Buscar

Aula 4 Bacia Hidrográfica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 109 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 109 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 109 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Prof. Eloá Cristina F. Pelegrino 
eloa_pel@yahoo.com.br 
Hidrologia Aplicada 
UNIFRAN – 2016 
Curso de Engenharia Civil 
Disciplina 
HIDROLOGIA APLICADA 
 
- BACIAS HIDROGRÁFICAS 
 
Uma bacia hidrográfica é uma determinada área de terreno que 
drena água, partículas de solo e material dissolvido para um 
ponto em saída comum, situado ao longo de um rio, riacho ou 
ribeirão. 
área de contribuição superficial do escoamento por 
gravidade até a seção do rio 
 
 
 
definida topograficamente, a partir de uma seção de rio 
de interesse 
 
 O contorno ou divisor de uma bacia hidrográfica é 
definido pela linha de cumeada (pontos de cota máxima 
entre bacias), que faz a divisão das precipitações que 
caem em bacias vizinhas. 
 
 O divisor, dito topográfico, segue uma linha rígida em 
torno da bacia, sendo cortado pelo curso d’água 
somente na seção de saída. 
É uma área definida topograficamente, drenada por um curso 
d’água ou sistema conectado de cursos d’ água,tal que toda 
vazão efluente seja descarregada por meio de uma simples 
saída. 
BACIA HIDROGRÁFICA 
ITENS DA BACIA HIDROGRÁFICA 
http://www.prof2000.pt/users/elisabethm/geo8/fichas/rios6.htm 
A Bacia Hidrográfica é necessariamente contornada 
por um divisor, assim designada por ser a linha de 
separação que divide as precipitações que caem em 
bacias vizinhas e que encaminha o escoamento 
superficial resultante para um ou outro sistema 
fluvial. 
 
O divisor segue uma linha rígida em torno da bacia, 
atravessando o curso d’água somente no ponto de 
saída. 
 
O divisor une os pontos de máxima cota entre 
bacias, o que não impede que no interior de uma 
bacia existam picos isolados com cota superior a 
qualquer ponto do divisor. 
INDIVIDUALIZAÇÃO DA BACIA 
O que é cota? 
O que é curva de nível? 
PONTOS COTADOS 
Ponto Cotado: é a forma mais simples de representação do 
relevo; as projeções dos pontos no terreno têm representado 
ao seu lado as suas cotas ou altitudes. 
Normalmente são empregados em cruzamentos de vias, picos 
de morros 
Pontos Cotados 
Constitui o elemento 
básico para o traçado das 
curvas de nível através de 
métodos de interpolação 
PONTOS COTADOS 
550 
599 
670 
PONTOS COTADOS 
Curvas de nível: interseções da superfície topográfica com os 
planos de nível dispostos a intervalos regulares. 
planos em nível 
curvas de nível 
CURVAS DE NÍVEL 
Forma mais 
tradicional para a 
representação do 
relevo. 
Curvas de nível: elevação do terreno 
Uma elevação do terreno, como mostra a 
figura ao lado, de pequena altitude e com 
forma aproximadamente cônica em sua 
parte superior, denomina-se morrote ou 
morro. 
 
