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RESUMO DE JURISDICAO

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Prévia do material em texto

MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL P/ ANALISTA DO MPU – ÁREA DE 
ATIVIDADE: APOIO JURÍDICO – ESPECIALIDADE: DIREITO 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
 
1 
 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
 
Prezado(as) Concurseiros(as) de Plantão, 
É com muito prazer que inicio o Curso de Teoria e Exercícios de 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL P/ ANALISTA DO MPU já de acordo com o 
EDITAL 2013!!! 
O Edital foi publicado em 21/03/2013!!! A hora é agora! 
O último concurso do MPU previu 595 VAGAS iniciais! Contudo 
foram nomeados muito mais de 3000 aprovados pelo Brasil inteiro! Esse novo 
concurso promete nomear ainda mais aprovados. Será um excelente concurso, 
tanto pelo perspectiva de um Nº enorme de nomeados e pela excelente 
remuneração para Técnico e para Analista (com perspectiva de forte 
aumento salarial!). 
Confiram o quadro de nomeados por Cargo e Estado clicando no 
Link � Quadro de Nomeados MPU 
 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL P/ ANALISTA DO MPU – ÁREA DE 
ATIVIDADE: APOIO JURÍDICO – ESPECIALIDADE: DIREITO 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
 
2 
1. Breve Apresentação 
 
Para quem ainda não me conhece, segue a minha breve 
apresentação: 
Meu nome é RICARDO GOMES, sou Bacharel em Direito pela 
Universidade Federal da Bahia (UFBA), formado no ano de 2007. Dei o 
primeiro passo na caminhada pelos concursos públicos no mesmo ano, quando 
fui aprovado exatamente no concurso do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). nos 
anos de 2006/2007. Após isso, fui aprovado nos concursos do Tribunal de 
Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), do Tribunal Superior do 
Trabalho (TST) e da Controladoria-Geral da União (CGU), no ano de 2008. Por 
último, logrei êxito no concurso para o cargo de Procurador do Banco Central 
do Brasil (BACEN), em 2009/2010. 
Assim, também sou concurseiro igual a vocês! Atire a primeira 
pedra quem não é ou não foi! Rsrs. 
Trabalhei por mais de 1 ano no TSE. Posteriormente, trabalhei no 
TJDFT e, desde 2008, atuo como Analista de Finanças e Controle da 
Controladoria-Geral da União (CGU). 
Registro que também fui aprovado e nomeado no Concurso do 
MPU de 2006, como Analista Judiciário – Área Judiciária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL P/ ANALISTA DO MPU – ÁREA DE 
ATIVIDADE: APOIO JURÍDICO – ESPECIALIDADE: DIREITO 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
 
3 
 
2. Concurso MPU (MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO) 
 
Informações úteis do Edital do MPU 2013 e dos Cursos que serão 
ministrados: 
1. Edital Publicado no dia 21/03/2013! 
2. Banca: CESPE/UNB. 
3. A matéria Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP será exigida de 
TODOS os Cargos de ANALISTA e de TÉCNICO; 
4. Provas: 19 de MAIO. 
5. NÃO terá Redação para TÉCNICO!!! 
6. Serão corrigidas 4000 REDAÇÕES para AJAJ para o Distrito Federal 
e mais de 3500 REDAÇÕES nas mais diversas capitais. 
7. Inscrições: 25/03 a 09/04. 
 
 
3. Metodologia e Conteúdo do Curso 
 
Uma das grandes vantagens dos Cursos do Ponto dos Concursos 
elaborados para determinados concursos (ex: MPU) é a abordagem específica 
de CADA PONTO DO EDITAL, fechando todas as lacunas possíveis de 
matérias e questões a serem cobradas pelo examinador. 
Os livros (doutrina), a despeito de trazerem uma maior vastidão de 
assuntos, são muito pouco específicos, objetivos e direcionados para a sua 
prova. Por outro lado, os Cursos do Ponto, de uma maneira geral, tentam levar 
ao aluno os principais tópicos a serem cobrados na prova, com base em cada 
item do edital, com comentários teóricos e por meio de exercícios de fixação 
dos assuntos especificamente estudados nas aulas. 
Nessa linha, disponibilizarei os seguintes Cursos para esse 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL P/ ANALISTA DO MPU – ÁREA DE 
ATIVIDADE: APOIO JURÍDICO – ESPECIALIDADE: DIREITO 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
 
4 
concurso do MPU, além das outras matérias ministradas no Ponto dos 
Concursos: 
1. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TEORIA 
E EXERCÍCIOS; 
2. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – 
EXERCÍCIOS; 
3. DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TEORIA E EXERCÍCIOS - 
AJAJ 
Ressalto novamente que este Curso de Direito Processual Civil, 
que agora se inicia, tem por foco preparar os concurseiros que irão concorrer 
especificamente ao cargo de ANALISTA! 
Seguindo a linha de nossos Cursos ministrados no Ponto dos 
Concursos, este Curso para terá um CARÁTER PRÁTICO, voltado para o que, 
efetivamente, vem sendo cobrado nas últimas provas de concursos. 
Além do conhecimento e embasamento teórico que o aluno tem 
que dominar, é fundamental na preparação para concursos que o aluno faça e 
refaça quantos exercícios puder das matérias a ser estudadas, para que os 
conhecimentos apreendidos sejam verdadeiramente solidificados, 
aperfeiçoados e lapidados. 
Prova disso é que, mesmo após ser realizada uma leitura atenta e 
debruçada sobre determinado material, quando vamos responder às questões 
ficamos com um “montão” de dúvidas. Parece até que não aprendemos direito, 
e ai dizemos: “mas eu estudei isto? como não sei responder à questão?” 
Nestes casos, o aluno aprende, mas às vezes a sua visão e 
entendimento não foi pontual, não memorizou os pontos mais relevantes, 
correndo o risco de errar questões relativamente fáceis pela ausência de 
prática e por não ter visto o assunto com “outros olhos”, outro viés. 
Desse modo, os exercícios propiciam exatamente isto aos alunos: 
lapidarem seus conhecimentos teóricos para atentarem facetas não 
percebidas ao longo do estudo teórico, além também de revisarem e 
rememorarem a teoria. 
Como a Banca Organizadora do concurso atual é o CESPE/UNB (a 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL P/ ANALISTA DO MPU – ÁREA DE 
ATIVIDADE: APOIO JURÍDICO – ESPECIALIDADE: DIREITO 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
 
5 
mesma do último concurso), a maioria dos exercícios serão comentados do 
CESPE e de outras bancas relevantes. 
Desse modo, teremos uma parte teórica, com destaques e dicas 
dos pontos altos, e uma lista de várias questões comentadas! 
Abarcaremos, ademais, os aspectos mais relevantes da legislação, 
da Constituição Federal e da atual jurisprudência dos Tribunais Superiores, na 
trilha do que tem cobrado as organizadoras, evitando-se as indesejáveis 
discussões teórico-doutrinárias (ineficientes para provas!), pouco frutíferas 
para o resultado almejado pelos concursandos, que é saber o necessário para 
gabaritar as questões de Processo Civil do MPU. 
Predisponho-me a ser um orientador dos estudos de cada um de 
vocês, e não um Professor que passa o conhecimento eminentemente técnico. 
Ao final de cada aula, farei um RESUMO do assunto abordado, 
destacando os pontos mais relevantes. 
Creio que, com a exaustiva resolução de questões e com uma metodologia 
mais prática e didática, conseguiremos fechar a matéria de Direito 
Processual Civil! Até porque comentaremos exaustivamente todos os 
pontos do Edital listados abaixo, sem qualquer lacuna. 
 
Gente, é assunto “pra caramba”!! Portanto, aos estudos! 
Conteúdo do Curso: 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL: 
1 Jurisdição e ação. 1.1 Conceito,natureza e características. 1.2 Condições da ação. 
2 Partes e procuradores. 2.1 Capacidade processual e postulatória. 2.2 Deveres e substituição 
das partes e procuradores. 
3 Litisconsórcio e assistência. 
4 Intervenção de terceiros. 4.1 Oposição, nomeação à autoria, denunciação à lide e 
chamamento ao processo. 
5 Ministério Público. 
6 Competência. 6.1 Em razão do valor e da matéria. 6.2 Competência funcional e territorial. 
6.3 Modificações de competência e declaração de incompetência. 
7 O Juiz. 
8 Atos processuais. 8.1 Forma dos atos. 8.2 Prazos. 8.3 Comunicação dos atos. 8.4 Nulidades. 
9 Formação, suspensão e extinção do processo. 
10 Processo e procedimento. 10.1 Procedimentos ordinário e sumário. 
11 Procedimento ordinário. 11.1 Petição inicial. 11.2 Requisitos, pedido e indeferimento. 
12 Resposta do réu. 12.1 Contestação, exceções e reconvenção. 
13 Revelia. 
14 Julgamento conforme o estado do processo. 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL P/ ANALISTA DO MPU – ÁREA DE 
ATIVIDADE: APOIO JURÍDICO – ESPECIALIDADE: DIREITO 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
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6 
15 Provas. 15.1 Ônus da prova. 15.2 Depoimento pessoal. 15.3 Confissão. 15.4 Provas 
documental e testemunhal. 
16 Audiência. 16.1 Conciliação, instrução e julgamento. 
17 Sentença e coisa julgada. 
18 Liquidação e cumprimento da sentença. 
19 Recursos. 19.1 Disposições gerais. 
20 Processo de execução. 20.1 Execução em geral. 20.2 Diversas espécies de execução. 20.2.1 
Execução para entrega de coisa. 20.2.2 Execução das obrigações de fazer e de não fazer. 21 
Execução de ações coletivas. 
22 Processo cautelar e medidas cautelares. 22.1 Disposições gerais. 22.2 Procedimentos 
cautelares específicos (arresto, sequestro, busca e apreensão). 22.3 Exibição e produção 
antecipada de provas. 
23 Procedimentos especiais. 23.1 Mandado de segurança, ação popular, ação civil pública, 
ação de improbidade administrativa. 
 
