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03 Políticas Públicas

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TEMA 03: POLÍTICAS PUBLICAS 
Definição: Políticas públicas podem ser vistas como as respostas que os governos devem dar para mitigar ou solucionar os problemas e/ou atender as demandas existentes nas sociedades, tendo em vista os objetivos e os direitos fundamentais estabelecidos nas respectivas Constituições.
As políticas públicas são os meios de que a Administração Pública dispõe para defender os direitos de liberdade e concretizar os direitos sociais dos cidadãos estabelecidos na CF/88
podem ser vistas como as respostas que os governos devem dar
mais abrangente: tudo que é feito no âmbito governamental. Pode abranger tanto aspectos imateriais (lei ou decreto), quanto um bem ou serviço oferecido diretamente à população (programa ou uma ação de governo)
mais restrito: são os planos, os programas e as ações governamentais
POLÍTICAS PÚBLICAS X POLÍTICAS DE GOVERNO: políticas públicas não guardam necessariamente relação com o mandato de um governo e podem se manter as mesmas por vários mandatos de diferentes governos
A expressão política pública é utilizada tanto para se referir a um processo de tomada de decisão como também para tratar sobre o produto desse processo. Uma política pública envolve conteúdos, instrumentos e aspectos institucionais:
os conteúdos são os objetivos expressos nas políticas públicas 
os instrumentos são os meios para se alcançar os objetivos enunciados. 
os aspectos institucionais dizem respeito aos procedimentos institucionais necessários, incluindo modificações nas próprias instituições. 
A expressão política pública é empregada de várias formas e em contextos diversos. É empregada como uma área de atividade governamental (ex. política social, política agrícola etc.); como um objetivo ou uma situação desejada (ex.estabilizar a moeda); como uma decisão de governo em uma situação emergencial (ex. decretar um a situação de calamidade pública); como um programa (ex. programa de combate à mortalidade infantil)
Algumas das etapas de uma política pública vão desde as gestões políticas para a inclusão na agenda de prioridades de um governo e do problema ou da demanda ser atendida pela política pública em questão, entre outras etapas
TIPOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS (ERADC)
Políticas Estabilizadoras: Tem como objetivos otimizar o nível de emprego, buscar a estabilidade de preços e promover o crescimento econômico, o aumento da renda per capita.
Políticas Reguladoras: Tem por objetivo regular a atividade econômica mediante leis e disposições administrativas (estabelecendo controle de preços, regulação do mercado), devido as concessões de serviços públicos.
Políticas Alocativas: São a maioria das políticas públicas, relacionadas aos serviços públicos.
Políticas Distributivas: Tem por objetivo a distribuição da renda. (“tributo conforme renda”!)
Políticas Compensatórias: Destinadas aos segmentos mais pobres da população, excluídos ou marginalizados (é o caso das políticas de renda mínima e de distribuição de bens, como cestas básicas, auxílio-desemprego).
CICLO DE UMA POLÍTICA PÚBLICA
Formulação
Execução
Avaliação (“através dos Conselhos”)
Reprogramação
Fases da política pública: formulação, implantação, monitoramento permanente, avaliação e reprogramação
Quanto ao ciclo de uma política pública devemos ver os programas governamentais destinados a solucionar ou a mitigar os problemas sociais como um processo
Esse processo é permanentemente monitorado e continuamente ajustado, corrigido e aperfeiçoado, com vistas a levar o programa a se aproximar cada vez, mais dos objetivos pretendidos.
Essa ideia de processo, inerente ao método do Planejamento Estratégico Situacional (PES), está incorporada ao modelo brasileiro de formulação e gestão das políticas governamentais por meio dos instrumentos Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentaria (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA), os quais possibilitam que os programas governamentais possam ser geridos na forma de um ciclo permanente. 
Uma política pública é primeiramente concebida no âmbito de um processo deliberatório pelos de decisões, que podem ser mais um menos democrático em função do grau de envolvimento da população que for incorporada à sua prática
Do ponto de vista da PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE, pode-se considerar que existem duas formas principais de se encarar as políticas públicas: como “o Estado fazendo” e como uma “construção social” (QUEIROZ, 2007).
A política pública vista como “o Estado fazendo”: É possível entender as políticas públicas como uma “relação fria” entre Estado e sociedade. Essa concepção é mais apropriada para as técnicas tradicionais do planejamento normativo e para as situações de poder centralizado, como o caso dos estados socialistas e das ditaduras de alguns países da América Latina.
A política pública vista como “uma construção coletiva”: De acordo com essa visão, as políticas públicas são resultantes da interação entre atores coletivos e individuais (associações de classe, sindicatos, instituições governamentais e não governamentais, empresas privadas, entre outros), que se relacionam estrategicamente para articular e fazer valer seus interesses. Essa concepção é mais apropriada para ambientes democráticos e para as situações de poder descentralizado da atualidade.
Modelos e métodos tradicionais de gestão têm sido revistos e novos métodos têm surgido nos últimos anos como mais apropriados, entre eles os relacionados ao método do Planejamento Estratégico Situacional (PES), que trabalha com cenários prospectivos.
Existe uma relação direta entre as políticas públicas e a atividade de planejamento, pois, para implementar tais políticas, antes é preciso planejar e, como se trata de um sistema de métodos e procedimentos, o planejamento nada mais é do que o tratamento de dados e informações, transformando-os em conhecimento para auxiliar o processo decisório.
