Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO AULAS I, II E III ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO “ ... Tem por objetivo estudar as formas pelas quais o Estado obtém as suas receitas e efetiva concretamente suas despesas” Rosa J. pág 8 Disciplinas que estudam a AFE Ciência das Finanças; Direito financeiro; Direito Tributário Objeto do D. Financeiro Despesa Pública; Receita Pública; Orçamento Público; Crédito Público Constituição Financeira - art. 24 e seus parágrafos (competência legislativa concorrente; União: normas gerais); - arts. 34, V, a, e 35, I (intervenção por falta de pagamento da dívida fundada por mais de 2 anos,salvo força maior); - arts. 48, XIV; 52, V a IX (competência do Congresso Nacional ou Senado Federal em matéria de crédito público); arts. 70/75 (fiscalização orçamentária); art. 100 (dívida pública e precatórios); - arts. 157/162 (transferências intergovernamentais de receitas tributárias) - arts. 163/169 (finanças públicas: normas gerais e orçamentos públicos; Despesa Pública Soma de gastos do Estado com obras e serviços públicos Despesa Pública De custeio Correntes De transferências correntes Despesas De investimentos Capital De inversões financeiras De transferência de capital Princípio da legalidade da despesa Art. 165, §8°, CF Obs: Art. 167, §3º - despesas extraordinárias Crime de responsabilidade; Crime comum Sanções políticas; Sanções administrativas – multas aplicadas pelo Tribunal de Contas Sanções institucionais e nulidades Receita Pública Doutrina - ingresso permanente sem condição devolutiva nem baixa patrimonial Lei 4320/64 – qualquer ingresso Receita Pública De terceiros Empréstimos Receita ou Ingresso público Originário Próprio Tributos Derivado Penalidades Reparação de Guerra Receita Fases históricas Parasitária; Dominial; Regaliana; Tributária; social Receita Pública Classificações Escola Clássica: ordinárias e extraordinárias Escola Alemã: originárias (patrimoniais) e derivadas (tributos e multa) Lei 4320/64: correntes e de capital Lei de responsabilidade Fiscal LC 101/00 Princípios: - responsabilidade fiscal (accountability) - equilíbrio das contas públicas - regime de caixa (e não mais o regime de competência) - transparência - metas fiscais bimestrais, quadrimestrais, anuais e trienais) - controle de riscos fiscais. Lei de responsabilidade Fiscal LC 101/00 Despesa Pública: - limites diversos (despesas de pessoal, operações de crédito, endividamento, restos a pagar etc.); mas é vedado limitar o pagamento do “serviço da dívida” pública (art. 9º § 2º); - aumento só com estimativa de impacto e adequação orçamentária e financeira; desapropriação de imóvel urbano só com depósito judicial; - nulidade da despesa de pessoal irregularmente realizada; - facultada a redução da jornada de trabalho, com redução da remuneração; - se despesa de pessoal superar 95% da receita, incidem várias sanções institucionais (arts. 22, p. único, e 23); - restos a pagar: vedado contrair despesa nos 2 últimos quadrimestres do mandato sem disponibilidade de caixa. Lei de responsabilidade Fiscal LC 101/00 Receita Pública: - obrigatório instituir e arrecadar todos os tributos da competência de cada ente federativo; - renúncias fiscais (isenções, reduções de tributos, remissões, anistias etc.) só com medidas de compensação. Orçamento Público Ato legislativo que autoriza receitas e despesas em certo período Aspectos: político, econômico e jurídico Orçamento Público O plano plurianual - Art. 165, I, §1º, CF Lei de Diretrizes Orçamentárias – Art 165, II, CF Lei de Orçamento Anual – Art. 165, III e §5º, CF Orçamento Público Princípios constitucionais orçamentários: unidade (art. 165, § 5º;exc.:créditos adicionais-art.167,V e §3º) universalidade (art. 165, § 5º; Lei 4.320/64, art. 6º) anualidade (art. 165, § 9º, I; Lei 4.320/64, art. 34) proibição de estorno (art. 167, VI) não-vinculação da receita de impostos (art. 167, IV) exclusividade