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HIPEREMIA Adaptado por Rômulo Hérlon Vidal de Negreiros HIPEREMIA/CONCEITO Aumento do volume sanguíneo localizado em um órgão ou parte dele por intensificação do aporte sanguíneo ou diminuição do escoamento venoso, com consequente dilatação vascular. Ocorre por alteração no sistema: Pressão arterial X Resistência Pré e Pós capilar CLASSIFICAÇÃO DA HIPEREMIA Hiperemia Ativa ou Arterial Aumento do afluxo sanguíneo arterial por aumento da Pressão Arterial e/ou diminuição da Resistência Pré capilar Hiperemia Ativa Fisiológica Hiperemia Ativa Patológica HIPEREMIA ATIVA FISIOLÓGICA Aumento do suprimento de O2 e nutrientes, paralelamente há demanda de maior trabalho. Ocorre expansão do leito vascular, com os vasos de reserva se tornando funcionais. Exemplos Tubo gastrointestinal durante a digestão Musculatura esquelética durante exercícios físicos Cérebro durante estudo Glândula mamária durante lactação Rubor facial após hiperestimulação psíquica HIPEREMIA ATIVA PATOLÓGICA Aumento do fluxo sanguíneo devido à liberação local de mediadores inflamatórios (devido a agressão ao tecido), com relaxamento de esfíncteres pré-capilares e diminuição da Resistência pré-capilar. Do mesmo modo que na hiperemia fisiológica, ocorre expansão do leito vascular, com os vasos de reserva se tornando funcionais. Exemplos: Injúria térmica (queimaduras ou congelamento)/Irradiações intensas/Traumatismos Infecções/Inflamação aguda CLASSIFICAÇÃO DA HIPEREMIA Hiperemia Passiva(ou venosa: ou estase ou ainda congestão) Diminuição da drenagem venosa por aumento da Resistência Pós Capilar. Hiperemia Passiva local •Obstrução ou compressão vascular •Torção de vísceras (H. Passiva aguda) •Trombos venosos •Compressão vascular por neoplasias, abscessos CLASSIFICAÇÃO DA HIPEREMIA • Hiperemia Passiva sistêmica • Insuficiência Cardíaca Congestiva • Trombose e embolia pulmonar • Lesões pulmonares extensas CONSEQUÊNCIAS DA HIPEREMIA Edema - O aumento da Pressão Hidrostática eleva a filtração e reduz a reabsorção capilar. Hemorragias -Por diapedese ou por ruptura de capilares e pequenas vênulas. Degenerações, Necrose e Fibrose ("Induração de estase") -Por redução do fluxo de O2 e nutrientes. Trombose -Por diminuição da velocidade do fluxo. EDEMAS Rômulo Hérlon Vidal de Negreiros Os líquidos estão distribuídos em 40 % dentro da célula (intracelular) e 20 % fora da célula (extracelular). Dos 20% que estão fora da célula : • 5% Vasos (intravascular) • 15% Interstício (líquido intersticial – entre os tecidos) • É o acúmulo anormal de líquido no espaço intersticial ou em cavidades do organismo. • É o aumento da quantidade de líquido no meio extracelular, sendo externo ao meio intravascular. • O desequilíbrio entre os fatores hidrodinâmicos entre interstício e o meio intravascular é que origina o edema. •Esses fatores compreendem a pressão hidrostática sanguínea e intersticial, a pressão oncótica vascular e intersticial e os vasos linfáticos Constituição dos edemas Constituído por um Transudato ou Exsudato Exsudato é matéria resultante de processo inflamatório — usualmente conexa com ou decorrente de processo infeccioso concomitante ou pregresso — e que, saindo de vasos sanguíneos, vem depositar-se em tecidos ou superfícies teciduais, sendo constituída de líquido, células, fragmentos celulares, e caracterizada, além do que já se mencionou, por alto conteúdo protéico. Nomenclatura A nomenclatura recebe nomes particulares, formados pelo prefixo hidro seguido do local do edema. Quando o Edema é generalizado, chamamos de Anasarca. Classificação dos Edemas • Generalizado • Localizado Causas dos Edemas Pressão hidrostática sanguínea: Quando essa pressão aumenta, ocorre saída excessiva de líquido do vaso, Ex.: o hipertensão e drenagem venosa defeituosa (por exemplo, em casos de varizes, insuficiência cardíaca etc). Pressão hidrostática