 
4. Cronograma do Curso 
 
Este Curso de DIREITO PROCESSUAL CIVIL PARA AJAJ DO 
MPU, como veremos no cronograma abaixo, será ministrado em apenas 10 
AULAS + Aula Demonstrativa, que se inicia linhas abaixo. 
A programação das aulas será nos seguintes termos1: 
MPU – Ministério Público da União 
AULA DEMONSTRATIVA – Jurisdição. 
AULA 1 (28/03/2013) – 1 Jurisdição e ação. 1.1 Conceito, natureza e 
características. 1.2 Condições da ação. 
AULA 2 (04/04/2013) – 3 Litisconsórcio e assistência. 4 Intervenção 
de terceiros. 4.1 Oposição, nomeação à autoria, denunciação à lide e 
chamamento ao processo. 
AULA 3 (11/04/2013) – 5 Ministério Público. 
6 Competência. 6.1 Em razão do valor e da matéria. 6.2 Competência 
funcional e territorial. 6.3 Modificações de competência e declaração de 
incompetência. 7 O Juiz. 
AULA 4 (18/04/2013) – 8 Atos processuais. 8.1 Forma dos atos. 8.2 
 
1
 Obs: o cronograma das Aulas poderá ser alterado a qualquer tempo mediante prévio aviso aos Alunos na parte aberta 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL P/ ANALISTA DO MPU – ÁREA DE 
ATIVIDADE: APOIO JURÍDICO – ESPECIALIDADE: DIREITO 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
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7 
Prazos. 8.3 Comunicação dos atos. 8.4 Nulidades (Parte 2). 
AULA 5 (22/04/2013) - 8 Atos processuais. 8.1 Forma dos atos. 8.2 
Prazos. 8.3 Comunicação dos atos. 8.4 Nulidades (Parte 2). 
AULA 6 (26/04/2013) – 9 Formação, suspensão e extinção do 
processo. 10 Processo e procedimento. 10.1 Procedimentos ordinário e 
sumário. 11 Procedimento ordinário. 11.1 Petição inicial. 11.2 Requisitos, 
pedido e indeferimento; 
AULA 7 (29/04/2013) – 12 Resposta do réu. 12.1 Contestação, 
exceções e reconvenção. 13 Revelia. 14 Julgamento conforme o estado do 
processo; 
AULA 8 (03/05/2013) – 15 Provas. 15.1 Ônus da prova. 15.2 
Depoimento pessoal. 15.3 Confissão. 15.4 Provas documental e testemunhal. 
16 Audiência. 16.1 Conciliação, instrução e julgamento. 17 Sentença e coisa 
julgada. 18 Liquidação e cumprimento da sentença; 
AULA 9 (06/05/2013) – 19 Recursos. 19.1 Disposições gerais. 
20 Processo de execução. 20.1 Execução em geral. 20.2 Diversas 
espécies de execução. 20.2.1 Execução para entrega de coisa. 20.2.2 
Execução das obrigações de fazer e de não fazer. 21 Execução de ações 
coletivas; 
AULA 10 (10/05/2013) – 22 Processo cautelar e medidas cautelares. 
22.1 Disposições gerais. 22.2 Procedimentos cautelares específicos (arresto, 
sequestro, busca e apreensão). 22.3 Exibição e produção antecipada de 
provas. 23 Procedimentos especiais. 23.1 Mandado de segurança, ação 
popular, ação civil pública, ação de improbidade administrativa. 
 
Obs: Sempre aconselho aos alunos a acompanharem a parte 
aberta do Curso, no Campo AVISOS, espaço onde postamos eventuais 
recados e informes durante a vigência do Curso, inclusive de possíveis 
alterações nas datas das aulas. 
 
 
do curso, no Campo AVISOS. 
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL P/ ANALISTA DO MPU – ÁREA DE 
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8 
AULA DEMONSTRATIVA 
 
Prezados Alunos, esta é uma pequena Aula Demonstrativa de 
nosso Curso, apenas para iniciarmos o estudo da matéria. 
 
 
Foquem suas mentes e estudos para esse concurso do MPU! Vocês 
trabalharão, em breve, em uma das unidades do MPU! Tenham fé... 
 
QUADRO SINÓPTICO DA AULA: 
 
AULA DEMONSTRATIVA 
 
1. Da Jurisdição. 
 
 
Os conflitos do homem são inerentes à sociedade humana. Desde 
os primórdios, nas primeiras civilizações, o homem buscou formas de solução 
dos conflitos e contendas existentes, sejam individuais, sejam coletivas. 
O conflito de interesses surge quando alguém deseja satisfazer 
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL P/ ANALISTA DO MPU – ÁREA DE 
ATIVIDADE: APOIO JURÍDICO – ESPECIALIDADE: DIREITO 
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9 
determinada necessidade e outro não atende àquela demanda, formando a 
chamada LIDE (conflito de interesses qualificado por uma pretensão de uma 
parte resistida pela outra). 
Para por fim aos conflitos humanos foram criados diversos 
mecanismos pacificadores no seio social, desde a figura do líder religioso da 
comunidade, o pajé na tribo indígena, mãe e pai de santo nas religiões afro, 
autotutela ou autodefesa, etc. Com a evolução social, modernamente foram 
instituídos outros instrumentos tão ou mais eficazes para a pacificação social, 
entre eles a Arbitragem e a Jurisdição (esta com a participação poderosa do 
Estado na solução definitiva dos conflitos). 
 Destaca-se abaixo as formas mais conhecidas para composição 
dos litígios: 
1. AUTOTUTELA – a solução do conflito é realizada por simples 
imposição de uma vontade sobre a outra. Esta forma de 
resolução das contendas sociais remonta aos tempos antigos, 
quando o Estado não se mostrava presente, obrigando ao lesado 
a defender-se pessoalmente contra eventual ofensor. Nos 
tempos atuais ainda temos resquícios dessa espécie primária de 
composição dos litígios, como por exemplo: Legítima Defesa 
Penal (art. 23 do Código Penal); Desforço imediato nas 
ações possessórias (arts.1.210 e 1.467-1471); Estado de 
Necessidade Penal, entre outros tantos casos. 
Vale registrar que o exercício da Autotutela fora das hipóteses 
expressamente previstas em lei, pelo particular, é considerado 
Crime de Exercício Arbitrário das próprias razões, se for pelo 
Estado, será considerado abuso de poder. Isto porque, hoje, a 
regra é que os litígios sejam levados ao Poder Judiciário para 
sua solução. 
2. AUTOCOMPOSIÇÃO – é a busca amigável entre as partes 
inicialmente conflitantes, sem a imposição de vontades de um 
parte sobre a outra, para por fim ao combate de interesses. É 
uma forma de solução do conflito pelo consentimento dos 
litigantes em sacrificar suas intenções parciais em prol de uma 
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10 
solução final para o embate. São 3 Formas de Autocomposição: 
a. Transação – na transação ambas as partes renunciam a 
parcela de suas pretensões (autor renuncia de parte de 
seus pedidos e réu reconhece parcialmente a procedência 
das alegações do autor). Resumo: concessões mútuas 
na busca de uma solução comum para ambas as partes. 
b. Submissão – é o reconhecimento jurídico do pedido do 
autor pelo réu, isto é, o réu reconhece de forma livre as 
alegações do autor, entregando sem resistência o quanto 
por ele solicitado. Exemplo: locador e locatário de imóvel 
em conflito, por inadimplência deste, assinam contrato em 
que o locatário obriga-se a desocupar o imóvel em um 
determinado período de tempo (o conflito foi resolvido por 
submissão do locatário às pretensões do locador – 
reconheceu o pedido do autor). 
c. Renúncia – é a desistência do autor, lesado em seu 
direito, de continuar na busca da efetivação de sua 
pretensão. Neste caso o autor é que abre mão de seu 
direito. 
Em todo caso, a Autocomposição instrumentaliza-se por 
meio de um negócio jurídico entre as partes (Ex: Contrato; 
termo de consentimento ou qualquer outra forma de 
manifestação de vontade das partes concordantes). 
 