A representação desta forma de terreno 
teria o aspecto mostrado na figura abaixo. A 
representação é formada por uma série de 
curvas de nível concêntricas, de forma que 
as curvas de menor altitude envolvem 
completamente as de maior altitude. 
CURVAS DE NÍVEL 
Curvas de nível: depressão do terreno 
CURVAS DE NÍVEL 
 O contrário de morro (elevação) é a 
depressão. Em sua representação, figura ao 
lado, de maneira análoga observa-se que neste 
caso as curvas de maior altitude envolvem as 
de menor altitude. Este tipo de topografia é 
raramente encontrado, uma vez que formações 
deste tipo geralmente de grande dimensão e 
contendo água permanente, são conhecidas 
como lagoas. 
CURVAS DE NÍVEL 
A união dos pontos A, B, C, D,... produz uma 
linha denominada linha divisória ou divisor de 
águas. É esta linha a responsável pela divisão 
das águas da chuva que caem no terreno. 
CURVAS DE NÍVEL 
Quanto menor o seu 
valor, melhor será a 
representação do terreno 
(maiores detalhes do 
terreno) 
CURVAS DE NÍVEL 
A diferença de cota ou altitude entre duas curvas de nível é 
denominada de eqüidistância vertical, obtida em função da escala 
da carta, tipo do terreno e precisão das medidas altimétricas. 
Alguns exemplos são apresentados na tabela a seguir. 
As curvas de nível podem ser classificadas em curvas mestras ou 
principais e secundárias. As mestras são representadas com traços 
diferentes das demais (mais espessos, por exemplo), sendo todas 
numeradas (figura abaixo). 
As curvas secundárias complementam as informações. 
CURVAS DE NÍVEL 
CURVAS DE NÍVEL 
CURVAS DE NÍVEL 
CARACTERÍSTICAS DAS CURVAS DE 
NÍVEL 
 As curvas de nível são "lisas", ou seja não apresentam cantos: 
 Duas curvas de nível nunca se cruzam. 
ERRADO! 
CARACTERÍSTICAS DAS CURVAS DE 
NÍVEL 
 Duas curvas de nível nunca se encontram e continuam em uma só. 
CARACTERÍSTICAS DAS CURVAS DE 
NÍVEL 
ERRADO! 
Quanto mais próximas as curvas estão entre si, mais inclinado é 
o terreno que representam. 
CARACTERÍSTICAS DAS CURVAS DE 
NÍVEL 
Quanto mais distantes as curvas estão entre si, mais plano é o 
terreno que representam. 
CARACTERÍSTICAS DAS CURVAS DE 
NÍVEL 
INDIVIDUALIZAÇÃO DA 
BACIA 
Como delimitar uma bacia? 
 
- Plantas Planialtimétricas 
- Imagens de Satélite 
- Modelo Digital de Terreno (DEM) 
1- identificação do curso de água (ou sistema 
de cursos de água) 
2- identificação do exutório 
3- traçar linha contínua, que inicie e termine no 
exutório, de modo que não cruze um curso de água, 
e observando as curvas de nível 
Delimitação de Bacias 
Hidrográficas 
Planta do IBGE 
690 
Exutório ou Foz 
700 
700 
700 
700 
695 
 
 
695 
695 
695 
690 690 
690 
685 
685 
680 
680 
675 
675 680 
680 
670 
665 
665 
660 
655 
685 
680 
685 
 
670 
700 
690 
Exutório ou Foz 
700 
700 
700 
700 
695 
 
 
695 
695 
695 
690 690 
690 
685 
685 
680 
680 
675 
675 680 
680 
670 
665 
665 
660 
655 
685 
680 
685 
 
670 
700 
Bacia Hidrográfica 
Exutório ou Foz 
Seção de 
referência, 
ou exutório 
Fontes de dados de topografia 
Seção de 
referência, 
ou exutório 
Divisor não corta drenagem 
exceto no exutório. 
 
Divisor passa pela região mais 
elevada da bacia, mas não 
necessariamente pelos pontos 
mais altos. 
•Divisores de água: São linhas de separação entre bacias hidrográficas. 
 
•Divisor topográfico: Fixa a área da qual provêm o escoamento superficial. 
 
•Divisor freático: Limite dos reservatórios de água subterrânea, de onde provêm o 
escoamento subterrâneo da bacia. 
 Leito (calha) menor - Escavação produzida pela 
corrente líquida, dentro de cujos limites ela escoa, 
quando não há transbordamento. 
 Leito (calha) maior Região marginal que abriga o 
transbordamento das enchentes até as elevações 
longitudinais mais próximas. 
 Batentes BE e BD Pontos de contato da superfície da 
água com o perímetro molhado. 
 Margens Interseção da calha com o terreno marginal. 
 Largura Superficial Distância entre dois batentes. 
 Vertente Linha transversal à BH do divisor de água ao 
talvegue. 
 Talvegue Linha mais baixa de um vale por onde 
escorre a água. 
 Profundidade Distância entre a superfície e o fundo 
da calha em qualquer ponto. 
 Profundidade Máxima Profundidade do talvegue. 
 
 
ME MD 
BE BD 
Leito Menor 
Leito Maior Ponto de 
Talvegue 
Profundidade 
máxima 
 A discussão e avaliação das características físicas e funcionais 
das bacias hidrográficas têm a finalidade de proporcionaro 
conhecimento dos diversos fatores que determinam a natureza 
da descarga de um rio. 
 
