade (Quilowatt-hora/Ano) Ano Fonte População desde Energia média per capita (Watts) — Mundo 16,830,000,000 2005 CIA Est. 1 6,464,750,000 2005 297 1 Estados Unidos 3,816,000,000 2005 CIA 1 298,213,000 2005 1,460 2 China 2,859,000,000 2006 CIA 1,315,844,000 2005 248 — União Europeia 2 2,820,000,000 2004 CIA Est. 459,387,000 2005 700 3 Rússia 985,200,000 2007 CIA Est. 143,202,000 2005 785 4 Japão 974,200,000 2005 CIA 128,085,000 2005 868 5 Alemanha 545,500,000 2005 CIA 82,689,000 2005 753 6 Canadá 540,200,000 2005 CIA 32,268,000 2005 1,910 7 Índia 488,500,000 2005 CIA 1,103,371,000 2005 50.5 8 França 451,500,000 2005 CIA 60,496,000 2005 851 9 Coreia do Sul 368,600,000 2007 CIA 47,817,000 2005 879 10 Brasil 368,500,000 2005 CIA 186,405,000 2005 226 11 Reino Unido 348,700,000 2005 CIA 59,668,000 2005 667 12 Itália 307,100,000 2005 CIA 58,093,000 2005 603 13 Espanha 243,000,000 2005 CIA 43,064,000 2005 644 14 África do Sul 241,400,000 2007 CIA 47,432,000 2005 581 15 Taiwan 221,000,000 2006 CIA 22,894,384 2005 1,101 16 Austrália 219,800,000 2005 CIA 20,155,000 2005 1,244 17 México 183,300,000 2005 CIA 107,029,000 2005 195 18 Ucrânia 181,900,000 2006 CIA 46,481,000 2005 446 19 Arábia Saudita 146,900,000 2005 CIA 24,573,000 2005 682 20 Irã 136,200,000 2005 CIA 69,515,000 2005 224 3 Fonte Primária de Energia da Terra: O Sol Responsável por mais de 99% de seu balanço energético. Como as demais estrelas é extreamente quente, na superfície 6000 K – na região central 2 x 107 K – plasma – não ocorrendo combustão, mas somente reações nucleares. As reações mais imporantes são: Fusão nuclear – energia total liberada nessa serie é 26 MeV. Cerca de 30 % a 35 % da energia solar incidente é diretamente refletida e espalhada na forma de radiação ultravioleta. Aproximadamente 47 % é absorvida pela atmosfera, outros 23 % na evaporação, convecção, precipitação e circulação superficial da água, formando o ciclo hídrico. Energia Hidráulica Roda d’água horizontal - 0,3 kW – século 1. Roda d’água vertical - 2 kW – século 4 – moer cereais Século 16 - industrialização da Europa Século 17 – 56 kW. Energia hidráulica em energia mecânica – hidroelétricas (Niagra Falls – 1880) Primeira hidroelétrica no Brasil – Diamantina – Ribeirão do Inferno – 0,5 MW. 4 - Conversão hidromecânica A geração de energia por hidroelétrica utiliza a energia potencial, U = mgh, de uma queda d’água que é convertida em energia cinética, k = ½ mv2, que é convertia em energia rotacional da roda. Devido a dissipações a energia rotacional não é igual a energia potencial. As turbinas são rodas modificadas para aumentar a eficiência, chegando a 95 %. - Conversão hidroelétrica Conversão de energia hidráulica em elétrica – 2 etapas - energia hidráulica em mecânica – rotacionar a turbina - energia mecânica em energia elétrica (baseada no fenômeno da indução – Faraday 1831 Indução - Quando o ímã se aproxima da espira, o ponteiro do galvanômetro deflete num sentido, quando se afasta, o ponteiro deflete no outro sentido Em geral tensão alternada é baixa – transformadores aumentam a tensão em centenas e até milhares de kV. 5 Exemplo 1 Aproveitando o desnível de 80 m de um rio, está sendo projetada a construção de uma usina hidroelétrica. Qual a vazão de água necessária para produzir um potência de 200 MW? Considere as eficiências das turbinas hidráulicas t e do gerador elétrico g iguais a 95 % e 90 %, respectivamente.Se não houver dissipação por atrito entre a água e as tubulações com que velocidade média a água atinge as turbinas? Solução U = mgh = t x g = 0,95 x 0,90 = 0,855 Sem dissipação por atrito O potencial hidrelétrico brasileiro é estimado em cerca de 260 GW, dos quais 40,5% estão localizados na Bacia Hidrográfica do Amazonas – para efeito de comparação, a Bacia do Paraná responde por 23%, a do Tocantins, por 10,6% e a do São Francisco, por 10%. Contudo, apenas 63% do potencial foi inventariado. A Região Norte, em especial, tem um grande potencial ainda por explorar. Até 1980 as hidroelétricas respondiam por 90 % de toda energia elétrica gerada no Brasil, atualmente cerca de 71 %. Energia de Combustíveis Combustão é a reação de átomos do material + átomos de oxigênio no ar