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PROCESSO PENAL II AULA 09 aluno

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Processo penal 
Procedimento Especial: 
Tribunal do Júri 2ª fase
JUDICIUM CAUSAE
A segunda fase do procedimento do Júri, após a sentença de pronúncia, é o juízo da causa ou judicium causae, o qual se inicia com o ato do presidente do Tribunal do Júri que determinará:
a intimação do órgão do Ministério Público ou do querelante, no caso de queixa, e do defensor, para, no prazo de 5 (cinco) dias, apresentarem rol de testemunhas que irão depor em plenário, até o máximo de 5 (cinco), oportunidade em que poderão juntar documentos e requerer diligências.
 
Para o início da segunda fase, a pronúncia deve transitar em julgado (formalmente PRECLUSA).
Requerimento Para Arrolar Testemunhas E Juntar Documentos
Arrolar 5 testemunhas para cada uma das partes, é fase preclusiva.
Pode ser requerida a juntada de documentos e as diligências (justificações e perícias), desde que as entendam necessárias para a comprovação do que pretendem alegar em plenário, que serão deferidas pelo Juiz Presidente do Júri.
Justificações são julgadas separadamente 
Ex: alega que não estava no lugar do crime. 
Se o juiz não recebe a justificação caberá: carta testemunhável. 
Tourinho Filho diz que justificação não é recurso e, portanto, o seu não recebimento caberia correição parcial.
Apresentada os requerimentos cabe ao juiz deferi-las ou não.
Se recusar correição parcial = abuso de poder.
O juiz poderá ordenar diligência de ofício.
Relatório
O juiz deve ainda elaborar um relatório sucinto do processo. 
Expondo o que de relevante foi apurado durante a investigação preparatória e formação da culpa.
É feito de forma escrita e conterá o que de mais importante nos autos.
A quem cabe o preparo do processo?
Ao juiz presidente do júri, mas se a lei Organizacional judiciária, não fizer assim, será o juiz que proferiu a pronuncia que remeterá os autos em até 5 dias para juiz do plenário do júri para julgamento.
Que é Júri?
O júri é um tribunal constituído de 1 juiz togado;
que o preside;
e de 25 jurados;
dos quais se sorteiam 7 para integrar o conselho de sentença ou de julgamento.
Recrutamento dos jurados
Juiz presidente do júri, anualmente, para o ano subsequente.
Brasileiros natos ou naturalizados, 
maiores de 18 anos;
e de notória idoneidade.
Deverão ser alistados de 800 a 1500 nas comarcas de mais de 1.000.000 de habitantes;
300 a 700 nas comarcas com mais de 100.000 habitantes e;
80 a 400 nas comarcas de menor população.
Não pode ser inferior ao mínimo legal quanto ao máximo fica a critério do juiz.
Em SP 14.000 para a 1ª turma do júri e 6.000 para os demais.
Divulgação da lista de jurados
Até o dia 10 de outubro de cada ano. Pode sofrer alteração que poderá ser feita até o dia 10 de novembro.
Será publicada na imprensa com nome e profissão.
O nome de todos os jurados ficarão em uma urna.
Da inclusão ou exclusão do nome na lista cabe RESE para presidente do TJ.
Se federal para o presidente do TRF RESPECTIVO.
Desaforamento
Durante essa fase é possível que ocorra o pedido de desaforamento (artigo 427 e 428 do Código de Processo Penal). 
Desaforamento é o deslocamento da competência territorial do Júri. 
Somente a sessão de julgamento é que se desafora. 
Os demais atos são praticados na comarca onde corre o processo.
É impossível o pedido de desaforamento durante o sumário da culpa, pois nessa fase ainda não há certeza de que haverá julgamento pelo Júri. 
Só a pronúncia transitada em julgado dá a certeza do julgamento pelo Júri.
O desaforamento deve ser sempre para a comarca mais próxima, desde que nela não existam os mesmos motivos que ensejaram o desaforamento. 
Assim, por exemplo, um crime que causou revolta em toda uma região, não adianta desaforar para uma cidade vizinha.
São causas do desaforamento:
motivos de ordem pública;
dúvida a respeito da imparcialidade dos jurados (Atenção: a dúvida não é sobre a imparcialidade do juiz – essa enseja exceção de impedimento ou suspeição);
risco à segurança do réu;
quando o julgamento não puder ser feito no prazo de 6 meses a contar do transito em julgado da sentença de pronuncia (preclusão), em razão do comprovado excesso de prazo, art. 428 do CPP.