da matéria orçament. (art. 165, § 8º) reserva da lei (exceção: créd. extraord.: art. 167, § 3º). Caso 1 – 2017/1 A 1 – Determinado governador do Estado do Acre está em forte debate com a Assembleia Legislativa. Apesar de ter sido eleito em primeiro turno com uma expressiva maioria de votos, sua Assembleia é hoje composta em maioria considerável pela oposição – ressentida por não ter reeleito o antigo governador, candidato da situação. Diante desse conflito político, o governador não consegue aprovar a lei orçamentária que se manifesta compatível com suas propostas. Sendo assim, decide baixar o orçamento por medida provisória. Deputado da oposição se recusa a votar a medida provisória e levanta argumentos tecnicamente adequados. Pergunta-se: a) Quais seriam estes argumentos? B) Pode o governador editar medida provisória? C) Cabe medida provisória em direito financeiro? obs Precatórios judiciais (CF, art. 100, com alterações das Emendas 30/2000 , 37/2002 e 62/2009; Lei 10.099/2000). Controle e fiscalização da execução orçamentária: - interno; - externo (Poder Legislativo, auxiliado p/Tribunal de Contas – CF/88, arts. 70/75). Crédito Público Conceito: faculdade de o Estado obter empréstimo (mero ingresso, não receita). Mas para a Lei 4.320/64, o empréstimo compulsório é receita de capital (art. 11, par. 4º). Crédito Público Classificação quanto à forma: voluntários e obrigatórios; quanto à origem: internos e externos; quanto ao prazo: a longo e a curto prazos; quanto à competência: federais, estaduais e municipais. Créditos adicionais Lei 4320/64 Créditos suplementares - os destinados a reforço de dotação orçamentária (art. 41, I). Créditos especiais - os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica (art. 41, II). Créditos extraordinários - os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública (art. 41, III). Ver Art. 167, CF Aula 1 Determinado Município indeferiu pedido de pagamento de precatório de um contribuinte que por possuir 70 anos alegou ter privilégios com base no Estatuto do Idoso. O Município alegou que não se aplica o Estatuto do idoso em matéria tributária e que o precatório por não ser de caráter alimentar, tampouco requisição de pequeno valor não poderia preterir a ordem cronológica de apresentação dos precatórios. Responda de forma fundamentada se a alegação do Município está correta. Aula 1 me Constituem elementos da atividade financeira do Estado: a) originária e derivada; b) receita e ingresso público; c) receita, despesa e orçamento; d) receita pública, despesa pública, orçamento público e crédito público. Aula 2 O Prefeito do Município X constatando que a despesa com pessoal chegou a 60% da receita corrente líquida solicita Parecer a Porcuradoria Geral do Município indagando se tal percentual é legal ou se viola a lei de responsabilidade fiscal. O Prefeito pede que a Procuradoria invoque todos os fundamentos contidos na Constituição e na LC 101/00 que autorizem ou vedem tal procedimento. Na qualidade de Procurador desse Município emita o Parecer. Aula 2 me Julgueos seguintes itens relativos à receita pública e marque a opção correta. a) Todo tributo advém da Receita Originária. b) Ingresso e receita constituem sinônimos. c) Os tributos constituem receita derivada cobrada mediante atividade administrativa vinculada ou discricionária. d) Receita originária é aquela em que o Estado atua como particular e receita derivada é aquela em que o Estado atua através do seu poder de império. e) Receita derivada é aquela em que o Estado atua como particular e receita originária é aquela em que o Estado atua através do seu poder de império. Aula 3 O projeto de lei orçamentária do Estado X estabeleceu a vinculação de 10% da receita proveniente de impostos estaduais para realização de atividades da administração tributária. Emita Parecer jurídico no sentido da viabilidade de tal previsão no projeto de lei orçamentária. Aula 3 me Quanto