queima do material (reação exotérmica – luz e calor) Combustíveis – vegetais ou fósseis 6 - Combustívies vegetais Até o século 19 – madeira principal fonte de combustão. No Brasil entre 1969 e 1979 – energia gerada por madeira, carvão vegetal e bagaço de cana passou de 40,3 % para 24,7 % . Hoje biomassa responde por 27 % da energia gerada no país. - Combustíveis fósseis Formados a centenas de milhões de anos. Início do século 20 – hoje mais da metade das fontes primárias. No Brasil – 47% da energia total USA – 75% da energia consumida. Estimativa de energia de diferente combustíveis 1 tonelada de carvão mineral 30,5 x 109 J 1 barril (159 l) de óleo cru 6,2 x 109 J 1 pé cúbico (28,3 l) de gás natural 1,1 x 106 J Carvão mineral Usado pelos chineses antes de 1271 – viagem de Marco Polo ao Oriente Inglaterra – 1234 – desempenhou papel essencial na revolução industrial (processos metalúrgicos, fabricação de vidros, construção de ferrovias, máquinas a vapor etc). O carvão 27% na matriz energética mundial, perdendo apenas para o petróleo 33%. No Brasil, o carvão mineral participa com um pouco mais de 5% na matriz energética. Em terra seca – plantas mortas – carbono, oxigênio e hidrogênio – formam CO2 + H2O. Em pântanos – não há acão oxidante – bactérias liberação de hidrogênio e oxigênio aumento da concentração de CO2 produto final turfa (rica em carbono) Turfa é coberta aumento da pressão gases liberados aumenta a concentração de carbono linhita oucarvão marrom. Aumento da pressão linhita carvão betuminoso ou carvão mole aumento da temperatura e pressão carvão duro. União Soviética – 60 % das reservas mundiais 7 Brasil – Rio Grande do Sul 51 %, Santa Catarina 47,4 %, Paraná 1,6 %. Pode ser gaseificado metano (CH4) canalizado e distribuído. Petróleo Formação mais complexa do que o carvão. Materiais orgânicos (biogênica) mesmo processo do carvão aumento da pressão e temperatura hidrocarbonetos em óleo líquido, sólido e gás natural aumento da pressão (folhelhos) deslocamento do óleo líquido e gás para vizinhanças porosas (arenitos e carbonatos). Moderna teoria Russo-Ucraniana (abiogênica) estudos apontaram que o petróleo provém e é originado a altas pressões e temperaturas no manto da Terra, sem a participação de carbono de origem orgânica. Produtos derivados do petróleo – Mesopotâmia asfalto usado como combustível 6000 a.C., gás natural 3000 a.C. em templos. Exploração do petróleo – 1300 Baku (União Soviética) – 1640 Modena (Itália) Exploração do petróleo no Brasil 1892 - primeira sondagem profunda 488 m (Bofete – SP) água sulfurosa 1925 – Bom Jardim – AM vestígio de óleo e gás natural primeira iluminação a gás natural 1939 – Lobato – BA primeiro poço 1941 – Candeias – BA primeiro poço comercial 8 1946 – Monteiro Lobato “O petróleo é nosso”. 1953 – criação da Petrobras 1968 – Primeira descobeerta no mar – campo de Guaricema - SE 1974 – descoberta a bacia de Campos – campo de Garoupa 1997 – Fim do monopólio do petróleo 2005 – Primeiros indícios de petróleo no pré-sal 9 2008 - primeiro óleo da camada pré-sal, no Campo de Jubarte, na Bacia de Campos (RJ) Valores de produção em 2010, em milhões de barris por dia: 1 Arábia Saudita (OPEP) 10,521 9 Brasil 2,719 2 Rússia 10,146 10 Nigéria (OPEP) 2,458 3 Estados Unidos 9,688 11 Kuwait (OPEP) 2,450 4 República Popular da China 4,273 12 Iraque (OPEP) 2,408 5 Irã (OPEP) 4,252 13 Venezuela (OPEP) 2,375 6 Canadá 3,483 14 Noruega 2,134 7 México 2,983 15 Angola (OPEP) 1,988 8 Emirados Árabes Unidos (OPEP) 2,813 Fonte: Departamento de Estatística dos E.U.A. Gás natural O gás natural é uma mistura de hidrocarbonetos leves na qual o metano (CH4) é 70 % da mistura (etano, propano, H2S, CO2). Contém menos poluentes, mas é mais difícil de armazenar e de transportar que os combustíveis sólidos ou líquidos. Por isso, ele é liquefeito (esfriando a 147 K -126 oC) para ser transportado (redução de volume de 1/600). Exemplo 2 Considere o aquecimento de ambiente, mostre que é mais econômico usar o gás natural como fonte de energia direta do que usá-lo para produzir energia elétrica para o mesmo fim. Solução: a. Uso do gás diretamente no aquecimento: gás = dg . F b. Geração de calor por aquecimento