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* * * Lei de Drogas (Lei nº. 11.343/2006) * * * Principais características I – LD usa a expressão drogas Lei nº. 6.368/1976 – expressão entorpecente II – Norma Penal em Branco (NPB) Definição de Drogas - Portaria nº. 344/98 SVS/MS Substância capaz de causar dependência * * * Art. 28 da LD - Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas I - advertência sobre os efeitos das drogas; II - prestação de serviços à comunidade; III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo * * * Objetividade jurídica Tutela da saúde pública Vida e saúde de cada cidadão * * * Sujeitos do art. 28 da LD Ativo Qualquer pessoa - crime comum Passivo Estado Coletividade – crime vago * * * Condutas (VNT) Crime de ação múltipla Tipo misto alternativo Obs.: pratica de mais de um VNT não configura concurso de crimes * * * * * * * * * Pergunta-se Pune-se o agente que é surpreendido logo após fumar um “cigarro” de maconha? * * * Pergunta-se Pune-se o agente que é surpreendido logo após fumar um “cigarro” de maconha? Não há punição Jamais se comprova a materialidade delitiva * * * Pergunta-se Pune-se o agente que é surpreendido usando droga? * * * Pergunta-se Pune-se o agente que é surpreendido usando drogas? Divergência doutrinária / jurisprudencial Há punição – para fumar o agente necessita trazer consigo Não há punição – ausência de materialidade delitiva LD não pune a conduta de usar drogas * * * Consumo pessoal Art. 28, §2º, da LD - Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à (i) natureza e (ii) à quantidade da substância apreendida, ao (iii) local e às (iv) condições em que se desenvolveu a ação, (v) às circunstâncias sociais e (vi) pessoais, bem como à (vii) conduta e aos (viii) antecedentes do agente * * * Cuidado Trazer consigo pequena quantidade de drogas não implica, por si só, posse para o consumo pessoal P.ex.: traficante – pequena quantidade de drogas – venda da maior parte da droga * * * Cuidado Trazer consigo grande quantidade de drogas não implica, por si só, tráfico de drogas P.ex.: usuário – receio de frequentar locais de risco para adquirir droga – aquisição de grande quantidade * * * Cuidado Quantidade ínfima de drogas STF – não aplicação do princípio da insignificância * * * “(...) sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar (...)” Norma penal em branco Portaria nº. 344/98 SVS/MS Poder Executivo da União * * * Elemento subjetivo * * * Consumação Prática de qualquer dos VNT Crimes permanentes Momento consumativo se prolonga no tempo Guardar e Ter em depósito * * * Tentativa Regra: não admite Exceção Adquirir (divergência) P.ex.: Tentar adquirir – surpreendido pela PM * * * Consequências do art. 28 da LD I - advertência sobre os efeitos das drogas II - prestação de serviços à comunidade III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo * * * Atenção Pena ou medida educativa LD utiliza as duas expressões no art. 28 P.ex.: Caput: “ (..) será submetido às seguintes penas (..)” §6º: “(..) Para garantia do cumprimento das medidas educativas (..)” * * * Art. 27 da LD - As penas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como substituídas a qualquer tempo, ouvidos o Ministério Público e o defensor * * * I - advertência sobre os efeitos das drogas Juiz deverá aplicá-la: Audiência preliminar Audiência específica para este fim Lavrado termo e subscrito pelos presentes * * * II - prestação de serviços à comunidade Seguirá o disposto no Código Penal Art. 46, §1º, CP - A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas consiste na atribuição de tarefas gratuitas ao condenado Art. 46, §3º, CP - As tarefas (...) serão atribuídas conforme as aptidões do condenado * * * Art. 28, §5º, LD - A prestação de serviços à comunidade será cumprida em programas comunitários, entidades educacionais ou assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres, públicos ou privados sem fins lucrativos, que se ocupem, preferencialmente, da prevenção do consumo ou da recuperação de usuários e dependentes de drogas * * * Prazo da PSC Máximo de 5 meses (art. 28, §3º, LD) Reincidência (art. 63 do CP) Máximo de 10 meses (art. 28, §4º, LD) * * * III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo Prazo da medida Máximo de 5 meses (art. 28, §3º, LD) Reincidência (art. 63 do CP) Máximo de 10 meses (art. 28, §4º, LD) * * * Art. 28, §6º, da LD - Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III, a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a: I - admoestação verbal II – multa * * * I - admoestação verbal Censura verbal feita pelo juiz Objetivo: fazer com que o agente cumpra a medida que lhe foi imposta Audiência