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TCC Desenvolvimento - NOTA 100

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JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
SANTANA, Caroline[1: Aluna do Centro Universitário Internacional UNINTER. Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso. 6ª - 2017.²Professor Orientador no Centro Universitário Internacional UNINTER.]
RU: 1188771	[2: ]
BARBOSA, Sidney[3: ]
RESUMO
O presente trabalho teve a finalidade de resgatar o lúdico e mostrar seu valor na Educação Infantil. O mesmo esteve conectado no mundo infantil e por meio de tais atividades lúdicas, o aluno conseguiu mostrar vários sentimentos, adquiriu conhecimentos, assim, o lúdico é de enorme importância para a criança e seu desenvolvimento. As atividades lúdicas possuem um grande valor para o seu desempenho saudável e sua maior absorção de conhecimentos, facilitando o desenvolvimento da criatividade, expressividade e o raciocínio lógico. Tendo em vista os estudos realizados poderia se dizer que com o passar da história e ao atender as necessidades infantis, o jogo torna-se uma forma adequada para a aprendizagem, pois o professor pode dar forma lúdica aos conceitos e contribuir para a socialização do conhecimento de forma prazerosa. As iniciativas da criatividade são fundamentais para se trabalhar jogos e brincadeiras nos anos iniciais, com a brincadeira é tudo mais marcante e inesquecível, basta se preparar para fazer parte desse mundo tão sublime e encantador. Os dados coletados mostram o quanto à utilização dos jogos e brincadeiras como recursos pedagógicos são significativos para que as crianças desenvolvam-se como sujeitos ativos, participativos, criativos, autônomos e críticos, utilizou-se uma pesquisa relacionada ao tema: O Lúdico na Educação Infantil.
Palavras-chave: Brincadeiras. Jogos. Educação Infantil. Lúdico.
1INTRODUÇÃO
As brincadeiras estão presentes no mundo desde o início da humanidade. Foram mudando, se aperfeiçoando e se adequando ao processo de desenvolvimento educativo com o passar do tempo, sem perder sua essência lúdica. A criança usa desta ferramenta chamada brincadeira, para se encontrar, se desvendar e se adaptar ao mundo a sua volta. A brincadeira é um instrumento de trabalho importantíssimo para a interação da criança como um todo.
Os benefícios da educação através da ludicidade são inúmeros, podemos citar: a melhoria da capacidade cognitiva da criança, o aperfeiçoamento da sua capacidade psicomotora, desenvolvimento maior para relacionar-se com os seus e com novos grupos. A infância é a fase em que as crianças mais brincam. É através das brincadeiras que elas se realizam, expressando seus sentimentos e desejos. A ludicidade é uma das formas mais eficientes para envolver as crianças nas atividades escolares, porque a brincadeira é indispensável à própria criança. O lúdico na educação infantil deve dar ao professor a oportunidade de compreender os significados e a importância das brincadeiras para a educação. É preciso instigar o educador a inserir o lúdico na sua forma de educar, fazendo com que este tenha consciência das vantagens de se educar brincando.
Os jogos e brinquedos já existentes ou a confecção de jogos e brinquedos feita pelas crianças com o auxílio do professor estimulam e desenvolvem conceitos e opiniões essenciais para a formação dos alunos da educação infantil. Tudo isso é manifestado e evidenciado também através do espaço reservado para estas atividades. É importante que o espaço comtemple os brinquedos e brincadeiras associadas ao ensino. Espaços onde a criança pode explorar este momento com os colegas da mesma faixa etária para que aprenda a viver em sociedade e a relevância da cooperação.
O lúdico sempre marcou a evolução do ser humano e é importante que osadultos tenham consciência da importância dos jogos e brincadeiras na formação da criança e inclusive, favoreçam tal desenvolvimento.É preciso estimular a criatividade e individualidade de cada criança, para que ela possa, sob sua visão, mesclar o entendimento de vida em sociedade e desenvolvimento cognitivo. Isso proporciona a ela a compreensão de várias opiniões, nem sempre iguais as dela, a resolução de conflitos sobre as situações colocadas e a facilidade e o desembaraço para conviver com regras que lhe serão atribuídas desde a infância até a fase adulta. Esta exploração do mundo feita através das atividades lúdicas no cotidiano escolar da criança torna o conhecimento mais prazeroso, inclusive evidenciando várias habilidades intelectivas e afetivas do educando.