elétrico: elérico = e .de . a Calor liberado (de) Calor liberado (de) distribuição por gaseoduto (dg) (de) elétrica (de) distribuição Fonte de gás Fornalha de gás (F) Fonte de gás Gerador elétrico (e) Aquecedor elétrico (a) 10 Considerando os seguintes valores típicos para as eficiências: dg = 0,95 F = 0,75 e = 0,35 de = 0,90 a = 0,98 Têm-se: gás = 0,95 x 0,75 = 0,71 elétrico = 0,35 x 0,90 x 0,98 = 0,31 Unidades de energia liberada Btu = British thermal energy = calor necessário para elevar 1 libra de água de 63 oF a 64 oF = 1055 J kWh = 1000 watts produzidos ou consumidos em 1h = 3,6 x 106 J cal = caloria = calor necessário para elevar 1 cm3 de água de 14,5 oC a 15,5 oC = 4,186 J Petróleo mais importante – Unidade equivalente ao petróleo – 103 m3 de gás natural equivalem a 0,912 ton de equivalente de petróleo (tEP) – 1 ton de lenha 0,301 tEP 11 FONTES NÃO-CONVENCIONAIS DE ENERGIA Aquelas que possuem tecnologias desenvolvidas mas que ainda não são totalmente aceitas devido a razões econômicas, ambientais ou outras, ou ainda cujas tecnologias estão em desenvolvimento. Entre essas estão a geotérmica, a nuclear, a solar, a eólica, as provenientes de biomassa, das mares etc. Energia Geotérmica Energia proveniente da própria Terra. Já era usada na Grécia antiga, no Império Romano, na Babilônia e no Japão para fins medicinais - águas termais. Brasil - Caldas Novas, Águas de Lindoia, Poços de Caldas. 1904 – Larderello – Itália – primeira usina geotermoelétrica – 424 MW 1958 – Wairakei – Nova Zelândia – segunda usina comercial 1960 – complexo de gêiseres no norte da Califôrnia – 516 MW – energia mais barata A temperatura da Terra aumenta com a profundidade – 10 e 40 graus por km – radioatividade natural e a energia residual da formação da Terra. Fluxo Térmico Mundial (vermelho: maior transporte de calor; azul: menor transporte de calor) Principais rochas - granitos e basaltos – 3,5 x 10-2 J/(kg.ano) Granitos – maior concentração de elementos radioativos – 3 x 10-2 J/(kg.ano) – 20 km produção anual 1021 J de energia térmica (1000 vezes os terremotos em um ano). Fundo do mar não tem granito. Calor produzido no interior da Terra muito difuso, nas interfaces das placas tectônicas o calor é mais acentuado. A deriva continental pode ser por afastamento ou colisão. 12 Afastamento – massa magmática quente (1000 oC – 1200 oC). Colisão – fraturas ( 800 oC – 1000 oC). Placas tectônicas que formam a superfície da Terra Transmissão da energia térmica: irradiação, condução e convecção. Minerais da crosta terrestre não são bons irradiadores menos eficiente (1) onde é a emitância do material e = 5,67 x 10-8 W/(m2.K4) a constante de Stefan- Boltzmann. Condução – gradiente de temperatura – matais são bons condutores – condução de eletricidade elétrons. Outros materiais vibração dos átomos ou moléculas. (2) Onde é o coeficiente de condutivadade térmica, A é área e (T2 – T1)/d. do granito = 0,006 cal/(cm.s.grau) da água = 0,016 cal/(cm.s.grau) do alumínio = 0,46 cal/(cm.s.grau) do cobre = 0,92 cal/(cm.s.grau) Fluxo térmico J/s ou W Exemplo 1 13 Determine o fluxo de calor por condução por unidade de área para a superfície numa região onde a expessura da crosta, composta por granito (70 %) e basalto (30 %) , é 56 km. Nessa região, o gradiente de temperatura é 40 oC/km. Dados T = T0 = 20 oC; (basalto) = 0,004 cal/(cm.s.grau). Solução Convecção – ocorre em fluidos, a energia é transferida pelo movimento de moléculas. O fluido junto a uma fonte de calor fica com uma densidade menor, afastando-o da fonte de calor, onde é resfriado, voltando para perto dafonte. Solutos da atmosfera de maior densidade específica (CO2, O2) tendem a se concentrar nas camadas baixas da atmosfera enquanto os solutos mais leves (CH4 e H2) tendem a se acumular nas camadas mais altas da atmosfera, ocasionando a falta de oxigênio em lugares de maior altitude. O processo de conveçcão transfere energia mais rapidamente que a condução – pode ser natural ou forçado. No primeiro fonte de calor/gravidade. No segundo movimento do fluido mantido por um agente (vento). Em ambos os casos, o calor transferido depende do coeficente de expansão térmica e da viscosidade (resistência do fluido). O fluxo de calor transmitido por convecção é: (3) O calor formado no interior da Terra podem aforar ou não. Rochas porosas ou fratudas formam fontes termais, gêiseres, fumarolas etc. Rochas impermeáveis – depósitos geotérmicos. 