O planejamento governamental tradicional (normativo) 
Prevaleceu por décadas nos países em desenvolvimento (e ainda prevalece nos países onde as reformas estruturais do Estado e da Administração Pública caminham mais lentamente).
É considerado normativo pelo fato da realidade ser tomada como algo passivo que aceita e assimila sem reação às medidas que um governo queira nela executar. 
Considera o diagnóstico de um problema social único e válido para toda e qualquer pessoa
A realidade é dividida em setores (agricultura, transportes, educação, saúde) de forma muito genérica e pouco prática, mais apropriada às análises macroeconômicas
Pressupõe alta governabilidade sobre a realidade (quanto mais simplificada for sua descrição, maior a governabilidade aparente). 
O modelo mais governável é aquele no qual um só ator planeja e governa a realidade enquanto os demais atores são simples agentes sociais passivos. 
O planejamento governamental tradicional é considerado de caráter normativo pelo fato de a realidade, que entendemos como a comunidade e as suas relações em um território, ser tomada como algo passivo, que aceita e assimila... 
De acordo com a visão que norteia o planejamento governamental normativo, o planejamento econômico e social consiste fundamentalmente em uma técnica que se vale de instrumentos matemáticos para elaborar planos.
Nos estados democráticos atuais, caracterizados por alta complexidade social resultante das situações de poder compartilhado, o método normativo encontra grandes dificuldades e tem se mostrado pouco apropriado.
O determinismo característico do planejamento normativo apenas consegue trabalhar com problemas estruturados quando, na verdade, os problemas existentes são, na sua maioria, problemas não totalmente estruturados.
O Planejamento Estratégico Situacional (PES) 
Surgiu das reflexões críticas de uma corrente de pensadores sobre as limitações do planejamento normativo ou tradicional. Dentre seus principais mentores, destaca-se Carlos Matus, que foi Ministro do Governo Allende (1973) e consultor do Instituto Latino-Americanoe do Caribe de Planejamento Econômico e Social (ILPES)
É uma metodologia situacional, pois lida com uma realidade dinâmica, complexa e cheia de surpresas. É um planejamento em constante reformulação, que não pressupõe um final preestabelecido, com uma forma exata.
Rejeita o determinismo, ou seja, que todos os fatos sejam decorrentes de condições antecedentes.
Considera estratégicas as relações de poder entre os diversos atores sociais envolvidos no processo, ou seja, incorpora a variável política como determinante para a viabilidade das políticas públicas.
Analisa as situações como um jogo social onde cada ator envolvido produz as próprias definições para os problemas, podendo ser diferentes e até mesmo contraditórias
Integra e conforma as expectativas de diversos grupos sociais envolvidos, ao propiciar maior envolvimento dos participantes. Com isso, confere, ainda, a legitimidade à política formulada
Para a identificação de uma situação, o PES utiliza uma metodologia de enfoque nos problemas. “Os governantes trabalham com problemas, a realidade social é repleta de problemas e a população sofre com os problemas da realidade” (MATUS, 1993).
Os diversos problemas identificados são expostos e processados e suas relações causais são verificadas, levando à identificação de problemas focais. A partir disso, é buscada uma solução eficiente para o problema, capaz de atacar suas causas
O planejamento é ‘situacional’ porque trata uma situação que se caracteriza por permanentes mudanças. É uma forma de planejamento que se mantém em constante reformulação
PROBLEMA ESTRUTURADO
É o que tem uma única solução correta, reconhecida e aceita por todos como tal. É aquele em que todas as variáveis que o compõem e as relações entre essas variáveis são conhecidas.
As regras que configuram o sistema gerador do problema e as relações do homem com ele são precisas, claras, invariáveis e predeterminadas. Nessa situação, o homem está fora do problema e apenas deve resolvê-lo com base em regras predeterminadas, sendo que a solução não gera novos problemas relacionados ao primeiro ou ao seu solucionador.
O problema estruturado apresenta desafio estritamente técnico-científico e tem como exemplo os problemas matemáticos
a) É um desafio estritamente técnico-científico
b) É possível conhecer todas as variáveis que o compõe
c) É possível precisar todas as relações existentes entre as variáveis
PROBLEMA PARCIALMENTE ESTRUTURADO
Tipo de problema cuja solução e formas de enfrentamento não são predeterminadas (possui mais de uma solução válida e aceita)
As possibilidades de solução desse tipo de problema são criadas pelos homens e são diversas; eles geram um desafio múltiplo, que abrange o âmbito sociopolítico, ainda que possuam dimensão técnica. 
Qualidade e quantidade são categorias inseparáveis nesse tipo de problema, o qual está entrelaçado com outros, e a solução de um cria possibilidades ou dificuldades para a solução de outros. 
Está determinado por regras imprecisas, variáveis, que não são iguais para todos. 
Suas soluções são, necessariamente, situacionais, quer dizer são aceitáveis para uns e vista com restrições por outros
Exemplo: os problemas sociais: é o tipo de problema que não se pode definir, nem se explicar com absoluta precisão; por isso, não se sabe exatamente como deve ser solucionado. 
Um problema é “quase estruturado” quando:
Pode-se enumerar apenas algumas das variáveis que o compõem;
Só é possível precisar algumas das relações entre as variáveis;
Suas soluções são aceitáveis para uma pessoa e vistas com restrições por outra.

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