 Importância: 
• Comparação entre bacias hidrográficas 
• Transferência de dados entre bacias vizinhas; 
• Projeção do comportamento da bacia no futuro; 
• Fórmulas empíricas – regionalização; 
• Balanço hídrico; 
• Consumo de água para abastecimento público; 
• Identificação das fontes poluidoras; 
• Qualidade sanitária das fontes poluidoras. 
 
 
Caminho das Águas - As Bacias Hidrográficas - EMBRAPA 
CARACTERIZAÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA 
 
• As características climáticas de uma bacia hidrográfica particular 
determinam o escoamento superficial (runnof) na mesma, mas duas 
bacias hidrográficas sujeitas às mesmas condições climáticas podem 
apresentar diferentes escoamentos superficiais. 
• Estas diferenças se devem às características dos cursos d’água 
naturais e aos aspectos físicos das áreas drenadas por estes cursos 
d’água. 
• Por exemplo, uma bacia por ser mais íngreme que a outra 
produzirá maiores picos de vazão de escoamento superficial. 
• Por isso, no estudo do comportamento hidrológico de uma bacia 
hidrográfica as suas características físicas revestem-se de especial 
importância pela estreita correspondência entre estas e o regime 
hidrológico da bacia. 
 Características físicas das bacias hidrográficas 
1. Área 
2. Forma 
3. Declividade da bacia 
4. Elevação 
5. Declividade do curso d’água 
6. Tipo da rede de drenagem 
7. Densidade da drenagem 
Medida por: 
i. Planímetro 
ii. SIG 
iii. Aproximação por composição de formas 
geométricas 
iv. Pesagem 
Medida por: 
i. Planímetro: usando mapas em papel para 
delimitação da área 
Medida por: 
ii. SIG 
Medida por: 
iii. Aproximação por composição de formas 
geométricas 
Medida por: 
iv. Pesagem 
O método da pesagem pode ser realizado utilizando-se 
de balanças de precisão, e papel de gramatura média e 
comum. 
A partir da pesagem de uma área já medida e outra não, 
uma regra de três simples deverá ser utilizada. 
 Perímetro da bacia 
 Curvímetro 
O curvímetro é um instrumento mecânico ou eletrônico usado para medir o comprimento de 
uma curva. Em cartografia é usado para medir pequenas distâncias sobre um mapa. Com o 
curvímetro, pode-se medir o comprimento de um rio ou de uma estrada em um mapa, por 
exemplo, desde que a altitude não varie significativamente, pois este não considera os desníveis. 
 A área de drenagem da bacia hidrográfica ou, simplesmente, área da 
bacia hidrográfica, A, é a área plana limitada pelos divisores topográficos da 
bacia. 
 A área de drenagem é um dado fundamental para definir a 
potencialidade hídrica de uma bacia hidrográfica, uma vez que a 
multiplicação dessa área pela altura da lâmina d’água precipitada define o 
volume recebido pela bacia. 
 A área da bacia hidrográfica é determinada em mapas topográficos. Para 
a sua determinação é preciso, em primeiro lugar, realizar o traçado do 
contorno da bacia, ou seja, estabelecer o traçado da linha de separação 
das bacias vizinhas. Delimitada a bacia, a sua área pode ser determinada 
por planimetria, por pesagem do papel em balança de precisão ou outros 
métodos estudados. 
 São muito usados os mapas do IBGE (escala 1:50.000). 
 Alternativamente ao uso do planímetro, embora mais laborioso, 
pode-se ainda utilizar o método das quadrículas: sobre o 
mapa topográfico se superpõe uma grade quadriculada em escala 
conhecida e contam-se as quadrículas interiores ao mapa 
topográfico; multiplicando-se o número de quadrículas pela área 
de cada quadrícula, obtém-se a área da bacia hidrográfica. 
 Ás áreas de grandes bacias são normalmente medidas em 
quilômetros quadrados (1 km2 = 106 m2), enquanto bacia 
menores costumam ser medidas em hectares (1 ha = 104 m2 e 1 
km2 = 100 ha). 
• As bacias de grandes rios têm, normalmente, a forma de uma 
pera ou leque, enquanto as pequenas bacias assumem formas 
variadas. 
• Dentre as bacias de mesma área, aquelas arredondadas são mais 
susceptíveis a inundações nas suas partes baixas que as alongadas. 
• A importância da forma da bacia, particularmente para fins de 
inundação, está associada ao conceito de tempo de concentração, 
tc, que é o tempo contado a partir do início da precipitação, 
necessário para que toda a bacia contribua para a vazão na seção 
de saída, isto é, corresponde ao tempo que a partícula de água 
de chuva que cai no ponto mais remoto da bacia leva para, 
escoando superficialmente, atingir a seção em estudo. 
• Alguns índices de forma têm sido utilizados para caracterizar 
as bacias hidrográficas, como o coeficiente de compacidade e 
o fator de forma. 
• É capaz de explicar o seu comportamento em termos de 
resposta às chuvas 
• A análise da forma da bacia visa diferenciar bacias de formato 
mais alongado das bacias de formato menos alongados, ou 
mais circulares. 
• Se todas as demais variáveis fossem iguais (solo, geologia, 
declividade, etc), as bacias com formato mais alongado teriam 
respostas mais lentas às chuvas do que bacias de formato 
menos alongados. 
• Um formato mais circular de uma bacia causaria uma natural concentração 
temporal do escoamento superficial, já que o escoamento de um grande 
número de afluentes tenderia a chegar mais ou menos ao mesmo tempo no 
exutório. 
• Em bacias alongadas, pelo contrário, predomina o escoamento 
relativamente lento ao longo do curso d’água principal. 
 