3. ARBITRAGEM – é uma técnica de solução dos litígios por meio 
da participação de um TERCEIRO não interessado na causa 
(imparcial), que decidirá, a pedido das partes, o conflito entre 
elas estabelecido. A Arbitragem é regulada pela Lei nº 
9.307/1996, sendo por natureza voluntária (escolha das 
partes, nunca por imposição) e somente poderá ser contratada 
por pessoas capazes para solução de direitos patrimoniais 
disponíveis. 
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Para firmarem o acordo pela Arbitragem como forma de 
solucionar o conflito, as partes podem estabelecer de forma 
prévia e abstrata que qualquer divergência entre elas poderá 
ser resolvida por arbitragem (Cláusula compromissória), ou 
estabelecer posteriormente e de forma concreta que o litígio já 
existente e específico será resolvido pela arbitragem 
(Compromisso arbitral). 
� Cláusula Compromissória – prévia e abstrata 
definição de arbitragem futura. 
� Compromisso Arbitral – posterior e concreta 
definição de arbitragem atual. 
Lei nº 9.307/1996 
Art. 1º As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da 
arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais 
disponíveis. 
 
 
4. JURISDIÇÃO – etimologicamente, significa “dizer o direito”, 
pois vem de “juris” (direito) e “dictio” (dizer). Em linguagem 
simples, a jurisdição é a forma do ESTADO, por meio da 
autoridade judicial, de dizer o direito ao caso posto. Veremos à 
frente em maiores detalhes a Jurisdição e suas peculiaridades. 
 
Conceito de Jurisdição. 
A Jurisdição é o poder do Estado, através de um órgão jurisdicional 
(Estado-Juiz), de julgar as causas que lhe forem apresentadas, dizendo o 
direito cabível ao caso concreto. Em outras palavras, a jurisdição é definição do 
direito por meio de um terceiro imparcial (Estado), de forma autoritária, 
monopolista e em última instância. 
Segundo Ada Pelegrine Grinover, em clássica definição, a jurisdição 
é a “função do Estado, mediante a qual este se substitui aos titulares dos 
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interesses em conflito para, imparcialmente, buscar a pacificação do conflito 
que os envolve com justiça”. 
O conceito de jurisdição guarda 3 (três) vertentes diversas, que 
vale detalhar para melhor entendimento: 
o Jurisdição como Poder – a jurisdição é exercido de forma 
monopolista, ou seja, o Estado chama para si a 
responsabilidade de solucionar os conflitos sociais que a ele 
são reclamados, transformando-se em Poder Estatal de 
decidir os conflitos a ele apresentados. A jurisdição como 
poder é manifestação da capacidade do Estado de impor suas 
decisões jurisdicionais sobre o caso concreto das partes. Aqui 
é o Estado com sua “mão de ferro”. 
o Jurisdição como Função Estatal – a jurisdição é uma das 
funções ou finalidades do Estado, a de pacificação social e 
realização da justiça no caso concreto. 
o Jurisdição como Atividade – a jurisdição também pode ser 
conceituada como os atos materiais e visíveis (atos do 
processo judicial no plano prático) desenvolvidos pelos 
Juízes, investidos pelo Estado no poder de julgar. 
 
Finalidade da Jurisdição. 
A jurisdição tem 3 (três) grandes objetivos: 
1. Objetivo Jurídico – aplicar o direito previsto na Lei (nas 
normas jurídicas) ao caso concreto. 
2. Objetivo Social – pacificar a sociedade, promovendo o bem 
comum e eliminando os conflitos existentes. 
3. Objetivo Político – realizar a justiça, afirmar o poder 
jurisdicional e preservar os direitos fundamentais do homem. 
 
Princípios da Jurisdição: 
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL P/ ANALISTA DO MPU – ÁREA DE 
ATIVIDADE: APOIO JURÍDICO – ESPECIALIDADE: DIREITO 
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13 
1. Inevitabilidade – após as partes submeterem seu litígio à 
jurisdição estatal, não poderão posteriormente furtar-se ao 
cumprimento da decisão exarada (a execução da decisão 
jurisdicional será inevitável para as partes do processo após 
a deflagração do processo judicial). 
2. Indeclinabilidade ou Inafastabilidade – é o princípio 
processual constitucional da Jurisdição consistente na regra 
de que nenhuma lesão ou ameaça de lesão poderá ser 
afastada da apreciação do Poder Judiciário. Implica no dever 
do Estado de solucionar os conflitos quando provocado pelas 
partes, que é decorrência do direito fundamental de acesso 
ao poder judiciário (direito de ação). Como o Estado detém o 
monopólio da jurisdição e as partes possuem direito irrestrito 
à ação, o Estado também tem o dever de prestar a tutela 
jurisdicional e não apenas simples faculdade. 
Com isso, não há questão que não possa ser posta em juízo 
para decisão do magistrado. Todos têm direito de Ação de 
forma ampla, abstrata e irrestrita, mesmo que, ao final, 
comprovem-se infundadas suas demandas. O direito de ação 
é puro e abstrato, independe de qualquer análise acerca do 
mérito da questão. 
CF-88 
Art. 5 
XXXV - a lei não excluiráda apreciação do Poder Judiciário 
lesão ou ameaça a direito; 
Peculiaridades relevantes acerca do Princípio da 
Inafastabilidade/Indeclinabilidade, algumas das quais 
destaco abaixo: 
a. Não necessidade de esgotamento das instâncias 
administrativas para pleitear apreciação da questão na 
esfera judicial – No Brasil vige o sistema de jurisdição 
UNA, isto é, apenas um único Poder Estatal detém a 
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14 
capacidade de decidir os conflitos, não havendo a 
chamada Jurisdição Administrativa independente. 
Exemplo: se um contribuinte de imposto entende como 
indevida a cobrança Receita Federal, poderá recorrer 
administrativa da cobrança, mas não ficará vinculado 
ao término do processo administrativo para que possa, 
eventualmente, apresentar a mesma celeuma no 
âmbito judicial; decisões administrativas do Conselho 
de Defesa Econômica (CADE) são plenamente 
controláveis mediante acionamento do Poder Judiciário 
(lembrar que tudo pode ser apreciado pelo Poder 
Judiciário); 
b. Questões Esportivas – é a única exceção 
constitucional ao Princípio da Inafastabilidade. Assim, 
para que seja submetido ao Poder Judiciário alguma 
questão tormentosa na esfera da justiça desportiva, 
será necessário o prévio esgotamento daquela instância 
para que sejam posteriormente remetidas ao Poder 
Judiciário. 
CF-88 
Art. 217 
§ 1º - O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e 
às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da 
justiça desportiva, regulada em lei. 
c. Impossibilidade de definição legal de condicionantes 
ao acesso ao Poder Judiciário. 
 
3. Investidura – a atividade jurisdicional deve ser exercida 
pelos órgãos estatais que foram regularmente investidos na 
função jurisdicional. Ou seja, somente poderá exercer a 
jurisdição aquele órgão a que a lei atribui o poder 
jurisdicional. 
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15 
Para ser investido regularmente na condição de Juiz 
(Magistrado), a pessoa tem que ser aprovada em concurso 
público de provas e títulos ou terá que ser nomeada para 
Tribunais de Justiça, Tribunais Federais e Tribunais 
Superiores, nas diversas formas previstas na Constituição 
Federal (todas são formas de investidura regular na atividade 
jurisdicional, que legitimam sua atuação funcional). Assim, 
um Delegado de Polícia jamais poderá praticar atos 
exclusivos da esfera judicial, posto não ter sido investido 
regularmente no cargo de Juiz. 
 
4. Indelegabilidade – o Juiz não pode delegar suas funções, 
pois as exerce de forma exclusiva. É possível, contudo, 
delegações da prática de atos por outros Juízes (ex: cartas 
de ordem; cartas precatórias, etc), mas jamais para outros 
órgãos diversos da atividade judicante (Exemplo: o mesmo 
caso do Delegado de Polícia). 
 
5. Inércia – o Poder Judiciário é inerte (parado), pois a 
jurisdição não pode ser exercida de ofício pelo Juiz (depende 
de provocação das partes para início do processo). Este 
princípio decorre do Princípio da Imparcialidade, tendo em 
vista que se um Juiz iniciasse um processo, certamente 
desde já teria uma posição que adotaria em sua decisão. Este 
princípio guarda exceções legais. Exemplo: execução 
trabalhista pode ser deflagrada pelo Juiz, de ofício; 
procedimentos de jurisdição voluntária, etc. 
A Inércia foi insculpida no próprio texto do Código de 
Processo Civil, nos termos abaixo: 
CPC 
Art. 2o Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão 
quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e 
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16 
forma legais. 
À regra da Inércia há exceções previstas em Lei, que 
permitem o início excepcional do processo por provocação 
das partes (Exemplo: Execução Trabalhista de verbas 
definidas; Execução Penal; início do processo de inventário, 
se os legitimados não o fizerem no prazo conferido pela Lei; 
decretação da falência de empresa em recuperação judicial, 
etc). Estas e outras exceções apenas confirmam a REGRA de 
que o Juiz deve ser INERTE. 
 