O objetivo deste trabalho é abordar a importância do lúdico na Educação Infantil, faz-se necessário que a escola forneça condições próprias para o desenvolvimento dessa faixa etária, lhe oferecendo ambientes propícios, e educadores capacitados para trabalhar com a ludicidade.
O presente trabalho aborda conceitos de Vygotsky e outros, objetivando compreender o lúdico e sua influência no processo de ensino-aprendizagem na educação infantil.
2 JOGOS INFANTIS E SUA IMPORTÂNCIA
Com diversas maneiras de mostrar a definição deeducação infantil, durante essa época a relação ensino/escola constitui-se basicamente nas atividades lúdicas, onde as crianças aumentam suas capacidades cognitiva e motora, para então dar início à alfabetização. A palavra jogo possui muitas características, destacamos a brincadeira, diversão e a competição, são partes de importância no que destaca à educação infantil.
A criança brinca porque brincar é uma necessidade básica, assim como a nutrição, a saúde, a habitação e a educação são vitais para o desenvolvimento do potencial infantil. Para manter o equilíbrio com o mundo, a criança necessita brincar, jogar, criar e inventar. Estas atividades lúdicas tornam-se mais significativas à medida que se desenvolve, inventando, reinventando e construindo.
A capacidade de brincar possibilita às crianças um espaço para resolução de problemas que as rodeiam. O brincar é fazer em si, um fazer que requer tempo e espaço próprio, um fazer que se constitui de experiências culturais, que são universais, e próprio da saúde porque facilita o crescimento, conduz aos relacionamentos grupais, podendo ser uma forma de comunicação consigo mesmo e com outros.
Brincando, ela aumenta sua independência, estimula sua sensibilidade visual e auditiva, valoriza sua cultura popular, desenvolve habilidades motoras, exercita sua imaginação, sua criatividade, socializa-se, interage, reequilibra-se, recicla suas emoções, sua necessidade de conhecer e reinventar e, assim, constrói conhecimentos.
Segundo Kishimoto (1997, p.13) “[...] tentar definir o jogo não é tarefa fácil”, sua compreensão é de diversas maneiras como, brincar de casinha, jogar bola, brincar de carrinho. Entretanto cada jogo tem seus detalhes, no exemplo de jogar bola há regras a ser cumprido o que torna diferente de brincar de casinha. De acordo com Friedmann, ele espera que jogo seja uma atividade dinâmica, em que pode se transformar de um contexto para outro: Daí sua riqueza. Essa maneira de transformação das brincadeiras não pode ser deixada de lado.(FRIEDMANN 1996).
Friedmann Em sua obra, destaca que não possuí um conceito completo relacionado ao jogo, como foi mencionado, há muitas formas e afirma-se que é muito difícil terminar esse assunto, certamente cada educador deve ter seu modo de conduta em cada momento. Destaca-se que ao utilizar um jogo como auxílio de aprendizagem é de suma importância mostrar as suas qualidades, tendo em sua inflexão no processo de aprendizagem.(FRIEDMANN 1996).
Conforme o autor Brougerè:
Há jogo a partir do momento em que a criança aprende a designar algo como jogo; ela não chega a isso sozinha. Ter consciência de jogar resulta de uma aprendizagem linguística advinda dos contextos da criança desde as primeiras semanas de sua existência (BROUGERÈ 1998, p.18).
A criança para o autor, adquire sua sabedoria de acordo com o tempo, ela na verdade não compreende o que é o jogo. É sempre importante que ela entenda o que é jogar. Todavia, livremente das regras e de seus detalhes a palavra jogo não deixa a sua denominação, quando proferidoa palavra sua menção aborda o jogo ao todo e não de seus detalhes.