intersticial: se diminuída essa força, o líquido não retorna para o meio intravascular, acumulando-se intersticialmente. Pressão oncótica sanguínea: a redução da pressão oncótica provoca o não deslocamento do líquido do meio intersticial para o interior do vaso. Essa variação da pressão oncótica é determinada pela diminuição da quantidade de proteínas plasmáticas presentes no sangue. Ex. Glomerulonefrite, Desnutrição e Hipotiroidismo Inflamação, Neoplasias em linfonodos, Mastectomia e elefantiase Vasos linfáticos: se a função destes de drenagem dos líquidos estiver comprometida, pode surgir o edema. Esse quadro é observado, por exemplo, em casos de obstrução das vias linfáticas Acúmulo de sódio no interstício: ocorre quando há ingestão de sódio maior do que sua excreção pelo rim; o sódio em altas aumenta a pressão osmótica do interstício, provocando maior saída de água do vaso. Sinal de Cacifo • Sinal de Cacifo, também chamado apenas de Cacifo ou Sinal de Godet, é pesquisado pressionando um ou dois dedos na pele do paciente em uma região com edema. • O sinal é positivo quando, após a descompressão, o tecido continua apresentando uma depressão. Cacifos Patologia Geral Professor : Rômulo Hérlon Trombose Maior incidência nas raças caucasiana e negra Condição idiopática: 25% - 50% Natureza dinâmica do TEP Mortalidade: 10% na EP sintomática Importância da Doença Trombose É o processo Patológico caracterizado pela solidificação do sangue dentro dos vasos ou do coração, do individuo vivo. Trombo É a massa sólida formada pela coagulação do sangue. Sinais e sintomas Dor Edema Sensação de Peso Impotência Funcional Hipersensibilidade Local Aumento da Temperatura Local Circulação Colateral Venosa Superficial Constituição do trombo Coágulo Massa sólida constituída por malha de fibrina e células sanguíneas Massa não estruturada de sangue fora dos vasos ou do coração Etiopatogênese Resulta da ativação patológica do processo normal da coagulação sangüínea, que pode ocorrer quando existe : 1) Lesão endotelial 2) Alteração do fluxo sangüínea 3) Hipercoagulabilidade do sangue Lesão endotelial Principais causas Placa ateromatosa Hipertensão arterial Pré-eclâmpsia Hipercolesterolemia Diabete melito Tabagismo Infecções agudas (endotoxemia) Inflamações generalizadas Alteração do Fluxo Duas situações favorecem a trombose 1) RETARDAMENTO SANGÜÍNEO • Insuficiência cardíaca • Dilatação vascular • Aumento do hematocrito • Aumento da viscosidade do sangue ou redução da contração (Bomba) muscular (Especialmente em pacientes acamados) Aceleração do fluxo e turbulência Hipercoagulabilidade Pode ser por : 1) Aumento do numero e da função plaquetária. 2) Alterações dos fatores pró- ou anticoagulante (congênitas ou adquiridas). Congênitas (Fator de V Leiden) Adquridas (politraumatismo,cirurgias extensas, queimaduras, grandes cirurgias, anticoncepcionais, fumo, entre outros) • Rotura muscular com hematoma • Hemorragia espontânea ou hematoma • Artrite, sinovite, miosite • Erisipela, celulite, linfangite • Rotura cistos de Baker • Linfedema • Compressão venosa extrínseca • Edema sistémico / Gravidez DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL COMPLICAÇÕES Aguda: Embolia pulmonar Gangrena venosa Tardia: Síndrome pós-trombótico Evolução dos trombos Crescimento : Cabeça- Cauda sendo a principal causa de oclusão vascular Lise: Dissolução do trombo Organização Calcificação Infecção Embolização Coagulação Intra vascular disseminada Conceito • Fatores predisponentes da coagulação Intravascular disseminada Agentes infecciosos Septicemia / Malária (P.Falciparum) Complicações obstétricas Embolia do líquido amniótico Deslocamento prematuro da placenta Morte fetal Choque Destruição tecidual Traumatismo extenso Queimaduras Neoplasias malignas ( tumores mucosecretores – leucemias) Toxinas (venenos de serpentes)
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