6. Aderência ou Territorialidade – o exercício da jurisdição 
deve estar previamente vinculado a uma determinada zona 
territorial, isto é, os Juízes têm autoridade jurisdicional tão 
somente no território específico que exercem suas funções, o 
chamado FORO. Na Justiça Estadual o Foro é a Comarca. Na 
Justiça Federal, é a Seção Judiciária; Na Justiça Eleitoral é a 
Zona Eleitoral. Este é o chamado Princípio da Aderência – a 
jurisdição está aderente apenas à região geográfica de seu 
exercício. Exemplo: o Juiz do STF tem jurisdição em todo o 
país; o Juiz da capital de um determinado Estado tem 
competência somente naquela região. 
7. Unicidade – a jurisdição é UNA, não havendo divisões 
internas da própria jurisdição, mas tão somente de seu 
exercício. Assim, as classificações das Justiças (Comum e 
Especial, entre outras) são apenas para caracterização e 
definição de competências, não se tratando de diversas 
jurisdições. 
8. Substitutividade – o Estado-Juiz, com poder de império, 
substitui a vontade das partes para decidir o caso concreto. 
Ou seja, atua em substituição às partes, quando essas não 
conseguem por si próprias com seus litígios. 
9. Definitividade – aptidão para formação da coisa julgada. 
A jurisdição tem o condão de tornar suas decisões imutáveis. 
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17 
10. Improrrogabilidade – a jurisdição não pode ser 
exercida por Juiz incompetente, sendo os limites da 
jurisdição estabelecidos na Constituição Federal. 
11. Juiz Natural ou Imparcialidade – O Princípio do 
Juízo Natural é extraído do Devido Processo Legal e de dois 
específicos dispositivos do art. 5º da Constituição Federal 
(incisos XXXVII e LIII). O Juiz Natural é aquele investido 
regularmente na jurisdição (investidura) e com competência 
constitucional para julgamento dos conflitos a ele 
submetidos. É aquele previsto antecedentemente, com 
competência abstrata e geral, para julgar matéria específica 
prevista em lei. 
A CF-88, ao instituir o Princípio visa coibir a criação de 
órgãos judicantes para julgamento de questões depois do 
fato (ex post facto) ou de determinadas pessoas (ad 
personam). 
O Princípio do Juiz Natural pode ser visualizado sob 2 (dois) 
prismas diversos: 
1. Juiz Natural em sentido Formal – consagra 2 
(duas) garantias básicas: 
a. proibição de Tribunal de Exceção (art. 5º, 
XXXVII) 
b. respeito às regras objetivas de determinação 
de competência jurisdicional (art. 5º, LIII). 
Proibição de Tribunal de Exceção - O Tribunal de Exceção 
é um órgão jurisdicional criado excepcionalmente para julgar 
determinada causa, consistindo em um juízo extraordinário. 
É o caso de criar um órgão judicial para julgar um específico 
conflito. Exemplo: Tribunal Penal que julgou SaddanRussen 
(apesar das barbáries que ele cometeu, vocês acham que ele 
seria julgado de forma imparcial?); Tribunal de Nuremberg, 
criado para julgar os crimes dos nazistas após a 2ª Guerra 
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18 
Mundial. 
O Tribunal de Exceção é o chamado de Juízo, Tribunal ad hoc 
(para o caso), ou ex post facto (juízo designado após o fato) 
ou ad personam (para determinada pessoa). 
O Princípio do Juiz Natural garante a imparcialidade das 
decisões judiciais. Portanto, é uma garantia constitucional ser 
julgado por um juiz que já está posto. O Juiz Natural é o 
único que pode ser imparcial. 
No Processo Civil poderá ser atentado contra o Princípio 
quando o Presidente do Tribunal designa unilateralmente um 
Juiz para julgar determinada causa, sem passar o processo 
pela distribuição eletrônica (critério objetivo e abstrato de 
distribuição das ações entre os juízes disponíveis). 
Respeito às regras objetivas de determinação de 
competência jurisdicional. 
Além da proibição de Tribunal de Exceção, o Juiz Natural em 
sentido Formal garante que o Juízo seja competente para 
julgar a causa. Essa competência tem que ser fixada de 
acordo com as regras legais processuais de determinação de 
competência (critérios objetivos de fixação de competência). 
É a lei que atribui a competência para o Juiz (ele não escolhe 
a causa, nem a causa escolhe o juiz). 
As regras gerais de determinação de competência, 
previamente estabelecidas, fixam a competência do Juiz. 
Uma ação não pode ser distribuída deliberadamente para um 
Juiz específico sem um motivo legal para tanto. A distribuição 
objetiva e imparcial dos processos é uma forma de garantir o 
Juiz Natural. Por isso, violar a distribuição eletrônica de 
processos é violar o Juiz Natural. 
Frise-se que é a lei é quem cria as regras de competência, 
bem como os modos de sua alteração. O que é vedado é o 
próprio Juiz pleitear a alteração das regras que fixaram a sua 
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19 
competência. Assim, a garantia do Juiz Natural veda o Poder 
de Avocação de processos por parte de Magistrado. 
CF-88 
Art. 5 
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela 
autoridade competente; 
2. Juiz Natural em sentido Material – é a garantia 
da imparcialidade do Juiz. Todo magistrado deve 
exercer sua função de forma imparcial, equidistante 
das partes. É garantia da Justiça Material 
(independência e imparcialidade dos Magistrados). 
Portanto, Juiz Natural é o Juiz Competente (dimensão Formal) e 
Imparcial (dimensão Material). 
 
 
Jurisdição Contenciosa e Voluntária. 
O próprio Código de Processo Civil (CPC) classifica a Jurisdição em 
Contenciosa e Voluntária. 
CPC 
Art. 1o A jurisdição civil, contenciosa e voluntária, é exercida 
pelos juízes, em todo o território nacional, conforme as disposições 
que este Código estabelece. 
Portanto, a Jurisdição pode ser classificada em 2 (duas) principais 
espécies, que passamos a detalhar: 
o Jurisdição Contenciosa – é a jurisdição propriamente dita, 
sendo a atividade estatal exercida pelo Poder Judiciário, 
consistente no poder de dizer o direito no caso concreto, 
solucionando as lides em substituição aos interesses das 
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20 
partes. 
o Jurisdição Voluntária – consiste na integração e 
fiscalização de negócios firmados entre particulares. Há 
muita discussão na doutrina acerca da natureza da Jurisdição 
Voluntária, se também seria ou não propriamente uma 
Jurisdição (se não seria uma mera Administração Pública de 
interesses privados). 
 
Como estudamos, a Jurisdição Contenciosa é a própria jurisdição 
do Estado, com todas as suas características, princípios e finalidades descritas. 
De outro lado, cabe definir a natureza jurídica da Jurisdição Voluntária (se 
seria jurisdição ou administração pública de interesses privados). 
A Jurisdição Voluntária foi definida pelo legislador para os casos em 
que o Juiz é chamado para atuar perante o particular como forma de 
integração de sua vontade e de fiscalização de seus atos. Isto é, sem a 
participação do Magistrado o interesse do particular não seria tutelado. Com 
isso, o exercício dessa jurisdição tem uma finalidade clara: fiscalizar a atuação 
do particular em hipóteses específicas em que haja interesse público envolvido. 
O Juiz atua como um assistente das partes para a formalização 
do ato. Exemplo: solicitação de notificação ou interpelação judicial do estado 
de inadimplente perante o particular; procedimentos de justificação (produção 
de prova antecipada, antes da instauração do processo); processo de 
interdição de incapaz; processo de emancipação; homologação de acordo ou 
transação; alienação de coisas; nomeação e destituição de tutores e 
curadores, etc, entre tantos outros. 
Para a chamada Doutrina CLÁSSICA, a Jurisdição Voluntária NÃO 
é Jurisdição! Isto porque o Juiz figura como simples integrador e fiscalizador 
dos atos praticados pelos particulares, agindo como um Administrador Público 
(não como um Juiz) de interesses privados. Para esta Doutrina Clássica, a 
Jurisdição Voluntária seria materialmente Administrativa e 
subjetivamente/formalmente Judiciária. 
Elenco abaixo as características da Jurisdição Voluntária para a 
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21 
Doutrina Clássica: 
1. não há LIDE - por não haver brigas e conflitos, mas 
apenas concurso ou convergência de vontades; 
2. não há PARTES – por não haver lide, não há partes 
parciais, mas apenas interessados; 
3. o Juiz é um Administrador Público e não um Juiz; 
4. não há a Substitutividade, tendo em vista que o Estado 
não substitui a vontade das partes, mas a integra para 
formalizar o ato (o Juiz se insere entre os participantes do 
negócio jurídico); 
5. não há Ação e nem Processo, mas apenas um simples 
Procedimento; 
6. não há Sentença de mérito, mas mera homologação de 
acordo de vontades; 
7. não há formação da Coisa Julgada (Definitividade) e 
nem possibilidade de Ação Rescisória, tendo em vista ser a 
jurisdição voluntária negócio jurídico consensual; 
 