Figura 3.4: Influência da forma das bacias hidrográficas na formação do hidrograma, considerando 
desprezível a influencia de outras variáveis (geologia, declividade, tipos de solos e vegetação) 
• Índices propostos para caracterizar as bacias 
a) Índices de compacidade (KC) 
b) Conformação (FC) 
c) Fator forma (FF) 
a) Fator de conformação 
• Índice que compara a área da bacia com a área de um quadrado 
de L = comprimento axial 
a) Fator de conformação 
Compara a área da bacia com a área do quadrado de lado igual 
ao comprimento axial. Quanto mais próximo de 1 (um) o valor 
de Fc, isto é, quanto mais a forma da bacia se aproximar da 
forma do quadrado do seu comprimento axial, maior a 
potencialidade de produção de picos de cheias. 
a) Fator de conformação (Fc) 
(13,2)2 174,24 
0,57 
(57,5)2 
Influência da forma da bacia 
1,00 – 0,75 : sujeito a enchentes < 0,50 : não sujeito a enchentes 
b)Índice de compacidade 
• O coeficiente de compacidade de uma bacia hidrográfica, kc, é 
um índice que informa sobre a susceptibilidade da ocorrência 
de inundações nas partes baixas da bacia. É definido pela relação 
entre o perímetro da bacia e o perímetro do círculo de igual área. 
• Bacias que apresentam este coeficiente próximo de 1 são mais 
compactas, tendem a concentrar o escoamento e são mais 
susceptíveis a inundações. 
• A título de exemplo, a bacia do rio do Carmo, que banha os 
municípios de Ouro Preto e Mariana, tem 2.280 km2 de área 
de drenagem e seu perímetro mede 319 km de extensão. O 
coeficiente de compacidade desta bacia é igual a 1,87, o que é 
um índice relativamente alto. 
b)Índice de compacidade 
• Definido como sendo a relação entre o perímetro da bacia e a 
circunferência do círculo de área igual à da bacia. 
A
P
K
rA
r
P
K
c
c
28,0
2
2












b)Índice de compacidade 
Circular Alongado 
 Bacias que se aproximam 
geometricamente de um círculo convergem o 
escoamento superficial ao mesmo tempo 
para um trecho relativamente pequeno do rioprincipal. Quanto mais próximo de 1, maior a 
probabilidade de enchentes na bacia, caso 
não existam outros fatores que interfiram 
Arredondada 
Exercício: 
 Índice de compacidade 
P = 19Km - 19000m 
A =20Km² - 20000000m² 
1,00 – 1,25 : bacia com alta propensão a 
grandes enchentes 
Kc = 0,28. 
 