Kishimoto (1997), traz uma seleção com inúmeros artigos e um aviso para os professores, para que consigam perceber o verdadeiro valor do lúdico no ensino infantil. O escritor alerta para que os educadores não olhem o jogo como uma oportunidade de dispersão, já que a educação infantil consegue oferecermuito mais que um mundo de imaginações e sonhos. É nesse instante que a criança consegue guardar o maior número de informações.
Para Araújo:
O jogo toma um aspecto muito significativo no momento em que ele se desvincula de ser meio para atingir a um fim qualquer. Revendo a história do jogo, certificamo-nos de que sua importância foi percebida em todos os tempos, principalmente quando se apresentava como fator essencial na construção da personalidade da criança. (ARAÚJO 1992, p.13).
O jogo só passa a ser importante quando se tem uma meta ou um propósito a ser atingido, por meio dessa ideia deixará de ser uma brincadeira e sim uma prática que ajudará na evolução intelectual da criança. O lúdico, no entanto, é o que auxilia nodesenvolvimento da criança e frequentemente é voltado para oensino infantil.
Segundo Friedmann, (1996, p.22) “É notória a quantidade e, sobretudo, a qualidade dos estudos realizados nessa área cultural e da personalidade: Os avanços para a compreensão contextual da atividade lúdica”. Para o autor, são muitos documentos referenciando-se ao lúdico e suas diversas qualidades, é gratificante no que se fazer referência a ao desenvolvimento dos mesmos.
Os jogos infantis foram esquecidos nas décadas de 1930 a 1950. Nessa época a atenção era para os adultos e seus jogos. De 1920 a 1960 o jogo era considerado um meio de identificar o desempenho das crianças e adultos.Entre 1960 a 1970 Roberts e Sutton Smith elaboraram uma análise dos jogos revelando que os mesmos se apresentam de maneiras distintas.
Na década de 1950 a 1970 destacou-se a importância da comunicação no jogo. No início da década de 1950, Piaget, efetuou estudos sobre o jogo tendo em vista a sua importância mostrando a relação entre percepção e aprendizagem. Já em 1970 foram discutidos vários estudos salientando os jogos para conseguirexplicar o desempenhoda criança.Essa observação comportamental era alcançada por meio do jogo, uma vez que ela se submetia às regras das práticas lúdicas.
No transcorrer dos anos o jogo educacional tem sido aprovado no ensino infantil, já que é a partir desse cenário que o jogo direcionado para a educação infantil passa por transformações tornando-se cada vez mais frequente na escola.No entanto os jogos eram vistos como algo essencial no desenvolvimento do aluno.
Os meios de aprender adentram de várias formas e de diversas linhas pedagógicas, fato que possibilitou a escola ampliar as possibilidades de ensino. A maioria dos jogos tradicionais são resultados de romances, contos, ritos religiosos esquecidos pelos adultos. Na sociedade os antigos jogos e as brincadeiras tradicionais estão sumindo em consequência da grande presença dos eletrônicos.
Há numerosos estudos que mostram o valor dos jogos, como já foi destacado, a criança tem um melhor desempenho com seu próprio conhecimento por meio do jogo Os jogos eram efetuados nas ruas, eram oferecidos como o futebol, bolinha de gude, queimada entre outros. Na atualidade, as ruas são vazias e a criança trancada em suas casas brincando online, nessa lógica está à perda da socialização no ambiente em que vive.
Essa maneira de ensinar oferece várias áreas na qual se refere à compreensão humana, são divididas em quatro partes: primeiro antropológico estuda os significados e seus contextos; segundo é o sociológico, é nesse espaço que o jogo traz coerência ao tema desta pesquisa assim sendo que se estudam as importâncias da sua utilização, tecnológico é o terceiro; a tecnologia empregada nos jogos, o quarto é o comercial, onde os jogos são comercializados.