Para uma Doutrina mais Moderna, que vem crescendo em 
aceitação no Brasil, a Jurisdição Voluntária é Jurisdição, pelos seguintes 
motivos principais: 
1. A não configuração de LIDE no início do processo não 
significa que no processo de jurisdição voluntária não 
seja possível o surgimento de conflito de interesses. Por 
isso, o fato não haver Lide inicial não descaracterizaria a 
Jurisdição Voluntária; 
2. Apesar de não existir conflito entre partes, o conceito de 
PARTES do processo é aquela que postula e não 
necessariamente quem seja litigante; 
3. A função jurisdicional abrange a tutela de interesses 
particulares semlitigiosidade, desde que exercida por 
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22 
órgãos investidos das garantias necessárias de 
impessoalidade e independência. Ou seja, a atuação 
da jurisdição não está cingida à conformação do direito às 
situações concretas, a solucionar conflitos, mas também a 
tutelar também interesses de particulares, como órgão do 
Estado; 
4. O Juiz é uma autoridade imparcial e desinteressada, como 
em qualquer atividade jurisdicional, diferentemente da 
Administração Pública, que visa seus interesses parciais 
(defesa legal dos interesses do Estado); 
5. A Jurisdição Voluntária possui natureza Preventiva e não 
a apenas de solucionar conflitos já existentes; 
6. Existe um Processo Judicial de Jurisdição Voluntária 
(Ação, Sentença, Apelação, etc). Note-se que os processos 
de Jurisdição Voluntária são encerrados por Sentença, de 
que cabe o Recurso de Apelação para o Tribunal, e não 
por decisão administrativa; 
CPC 
Art. 1.110. Da sentença caberá apelação. 
7. Apesar da permissão de modificação das decisões por fato 
superveniente, a regra é pela possibilidade de constituição 
de coisa julgada. Ademais, da mesma forma em que há 
processos de Jurisdição Contenciosa sem coisa julgada 
(exceção), o mesmo pode ocorrer com os processos de 
Jurisdição Voluntária. 
CPC 
Art. 1.111. A sentença poderá ser modificada, sem prejuízo dos 
efeitos já produzidos, se ocorrerem circunstâncias 
supervenientes. 
8. Prepondera o Princípio Inquisitivo na Jurisdição 
Voluntária. 
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23 
O Princípio Inquisitivo é diverso do Princípio 
Dispositivo. Enquanto o Princípio Dispositivo é a regra, 
na qual as partes têm o dever de praticar os atos 
instrutórios, impulsionando o tramite regular do processo, 
no Princípio Inquisitivo, o Juiz passa a atuar e determinar 
a prática de determinados atos instrutórios. 
Nesse caso, segundo o Princípio Inquisitivo, o Juiz 
poderá iniciar de ofício alguns processos de jurisdição 
voluntária, conforme hipóteses previstas no CPC: 
CPC 
Art. 1.113. Nos casos expressos em lei e sempre que os bens 
depositados judicialmente forem de fácil deterioração, estiverem 
avariados ou exigirem grandes despesas para a sua guarda, o juiz, 
de ofício ou a requerimento do depositário ou de qualquer das 
partes, mandará aliená-los em leilão. 
Art. 1.142. Nos casos em que a lei civil considere jacente a 
herança, o juiz, em cuja comarca tiver domicílio o falecido, 
procederá sem perda de tempo à arrecadação de todos os seus 
bens. 
 
Deve-se ressaltar que predomina ainda no Brasil (posição 
majoritária) o entendimento da Doutrina Clássica, o de que a Jurisdição 
Voluntária tem natureza de Administração Pública de interesses privadas, 
isto é, que NÃO é jurisdição. 
Resumo do entendimento acerca da Natureza Jurídica da 
Jurisdição Voluntária: 
JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA 
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É atividade ADMINISTRATIVA É atividade JURISDICIONAL 
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24 
NÃO há Jurisdição Há Jurisdição 
NÃO há Processo, mas mero 
Procedimento 
Há Processo 
NÃO há Partes, mas Interessados Há Partes 
Não há Coisa Julgada Há Coisa Julgada 
NÃO há LIDE Pode haver LIDE 
Juiz é Administrador Público Juiz é Juiz 
 
Peculiaridades do Processo de Jurisdição Voluntária: 
o São legitimados para dar início ao Processo de Jurisdição 
Voluntária o INTERESSADO e o Ministério Público; 
CPC 
Art. 1.104. O procedimento terá início por provocação do 
interessado ou do Ministério Público, cabendo-lhes formular o 
pedido em requerimento dirigido ao juiz, devidamente instruído 
com os documentos necessários e com a indicação da providência 
judicial. 
o O CPC determina a INTERVENÇÃO obrigatória do 
Ministério Público em TODOS os procedimentos de 
Jurisdição Voluntária. A doutrina e a jurisprudência defendem 
que o MP não intervirá em todo caso, mas somente nos 
processos que versem sobre direitos indisponíveis. Assim, 
o MP estaria autorizado a não intervir nos procedimentos em 
que não ficasse caracterizada a indisponibilidade dos direitos. 
De todo modo, devemos ter em mente o que prevê o CPC. 
CPC 
Art. 1.103. Quando este Código não estabelecer procedimento 
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25 
especial, regem a jurisdição voluntária as disposições constantes 
deste Capítulo. 
Art. 1.105. Serão citados, sob pena de nulidade, todos os 
interessados, bem como o Ministério Público. 
o Há uma relativização do princípio da legalidade estrita no 
âmbito dos procedimentos de Jurisdição Voluntária. O art. 
1109 do CPC que o Juiz não é obrigado a observar o critério 
da legalidade estrita, podendo pautar seus atos na equidade 
e na solução mais conveniente e oportuna ao caso. 
O objetivo da norma é conferir ao Juiz em Jurisdição 
Voluntária uma margem de discricionariedade maior para 
decisão. Esta discricionariedade é maior tanto na condução 
do processo, quanto em sua decisão, afastando um apego 
exagerado às formalidades da lei. A intenção do legislador 
era conferir uma decisão mais justa, mais oportuna e mais 
adequada no âmbito da Jurisdição Voluntária, dando uma 
maior elasticidade aos seus procedimentos. Com isso, fala-se 
da utilização de um juízo de equidade e 
discricionariedade. 
CPC 
Art. 1.109. O juiz decidirá o pedido no prazo de 10 (dez) dias; não 
é, porém, obrigado a observar critério de legalidade estrita, 
podendo adotar em cada caso a solução que reputar mais 
conveniente ou oportuna. 
 
 
 
 
 
 
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26 
 
 
2. Da Ação. 
 
Cena dos próximos capítulos, a ser estudada na próxima 
Aula de nosso Curso de Processo Civil. 
 
Pessoal, este foi apenas um aperitivo, tão-somente uma 
demonstração de como serão as Aulas deste Curso. Na próxima Aula 
continuaremos nosso estudo! 
De todo modo, curtam alguns exercícios!!!! 
 
Abaixo 2 listas de Exercícios: 1ª apenas com gabarito e a 2ª com 
comentários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS COMENTADOS 
 
QUESTÃO 1: CESPE - 2012 - TJ-RR - Analista - Processual. 
A jurisdição, que tem porfinalidade compor os conflitos de interesses, 
resguardando a ordem jurídica e a autoridade da lei, constitui uma das funções 
de soberania do Estado. A respeito dessa função estatal, julgue os itens 
subsequentes. 
Segundo a doutrina, o juízo de conciliação configura uma das categorias dos 
atos de jurisdição voluntária. 
 