Tem legitimidade para pleitear o desaforamento:
qualquer das partes, por requerimento; 
o juiz, por representação; 
O pedido é formulado ao Tribunal de Justiça; a Câmara Criminal com competência para julgar os recursos do Júri irá decidir, ouvindo sempre o Procurador-Geral de Justiça.
O desaforamento pode ser pedido até um dia antes da sessão do julgamento. Por não ter efeito suspensivo, deve ser requerido o quanto antes.
Pergunta: Concedido o pedido de desaforamento, é possível requerer um segundo desaforamento?
Resposta: Sim. É possível novo desaforamento desde que, na nova comarca, surjam novos motivos.
Reaforamento: é a volta do julgamento para ser realizado pelo Júri da comarca de origem, sendo necessário que ali tenham desaparecido os motivos que provocaram o desaforamento e que algum motivo tenha surgido na comarca para onde o julgamento fora remetido. 
Portanto, em tese, admite-se o retorno do julgamento para a comarca de origem.
Ex: caso de novo desaforamento.
Organização da pauta – art. 429 do CPP
Os acusados presos;
Dentre os presos os mais antigos na prisão;
Em igualdade de condições, os que estiverem sido pronunciados há mais tempo.
Habilitação do assistente 
Se já habilitado no processo = imprensa art. 370, § 1º CPP.
Se ainda não fez deverá fazer no prazo de 5 dias com antecedência mínima art. 430 CPP.
Intimação das Partes
Art. 420 e 370 CPP.
Sorteio dos 25 Jurados
O sorteio será realizado entre o 15º e o 10º dias que antecedem o julgamento.
Para o sorteio o Juiz Presidente deverá intimar o MP, representante da Subsecção da OAB, e da Defensoria.
Pode ser assistido por qualquer pessoa (portas abetas) e é retirado uma a uma as cédulas com os nomes, cujos serão lançados num livro próprio.
Os nomes serão guardados em um pequena urna e fechada pelo juiz que guardará a chave.
Desde o Império até 2008 era um menor que realizava o sorteio hoje é o Juiz Presidente.
O defensor poderá recusar as testemunhas art. 251, I do CPP.
Convocação dos Jurados Sorteados
Ser convocados pelo correio ou qualquer outro meio hábil.
Não pode ser por telefone ou eletronicamente, pois não terá como comprovar.
Obrigatoriedade do serviço do Júri
Salvo as pessoas isentas por lei, não é lícito escusar-se.
OBRIGATÓRIOS: Brasileiros natos ou naturalizados, isentos os maiores de 70 desde que requeiram (se não solicitar a dispensa tem que participar).
Qualquer pessoa pode ser alistar como jurado?
Cidadão maiores de 18 anos, natos ou naturalizados. 
NÃO PODE SER ANALFABETO, POIS TEM QUE LER A PRONÚNCIA E O RELATÓRIO.
 
Condições para o exercício de jurado: 
Brasileiros natos ou naturalizados; 
maior de 18 anos; e 
idoneidade.
A recusa aos serviços do Júri pode acarretar multa de 1 a 10 salários mínimos. Art. 436, § 1º.
Os isentos: art. 437 incs. I a VIII, Presidente da Rep.; Ministros de Estado; governadores e respectivos secretários, membros do CN, da Assembleia Legislativa e Câmaras de Vereadores, Magistrados e membros do MP e da Defensoria, autoridades e servidores da Polícia e da Segurança, os militares em serviço ativo. 
Outras pessoas poderão requerer sua dispensa, inc. X e ainda os maiores de 70 anos.
O cidadão não pode escusar-se sob alegação de convicção religiosa e, filosófica e política.
Vantagem concedida aos jurados: 
tem que participar efetivamente fazendo parte do conselho de sentença.
Presunção de Idoneidade moral e;
assegura prisão especial, nos crimes comuns até o julgamento definitivo.
O privilégio perdura mesmo que já não exerça mais, exceto em casos ser excluído por desmerecimento, nem responsabilizado criminalmente por concussão, prevaricação ou corrupção 438 CPP.
Direitos dos jurados:
não terão desconto emseus vencimentos ou salários, mesmo que não sejam sorteados.
Dever de Comparecer: no dia, local e hora designados pelo juiz. Não comparecendo multa que será fixada pelo Juiz de 1 a 10 salários mínimos.’
Procedimento do júri procedimento 2ª Fase:
Preclusa a decisão de pronúncia (que somente pode ser alterada se ocorrer fato superveniente), não haverá libelo; simplesmente o Juiz determinará a 
intimação das partes para apresentarem rol de testemunhas (máximo de 5 para casa um), 
juntada de documentos e;
pedido de eventuais diligências.