designada para esse fim Lavrado termo e subscrito pelos presentes * * * II – multa (art. 29 da LD) Sanção pecuniária – Fundo Nacional Antidrogas * * * Art. 28, §1º, da LD - Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica * * * Consequências do art. 28, §1º, da LD I - advertência sobre os efeitos das drogas II - prestação de serviços à comunidade III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo * * * Competência (art. 48 LD) Juizado Especial Criminal Lei nº. 9.099/95 * * * Art. 28 LD e Prisão em flagrante (art. 48, §2º, LD) Vedada a prisão em flagrante delito Agente será encaminhado Juízo competente Autoridade policial para lavratura do T.C. Compromisso de comparecer ao juízo competente * * * Título IV da LD Da Repressão à Produção não autorizada e ao Tráfico ilícito de Drogas * * * Art. 31 da LD - É indispensável a licença prévia da autoridade competente para produzir, extrair, fabricar, transformar, preparar, possuir, manter em depósito, importar, exportar, reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, vender, comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, drogas ou matéria-prima destinada à sua preparação, observadas as demais exigências legais * * * Cuidado Pessoa desvia a autorização P.ex.: autorização para plantar, mas não para vender Equivale a ausência de autorização * * * Plantações ilícitas de Drogas (art. 32 da LD) Destruição imediata Feita pela autoridade de polícia judiciária Obs.: Recolher quantidade suficiente para exame pericial e contraprova Lavrado auto de levantamento das condições e delimitação do local * * * Destruição da droga (art. 50-A da LD) (*) Máximo de 30 dias Destruição por incineração Obs.: Recolher quantidade suficiente para exame pericial e contraprova * * * Atenção (*) Incineração será precedida de Autorização do Juiz Prévia oitiva do Ministério Público * * * Incineração será acompanhada Pelo Ministério Público Autoridade Sanitária competente Medida após a incineração Lavratura do auto circunstanciado Realização de perícia no local * * * Art. 32, §4º, LD - As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão expropriadas (...) Expropriada é uma sanção de desapropriação Poderá ser decreta Pelo juiz da condenação MP ajuizando processo civil * * * Art. 243 da CF - As glebas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas serão imediatamente expropriadas e especificamente destinadas ao assentamento de colonos, para o cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei * * * Capítulo II Dos Crimes de Tráfico Ilícito de Drogas * * * Art. 33 LD - Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa 18 V.N.T. * * * Sujeito ativo Qualquer pessoa (crime comum) Obs.: V.N.T. “prescrever” (majoritária) Crime próprio Médico ou dentista tem condições de receitar * * * Sujeito passivo Sociedade Saúde Pública Saúde individual * * * Condutas (V.N.T.) Delito plurinuclear (ou crime de ação múltipla) 18 condutas - Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente * * * “(...) sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar (...)” Norma penal em branco Portaria nº. 344/98 SVS/MS Poder Executivo da União * * * Consumação (divergência) Condutas instantâneos – Adquirir, fornecer, vender, etc. Admitem tentativa Condutas permanentes – ter em depósito, guardar, trazer consigo e expor à venda Não admitem tentativa * * * Elemento subjetivo Dolo Finalidade de tráfico * * * Pergunta-se Qual crime prática o agente que vende drogas para criança e adolescente? Responsabilidade penal perante o art. 33 LD ou art. 243 ECA? * * * Art. 243 ECA – Vender, fornecer ainda que gratuitamente, ministrar ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente, sem justa causa, produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica, ainda que por utilização indevida Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave * * * * * * Pergunta-se Pessoa se encontra em situação de miserabilidade e vende drogas para sobreviver, pode alegar estado de necessidade? * * * Pergunta-se Pessoa se encontra em situação de miserabilidade e vende drogas para sobreviver, pode alegar estado de necessidade? Não justifica apelo a recurso ilícito Moralmente reprovável e socialmente perigoso * * * Circunstâncias indicativas do tráfico de drogas (art. 52, I, LD) Quantidade e natureza da substância Local e condição em que se desenvolveu a ação criminosa Circunstância da prisão Conduta, qualificação e os antecedentes do agente * * * Tráfico privilegiado Art. 33, §3º, LD - Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28 * * * Requisitos (art. 33, §3º, LD) Oferecer a droga eventualmente Sem objetivo de lucro direto ou indireto A pessoa de seu relacionamento