COMENTÁRIOS: 
Essa questão é polêmica! Foi disposta no concurso do TJ/RR de 2012 e muita 
gente caiu na pegadinha! Na realidade, o examinador cobrou a Doutrina 
Moderna da Jurisdição Voluntária, que admite a possibilidade de haver LIDE 
(conflito de interesses) não só na Jurisdição Contenciosa, mas também na 
Jurisdição Voluntária. 
A não configuração de LIDE no início do processo de Jurisdição Voluntária não 
significa que no processo de jurisdição voluntária não seja possível o 
surgimento de conflito de interesses. Por isso, o fato não haver Lide inicial não 
descaracterizaria a Jurisdição Voluntária. 
Resumo do entendimento acerca da Natureza Jurídica da 
Jurisdição Voluntária: 
JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA 
DOUTRINA CLÁSSICA DOUTRINA MODERNA 
É atividade ADMINISTRATIVA É atividade JURISDICIONAL 
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28 
NÃO há Jurisdição Há Jurisdição 
NÃO há Processo, mas mero 
Procedimento 
Há Processo 
NÃO há Partes, mas Interessados Há Partes 
Não há Coisa Julgada Há Coisa Julgada 
NÃO há LIDE Pode haver LIDE 
Juiz é Administrador Público Juiz é Juiz 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 2: Prova: CESPE - 2012 - DPE-SE - Defensor Público. 
Nos procedimentos de jurisdição voluntária, prepondera o princípio inquisitivo. 
 
COMENTÁRIOS: 
O Princípio Inquisitivo é diverso do Princípio Dispositivo. Enquanto o 
Princípio Dispositivo é a regra, na qual as partes têm o dever de praticar os 
atos instrutórios, impulsionando o tramite regular do processo, no Princípio 
Inquisitivo, o Juiz passa a atuar e determinar a prática de determinados atos 
instrutórios. 
Nesse caso, segundo o Princípio Inquisitivo, o Juiz poderá iniciar de ofício 
alguns processos de jurisdição voluntária, conforme hipóteses previstas no 
CPC: 
CPC 
Art. 1.113. Nos casos expressos em lei e sempre que os bens 
depositados judicialmente forem de fácil deterioração, estiverem 
avariados ou exigirem grandes despesas para a sua guarda, o juiz, 
de ofício ou a requerimento do depositário ou de qualquer das 
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partes, mandará aliená-los em leilão. 
Art. 1.142. Nos casos em que a lei civil considere jacente a 
herança, o juiz, em cuja comarca tiver domicílio o falecido, 
procederá sem perda de tempo à arrecadação de todos os seus 
bens. 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 3: Prova: CESPE - 2012 - DPE-SE - Defensor Público. 
De acordo com o CPC, no âmbito da jurisdição voluntária, o MP só deve ser 
intimado em caso de direitos indisponíveis. 
 
COMENTÁRIOS: 
O CPC determina a INTERVENÇÃO obrigatória do Ministério Público em 
TODOS os procedimentos de Jurisdição Voluntária. A doutrina e a 
jurisprudência defendem que o MP não intervirá em todo caso, mas somente 
nos processos que versem sobre direitos indisponíveis. Assim, o MP estaria 
autorizado a não intervir nos procedimentos em que não ficasse caracterizada 
a indisponibilidade dos direitos. 
De todo modo, devemos ter em mente o que prevê o CPC. Foi o previsto no 
CPC que o examinador reputou como correto! 
CPC 
Art. 1.103. Quando este Código não estabelecer procedimento 
especial, regem a jurisdição voluntária as disposições constantes 
deste Capítulo. 
Art. 1.105. Serão citados, sob pena de nulidade, todos os 
interessados, bem como o Ministério Público. 
 
RESPOSTA CERTA: E 
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QUESTÃO 4: CESPE - 2012 - TJ-RO - Analista - Processual. 
De acordo com o princípio da inércia judicial, o prosseguimento do processo 
dependerá sempre de requerimento da parte ou do interessado, não podendo 
o juiz agir de ofício. 
QUESTÃO 5: CESPE 03/04/2011 - TJ - ES - Analista Judiciário 2 – 
Administrativa. 
Uma das características da atividade jurisdicional é a sua inércia, razão pela 
qual, em nenhuma hipótese, o juiz deve determinar, de ofício, que se inicie o 
processo. 
 
COMENTÁRIOS: 
Errado, pois o Princípio da INÉRCIA dispõe que o processo não pode ser 
deflagrado pelo próprio Juiz, pois este é dependente da manifestação das 
partes. 
No entanto, à regra da Inércia há exceções previstas em Lei, que permitem o 
início excepcional do processo por provocação das partes (Exemplo: Execução 
Trabalhista de verbas definidas; Execução Penal; início do processo de 
inventário, se os legitimados não o fizerem no prazo conferido pela Lei; 
decretação da falência de empresa em recuperação judicial, etc). Estas e 
outras exceções apenas confirma a REGRA de que o Juiz deve ser INERTE. 
A despeito da inércia do Poder Judiciário, o processo não pode ficar parado, 
depois de deflagrado, ao sabor e interesse das partes. Por isso, vige no 
processo o Princípio do Impulso Oficial � cabe ao Juiz determinar a regular 
marcha do processo. 
CPC 
Art. 262. O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se 
desenvolve por impulso oficial. 
 
RESPOSTA CERTA: EE 
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QUESTÃO 6: CESPE 30/01/2011 - TRE - ES - Analista Judiciário – 
Administrativa. 
Uma das distinções entre a função jurisdicional e a administrativa é 
identificada na imparcialidade do órgão estatal que exerce a função 
jurisdicional. 
 
COMENTÁRIOS: 
Perfeito, enquanto que a atuação da Administração Pública é eminentemente 
PARCIAL (interesse apenas do ESTADO), a Função Jurisdicional é uma atuação 
IMPARCIAL do Estado-Juiz como um terceiro desinteressado e equidistante das 
partes. 
O Juiz é uma autoridade imparcial e desinteressada, como em qualquer 
atividade jurisdicional, diferentemente da Administração Pública, que visa 
seus interesses parciais (defesa legal dos interesses do Estado). 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 7: TJ - ES - Analista Judiciário 2 – Administrativa [CESPE] - 
03/04/2011. 
A função jurisdicional é, em regra, de índole substitutiva, ou seja, substitui-se 
a vontade privada por uma atividade pública. 
 
COMENTÁRIOS: 
É o Princípio da Substitutividade – o Estado-Juiz, com poder de império, 
substitui a vontade das partes para decidir o caso concreto. Ou seja, atua em 
substituição às partes, quando essas não conseguem por si próprias com seus 
litígios. 
 
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RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 8: MPE - RO - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 
26/09/2010. 
O princípio da inércia, um dos princípios basilares da jurisdição, não admite 
exceção. 
 
COMENTÁRIOS: 
É basilar da Jurisdição, mas admite sim exceção. À regra da Inércia há 
exceções previstas em Lei, que permitem o início excepcional do processo por 
provocação das partes (Exemplo: Execução Trabalhista de verbas definidas; 
Execução Penal; início do processo de inventário, se os legitimados não o 
fizerem no prazo conferido pela Lei; decretação da falência de empresa em 
recuperação judicial, etc). Estas e outras exceções apenas confirma a REGRA 
de que o Juiz deve ser INERTE. 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 9: OAB - Exame de Ordem Unificado 2009-3 [CESPE] - 
17/01/2010. 
Na jurisdição voluntária, as despesas serão pagas exclusivamente pelo 
requerente. 
 
COMENTÁRIOS: 
O Código prevê na parte de Custas e Despesas processuais que as despesas no 
processo de Jurisdição Voluntária serão ADIANTADAS pelo requerente, mas 
devem ser rateadas entre todos os interessados. 
CPC 
Art. 24. Nos procedimentos de jurisdição voluntária, as despesas 
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serão adiantadas pelo requerente, mas rateadas entre os 
interessados. 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 10: MPE - RO - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 
26/09/2010. 
O princípio da indelegabilidade estabelece que a autoridade dos órgãos 
jurisdicionais, considerados emanação do próprio poder estatal soberano, 
impõe-se por si mesma, independentemente da vontade das partes ou de 
eventual pacto para aceitarem os resultados do processo. 
 
COMENTÁRIOS: 
Na realidade o conceito foi trocado pelo Princípio da Substitutividade - o 
Estado-Juiz, com poder de império, substitui a vontade das partes para decidir 
o caso concreto. Ou seja, atua em substituição às partes, quando essas não 
conseguem por si próprias com seus litígios. 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 11: TRT 22ª - Analista Judiciário – Judiciário [FCC] – 
14/11/2010. 
A indeclinabilidade é uma característica 
a) da ação. 
b) da jurisdição. 
c) do processo. 
d) da lide. 
e) do procedimento. 
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COMENTÁRIOS: 
Estudamos que a Indeclinabilidade ou Inafastabilidade é o princípio 
processual constitucional da Jurisdição consistente na regra de que nenhuma 
lesão ou ameaça de lesão poderá ser afastada da apreciação do Poder 
Judiciário. Implica no dever do Estado de solucionar os conflitos quando 
provocado pelas partes, que é decorrência do direito fundamental de acesso ao 
poder judiciário (direito de ação). Como o Estado detém o monopólio da 
jurisdição e as partes possuem direito irrestrito à ação, o Estado também tem 
o dever de prestar a tutela jurisdicional e não apenas simples faculdade. 
Com isso, não há questão que não possa ser posta em juízo para decisão do 
magistrado. Todos têm direito de Ação de forma ampla, abstrata e irrestrita, 
mesmo que, ao final, comprovem-se infundadas suas demandas. O direito de 
ação é puro e abstrato, independe de qualquer análise acerca do mérito da 
questão. 
CF-88 
Art. 5 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário 
lesão ou ameaça a direito; 
Apesar de nascer em virtude do direito de Ação, a indeclinabilidade é uma 
característica da Jurisdição. A Ação não é indeclinável, mas a Jurisdição o é. 
 