Kc = 0,28. 
P 
𝑨 
19 
𝟐𝟎 
19 
4,47 
Kc = 1,2 
Kc = 0,28 
Bacia Hidrográfica 
 Características da drenagem 
 Índice de compacidade - Kc 
 As bacias com o formato retangular ou triangular são menos 
susceptíveis a enchentes que as circulares, ovais ou quadradas, 
que têm maiores possibilidades de chuvas intensas ocorrerem 
simultaneamente em toda a sua extensão, concentrando grande 
volume de água no tributário principal (Rocha 1997). 
Elíptica 
. 
P = 30Km - 30000m 
A =20Km² - 20000000m² 
> 1,50 : bacia não sujeita a grandes enchentes 
Exercício: 
 Índice de compacidade 
30 
𝟐𝟎 
Kc =0,28 
30 
4,47 
Kc = 0,28 
Kc = 1,9 
Bacia Hidrográfica 
 Características da drenagem 
 Índice de compacidade - Kc 
Ramificada 
c) Fator forma (FF) 
 
• O fator de forma de uma bacia hidrográfica, Ff, é 
definido pela relação entre a largura média da bacia e o seu 
comprimento axial. 
• O comprimento axial da bacia hidrográfica, Lb, é igual 
ao comprimento do curso d’água principal mais a 
distância da sua nascente ao divisor topográfico. A 
largura média da bacia, B, é obtida dividindo-se a área da 
bacia pelo seu comprimento axial 
c) Fator forma 
Localiza-se o comprimento maior (comprimento axial, do exutório ao ponto 
mais remoto). Traça-se um polígono ligando os pontos mais extremos da 
bacia e, ao longo do comprimento axial traça-se diversas linhas 
perpendiculares. 
Lb 
Lb 
Lb 
c) Fator forma (FF) 
c) Fator forma (FF) 
 
• Bacias alongadas apresentam pequenos valores do fator de forma 
e são menos susceptíveis às inundações, uma vez que se torna 
menos provável que uma chuva intensa cubra toda a sua 
extensão. 
• A bacia do rio do Carmo do exemplo anterior tem 
características de uma bacia alongada, com 132,3 km de 
comprimento axial e 17,2 km de largura média, e fator de forma 
igual a 0,13. Este valor do fator de forma, combinado com 
aquele anteriormente apresentado do coeficiente de 
compacidade da bacia do rio do Carmo (1,87), sugere que a 
forma dessa bacia a torna pouco propensa a inundações. 
Análise de alguns tipos de bacias 
Fator forma 
 (FF) 
 
Índices de 
compacidade 
(KC) 
 
 
Conformação 
(FC) 
 
São Francisco 
Outras: 
 Tietê; 
 Paranapanema; 
 Tocantins. 
Taquari Antas - RS 
Rio Itajaí - SC 
O relevo de uma bacia hidrográfica tem grande influência 
sobre os fatores meteorológicos e hidrológicos, pois a 
velocidade do escoamento superficial é determinada pela 
declividade do terreno, enquanto que a temperatura, a 
precipitação e a evaporação são funções da altitude da 
bacia. 
 
 
 
 A declividade da bacia influencia: 
 Infiltração 
 Escoamento Superficial 
 Umidade do solo 
 Contribuição de águas subterrâneas ao escoamento 
 Medida de forma manual (trabalhosa) ou SIG; 
 A declividade é a inclinação da superfície do terreno em relação 
à horizontal, ou seja, a relação entre a diferença de altura entre 
dois pontos e a distância horizontal entre esses pontos. 
 Tem relação com a velocidade com a qual ocorre o escoamento. 
 Equação de Manning: V proporcional a S0.5 
 
 
 
 
 A Figura 11 representa a curva de distribuição da declividade em 
função do percentual de área da BH. Essa curva é traçada em papel 
mono-log, com os dados das colunas 1 e 4. 
Ponto mais alto: 
300 m 
Ponto mais baixo: 
20 m 
Comprimento drenagem = 7 km 
Cálculo: Declividade = 0,04 m/m ou 40 m por km 
• Descrição da relação entre área de contribuição e 
altitude. 
• É definida como sendo a representação gráfica do 
relevo médio de uma bacia. 
• Representa o estudo da variação da elevação dos 
vários terrenos da bacia com referência ao nível médio 
do mar. 
• Essa variação pode ser indicada por meio de um 
gráfico que mostra a percentagem da área de 
drenagem que existe acima ou abaixo das várias 
elevações. 
• Pode também ser determinadas por meio das 
quadrículas associadas a um vetor ou planimetrando-
se as áreas entre as curvas de nível. 
Curva Hipsométrica 
Curva Hipsométrica 
Curva Hipsométrica 
 Relativa à altitude em que se encontra a bacia em 
relação à linha do mar 
 Tem influência direta em temperaturas das bacias 
e índices pluviométricos 
 A velocidade de escoamento da água de um rio depende da 
declividade dos canais fluviais. 
 Quanto maior a declividade, maior será a velocidade de 
escoamento. 
 Assim, os hidrogramas de enchente serão tanto mais 
pronunciados e estreitos, indicando maiores variações de vazões 
instantâneas. 
 Pode ser medida por 2 métodos: 
 
