relação parasito-hospedeiro

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Relação Parasito-Hospedeiro
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI
DIAMANTINA
2012
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Nenhum ser vivo é capaz de sobreviver e reproduzir independente de outro
Há uma adaptação de cada ser, tendendo ao equilíbrio cuja estabilidade jamais é alcançada – interdependência dinâmica
O meio ambiente e os seres vivos estão em permanente e continuo processo de adaptação mútua – estão “evoluindo” sempre
Para que a evolução ocorra o agente ou força que provocou o desequilíbrio ambiental agiu de maneira constante, progressiva e lenta
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Se o desequilíbrio for brusco, rápido ou muito abrangente, não haverá evolução, e sim, destruição das espécies participantes.
Homem - natureza
As atividades predatórias para o meio ambiente, bem como uma estrutura política e econômica voltada para pequenos grupos são os principais responsáveis pela manutenção do país no subdesenvolvimento, com aumento considerável de várias parasitoses e outras doenças
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A distribuição geográfica da parasitoses tem, portanto, vários fatores intervenientes
Presença de hospedeiros suscetíveis
 Migrações humanas
- Condições ambientais favoráveis (temperatura, umidade, altitude)
Potencial vetorial elevado
Densidade populacional
Hábitos
Deficiência de princípios de higiene
Baixas condições de vida
Ignorância
“O homem não, nasce, vive, sofre e morre de maneira idêntica nas diversas partes do mundo”
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O relacionamento entre os seres vivos visa dois aspectos fundamentais
Obtenção de alimentos
Proteção
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Origem do Parasitismo
O parasitismo seguramente ocorreu quando na evolução de associações entre organismos, um organismo menor se sentiu beneficiado, quer pela proteção, quer pela obtenção de alimentos
Ocorreu adaptação tornado o invasor dependente do outro ser vivo
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Associações entre os seres vivos
Harmônicas ou positivas
Competição – Intra ou interespecífica
Canibalismo – mesma espécie
Predatismo – uma espécie se alimenta de outra
Comensalismo – unilateralidade sem prejuízo ex: Entamoeba coli
Forésia – suporte, abrigo e transporte ex: Rêmora e tubarão
Inquilinismo ou protocooperação – Benefício mútuo ex: formiga e pulgões
Mutualismo ou simbiose – benefício mútuo, porém obrigatório ex: protozoários que digerem celulose no rumem de bovinos e cupins e protozoários
Desarmônicas ou negativas
Parasitismo é toda relação ecológica, desenvolvida entre indivíduos de espécies diferentes, em que se observa, além de associação íntima e duradoura, uma dependência metabólica de grau variável
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Parasitismo
Tendência ao equilíbrio
Ex: malária no norte do Brasil
Toxoplasma gondii
Doença
Quando ?????????
Fatores inerentes ao parasito: número de exemplares, tamanho, localização, virulência, metabolismo
Fatores inerentes ao hospedeiro: idade, nutrição, nível de resposta imune, intercorrência de outras doenças, hábitos, uso de medicamentos
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Nem sempre a presença do parasito indica que está havendo ação patogênica do mesmo.
Ação do parasito:
Espoliativa – absorve nutrientes ou sangue
Tóxica – Enzimas ou produtos do metabolismo
Mecânica – Impedi o fluxo de alimentos, sangue, bile
Traumática – Migração de larvas
Irritativa – fixação de vermes na parede do intestino
Enzimática – Ex: penetração de cercárias
Anóxia – consumo de O2
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Parasitismo - Doença
Conceito controverso
Alguns parasitas são benéficos ao hospedeiro
Ex: camundongos infectados com T. lewisi
Carneiro infectados com F. hepatica – maior secreção biliar e consequentemente melhor digestão
Protozoários comensais 
Ex: E. coli
Teoria dualista da amebíase
E. Histolytica x E. dispar
Imunodepressão (AIDS) pode alterar a dinâmica de alguns parasitas
Ex: T. gondii
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Hospedeiro definitivo
Alberga o parasita adulto ou as formas sexuadas do parasito (Mosquito – Plasmodium sp)
Hospedeiro intermediário
Alberga formas larvárias ou juvenis
O conceito de hospedeiro definitivo perde a precisão ao se considerar parasitas que não apresentam formas adultas ou sexuadas
Hospedeiro natural – T. cruzi – gambá
Hospedeiro anormal – larvas migrans
Hospedeiro acidental ou ocasional - pseudomiíase
Parasitas facultativos – amebas de vida livre
Parasitas obrigatório – necessitam de hospedeiro em todas (Pediculus capitis) ou em alguma etapa do parasitismo (Tunga penetrans)
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Parasitismo monoxeno
Estenoxeno – Ascaris lumbricoides
Eurixeno – Toxoplasma gondii
Parasitismo heteroxeno
Estenoxeno – Taenia solium
Eurixeno – Trypanosoma cruzi
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Conceitos ligados ao ambiente
Teoria dos focos naturais
Denomina-se foco natural de uma parasitose, determinada área de terreno onde ela ocorre e que caracteriza por:
Biótopo – ambiente com características mais ou menos definidas;
Biocenose – organismos co-existentes; hospedeiros ou não
Ex: Floresta Amazônica (biótopo) com grande diversidade de espécies (biocenose) incluindo mosquitos anofelinos e Plasmodium sp. 
Fatores que promovem a existência de um foco natural
Superposição das áreas habitadas por hospedeiros e vetores;
 Densidade populacional de hospedeiros e vetores;
Presença do parasita e sua prevalência;
Fatores limitantes da transmissão.
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Baixa produção 
(bens e consumo)
Mais doença
Inversão reduzida em saúde pública e medicina preventiva
Grande inversões tratamentos médicos
Doença
Energia humana 
deficiente
Salário apenas suficiente
Apenas para
 subsistência
Educação, saúde e moradia 
inadequada
Ciclo doença x pobreza, segundo OMS
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Estado de saúde é função de duas classes de fatores: fatores genéticos e os que resultam da interação homem-ambiente
Evidentemente, no conceito de ambiente entram além dos elementos físicos, químicos e bióticos (que incluem também os agentes infecciosos e parasitários) aqueles peculiares ao meio familiar, social e cultural em que vive integrado, bem ou mal, todo indivíduo
O tratamento eficiente da doenças parasitárias, bem como a prevenção e o controle de cada uma delas, exige bom conhecimento dos fenômenos ecológicos que envolvem o homem, o parasitos e eventualmente os hospedeiros intermediários desses parasitos
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