Para juntos consumirem * * * Conduta (V.N.T.) Oferecer Crime formal Consuma-se independente de resultado naturalístico Aceitação e consumo conjunto da droga * * * Tráfico equiparado Art. 33, §1º, LD - Nas mesmas penas incorre quem: Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa * * * Art. 33, §1º, LD - Nas mesmas penas incorre quem (I) importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas * * * Obs.: Necessidade de perícia * * * “(...) matéria-prima é a substância de que podem ser extraídos ou produzidos os entorpecentes ou drogas que causam dependência física ou psíquica. Não há necessidade de que as matérias-primas tenham já de per si os efeitos farmacológicos dos tóxicos a serem produzidos, basta que tenham as condições e qualidades químicas necessárias para, mediante transformação, adição, etc., resultem em entorpecentes ou drogas análogos (...) (Vicente Grego Filho) * * * Elemento subjetivo Dolo Consumação Admite tentativa (doutrina) * * * Art. 33, §1º, LD - Nas mesmas penas incorre quem (II) semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas * * * Obs.: Relação de especialidade * * * Atenção * * * Elemento subjetivo Dolo Ciência de que a planta constitui matéria-prima para a preparação de drogas * * * Consumação Com a prática de qualquer das condutas “Cultivar” – Crime permanente Admite tentativa (doutrina) * * * Art. 33, §1º, LD - Nas mesmas penas incorre quem (III) utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas * * * P.ex.: Se o proprietário do imóvel consente, mesmo que gratuitamente, em emprestá-lo para guardar droga que vai abastecer a região Proprietário – art. 33, §1º, III, LD Quem pediu emprestado – art. 33, caput, LD * * * Consumação “Utilizar” - Efetivo proveito do local Admite tentativa “Consentir” - Basta a mera permissão Admite tentativa apenas na modalidade escrita * * * Atenção Conduta do agente visa facilitar o uso de terceiros Não caracteriza art. 33, §1º, III, LD Mas sim art. 33, §2º, LD * * * Art. 33, §2º, LD - Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa * * * Sujeito ativo Crime comum Sujeito passivo Primário – Estado Secundário – induzido, instigado ou auxiliar ao uso * * * Condutas (V.N.T.) P.ex.: leva a pessoa para adquirir a droga, apresentar um traficante, emprestar dinheiro * * * Consumação Crime formal (majoritária na doutrina) Efetivo uso da droga é dispensável Não admite tentativa * * * Cuidado * * * Dos crimes contra a Paz Pública Apologia de crime ou criminoso Art. 287 do CP - Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime: Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa * * * Tráfico privilegiado Art. 33, §4º, LD - Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços (...) desde que o agente seja (i) primário, de (ii) bons antecedentes, (iii) não se dedique às atividades criminosas nem (iv) integre organização criminosa. * * * Art. 34 LD - Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 1.200 (mil e duzentos) a 2.000 (dois mil) dias-multa. * * * Art. 35 LD - Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzentos) dias-multa. * * * * * * Consumação Com a formação da associação criminosa Independe da prática de qualquer dos crimes previstos no caput Não admite (majoritária na doutrina) * * * Art. 35, § único, LD - Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para a prática reiterada do crime definido no art. 36 desta Lei. * * * Art. 36 LD - Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000 (quatro mil) dias-multa * * * Classificação do crime 1ª Corrente (majoritária – Nucci) Não é crime habitual Consuma-se com a prática de qualquer ato indicativo do sustento Admite tentativa * * * 2ª Corrente (minoritária) Crime habitual “(...) prática reiterada de crimes (...)” Não admite tentativa * * * Art. 37 LD - Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) dias-multa. * * * Sujeito ativo Qualquer pessoa (crime comum) Se for funcionário público Incide causa de aumento de pena (art. 40, II, LD) * * * Cuidado Conduta do informante deve ser eventual Se a conduta for permanente e estável o informante Incidirá no art. 35 LD * * * Consumação Qualquer ato indicativo de efetiva colaboração Admite tentativa na modalidade escrita P.ex.: Carta interceptada * * * Art. 38 LD - Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e pagamento de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) dias-multa. * * * Sujeito ativo Médicos, dentistas, farmacêuticos é profissionais da enfermagem Sujeito passivo Coletividade Pessoa que recebe a droga * * * Consumação Modalidade prescrever Com a entrega da receita ao paciente Modalidade ministrar Momento da aplicação da droga Obs.: Crime culposo – não