A lista geral de jurados é publicada até o dia 10 de outubro de cada ano e a definitiva, até o dia 10 de novembro. 
A lista poderá ser alterada, de ofício, mediante reclamação de qualquer do povo (ANTES DE SUA PUBLICAÇÃO DEFINITIVA);
É o juiz que procede ao sorteio dos 25 jurados;
O nº mínimo para instalação de jurados é de 15;
O sorteio deve ser realizado entre o dia 15º e o 10º dia útil antecedente à instalação da sessão do Júri;
Se por motivo filosófico, político ou religioso e o cidadão recusar a função de jurado, ficará sujeito a prestação de serviço alternativo (já indicado no texto), sob pena de perda ou suspensão dos direitos políticos;
Instalada a sessão, com um mínimo de 15 jurados, e após as advertências de suspeição, impedimento e incompatibilidades, será feito o sorteio, quando, então poderão ocorrer as recusas peremptórias (até 3 para cada uma das partes); 
e as justificadas;
Formado o conselho e firmado o compromisso, serão entregues aos jurados cópias da pronúncia e do relatório;
A seguir procede à ouvida do ofendido (se possível), das testemunhas da Acusação e da Defesa, a eventual acareação e reconhecimento, e por último, ao interrogatório do réu. 
Finda a instrução serão iniciados os debates, com o tempo de 1,30 hora para cada parte. 
Havendo réplica 1 hora, poderá haver tréplica 1 hora. 
No caso de mais de 1 acusado será de 2h30min o tempo para exposição de cada parte e de 2 horas o período destinado a réplica e tréplica;
Os apartes podem ultrapassar 3 minutos e serão acrescidos ao tempo do orador;
Findo os debate, o Juiz lê e explica o sentido dos quesitos;
Os quesitos serão formulados nesta ordem: 
a) materialidade, 
b) autoria, 
c) Se as respostas forem negativas, o réu estará absolvido; se positivas, o juiz indagará se o réu deve ser absolvido;
Absolvido será posto em liberdade, se por outro motivo não estiver preso;
Se a resposta for negativa, formulam-se quesitos sobre a eventual alegação de diminuição de pena.
Tratando-se de tentativa, será formulado um quesito a respeito. 
Se for alegada desclassificação para outro crime de alçada do Juiz singular, nessa mesma oportunidade será formulado quesito a respeito. 
Negativas as respostas aos defensivos, haverá quesitos sobre eventuais qualificadoras ou causas de aumento reconhecidas no pronúncia.
Na sentença o juiz fixará a pena-base, considerará as circunstâncias agravantes ou atenuantes alegadas nos debates e atenderá, se possível, aos disposto no art. 387, IV, do CPP.
CASO CONCRETO
Antônio foi submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri e condenado por 4X3. Após o julgamento, descobriu-se que integrou o Conselho de Sentença o jurado Marcelo, que havia participado do julgamento de Pedro, co-réu no mesmo processo, condenado por crime de roubo conexo ao delito pelo qual Antônio foi condenado. 
Pergunta-se: Qual a defesa que poderá ser apresentada pelo Defensor de Antônio em eventual recurso interposto? Justifique a sua resposta:
(Magistratura/RS/2009) Acerca de processo e julgamento dos crimes dolosos contra a vida, assinale a assertiva CORRETA:
A)   Diante das respostas aos quesitos, os jurados condenaram o acusado por homicídio doloso qualificado. Ao proferir a sentença condenatória e fixar a pena, o magistrado não poderá reconhecer as agravantes que não foram objeto dos quesitos;
B)   Poderá haver recusa ao serviço do Júri, fundada em convicção religiosa, filosófica ou política;
C)   Os jurados poderão perguntar diretamente ao ofendido e às testemunhas, sem a intermediação do Juiz Presidente do Tribunal do Júri;
D)   Em um processo onde o réu foi pronunciado por homicídio consumado e tráfico de entorpecentes, após terem os jurados afastado o dolo direto e o dolo eventual, na votação dos quesitos acerca do homicídio consumado, serão questionados sobre o delito conexo de tráfico de entorpecentes;
E)    Durante os debates, no plenário do Tribunal do Júri, aos jurados é vedado, mesmo por intermédio do juiz-presidente, pedir ao promotor de justiça que indique a folha do processo onde se encontra o depoimento da testemunha a que está fazendo referência em seu pedido de condenação.

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