1) 
Declividade 
aproximada 
∆H: variação da cota entre os dois pontos extremos 
L: comprimento em planta do rio 
 Uma outra forma de se definir a declividade de um curso 
d’água consiste em se traçar um gráfico do perfil longitudinal 
do curso d’água e definir uma linha tal que, a área 
compreendida entre ela e o eixo das abscissas (extensão 
horizontal) seja igual à compreendida entre a curva do perfil e a 
abscissa 
Área abaixo 
do perfil 
Abp : área abaixo do perfil 
L: comprimento em planta do rio 
Valores típicos: 
Baixa declividade: alguns cm por km 
Alta declividade: alguns m por km 
Pelo fato da velocidade de escoamento de um 
rio depender da declividade dos canais fluviais, 
conhecer a declividade de um curso d’água 
constitui um parâmetro de importância no 
estudo de escoamento (quanto maior a 
declividade maior será a velocidade). 
Ordem dos cursos d’água 
Reflete o grau de bifurcação de um rio, classificando os rios em 
ordens 
Adota-se a seguinte sistemática: 
quando ocorrer uma união de 
dois afluentes de ordens iguais, 
soma-se 1 ao rio resultante e caso 
os cursos forem de números 
diferentes, dá-se o número maior 
ao trecho seguinte 
CLASSIFICAÇÃO DAS BACIAS 
HIDROGRÁFICAS 
• A rede fluvial de drenagem da bacia 
hidrográfica pode ser classificada segundo 
uma hierarquia, tal como proposto por 
Horton e ligeiramente modificado por 
Strahler (Chow et al, 1988). O sistema segue 
o seguinte princípio: 
• Canais de 1a ordem: canais que partem 
das cabeceiras (nascentes); 
• Canais de 2a ordem: onde dois canais de 
ordem 1 se unem; 
• Canais de 3a ordem: união de dois 
canais de 2a ordem e assim por diante... 
• Perímetro da bacia: delimitado no espigão 
que circunda a bacia ou, pelo divisor de 
águas existente entre bacias adjacentes. 
• Rio principal de uma Bacia Hidrográfica: 
formado pela união de canais, que resulta no 
leito mais longo da bacia; 
• Na dúvida entre dois canais, pertence ao 
leito principal aquele que apresenta menor 
ângulo de confluência. 
 
 
 
Exutório 
1 
1 
1 
1 
1 
1 
1 
1 
1 
1 
1 
1 
2 
2 
3 
2 
3 
3 
3 
3 
3 
Densidade da rede de drenagem 
Reflete qual a densidade de cursos d’água em relação à área da 
bacia hidrográfica. 
Densidade da rede de drenagem 
 
O rio principal é contado apenas uma vez de sua nascente até a foz e os 
tributários de ordem superior, cada um se estendendo da sua nascente até a 
junção com o rio de ordem superior. 
 
A densidade de cursos d’águanão indica a eficiência da drenagem, pois a 
extenção dos cursos d’água não é levada em conta. 
Densidade de drenagem 
Determina a eficiência da drenagem na bacia. Quanto maior a 
eficiência, mais rápido a água sai da bacia. 
 Tempo necessário para que a água precipitada no ponto 
mais distante da bacia escoe até o ponto de controle, 
exutório ou local de medição. 
• Relação com: 
 área da bacia 
 extensão do percurso do escoamento 
(canal principal) 
 forma da bacia 
 declividade da bacia/canal principal 
 uso e ocupação do solo 
 Intensidade da chuva (para simplificar, 
geralmentee não se considera) 
Silveira (2005) estudou 23 fórmulas 
Recomenda: 
Para outras, seu estudo não é 
conclusivo: George Ribeiro e SCS 
lag-falta de informações sobre 
parâmetros 
Leitura recomendada: 
SILVEIRA, A. L. L. . Desempenho de 
fórmulas de tempo de concentração 
em bacias urbanas e rurais. Revista 
Brasileira de Recursos Hídricos, Porto 
Alegre, v. 10, n. 1, p. 5-23, 2005. 
I – declividade equivalente em m/km, ou m/m 
L – comprimento do curso d´água em km 
Diversas fórmulas empíricas vem sendo empregadas para avaliação do tempo de 
concentração. Algumas delas são apresentadas a seguir. 
 L =comprimento em km do rio , canal ou talvegue principal, ou o 
comprimento de percurso hidráulico 
 S =a sua declividade média em m/m. 
 