admite tentativa * * * Art. 39 LD - Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem Sujeito ativo – crime comum Sujeito passivo – coletividade * * * Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da apreensão do veículo, cassação da habilitação respectiva ou proibição de obtê-la, pelo mesmo prazo da pena privativa de liberdade aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a 400 (quatrocentos) dias-multa Art. 39, § único, LD - As penas de prisão e multa, aplicadas cumulativamente com as demais, serão de 4 (quatro) a 6 (seis) anos e de 400 (quatrocentos) a 600 (seiscentos) dias-multa, se o veículo referido no caput deste artigo for de transporte coletivo de passageiros * * * “(...) expondo a dano potencial a incolumidade de outrem (...)” Crime de perigo concreto difuso * * * Consumação Com a condução anormal Rebaixando o nível de segurança Não admite tentativa (majoritária) * * * Art. 40 da LD - As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se Não incidência Art. 38 LD – culposa Art. 39 LD – embarcação / aeronave * * * I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade do delito Competência: Justiça Federal * * * * * * II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão de educação, poder familiar, guarda ou vigilância * * * III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos * * * IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva P.ex.: Toque de recolher nos morros * * * V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal Tráfico Interestadual Competência da Justiça Estadual * * * VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação * * * Delação Premiada Art. 41 LD - O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal na (i) identificação dos demais coautores ou partícipes do crime e na (ii) recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um terço a dois terços * * * Fixação da multa no art. 43 LD Aplicação – arts. 33 a 39 da LD Juiz deve observar a condição econômica de cada um dos acusados * * * Concurso de crimes Penas de multa serão cumulativas Juiz entender que a PM é ineficaz Aplicá-la até o décuplo * * * Art. 44 LD - Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos. * * * Liberdade provisória Crimes hediondos e os equiparados passaram a suportar liberdade provisória sem fiança Art. 2º da LCH Posição não é pacífica nos tribunais * * * “(...) vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos (...)” HC nº. 97256/RS – STF Declarou a inconstitucionalidade da vedação Alterar art. 33, §4º, e 44 da LD * * * Art. 45 da LD - É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. * * * Conceito de imputabilidade Possibilidade de se atribuir a alguém a responsabilidade pela prática de uma infração penal LD define a inimputabilidade * * * LD adotou a teoria biopsicológica Leva em conta: Capacidade de entendimento Autodeterminação * * * Autodeterminação É o conjunto de condições pessoais que confere ao sujeito ativo a capacidade de discernimento e compreensão para entender seus atos e determinar-se conforme esse entendimento * * * Art. 56, §2º, LD - A audiência a que se refere o caput deste artigo será realizada dentro dos 30 (trinta) dias seguintes ao recebimento da denúncia, salvo se determinada a realização de avaliação para atestar dependência de drogas, quando se realizará em 90 (noventa) dias Alegação da dependência toxicológica em defesa preliminar (art. 55 da LD) Incidente de insanidade (art. 149 e ss do CPP) * * * Art. 45, § único, LD - Quando absolver o agente, reconhecendo, por força pericial, que este apresentava, à época do fato previsto neste artigo, as condições referidas no caput deste artigo, poderá determinar o juiz, na sentença, o seu encaminhamento para tratamento médico adequado Absolvição imprópria – Medida de segurança (art. 96 CP) * * * Duas espécies de M.S. (art. 96 e 97 do CP) I – Internação em hospital de custódia (ou detentiva) Crime apenado com reclusão II – Tratamento ambulatorial (ou restritiva) Crime apenado com detenção * * * Prazo da M.S. Mínimo de 1 a 3 anos Ausência de prazo máximo STF (HC 107.432/RS – j. 24.05.11) Inconstitucional Prazo máximo de 30 anos (art. 75 do CP) * * * Hipóteses da perícia médica Permanência da periculosidade Exame será repetido de ano em ano Cessão da periculosidade Juiz determinará a desinternação ou liberação provisória (art. 97, §3º, do CP) * * * Semi-imputabilidade Art. 46 LD - As penas podem ser reduzidas de um terço a dois terços se, por força das circunstâncias previstas no art. 45 desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento * * * Reconhecido a semi-imputabilidade o juiz deverá Reduzir a pena imposta Tratamento médico Obs.: Aplicação