14 A usina de Wairakei, na Nova Zelândia (150 MW) utiliza energia de fontes de alta entalpia (medida da máxima energia de um sistema termodinâmico H = U + PV). Outras no México (75 MW) e El Salvador (95 MW) também utilizam essa fonte de energia. As fontes de baixa entalpia produzem água a 200 oC, com grau de salinidade menor e não tem sido usado para gerar energia. Energia Nuclear Energia gerada por fissão ou fusão. Fissão nuclear começou em 1942 - primeira reação nuclear artificial auto-sustentada. Pilha de Fermi (urânio e grafite) Tanto na fissão como na fusão a energia liberada E pode ser descrita pela equação de Einstein Essa energia é utilizada para aquecer um flluido para produzir energia mecânica que é convertida em energia elétrica. 15 Fissão nuclear Balanço de massa, antes e depois energia liberada (E) massa do n = 1,0087 u.m.a massa do 235U = 235,0439 u.m.a total de massa antes = 236,0526 u.m.a massa do 141Ba = 140,9139 u.m.a massa do 92Kr = 91,8973 u.m.a massa dos 3 n = 3, 0261 u.m.a massa total depois = 235,8373 u.m.a m = 0,2153 u.m.a 1 u.m.a = 1,66 x 10-27 kg E = (0,2153 x 1,66 x 10-27) kg x (3 x 108 m/s)2 3,2 x 10-11 J 1 J 6,25 x 1012 MeV E 200 MeV Distribuição dessa energia Energia cinética dos núcleos produtos 164 MeV Energia cinética dos nêutrons 6 MeV Energia das radiações 7 MeV Energia dos decaimentos radioativos 23 MeV 16 Se somente 1 % dos 2,5 x 1024 átomos contidos num kg de 235U sofresse fissão ET = energia por fissão x n o de átomos por kg x 1% ET = 3,2 x 10 -11 x 2,5 x 1024 x 0,01 = 8 x 1011 J Exemplo 2 A energia produzida por 1 ton de carvão é 3 x 1010 J. Qual a quantidade de 235U energeticamente equivalente a essa quatidade de carvão? Solução m = 0,0375 kg = 37,5 g Para manter uma reação em cadeia, é necessário que o combustível nuclear esteja suficientemente compactado, para aumentar a probabilidade de colisão. A quantidade de material e a configuração em que esse material deve ser disposto para manter uma reação em cadeia define a massa crítica. No reator nuclear a reação em cadeia é controlada quantidade de energia liberada e o fluxo de energia atinjam níveis pré-estabelecidos. O núcleo do reator contém um refrigerante e barras de controle. Reatores: térmicos usam elementos físseis (235U, 233U e 239Pu), os rápidos usam elementos férteis (232Th e 238U ), que geram materiais físseis. As reservas de materiais fertéis são 100 vezes maiores que as de materiais físseis. - Reatores térmicos Maioria dos reatores de potência. Escolha do refrigerante e do moderador é importante. Alguns usam água normal (H2O) outros água (D2O) pesada como meio refrigerante e moderador ao mesmo tempo, outros usam gás para resfriar e absorver o calor produzido e grafite como moderador. Reatores que usam água leve: reatores de água em ebolição (BWR) e os de água pressurizada (PWR). A princial diferença é que no primeiro a água ferve e no segundo não. No BWR a água é fervida a 285 oC (75 atm) e no PWR a água mantém-se líquida mesmo a 320 oC (157 atm). A contenção de concreto no PWR é menor do que a do BWR. No BWR o vaso do reator está submetida a uma irradiação menor em comparação ao PWR. No BWR existe contaminação da turbina por produtos de fissão. 17 Reator PWR Reator BWR Reatores de água pesada são do tipo CANDU (Canada Deuterium Uranium). Esse reatores usam água pesada + urânio natural. Geram cerca de 10 % da energia nuclear no mundo. Custo da energia é maior que aquelas geradas pelos PWR e BWR. Também geram mais lixo atômico do que os outros. Amarelo e laranja – circuito primário Azul e vermelho – circuito secundário Rosa – moderador (água pesada) 1 – combustível; 2 – reator; 3 – barras de controle 4 – reservátorio de água pesada; 5 – gerador de vapor; 6 – bomba de água leve; 7 – bomba de água pesada; 8 – máquinas de combustível; 9 – moderador (D2O) 10 – tubo de pressão; 11 – saída de vapor; 12 – entrada de água leve; 13 – prédio do reator 18 Os reatores resfriados a gás, também tem dois estágios de transferência de calor (GCR ou AGCR). Um gás, o hélio ou dióxido de carbono purificado, passa sob pressão pelo núcleo do reator, retirando calor, que depois é transferido para um líquido usado para acionar as turbinas. 