RESPOSTA CERTA: B 
 
QUESTÃO 12: TCE - RO - Auditor Substituto de Conselheiro FCC] – 
05/09/2010. 
A jurisdição contenciosa civil 
a) é divisível. 
b) é atividade substitutiva. 
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35 
c) é exercida pelo Tribunal de Contas da União. 
d) é exercida por membro do Ministério Público. 
e) não pressupõe território. 
 
COMENTÁRIOS: 
Quatro princípios importantes da Jurisdição que responde à questão: 
1. Unicidade – a jurisdição é UNA, não havendo divisões 
internas da própria jurisdição, mas tão somente de seu 
exercício. Assim, as classificações das Justiças (Comum e 
Especial, entre outras) são apenas para caracterização e 
definição de competências, não se tratando de diversas 
jurisdições. 
2. Substitutividade – o Estado-Juiz, com poder de império, 
substitui a vontade das partes para decidir o caso concreto. 
Ou seja, atua em substituição às partes, quando essas não 
conseguem por si próprias com seus litígios. 
3. Investidura – a atividade jurisdicional deve ser exercida 
pelos órgãos estatais que foram regularmente investidos na 
função jurisdicional. Ou seja, somente poderá exercer a 
jurisdição aquele órgão a que a lei atribui o poder 
jurisdicional. 
Para ser investido regularmente na condição de Juiz 
(Magistrado), a pessoa tem que ser aprovada em concurso 
público de provas e títulos ou terá que ser nomeada para 
Tribunais de Justiça, Tribunais Federais e Tribunais 
Superiores, nas diversas formas previstas na Constituição 
Federal (todas são formas de investidura regular na atividade 
jurisdicional, que legitimam sua atuação funcional). Assim, 
um Delegado de Polícia jamais poderá praticar atos 
exclusivos da esfera judicial, posto não ter sido investido 
regularmente no cargo de Juiz. 
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4. Aderência ou Territorialidade – o exercício da jurisdição 
deve estar previamente vinculado a uma determinada zona 
territorial, isto é, os Juízes têm autoridade jurisdicional tão 
somente no território específico que exercem suas funções, o 
chamado FORO. Na Justiça Estadual o Foro é a Comarca. Na 
Justiça Federal, é a Seção Judiciária; Na Justiça Eleitoral é a 
Zona Eleitoral. Este é o chamado Princípio da Aderência – a 
jurisdição está aderente apenas à região geográfica de seu 
exercício. Exemplo: o Juiz do STF tem jurisdição em todo o 
país; o Juiz da capital de um determinado Estado tem 
competência somente naquela região. 
Em resumo, faço as seguintes considerações: 
• a Jurisdição NÃO é divisível, pois ela é UMA; 
• a Jurisdição é substitutiva, por isso o item B está CORRETO. 
• A Jurisdição somente é exercida por quem se investiu regularmente na 
atividade jurisdicional (Tribunal de Contas e Ministério Público não 
exercem atividade jurisdicional), por isso os itens C e D estão ERRADOS. 
• A Jurisdição pressupõe sim território, pois serve de base e limitação de 
sua atuação (princípio da Aderência ou Territorialidade). Portanto, item E 
está ERRADO. 
 
RESPOSTA CERTA: B 
 
QUESTÃO 13: TJ - PA - Analista Judiciário – Direito [FCC] – 
24/05/2009. 
Jurisdição é 
a) a faculdade atribuída ao Poder Executivo de propor e sancionar leis que 
regulamentem situações jurídicas ocorridas na vida em sociedade. 
b) a faculdade outorgada ao Poder Legislativo de regulamentara vida social, 
estabelecendo, através das leis, as regras jurídicas de observância obrigatória. 
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37 
c) o poder das autoridades judiciárias regularmente investidas no cargo de 
dizer o direito no caso concreto. 
d) o direito individual público, subjetivo e autônomo, de pleitear, perante o 
Estado a solução de um conflito de interesses. 
e) o instrumento pelo qual o Estado procede à composição da lide, aplicando o 
Direito ao caso concreto, dirimindo os conflitos de interesses. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. Somente o Poder Judiciário exerce jurisdição. A faculdade de 
propor e sancionar leis é uma atribuição constitucional do Presidente da 
República de caráter legislativo (atípica das atividades do Executivo), mas 
dissociadas da jurisdição. 
Item B – errado. Esta é a função típica do Poder Legislativo (inovar na ordem 
jurídica). 
Item C – correto. Perfeito! Este é o conceito de Jurisdição (dizer o direito no 
caso concreto). 
A Jurisdição é o poder do Estado, através de um órgão jurisdicional 
(Estado-Juiz), de julgar as causas que lhe forem apresentadas, dizendo o 
direito cabível ao caso concreto. Em outras palavras, a jurisdição é definição do 
direito por meio de um terceiro imparcial (Estado), de forma autoritária, 
monopolista e em última instância. 
Segundo Ada Pelegrine Grinover, em clássica definição, a jurisdição 
é a “função do Estado, mediante a qual este se substitui aos titulares dos 
interesses em conflito para, imparcialmente, buscar a pacificação do conflito 
que os envolve com justiça”. 
O conceito de jurisdição guarda 3 (três) vertentes diversas, que 
vale detalhar para melhor entendimento: 
o Jurisdição como Poder – a jurisdição é exercido de forma 
monopolista, ou seja, o Estado chama para si a 
responsabilidade de solucionar os conflitos sociais que a ele 
são reclamados, transformando-se em Poder Estatal de 
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decidir os conflitos a ele apresentados. A jurisdição como 
poder é manifestação da capacidade do Estado de impor suas 
decisões jurisdicionais sobre o caso concreto das partes. Aqui 
é o Estado com sua “mão de ferro”. 
o Jurisdição como Função Estatal – a jurisdição é uma das 
funções ou finalidades do Estado, a de pacificação social e 
realização da justiça no caso concreto. 
o Jurisdição como Atividade – a jurisdição também pode ser 
conceituada como os atos materiais e visíveis (atos do 
processo judicial no plano prático) desenvolvidos pelos 
Juízes, investidos pelo Estado no poder de julgar. 
Item D – errado. Este é o direito de Ação. 
Item E – errado. A Jurisdição não é um instrumento, pois se trata de um 
Poder. O instrumento é o PROCESSO e não a Jurisdição. 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 14: MPE - SE - Analista do Ministério Público – Direito [FCC] 
– 19/04/2009. 
Nos procedimentos de jurisdição voluntária 
a) a iniciativa para iniciar o processo caberá exclusiva mente ao Ministério 
Público. 
b) não haverá citação, porque inexistem partes, mas interessados. 
c) não cabe apelação da sentença. 
d) em nenhuma hipótese caberá intervenção do Ministério Público, porque não 
há lide. 
e) o juiz não é obrigado a observar critério de legalidade estrita, podendo 
adotar em cada caso a solução que reputar mais correta ou oportuna. 
 
