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3.3- Funcionário público com foro privilegiado
Segundo Mirabete “Entre as imunidades relativas, em seu sentido amplo, estão os referentes ao foro por prerrogativa de função, consistentes no direito de determinadas pessoas de serem julgadas, em virtude dos cargos ou funções que exercem, pelos Órgãos Superiores da Jurisdição, em competência atribuída pela Constituição Federal ou constituições estaduais. (MIRABETE, 2000, p. 67)”
 O foro privilegiado ou na linguagem jurídica (foro especial por prerrogativa de função) o direito que tem algumas autoridades é uma garantia jurídica que assegura que o processo de julgamentos de alguns cargos público seja realizado nos Tribunais Superiores- Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça e Tribunais de justiça dos estados.
É um direito que proteger o cargo ou função em que ele ocupa e não a pessoa em si.
Esse mecanismo demonstra proteção extra para os parlamentares e autoridades da administração pública em geral, para que eles possam exercer suas funções com tranquilidade e segurança
Vale ressalta que o foro especial por prerrogativa de função é somente para os julgamentos criminais, ele não se aplica aos crimes cíveis.
Está contido na Constituição Federal de 1988 esse direito: 
-Prefeito –art.29, inciso X, Constituição Federal de 1988.
Os crimes penais, ou até doloso contra a vida deverá ser perante o Tribunal de justiça.
-Deputados Federais e Senadores- art.53, § 1°, Constituição Federal/88
De o diploma do cargo será julgado pelos crimes criminais perante o Supremo Tribunal Federal.
-Presidente da República, Vice-presidente, membros do Congresso Nacional, Ministros do Supremo Tribunal Federal e o Procurador-Geral da República. Art.102, inciso I, linha b, Constituição Federal/88.
Segundo a Constituição devera o Supremo Tribunal Federal processar e julgar por infrações penais comuns.
-Ministro de Estado, Comandantes da Marinha do Exército e da Aeronáutica, membros dos Tribunais Superiores, do Tribunal de Contas da União e os Chefes de Missão Diplomáticas de caráter permanente. Art.52, inciso I, e art.102, inciso I, linha c da Constituição Federal/88.
Será perante o Supremo Tribunal Federal, que esses cargos serão processados e julgados, nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade.
- Governadores dos Estados e do Distrito Federal, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais.Art.105, inciso I, Constituição Federal/88.
Será processado e julgados por crimes comuns e crimes de responsabilidade pelo Superior Tribunal de Justiça.
3.4- COATOR PARTICULAR
Particular na condição de coautor ou partícipes defesa preliminar prevista no art. 514 do Código Processo Penal tem em mira o fato de o funcionário estar
sujeito a perseguições em virtude do cumprimento de seus deveres funcionais. Visa proteger o funcionário público em virtude do interesse público a que serve. Portanto, a observância desse procedimento não se estende ao particular que
seja corréu, ficando restrita ao intraneus (funcionário). Nesse sentido: STJ, 5a Turma, HC 79.220/DF, Rei. Min. Laurita Vaz, DJ 13/08/2007 p. 401.
Se o funcionário público responde por crime comum, não se aplica o procedimento especial dos arts. 513 a 518 do Código Processo Penal. Porém, se houver o aditamento da denúncia para inserção de crime.
3.5- CONCURSO DE CRIMES: CRIME FUNCIONAL E CRIME NÃO FUNCIONAL
Crimes funcionais são os que só podem ser praticados por pessoas que exercem funções púbicas. São também denominados delicta in officio, isto é,delicta própria dos que participam da atividade estatal. A denominação crimes de responsabilidades dada aos crimes funcionais, não obstante criticável, ainda continua a ser empregada em nossa legislação.
Se dividem-se em: crimes funcionais próprios e crimes impróprios.
No crime funcional próprio, ausência da qualidade referente ao exercício da função pública por parte do agente causa uma atipicidade absoluta. Ex.: prevaricação.
No crime funcional impróprios, tal ausência opera uma atipicidade relativa, a conduta é atípica em fase do crime funcional, mas se amolda a um tipo de crime comum. Pode-se dizer que é um crime comum qualificado pelo exercício da função pública. Ex.: peculato: ausente a elementar funcionário público, o fato passa a constituir apropriação indébita.
Sem embargo dessa distinção, desde que o agente seja um funcionário público ou a ele equiparado no exercício da função pública e que o delito esteja sendo praticado contra a administração pública, tanto os crimes funcionais próprios como os crimes não funcional impróprios serão processados segundo o rito especial ditado pelo Código de Processo Penal. É o caso das infrações previstas nos arts. 312 a 326 do Código Penal e no 3.º da Lei 8.137/1990.
Frise-se que, tratando-se de crimes cometidos por funcionários públicos, ainda que nesta condição, contra particular, não há a incidência do rito especial. É, por exemplo, o caso das condutas tipificadas no art. 150, § 2.º, e no art. 151, § 3.º, do Código Penal. Do mesmo modo, crimes praticados por particulares contra a administração pública (arts. 328 a 337 do Código Penal) e crimes contra a administração da justiça (arts. 338 a 359 do Código Penal) também não seguem o rito especial em análise.
BIBLIOGRAFIA:
-Lima, Renato Brasileiro de .Código de Processo Penal comentado / Renato Brasileiro de Lima - 2. ed. rev. e atual. -Salvador: Juspodivm, 2017
-Avena, Norberto Cláudio Pâncaro.Processo penal / Norberto Avena. – 9.ª ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017.
-Jesus, Damásio de. Direito penal, volume 1: parte geral/ Damásio de Jesus-34. Ed.-São Paulo: Saraiva, 2013.

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