1 – Tubos de carga; 2 – barras de controle; 3 – moderador de grafite; 4 – combustível; 5 – blindagem do vaso de pressão; 6 – circulador de gás; 7 – água; 8 – bomba; 9 – trocador de calor; 10 – vapor O urânio na natureza é basicamente constituído de 99,3 % de 238U e 0,7% de 235U. O urânio natural permite a regeneração do combustível nuclear. Isto é: O plutônio é um elemento físsil. Dessa maneira o uso do urânio natural permite uma autonomia maior em combustível do que o urânio enriquecido. Reatores regeneradores rápidos - nesses reatores os combustíveis são uma combinação de 238U e 239Pu ou 232Th e 233U. O 233U é produto da reação Os elementos férteis 238U e 232Th são convetidos em elementos físseis 239Pu e 233U, numa taxa maior que o consumo do próprio combustíveis. O refrigerante mais usado é o sódio líquido e não tem moderador no núcleo do reator. Tipos de reatores com os combustíveis, moderador e refrigerantes utilizados Tipo de reatores Combustível Moderador Refrigerante PWR Urânio enriquecido Água leve Água leve BWR Urânio enriquecido Água leve Água leve HWR Urânio natural Água pesada Água pesada HTGR Urânio enriquecido Grafite Hélio FBR U, Pu e Th - Sódio ou hélio Utilização da fissão nuclear – além da geração de energia os reatores nucleares são usados para produzir rdioisótopos que possuem aplicações na indústria; medicina; biológia; agricultura, pecuária etc. 19 Fusão nuclear A fusão é a união de dois núcleos leves para formar outro mais pesado. A fusão é reponsável pela energia emitida pelo Sol e pelas estrelas. Assim como a fissão, a energia liberada é dada por: E = m.c2 Exemplos de fusões nuclearesonde = D = deutério e = T = trítio Exemplo 3 Considerando a reação 1 acima e sabendo que Mi = massa total inicial = 4,0282 u.m.a. Mf = massa total final = 4,024695 u.m.a. 1 u.m.a. = 1,66 x 10-27 kg 1 MeV = 1,6 x 10-13 J Determine a energia liberada Solução: m = Mi – Mf = 0,003505 u.m.a. = 0,00582 x 10 -27 kg = 5,82 x 10-30 kg E = m.c2 = 5,82 x 10-30 kg x (3 x108 m/s)2 = 52,34 x 10-14 J E = 32,7 x 10-1 MeV = 3,3 MeV. O deutério é um dos componentes básicos da fusão. Ele é estável e pode ser encontrado na água do mar numa proporção de 1:6500 átomos de hidrogênio. A energia média liberada pela fusão de todos os átomos num m3 de água do mar é 12 x 1012 J, o que corresponde a 2 x 103 barris de petróleo. Exemplo 4 Sabendo que a fusão de todo deutêrio contido em 1 m3 de água do mar libera uma energia correspondente à de 2 x 103 barris (bbl) de petróleo, compare as reservas energéticas de 20 petróleo, (estimadas em 2 000 bilhões de barris) e do volume oceânico de aproximadamente 1,5 x 109 km3). Solução Voc = 1,5 x 10 9 km3 = 1,5 x 1018 m3 1 m3 2 x 103 bbl 1,5 x 1018 m3 x bbl X = 3 x 1021 bbl Vp = 2 x 10 12 bbl Logo a capacidade do oceâno é mais de um bilhão de vezes maior que a capacidade energética da reserva mundial de petróleo. A fusão nuclear só pode ocorrer com núcleos muito próximos, a força de atração nuclear deve ser maior do que a força de repulção coulombiana. Isto é, a energia cinética associada a cada núcleo tem de ser muito grande. Energia cinética grande alta velocidade gás supraquecido (~ 107 K) gás completamente ionizado plasma. Comportamento do plasma é dominado pelo fenômenos eletromagnéticos. Necessidade de ocorrência de um número muito grande de reações por unidade de tempo para que a energia gerada seja maior do que a energia gasta. A condição para atingir um balanço positivo é dada pelo critério de Lawson: N > 10 14 (íons/cm3) . s Condições para um reator de fusão estável são: densidade do plasma N = 5 x 1014 íons/cm3, duração de confinamento = 0,5 s e temperatura do plasma T = 108 K. Melhor equação D + T 4He + n + 17,6 MeV Entretanto, não existe trítio (3H) na natureza, assim n + 6Li 4He + T + 4,8 MeV Dessa maneira pode-se escrever D + 6Li 2 4He + 22,4 MeV Por diversos problemas de ordem técnica ainda não existe um reator de fusão. 