2.1 A TEORIA DE ALGUNS PESQUISADORES
Ao abordar as teorias de pesquisadores que estudaram os estágios da criança na educação infantil e a dimensão do seu desenvolvimento, pois é por intermédio de brincadeiras e jogos que a criança apresenta uma aprendizagem expressiva. 
Com jogos, brincadeiras ou brinquedos, vai facilitar uma relação entre os objetos e a pessoa, e ao familiarizar-se vai construindo seu próprio conhecimento, nos aspectos familiares, social e cultural, facilitando seu desenvolvimento.
Wallon se dedicou-se a realização de pesquisas para compreender a infância, expôs que a criança possuí uma estrutura física e muitos sentimentos em sala de aula e que ela não é apenas cabeça.
Para brincar há uma combinação sobre as regras ou uma criação de regras que são executadas à medida que se prospera a brincadeira; e sendo desconsiderada, quando não é bem aceita pelos integrantes. Wallon destaca que:
O adulto batizou de brincadeira todos os comportamentos de descoberta da criança. Os adultos brincam com as crianças e é ele inicialmente o brinquedo, os expectados ativo depois o real parceiro. Ela aprende, a compreender, dominar e depois produzir uma situação especifica distinta de outras situações (WALLON 1989, p.98).
Toda a conquista da criança se dá pelo meio do desenvolvimento, mediante seu desempenho, superando a fase do expectador para se tornar um bom adulto. Para Vygotsky (1978) e Wallon (1975), o progresso se dá por meio dodesenvolvimento da criança, onde é projetado pelo espaço físico e social essa sabedoria é assimilado como um processo descontinua, sem limites claros.
Wallon (1975, p.131) julga por pessoa o “Ser total, físico-psíquico e tal como ele se manifesta pelo conjunto do seu comportamento”. Ela irá se moldar ao longo do desenvolvimento, sofrendo evidentes transformações em seu crescimento.
Toda criança tem estabelecido um tempo para se desenvolver, resultado do espaço e da idade em que ela esteja, algumas alcançam a mudança muito antes e outros no definido tempo. Dessa maneira destaca que a criança não tem a mesma facilidade para entender uma atividade como um adulto. Quanto mais nova a criança for será mais difícil sua percepção do seu eu.
Friedmannse expressa a respeito dos jogos tradicionais populares que não são intactos, mas podem ser alterados pelo homem, por meio da sua imaginação buscando inovar sem perder sua estrutura. Essa maneira de transformação se tem através das modificações do indivíduo que está associado com o ambiente.
	Autor de vários livros referente ao universo da criança e do brincar; para Friedman:
Quando se afirmar que este tem a ver com as tradições popular não se pode cair na ideia de que este seja “sobrevivência intocada” que somente foi criativo e dinâmico no lugar e no grupo onde originou: em qualquer cultura, tudo é movimento. O ser humano faz, refaz, inova, recupera retorno o antigo e a tradição inova novamente, incorporando o velho no novo e transforma um como poder do outro. (FRIEDMANN 1996, p.40).
Na verdade não se conhece a origem desses jogos, mas os jogos tradicionais têm a função de eternizar a cultura infantil é um tipo de jogo livre e espontâneo, onde a criança brinca pelo prazer de o fazer.
2.2 BRINCAR UM DIFERENCIAL PEDAGÓGICO
Em tempos atuais já há reconhecimento da importância dos jogos como uma ferramenta para auxiliar o desenvolvimento infantil com foco na construção do conhecimento, deste modo, o uso dos jogos como auxilio pedagógico nos mostra sua importância como instrumento de ensino-aprendizagem.
As atividades lúdicas possuem um papel diferenteno ensino infantil, pois quando os educadores apresentam de forma alegre e descontraída, porém procurando desenvolver, despertar o espírito crítico e investigador com base no sentimento de disciplina e seriedade cria-se um ambiente propício para aprendizagem de maneira espontânea e efetiva.