aos princípios orçamentários, julgue as seguintes afirmativas: I - O princípio da não-afetação da receita à despesa é aplicável apenas aos impostos, sem qualquer exceção quanto a outras espécies tributárias. II - O princípio da exclusividade determina, sem ressalvas, que a lei orçamentária limite-se à disciplina da previsão de receitas e da fixação de despesas. III - O princípio da anualidade tributária não se confunde com o princípio da anualidade orçamentária, embora ambos não mais sejam vigentes no ordenamento jurídico brasileiro. IV - O princípio da unidade orçamentária, que determina que a lei orçamentária anual deve ser única, colide com a previsão constitucional do art. 165, de existência do plano plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias. 2017 – A1 Identifique qual das opções abaixo traz situação que será objeto de aplicação das regras do Direito Financeiro: a) realização de despesa pela Ordem dos Advogados do Brasil b) processo de seleção de juízes para a carreira da magistratura estadual c) projeção de receitas da Companhia Estadual de Água e Esgoto do Estado do Rio de Janeiro d) previsão de gastos com pessoal da Universidade Federal do Rio Grande do Norte 2017 – A2 Caso Em meio a uma crise política e econômica em 2015, o Governo Federal apresentou ao Congresso Nacional um projeto de lei orçamentária com um déficit de 30,5 bilhões de reais. À época, questionamentos políticos e econômicos foram levantados e o cerne da questão gira em torno de um dos princípios orçamentários mais relevantes, que congrega todos os elementos da atividade financeira do estado. Indaga-se: 1) A questão que se levantou é se estaria o poder executivo autorizado a propor um projeto de lei com este desequilíbrio? Identifique o princípio orçamentário referente e como os elementos do Direito Financeiro se relacionam no caso. 2) Como ficaria com base na legislação atual? 2017 – A2 Julgue os seguintes itens relativos à receita pública e marque a opção correta. a) Todo tributo advém da Receita Originária. b) Ingresso e receita constituem sinônimos. c) Os tributos constituem receita derivada cobrada mediante atividade administrativa vinculada ou discricionária. d) Receita originária é aquela em que o Estado atua como particular e receita derivada é aquela em que o Estado atua através do seu poder de império. e) Receita derivada é aquela em que o Estado atua como particular e receita originária é aquela em que o Estado atua através do seu poder de império. 2017 – A3 Caso O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, no ano de 2014, aplicou multas no valor total de R$278.000,00 a 69 prefeituras por descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Estas prefeituras deixaram de encaminhar no prazo legal àquele Tribunal o Relatório de Gestão Fiscal, o Relatório Resumido de Gestão Orçamentária e o Comparativo das Metas Bimestrais de arrecadação. Neste sentido, considerando a natureza do Tribunal de Contas e as regras da Lei de Responsabilidade fiscal, responda: 1) A aplicação de multas do Tribunal de Contas é ato regular? 2) Estas multas podem ser questionadas perante o Poder Judiciário, ou já se encontram alcançadas pela coisa julgada? 3) Independente da solução aplicada pelo Tribunal de Contas, qual é o princípio contido na Lei de Responsabilidade Fiscal relacionado com os relatórios exigidos? 2017 – A3 O Tribunal de Contas ( ) a. auxilia o Legislativo na fiscalização da aplicação de subvenções e na apreciação de renúncia de receitas. ( ) b. é subordinado ao Poder Legislativo, ao qual auxilia no exercício do Controle Externo. ( ) c. integra o Poder Legislativo, por força de disposição constitucional. ( ) d. não integra nenhum dos Poderes, condição assegurada por cláusula pétrea constitucional. ( ) e. tem a titularidade do exercício do controle externo e suas decisões de que resultem multa ou imputação de débito tem a natureza de título executivo.
Compartilhar