21 Energia Solar A existência da vida e a produção de energia na Terra depende quase que exclusivamente do Sol. Alimentos fotossíntese, combustíveis fósseis energia solar armazenada. Aproveitamento direto é pequeno. Três atrativo principais 1 – renovabilidade quase infinita (escala de tempo dos humanos) 2 – proporção menor de impactos ambientais 3 – aplicação regional – não necessitando de transporte de longa distância. Utilização da energia solar - desidratação (índios pré-incaicos) A aplicação tecnológica começou com o uso de lentes convergentes para produzir calor. 1872 – unidade de destilação solar no Chile – água salobra em água potável 1878 – Exposição de Paris – luz solar focalizada numa caldeira vapor operava um prensa gráfica. 1913 – Egito - máquina solar (40 kW) – usada em irrigação Baixo custo do petróleo atrasou o desenvolvimento dessa tecnologia. Taxa de energia solar sobre a Terra – 173 x 109 MW ou 1.362 W/m2 - Reflexão e absorção pela atmosferra diminui esse valor – valor médio em 24 h é 630 W/m2. A quantidade real depende da região – próxima do Equador maior. Coletores solares térmicos Transformam luz solar em calor. Calor pode ser usado para aquecimento de água, produção de eletricidade ou consumo doméstico. As propriedades que caracterizam um material são a absortância (coeficeinte de absorção), a emitância (coeficiente de emissão) e reflectância (coefiente de reflexão). Um corpo ideal é aquele que emite toda radiação possível, isto é, que tem emitância igual a 1 ou absorve toda a radiação posssível ou que tem absortância igual a 1, esse corpo é denominado corpo negro. O coletor térmico transforma luz solar em energia térmica. Um material ideal para esse fim deve ser um bom absorverdor de radiação visível e emitir pouca radiação infravermelha (calor). A transparência também é importante, tanto para a luz visível quanto para o infravermelho. O vidro comum é transparente a luz visível mas não para o infravermelho, causando o efeito estufa. 22 Coletores térmicos planos – usados em sistema de aquecimento de água. A superfície que recebe a luz solar é de vidro ou plástico, aumentando a eficiência do coletor devido ao efeito estufa. As paredes e o fundo são de materiais isolantes térmicos. A superrfície seletiva é preta para aumentar a absortância e diminuir a emitância. A eficiência é da orde mde 50%. O desempenho depende da intensidade solar, da transmitância da cobertura, da absortância da camada seletiva, das temperaturas do coletor e do meio ambiente e do coeficiente de perda do coletor para o meio ambiente. Assim, têm-se Pabs = Pinc - U (Tc – Ta) (5) onde Pinc é a potência incidente por unidade de área, é a transmitância, é a absortância do coletor, U é o coeficiente de perda da superfície seletiva para o meio ambiente, Tc a temperatura do coletor e Ta a temperatura do ambiente. Coletores térmicos focalizantes – utiliza a propriedade da reflexão das superfícies para concentrar energia em regiões limitadas. Nesse tipo de coletor cilíndrico-parabólico o tubo é colocado na linha focal do cilíndro. A razão concentração (c) é a razão entre a área do concentrador (AC) e área do absorvedor (AA) e seus valores variam de 10:1 a 10.000:1, ou mais, dependendo das dimensões e da finalidade. A maior fonte de perda de energia é a irradiação. A potência irradiada pelo absorvedor é dada por: (6) onde AA é a área do absorvedor, A sua emitância , TA sua temperatura absoluta e é a constante de Stefan-Boltzmann. Para diminuir a perda sua área deve ser pequena e o material deve possuir pequena emitância. A potência absorvida pelo absorvedor, PA, por unidade de área do concentrador pode ser estimada por PA = Pinc A A - U (TA – Ta) Como a perda para o ambiente é muito pequena, têm-se 23 PA = Pinc A A (7) Assim, a potência total recebida pelo absorvedor é (8) Define-se para o coletor focalizante, a razão potência total recebida pela potência irradiada pelo absorvedor, assim têm-se como têm-se (9) Assim, para que o coletor concentrador seja eficiente é necessário que as razões A/A e C sejam grandes. Exemplo 6 A incidência solar média por unidade de área numa dada região é de 600 W/m2, durante 6 horas por dia. Determine a energia disponível, por unidade