Por conseguinte, os jogos e brincadeiras tem que apresentar um desafio lídimo que provoque nos alunos interesse e prazer de fazer parte da atividade. Deste modo podemos observar que se fizer parte dacultura escolar e do dia a dia dos alunos, as mesmas podem ser inseridas nas estruturas curriculares do ensino, tangendo aos professores analisar e avaliar as potencialidades de cada atividade lúdica e seus benefícios no aprendizado.
As brincadeiras e jogos fazem parte da infância de qualquer criança, e se torna uma atividadecomum de sua rotina, sendo assim possível compreender que ao estar sempre sendo estimulada a brincar a criança agrega elementos da sua vivência, a tornando mais crítica e reflexiva e muitas vezes agregando conhecimento de maneira indireta ao grupo, mas vale salientar que estas atividades têm que ser prazerosas ao mesmo tempo além de atingir seu foco que é gerar conhecimento.
Outras qualidades que a criança adquire ao se envolver em jogos e brincadeiras pedagógicas integrar e incorporar regras socialmente pré-estabelecidas, se desenvolvendo perante a sociedade, e gerando o conhecimento que possui regras que necessitam ser seguidas e tipos de comportamentos mais adequado perante as outras pessoas, conforme afirma Kishimoto:
Brincando [...] as crianças aprendem [...], a cooperar com os companheiros [...], a obedecer às regras do jogo [...], a respeitar os direitos dos outros [...] a acatar a autoridade [...], a assumir responsabilidade, a aceitar penalidades, que lhe são impostas [...], a dar oportunidades aos demais [...], enfim, a viver em sociedade”. (KISHIMOTO 2003, p110)
As intuições de ensino devem estar preparadas para esta nova didática, professores e pedagogo com conhecimento especificam nesta área e preparação adequada para enfrentar as adversidades e desenvolver nos alunos um processo de aprendizagem,despertando a atenção e afeição dos alunos por atividades lúdicas.
O lúdico pode ser destacado como um elementoindispensável no processo de aprendizado, superando conteúdos prontos, que muitas vezes podem se tornar repetitivos e maçantes para as crianças, deixando a vida escolar sem alegria e sem fascínio, potencializando a expansão do aprendizado.
2.3 DESPERTANDO A CRIATIVIDADE COM BRINCADEIRAS
O faz-de-conta ou o jogo representativo essencialmente é instrumento para a criatividade necessária a compressão não normatizada do mundo. Abre passagem para a independência, os sentidos e a criatividade. Atua também sobre a inteligência da criança de fantasiar e desempenhar outras formas de expressividade.
Trata-se de disponibilizar os brinquedos as crianças que por seu aspecto, sentido e manipulação, criarão capacidade de aumentar a intelectualidade através do jogo. As brincadeiras estimulama estabilidade afetiva da criança e auxilia para o processo de adaptação de signos sociais. Cria conjuntura para uma modificação considerável da consciência infantil, por solicitar das crianças formas mais agregada de relacionamento com o mundo.
Os itens trabalhados na brincadeira, em particular são usados de modo metafórico, comportamento, expressão e verbal, que interferem no espaço da criança. Na realidade, só o fato de sobrepor o material a disposição possibilita que ela amplie sua atividade real, toda aprendizagem acontece através de uma ação.
Segundo Marzollo e Lloyd: “A criatividade é basicamente uma atitude, que ocorrem facilmente entre as crianças pequenas, mas que precisa ser mantida e reforçada para não ser sacrificada no nosso mundo excessivamente lógico.” (MARZOLLO E LLOYD 1972, p.162).
Diante disso, a criança brincando vai classificando suas relações emocionais; isso dá possibilidade para desenvolver relações sociais, descobrindo-se e aceitando a presença dos outros.
A criatividade está localizada no domínio cognitivo, e possuí referência com as emoções, pensamentos e ideias. Considera-se que é uma metodologia mais significativa do que qualquer outra essencial para a criança, como podemos verificar; elas criam e recriam ideias e figuras que lhes possibilita interpretar e a associar a si mesmo e as suas convicções sobre a realidade.