 Nas fontes bibliográficas há alguma imprecisão sobre a natureza de L e para a 
declividade S. 
 
 para as fórmulas de Izzard, Kerby-Hathaway, Onda Cinemática, FAA, 
Kirpich, SCS lag, Simas-Hawkins, Giandotti, Pasini, Ventura, DNOS e 
George Ribeiro, L deve ser contado desde a cabeceira e S avaliado como a 
razão entre o desnível máximo e o comprimento L do percurso. 
 
 Para as fórmulas de Ven te Chow, Johnstone, Corps of Engineers e Picking, L, 
normalmente é referido como o comprimento do curso d'água principal e S 
sua declividade média . 
 
 Para as demais fórmulas, de aplicação urbana (Schaake,McCuen, Carter, 
Eagleson, Desbordes e Espey), L é basicamente o comprimento do coletor 
pluvial ou canal principal e S a sua declividade média. 
Forma da rede de Drenagem 
Extraído do livro Para Conhecer a Terra (Press et al. XXXX) 
Forma da rede de Drenagem 
Extraído do livro Para Conhecer a Terra (Press et al. XXXX) 
Forma da rede de Drenagem 
Extraído do livro Para Conhecer a Terra (Press et al. XXXX) 
Forma da rede de Drenagem 
Extraído do livro Para Conhecer a Terra (Press et al. XXXX) 
 Maior profundidade de raízes = água consumida pela 
evapotranspiração pode ser retirada de maiores 
profundidades do solo. 
 Florestas: maior interceptação; maior profundidade 
de raízes. 
 Maior interceptação = escoamento demora mais a 
ocorrer. 
Cobertura Vegetal 
 Substituição de florestas por lavoura/pastagens 
 Urbanização: telhados, ruas, passeios, 
estacionamentos e até pátios de casas 
 Modificação dos caminhos da água 
• Aumento da velocidade do escoamento (leito natural 
rugoso x leito artificial com revestimento liso) 
• Encurtamento das distâncias até a rede de drenagem 
(exemplo: telhado com calha) 
Uso do solo 
 Agricultura = compactação do solo 
• Redução da quantidade de matéria orgânica no 
solo 
• Porosidade diminui 
• Capacidade de infiltração diminui 
• Raízes mais superficiais: Consumo de água das 
plantas diminui 
Uso do solo 
 Solos arenosos = menos escoamento superficial 
 Solos argilosos = mais escoamento superficial 
 Solos rasos = mais escoamento superficial 
 Solos profundos = menos escoamento superficial 
Tipos de solos 
 Rochas do sub-solo afetam o comportamento da bacia 
hidrográfica. 
 Rochas porosas tem a propriedade de armazenar grandes 
quantidades de água (rochas sedimentares – arenito). 
 Rochas magmáticas tem pouca porosidade e armazenam 
pouca água, exceto quando são muito fraturadas. 
 Bacias com depósitos calcáreos tem grandes cavidades no 
sub-solo onde a água é armazenada. 
Geologia 
REFERÊNCIAS 
 COLLISCHONN, Walter; DORNELLES, Fernando. Hidrologia para engenharias e 
ciências ambientais. Coleção ABRH 12. Porto Alegre: ABRH, 2013. 
 
 Méllo, Arisvaldo; Garcia, Joaquin. Bacias Hidrográficas - PHA3307 Hidrologia Aplicada. 
USP: São Paulo, [S.I.]. 
 
 Martins, Leandro G. B. Bacias Hidrográficas. Notas de aula (apresentação). UNISEB: 
Ribeirão Preto, 2015. 
 
 Reis, Luisa F. R. Bacias Hidrográficas. Notas de aula (apresentação). USP: São Carlos, 
2013.

Outros materiais