de área, para ser coletada por dia por um coletor plano. Qual seria a área do coletor a ser instalado para aquecer uma residência que consome 1.200 x 106 J/d, sabendo-se que sua eficiência éde 32%? Solução Pinc = 600 W/m 2 = 600 J/(s.m2) t = 6 h = 21.600 s Edisp = Pinc x t = 600 J/(s.m 2) x 21.600 s = 12,96 x 106 J/m2 como Eprod = x Edisp = 0,32 x 12,96 x 10 6 J/m2 4,147 x 106 J/m2 Para o consumo de 1.200 x 106 J/d Econs = A x Eprod A = Econs/ Eprod = 1.200 x 10 6 J/4,147 x 106 J/m2 A 289,4 m2 Superfície aproximada de 17 m x 17 m 24 Células fotovoltaícas Convertem diretamente a energia solar em energia elétrica. As células fotovoltaícas utilizam semicondutores. Os semicondutores feitos de silício (Si) são os mais usados e sua eficiência é de 15 % a 21 %. Eles são difíceis de serem produzidos, custo elevado. Outros elementos utilizados são o arsenieto de gálio (GaAs), sulfeto de cádmio (CdS), filmes fino de CIGS – Cu(In,Ga)Se2 e telureto de cádmio (CdTe), com diferentes eficiências de conversão. A potência produzida pelas células fotovoltaícas é dada por P = Pinc A (10) sendo Pinc a potência de incidência, a eficiência do dispositivo e A a área do coletor. Devido ao elevado custo de fabricação e manutenção, a utilização dessa tecnologia para o consumo comercial não oferece vantagem. Entretanto, é muito utilizada em satélites artificiais. Conversão de energia solar armazenada pela biomassa Cerca de 0,02 % da energia incidente sobre a Terra é utilizada na fotossíntese, e armazenda na forma de energia bioquímica, representada por 6 CO2 + 6 H2O + radiação solar C6H12O6 + 6 O2 nC6H12O6 [H – (C6H10O5) – OH] + (n-1) H2O onde H – (C6H10O5) – OH pode ser celulose, amido ou carboidrato Esse processo é responsável pela formação da biomassa – que consiste de animais, plantas e combústível fósseis. A biomassa é uma fonte de energia renovável e aproveitada de várias formas, como alimento, como combustível, como produtor de gás metano e de álcool. Materiais orgânicos secos, como madeira, podem ser degradados por aquecimento na ausência de oxigênio, pocesso de pirólise. Os produtos dessa reação, quando a temperatura está acima de 500 oC, são uma mistura de gases combustíveis, óleo de baixa qualidade e carvão. Produção de biogás – CH4 Resíduos orgânicos, como lixo de cozinha, esterco, plantas, esgoto doméstico entre outros, quando acumulados e deixados em repouso, se decompõem, gerando produtos que são utéis como fonte de energia. No primeiro estágio da decomposição o oxigênio que envolve os resíduos permite a formação de bactérias aeróbicas, que se reproduzem facilmente, absovendo oxigênio e liberando gás carbonico. Quando acaba o oxigênio, o segundo estágio se inicia. Nessa 25 fase as bactérias ácidas anaeróbicas começam a surgir, digerindo gorduras, proteinas e amidos, liquefazendo os resíduos e convertendo-os em ácido acético. Esse estágio é pouco afetado pelas variações do meio. Acabado esse estágio as bactérias metamogênicas iniciam a conversão de do ácido acético em gás metano,que pode ser aproveitado como combustível. Essas bactérias se reproduzem lentamente e são sensíveis às variações do meio. O resíduo é uma pasta rica em nitogênio e húmus, que serve como fertilizante. Os problemas mais críitico para a produção de biogás são o controle do pH e da temperatura durante o terceiro estágio. A variação de temperatura não pode ser maior do que 2 oC, embora a fermentação possa ocorrer entre 28 oC e 45 oC. O meio orgânico teve ter um pH entre 6,8 e 7,4, próximo da neutrralidade, quando a produção de gás é máxima. A produção de biogás é relativamente barata, renovável e eficiente, além de ser não poluente. O subproduto é um excelente fertilizante. Produção de álcoois A eficiência com que as plantas convertem energia solar em bioquímica e seu armazenamento varia bastante. A cana-de-açúcar e o sorgo sacarino são exemplos de vegetais com boa eficiência de conversão, logo matérias-primas para a extração de álcool. O processo para a obtenção de álcoois, etílico e metílico, a partir da fermentação e destilação da batata, beterraba, milho, cevada e outros cereais é conhecido a muito tempo. Entretanto, o uso como combustível é mais