As práticas significativas das crianças vão desempenhar aquilo que as marcou em situações da vida real; a imaginação está consolidada no brincar e é parte do conjunto de todas as crianças.
Pode-se afirmar que o brincar leva espontaneamente a criatividade, todas as crianças precisam utilizar habilidades e recursos que favorecem momentos de serem criativos.
Com o intuito de ser criativo é necessário arriscar-se e ser diferente, necessita de tempo e criatividade, o que está acessível para a maior parte das crianças, requer disposição, sabedoria, percepção e predisposição para brincar.
2.4 LÚDICOS – O DESENVOLVIMENTO DA IMAGINAÇÃO
Durante uma atividade lúdica, podemos observar de qual forma se dá a atribuição de significados podem se transformar em percepção e comportamento infantil, essa percepção das coisas está relacionada ao desenvolvimento da imaginação.
No desenvolvimento de um jogo a motivação se separa da percepção de uma criança, permitindo a ela agir de modo diferente, nestas situações a criança vê pega e ouve um objeto de maneira distinta a realidade podendo fazer de conta que é outro objeto, como um exemplo um prato ou uma tampa de panela que em mãos de uma criança se torna um volante de carro ou caminhão. Isto é um simbolismo lúdico diretamente ligado ao desenvolvimento da capacidade de imaginação.
Desde os primeiros passos na escola e das primeiras brincadeiras com foco no aprendizado, os objetos do cotidiano perdem força, o que nos mostra que a simbolização do jogo passa a existir quando a criança adquire a linguagem e a partir desta etapa além dos objetos que auxiliam para o desenvolvimento da imaginação, passa a operar a capacidade das crianças inventarem novos jogos e novas brincadeiras, que em muitos casos, além da imaginação, a criança melhora seu desenvolvimento linguístico e raciocínio.
Como evidência,Kishimoto (1997) afirma que, para a criança muito pequena, os objetos ditam o que ele deve fazer. Nesta fase, as ações são determinadas pelo panorama das características dos objetos, controlando seu comportamento, totalmente adverso ao que ocorre em um exercício lúdico no qual a criança além de interagir desenvolve sua habilidade de imaginação, e seu comportamento se torna livre e espontâneo.
Neste prisma, conseguimos compreender a origem da consciência na primeira fase da infância, e conseguimos ressaltar a importância dos jogos no desenvolvimento infantil.
O lúdico acelerano desenvolvimento e nacompetência imaginária no qual é regida pelos significados que a criança tenciona a atribuir, para além da percepção imediata, desta maneira possibilita uma criança identificar um prato como um objeto que serve para se colocar alimento e além disso utilizá-lo com um volante de carro viabilizando a brincadeira.
Através da educação infantil com auxílios em jogos e brincadeiras a mesma estimula não apenas a parte da imaginação que está diretamente ligada ao raciocínio, mas outros campos como a cognição, aspectos emocionais e sociais.
Como afirma Friedmann: (1996, p.22) “O movimento é, sobretudo para a criança pequena, uma forma de expressão e mostra a relação existente entre a ação, pensamento e linguagem”.
Outro autor que salienta a importância da fase da imaginação o processo de desenvolvimento de todas as fases é Kishimoto:
Ao estimular a imaginação das crianças durante a brincadeira, os pais tomam-se mediadores do processo de construção do conhecimento, fazendo com que elas passem de um estágio de desenvolvimento para outro. Também ao brincar, as crianças podem se beneficiar com a sensação de maior segurança e liberdade (KISHIMOTO 1997, p.115).
Quando compreendermos no instante que a mesma joga ou brinca, ela está se desenvolvendo, expressando sua realidade e cultura, tornando-se mais crítica através dos questionamentos, das regras e papéis sociais, estimulando sua curiosidade, autoconfiança, autonomia, linguagem, concentração e imaginação entenderão o papel que esta atividade tem no desenvolvimento infantil.