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COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. São legitimados para dar início ao Processo de Jurisdição 
Voluntária o INTERESSADO e o Ministério Público. 
CPC 
Art. 1.104. O procedimento terá início por provocação do 
interessado ou do Ministério Público, cabendo-lhes formular o 
pedido em requerimento dirigido ao juiz, devidamente instruído 
com os documentos necessários e com a indicação da providência 
judicial. 
Item B – errado. Apesar do CPC prevê a figura dos INTERESSADOS, não 
excluiu deles o direito de ser CITADOS. 
CPC 
Art. 1.105. Serão citados, sob pena de nulidade, todos os 
interessados, bem como o Ministério Público. 
Item C – errado. Existe um Processo Judicial de Jurisdição Voluntária (Ação, 
Sentença, Apelação, etc) igual ao Processo de Jurisdição Contenciosa. Note-se 
que os processos de Jurisdição Voluntária são encerrados por Sentença, de 
que cabe o Recurso de Apelação para o Tribunal, e não por decisão 
administrativa. 
CPC 
Art. 1.110. Da sentença caberá apelação. 
Item D – errado. Apesar de não haver inicialmente uma LIDE, o CPC determina 
a INTERVENÇÃO obrigatória do Ministério Público em TODOS os 
procedimentos de Jurisdição Voluntária. A doutrina e a jurisprudência 
defendem que o MP não intervirá em todo caso, mas somente nos processos 
que versem sobre direitos indisponíveis. Assim, o MP estaria autorizado a 
não intervir nos procedimentos em que não ficasse caracterizada a 
indisponibilidade dos direitos. De todo modo, devemos ter em mente o que 
prevê o CPC. 
CPC 
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Art. 1.103. Quando este Código não estabelecer procedimento 
especial, regem a jurisdição voluntária as disposições constantes 
deste Capítulo. 
Art. 1.105. Serão citados, sob pena de nulidade, todos os 
interessados, bem como o Ministério Público. 
Item E – correto. Há uma relativização do princípio da legalidade estrita no 
âmbito dos procedimentos de Jurisdição Voluntária. O art. 1109 do CPC que o 
Juiz não é obrigado a observar o critério da legalidade estrita, podendo pautar 
seus atos na equidade e na solução mais conveniente e oportuna ao caso. 
O objetivo da norma é conferir ao Juiz em Jurisdição Voluntária uma margem 
de discricionariedade maior para decisão. Esta discricionariedade é maior 
tanto na condução do processo, quanto em sua decisão, afastando um apego 
exagerado às formalidades da lei. A intenção do legislador era conferir uma 
decisão mais justa, mais oportuna e mais adequada no âmbito da Jurisdição 
Voluntária, dando uma maior elasticidade aos seus procedimentos. Com isso, 
fala-se da utilização de um juízo de equidade e discricionariedade. 
CPC 
Art. 1.109. O juiz decidirá o pedido no prazo de 10 (dez) dias; não 
é, porém, obrigado a observar critério de legalidade estrita, 
podendo adotar em cada caso a solução que reputar mais 
conveniente ou oportuna. 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 15: TRT - 19ª Região - Analista Judiciário – Administrativa 
[FCC] – 07/09/2008. 
Nenhum juiz prestará tutela jurisdicional, senão quando a parte ou o 
interessado a requerer, nos casos e formas legais. 
 
COMENTÁRIOS: 
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Princípio da Inércia – o Poder Judiciário é inerte (parado), pois a jurisdição 
não pode ser exercida de ofício pelo Juiz (depende de provocação das partes 
para início do processo). Este princípio decorre do Princípio da Imparcialidade, 
tendo em vista que se um Juiz iniciasse um processo, certamente desde já 
teria uma posição que adotaria em sua decisão. Este princípio guarda exceções 
legais. Exemplo: execução trabalhista pode ser deflagrada pelo Juiz, de ofício; 
procedimentos de jurisdição voluntária, etc. 
A Inércia foi insculpida no próprio texto do Código de Processo Civil, nos 
termos abaixo: 
CPC 
Art. 2o Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão 
quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e 
forma legais. 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 16: TRT - 19ª Região - Analista Judiciário – Administrativa 
[FCC] – 07/09/2008. 
Na jurisdição voluntária, não há lide, tratando-se de forma de administração 
pública de interesses privados. 
 
COMENTÁRIOS: 
Para a Doutrina Clássica, a Jurisdição Voluntária NÃO é Jurisdição, mas 
apenas Administração Pública de interesses privados, entre outros motivos, 
porque não há LIDE - por não haver brigas e conflitos, mas apenas concurso 
ou convergência de vontades. 
Observem que predomina no Brasil ainda a Doutrina Clássica, inclusive para as 
Bancas de Concurso. 
 
RESPOSTA CERTA: C 
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QUESTÃO 17: TRT 23ª - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] – 
24/06/2008. 
O art. 5o, XXXVII da Constituição Federal dispõe que "não haverá juízo ou 
tribunal de exceção". Esse dispositivo consagra, em relação à jurisdição, o 
princípio 
a) da especialização. 
b) da improrrogabilidade da jurisdição. 
c) da indeclinabilidade da jurisdição. 
d) do juiz natural. 
e) da indelegabilidade da jurisdição. 
 
COMENTÁRIOS: 
1. Juiz Natural ou Imparcialidade – O Princípio do Juízo 
Natural é extraído do Devido Processo Legal e de dois 
específicos dispositivos do art. 5º da Constituição Federal 
(incisos XXXVII e LIII). O Juiz Natural é aquele investido 
regularmente na jurisdição (investidura) e com competência 
constitucional para julgamento dos conflitos a ele 
submetidos. É aquele previsto antecedentemente, com 
competência abstrata e geral, para julgar matéria específica 
prevista em lei. 
A CF-88, ao instituir o Princípio visa coibir a criação de 
órgãos judicantes para julgamento de questões depois do 
fato (ex post facto) ou de determinadas pessoas (ad 
personam). 
O Princípio do Juiz Natural pode ser visualizado sob 2 (dois) 
prismas diversos: 
1. Juiz Natural em sentido Formal – consagra 2 
(duas) garantias básicas: 
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43 
a. proibição de Tribunal de Exceção (art. 5º, 
XXXVII) 
b. respeito às regras objetivas de determinação 
de competência jurisdicional (art. 5º, LIII). 
Proibição de Tribunal de Exceção - O Tribunal de Exceção 
é um órgão jurisdicional criado excepcionalmente para julgar 
determinada causa, consistindo em um juízo extraordinário. 
É o caso de criar um órgão judicial para julgar um específico 
conflito. Exemplo: Tribunal Penal que julgou Saddan Russen 
(apesar das barbáries que ele cometeu, vocês acham que ele 
seria julgado de forma imparcial?); Tribunal de Nuremberg, 
criado para julgar os crimes dos nazistas após a 2ª Guerra 
Mundial. 
O Tribunal de Exceção é o chamado de Juízo, Tribunal ad hoc 
(para o caso), ou ex post facto (juízo designado após o fato) 
ou ad personam (para determinada pessoa). 
O Princípio do Juiz Natural garante a imparcialidade das 
decisões judiciais. Portanto, é uma garantia constitucional ser 
julgado por um juiz que já está posto. O Juiz Natural é o 
único que pode ser imparcial. 
No Processo Civil poderá ser atentado contra o Princípio 
quando o Presidente do Tribunal designa unilateralmente um 
Juiz para julgar determinada causa, sem passar o processo 
pela distribuição eletrônica (critério objetivo e abstrato de 
distribuição das ações entre os juízes disponíveis). 
Respeito às regras objetivas de determinação de 
competência jurisdicional. 
Além da proibição de Tribunal de Exceção, o Juiz Natural em 
sentido Formal garante que o Juízo seja competente para 
julgar a causa. Essa competência tem que ser fixada de 
acordo com as regras legais processuais de determinação de 
competência (critérios objetivos de fixação de competência). 
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É a lei que atribui a competência para o Juiz (ele não escolhe 
a causa, nem a causa escolhe o juiz). 
As regras gerais de determinação de competência, 
previamente estabelecidas, fixam a competência do Juiz. 
Uma ação não pode ser distribuída deliberadamente para um 
Juiz específico sem um motivo legal para tanto. A distribuição 
objetiva e imparcial dos processos é uma forma de garantir o 
Juiz Natural. Por isso, violar a distribuição eletrônica de 
processos é violar o Juiz Natural. 
Frise-se que é a lei é quem cria as regras de competência, 
bem como os modos de sua alteração. O que é vedado é o 
próprio Juiz pleitear a alteração das regras que fixaram a sua 
competência. Assim, a garantia do Juiz Natural veda o Poder 
de Avocação de processos por parte de Magistrado. 
CF-88 
Art. 5 
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela 
autoridade competente; 
2. Juiz Natural em sentido Material – é a garantia 
da imparcialidade do Juiz. Todo magistrado deve 
exercer sua função de forma imparcial, equidistante 
das partes. É garantia da Justiça Material 
(independência e imparcialidade dos Magistrados). 
Portanto, Juiz Natural é o Juiz Competente (dimensão Formal) e 
Imparcial (dimensão Material). 
 
RESPOSTA CERTA: D 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL P/ ANALISTA DO MPU – ÁREA DE 
ATIVIDADE: APOIO JURÍDICO – ESPECIALIDADE: DIREITO 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
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QUESTÃO 18: TRT 9ª - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] – 
12/09/2006 (ADAPTADA). 
Considere as afirmativas a respeito da atividade jurisdicional: 
II. A atividade jurisdicional só tem início quando provocada. 
III. A atividade jurisdicional pode ser delegada a órgãos do Poder Legislativo e 
do Poder Executivo. 
Está correto o que se contém APENAS em 
a) II. 
b) II e III. 
c) III. 
d) nenhuma. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item II – correto. É o Princípio da INÉRCIA Jurisdicional. 
Item III – errado. É o Princípio da Indelegabilidade – o Juiz não pode 
delegar suas funções, pois as exerce de forma exclusiva. É possível, contudo, 
delegações da prática de atos por outros Juízes (ex: cartas de ordem; cartas 
precatórias, etc), mas jamais para outros órgãos diversos da atividade 
judicante (Exemplo: o mesmo caso do Delegado de Polícia). 
Este Princípio decorre do Princípio da Investidura – a atividade jurisdicional 
deve ser

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