cumulativa Exceção ao sistema vicariante do art. 98 do CP * * * Procedimento Penal na LD * * * Duas procedimentos na LD Posse para consumo pessoal Tráfico de drogar * * * Procedimentos na posse para consumo pessoal * * * I – Definição da tipificação da conduta Feita pela autoridade Critérios – art. 28, §2º, LD * * * II – Lavratura do Termo Circunstanciado * * * III – Encaminhamento ao autor dos fatos Ao JECRIM Lavratura do TC com compromisso de comparecimento ao juízo competente * * * IV – Requisição dos exames e perícias necessárias Exame de constatação da substância Perícias eventuais Petrechos apreendidos Exame de corpo de delito * * * V – JECRIM Presença do autor e do defensor Ministério Público oferece proposta de transação penal Advertência Prestação de serviços à comunidade Comparecimento a programas ou cursos educativos * * * VI – Aceita a proposta Aceitação pelo Autor do fato Seu defensor Homologação do juiz Imposição da pena imposta * * * Não aceitação da proposta M.P. oferece denúncia oral Observar o rito do art. 77 e ss da Lei nº. 9.099/95 * * * Procedimentos no tráfico de drogas * * * Seção I Da Investigação (art. 50 ao 53 da LD) * * * I – Prisão em flagrante Condução do agente à Delegacia de polícia Lavratura do auto de prisão em flagrante * * * II – Comunicação da prisão ao juiz competente Período: 24 horas Juiz dará vista dos autos ao MP Análise da legalidade do ato * * * III – Elaboração de laudo de constatação Objetivo: materialidade delitiva Verificação Natureza Quantidade da droga * * * Laudo será firmado Perito oficial Na falta deste, por pessoa idônea Obs.: Perito subscritor não ficará impedido de participar da elaboração do laudo definitivo (ou laudo de exame químico toxicológico) * * * IV – Conclusão do IP Prazo Réu preso – 30 dias Réu solto – 90 dias Obs.: Prazos podem ser duplicados pelo juiz Ouvido o MP Mediante justificativa da autoridade policial * * * V – Remessa dos autos de I.P. ao juízo Autoridade policial fará I – Relatório sumário II – Requer a devolução dos autos para realização de diligências necessárias * * * Art. 52, I, LD - relatará sumariamente as circunstâncias do fato, justificando as razões que a levaram à classificação do delito, indicando a quantidade e natureza da substância ou do produto apreendido, o local e as condições em que se desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta, a qualificação e os antecedentes do agente * * * Autos serão encaminhados ao juízo sem prejuízo da realização de diligências complementares Serão encaminhadas ao juízo até 3 dias da audiência de instrução e julgamento * * * LD prevê (art. 53) I - Infiltração policial II - Entrega vigiada * * * Art. 53 LD - Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes previstos nesta Lei, são permitidos, além dos previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvido o Ministério Público, os seguintes procedimentos investigatórios * * * Infiltração policial Art. 10 da Lei nº. 12.850/2013 - A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, representada pelo delegado de polícia ou requerida pelo Ministério Público, após manifestação técnica do delegado de polícia quando solicitada no curso de inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização judicial, que estabelecerá seus limites * * * Art. 11 da Lei nº. 12.850/2013 - O requerimento do Ministério Público ou a representação do delegado de polícia para a infiltração de agentes conterão a demonstração da necessidade da medida, o alcance das tarefas dos agentes e, quando possível, os nomes ou apelidos das pessoas investigadas e o local da infiltração * * * Art. 13 da Lei nº. 12.850/2013 - O agente que não guardar, em sua atuação, a devida proporcionalidade com a finalidade da investigação, responderá pelos excessos praticados * * * Art. 13, § único, da Lei nº. 12.850/2013 - Não é punível, no âmbito da infiltração, a prática de crime pelo agente infiltrado no curso da investigação, quando inexigível conduta diversa Angariar a confiança dos integrantes da organização criminosa * * * Entrega vigiada “(...) retardamento da intervenção policial, apesar de o fato criminoso já se encontrar numa situação de flagrância (...)” (Andreucci) * * * Art. 53, II, LD - a não-atuação policial sobre os portadores de drogas, seus precursores químicos ou outros produtos utilizados em sua produção, que se encontrem no território brasileiro, com a finalidade de identificar e responsabilizar maior número de integrantes de operações de tráfico e distribuição, sem prejuízo da ação penal cabível * * * professor.irineu.ruiz@gmail.com Nome / UMC / Tópicos Penais Irineu Ruiz
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