Por isso é muito importante criar um ambiente de estimulação e imaginação, pois com ela seinicia a primeira fase do desenvolvimento infantil, o lúdico em siexerce um papel fundamental para esta fase da criança.
2.5 O LÚDICO NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
A linguagem, segundo Vygotsky (1984), tem importante papel no desenvolvimento cognitivo da criança à medida que sistematiza suas experiências e ainda colabora na organização dos processos em andamento. De acordo com Vygotsky (1984, p.97):
A brincadeira cria para as crianças uma "zona de desenvolvimento proximal" que não é outra coisa senão a distância entre o nível atual de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o nível atual de desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de um problema sob a orientação de um adulto ou com a colaboração de um companheiro mais capaz. (VYGOTSKY 1984, p.97)
O conceito de aprendizagem indica que educar sejapromover a criatividade e, necessita abandonar de todas as maneiras possíveis desseconceito de que aprender significa a mesma coisa que acumular conhecimentos sobre fatos, vários dados e amplas informações isoladas numa real sobrecarga da memória. De acordo com o Referencial Curricular da Educação Infantil (1998): 
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. (REFERENCIAL CURRICULAR DA EDUCAÇÃO INFANTIL 1998, p.23).
“Impõe o relevante papel a ação de brincar na construção do pensamento infantil. É brincando e jogando que a criança revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e de entrar em uma relação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos.” (VYGOTSKY 1984).
3 METODOLOGIA
Esta pesquisa utilizou análise de fontes bibliográficas, levantamentos de dados, onde foram coletados informações de autores de livros, revistas e textos eletrônicos, alguns acervos educacionais, especializados no assunto. 
Após a seleção desses materiais deu-se início ao desenvolvimento do trabalho. Através deste estudo, foram estruturadas informações valiosas para o desenvolvimento das crianças no ambiente escolar. O tema foi escolhido livremente, e opção por este assunto se deu devido a importância do brincar e um novo propósito para a sua ação na escola, a partir de todas as vivências na Educação Infantil. Está evidenciada nesta pesquisa a importância dos jogos na visão de autores que são: WALLON, VYGOTSKY, KISHMOTO e outros, tiveram também como foco a importância dos jogos na educação infantil.
A pesquisa participante foi apresentada como sendo aquela em que o pesquisador, para realizar a observação dos fenômenos ou da situação problema a ser investigada, compartilha a vivência (a vida) dos sujeitos pesquisados, participando, de forma sistemática e permanente, ao longo do tempo da pesquisa, das suas atividades. (SEVERINO, 2007, p.15).
A metodologia escolhida para desenvolver esse trabalho foi a pesquisa qualitativa baseada em estudos bibliográficos, observações e vivencia, e troca de experiências com outras pessoas envolvidas diretamente ou indiretamente neste assunto.
Após pesquisa de acessibilidade ao material sobre o assunto, iniciou-se a localização das informações úteis, através da leitura. A leitura empregada foi a pré-leitura: procura-se o índice ou sumário, lê-se o prefácio, a contracapa, as orelhas do livro, os títulos e subtítulos, pesquisando-se a existência das informações desejadas. Através dessa primeira leitura faz-se uma seleção das obras que serão examinadas (ANDRADE, 1997).
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Vânia Carvalho de. O jogo no contexto da educação psicomotora. São Paulo: Cortez, 1992.
BROUGÈRE, Gilles. Jogo e educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
FRIEDMANN, Adriana. Brincar: crescer e aprender: o resgate do jogo infantil. São Paulo: Moderna, 1996.
KISHIMOTO, Tizuko. Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 1997.
KISHIMOTO, Tizuko. Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira. São Paulo, 2003
MARZOLLO, J. & LLOYD, J. Learning through play. New York: Harper &Row, 1972.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
WALLON, Henry. Fundamentos metafísicos ou fundamentos dialéticos da personalidade, IN: Objetivos e métodos da psicologia. Lisboa: Editorial Estampa 1975.
WALLON, Henry. Origens do pensamento na criança. São Paulo: Manda 1989.

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