recente, datando do ínicio do século passado. No Brasil o Plano Nacional do Álcool - Proálcool, começou em 1975, como substituto da gasolina. No Brasil cerca de 30% do petróleo é gasto em transporte, com a adição de 20 % de álcool etílico na gasolina o consumo reduziria para 2/3 do atual. Atualmente a proposta é aumentar para 25 % o percentual de álcool na gasolina para a Petrobrás poder aumentar o preço da gasolina que é importada. O etanol ou álcool etílico (C2H5OH) é obtido no Brasil pela fermentação do melaço, resíduo da indústria de açúcar. Aumento da demanda esse resíduo não é suficiente. Assim, a própria cana-de-açúcar é usada para a produção de etanol. Cana Corte e moagem caldo aquecimento, decantação, filtração e esfriamento mosto fermentação destilação etanol (álcool etílico) A produção de álcool metílico (CH3OH) é diferente da produção de etanol. Enquanto etanol é obtida da fermentação de açucares e posteriormente destilado, o álcool metílico é produzido por reações de gás carbônico com o hidrogênio. Madeira combustão incompleta gaseificação (C + H2O CO + H2) esfriamento, tratamento químico remoção de CO2 conversor por troca (CO +H2O CO2 + H2) remoção de CO2 sintetização do metanol (CO + 2 H2 CH3OH) detilação 26 Energia Eólica Energia contida no movimento do ar na forma de vento. Uso da vela em barcos e moinhos muitos de vento alguns séculos a.C. As velas que eram de pano ou madeira e os moinhos que tinham de 3 até 32 pás sofreram muitas modificações desde a suas invenções. Os moinhos de vento eram usados para circular água e para acionar moendas. Em 1890 na Dinamarca surgiu um moinho de vento para gerar eletricidade, com potência de 9kW. Atualmente, existem vários tipos de aerogeradores, cataventos construídos para gerar energia elétrica, produzindo mais de 1 MW de potência. Alguns instalados em torres de mais de 30 m de altura e hélices de mais de 40 m de diâmetro. O catavento converte a energia dos ventos em energia de rotação de pás, essa energia mecânica é transformada em outros tipos de energia de diversas maneiras, dependendo da utilização. Os cataventos e aerogeadores podem ter os eixos de rotação vertical ou horizontal, isto é paralelo ao solo. Os de eixo vertical operam independente da direção do vento. Os sistemas com eixos horizontais precisam ser alinhados com a direção do vento, porque o vento deve incidir perpendicularmente sobre as pás para que a conversão de energia seja máxima. A eficiência do catavento é definida como a razão entre a potência extraída do vento pela potência contida no vento que aravessa a área varrida pelas pás, ou seja Levando-se em conta que a variação da energia cinética do vento resulta o movimento do catavento, através da hidrodinâmica, pode-se calcular a potência máxima extraída de um catavento de eixo horizontal, (11) onde r é o raio do catavento, a densidade do ar nas condições de operação e v é a velocidade do vento antes de incidir sobre as pás. Se o catavento não causar turbulência no fluxo de ar incidente, a energia cinética do ar incidente sobre a área varrida pelas pás será onde V é o volume de ar incidente 27 Para um volume cilíndrico de seção igual a área do catavento e comprimentox A potência contida no vento é exatamente a variação infenitesimal dK no interrvalo de tempo infenitesinal dt, Entretanto, dx é a variação infenitesimal do deslocamento de ar num intervalo de tempo dt (12) Essa fórmula é válida mesmo que a velocidade do vento varie. Com os valores de Pmáx e de Pcont conclui-se que a eficiência máxima teórica calculada para um catavento de eixo horizontal é Quaisquer que sejam a velocidade do vento e a dimensões do catavento. Entretanto, a eficiência real atingida é metade do valor teórico máximo, Exemplo 7 Qual a potência mecânica que se pode extrair efetivamente de um moinho de 10 m de raio, sujeito a um vento de 10 m/s, se a densidade do ar é 1,288 kg/m3? Solução Pmáx 120 kW Preal 60 kW 28 Se os cataventos forem utilizados paraa produção de energia elétrica, a eficiência real do sistema todo é menor que 50 %, a eficiência de conversão de energia eólica em energia elétrica é da ordem de 30 %.
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