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ENSAIOS DE MÁQUINAS E IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS Ensaio e certificação das máquinas para preparo do solo. 1. CONCEITUAÇÃO GERAL • As máquinas de preparo periódico do solo são utilizadas para promover alterações na estrutura do perfil do solo visando propiciar condições favoráveis à germinação das sementes e também um meio conveniente ao desenvolvimento do sistema radicular das plantas. 1. CONCEITUAÇÃO GERAL • 1.1. Formas de mobilização periódica do solo Os efeitos da mobilização do solo são: – Romper a massa contínua de solo em agregados (torrões) de diferentes tamanhos; – Quebrar os agregados de maiores dimensões. As quatros maneiras de provocar o rompimento do solo são: Por inversão de camada; Por deslocamento lateral-horizontal; Por desagregação sub-superficial; Por revolvimento rotativo. Ação típica do órgão ativo do arado e modelos diferenciados de ação dos arados de aivecas e de discos Ação típica dos órgãos ativos das grades Ação típica dos órgãos ativos de subsoladores e enxada rotativa: = ângulo de ataque da ponteira; CR = centro de resistência; F = força aplicda no solo; Fv = componente vertical (empuxo); Fh = componente horizontal (tração); R = rotação das facas e T = sentido de deslocamento do rotor Avaliação de desempenho O desempenho tem por finalidade medir as mudanças ocorridas no solo, resultante das forças aplicadas pelos órgãos ativos. São Elas: • Quantitativas: relativas a massa e volume do solo mobilizado; • Qualitativas: relativas ao estado final do solo, após a passagem da máquina; • Dinamométrica e de eficiência operacional: relativas à força de tração e velocidade de deslocamento, visando avaliar o dispêndio de energia e o tempo gasto na realização da operação. 2. ENSAIO DE ORGÃOS ATIVOS DAS MÁQUINAS • O ensaio de máquinas de preparo periódico do solo visa avaliar as modificações no solo causadas pelos seus órgãos ativos, após a passagem do espécime. • 2.1 Ação dos órgãos ativos 2. ENSAIO DE ORGÃOS ATIVOS DAS MÁQUINAS • 2.2 Procedimento de ensaio Considera-se nos ensaios a caracterização dimensional e ponderal, forma e geometria dos órgãos ativos e os parâmetros de ordem operacional, tais como: • Largura, comprimento e altura em transporte e em trabalho; • Centro de gravidade, peso total e características gerais; • Condições de segurança e manutenção; • Incorporação de resíduos e grau de destorroamento; • Demanda energética e capacidade operacional. 3. CARACTERIZAÇÃO DA MOBILIZAÇÃO DO SOLO 3.1 Área padrão de ensaio 3.2 Caracterização das fases do solo 3.3 Resistência do solo à penetração Penetrômetros e penetrógrafos 3.4 Grau de incorporação da cobertura vegetal no solo Método LAFLEN (1981) 3.5 Perfil mobilizado do solo Os perfis a serem levantados na caracterização da camada mobilizada pela máquina de preparo do solo são: Perfil da superfície natural do solo Perfil da superfície final do solo Perfil do solo mobilizado (perfil do fundo do sulco) 3.6 Índice de rugosidade Perfilômetro de solo. Perfis do solo mobilizado. 3. CARACTERIZAÇÃO DA MOBILIZAÇÃO DO SOLO Índice de rugosidade A = arado de disco B = arado + grade leve C = arado + 2 grade leve D = grade pesada E = grade pesada + grade leve F = grade pesada + 2 grade leve G = enxada rotativa (112 rpm) H = enxada rotativa (172 rpm) I = escarificador c/ rolo + grade leve J = escarificador c/ rolo K = subsolador c/ rolo L = escarificador + grade leve 0 1 2 3 4 5 6 Ín d. ru g (m m ) A B C D E F G H I J K L 4. PARAMETROS OPERACIONAIS 4.1 Largura de corte a) Largura teórica b) Largura operacional c) Largura efetiva de trabalho 4.2 Velocidade de deslocamento – Medida por balizamento – Uso de roda odômétrica 4. PARAMETROS OPERACIONAIS 4.3 Força de tração a) Mensuração da força de tração – Dinamômetro mecânico – Dinamômetro hidráulico – Célula de Carga b) Interação velocidade versus força de tração Os ensaios devem ser realizados: b.1) no mínimo sob dois níveis de velocidade (max e min), para um trabalho de qualidade satisfatória b.2) Sob várias profundidades de operação entre os limites max e min permitido pelas dimensões dos órgãos ativos. 5. DESEMPENHO DO SISTEMA MOTOMECANIZADO Os ensaios de maq/implementos de mobilização do solo têm dois objetivos básicos: Intrínsecos: características ponderais e dimensionais, do perfil do solo mobilizado, do índice de rugosidade e etc. Extrínsecos: Caracterização dinamométrica, da largura de trabalho, da velocidade de deslocamento e etc. 5.1 Potência solicitada na barra de tração 5.2 Consumo horário de combustível 5.3 Patinagem das rodas motrizes Comboio utilizado para determinar a força de tração de máquinas acopladas ao engate de três pontos. 1 = fonte de potência, 2 = roda odométrica, 3 = plataforma instrumental, 4 = célula de carga, 5 trator auxiliar, máquina/implemento montado. Ensaio e certificação das máquinas para a semeadura. ENSAIOS DE MÁQUINAS E IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS CONCEITUAÇÃO GERAL •Semeadora: máquina agrícola cuja função é colocar, no solo, os mais variados tipos de sementes, dentro da densidade, espaçamento e profundidade recomendadas para o pleno desenvolvimento produtivo da cultura e de maneira que as sementes não sofram danos ao passarem pelos mecanismos dosadores e distribuidores CONCEITUAÇÃO GERAL CONCEITUAÇÃO GERAL •Plantadoras - máquinas/implementos que dosam e colocam no solo partes vegetativas das plantas ou mudas da cultura tais como, tubérculos, colmos, bulbos, etc. •Transplantadoras - máquinas/implementos que dosam e colocam no solo plântulas ou mudas da cultura, produzidas em viveiros. CLASSIFICAÇÃO • Classificação das semeadoras de precisão – Quanto a fonte de potência – Quanto a forma de acoplamento – Quanto ao tipo de reservatório de sementes – Quanto ao tipo de acionamento dos mecanismos dosadores – Quanto ao tipo de mecanismo dosador – Quanto ao tipo de descarga – Quanto ao tipo de sulcador CLASSIFICAÇÃO •Quanto à fonte de potência –Tração animal –Tração humana –Tração mecânica –Autopropelidas •Quanto a forma de acoplamento – Arrasto – Montado – Semi-montado •Quanto à forma de distribuição de sementes e adubos – Semeadoras de precisão em linha – Semeadoras de fluxo contínuo em linha – Máquinas para semeadura e adubação em linha – Máquinas para semeadura e adubação a lanço •Quanto ao tipo de reservatório de sementes – Depósitos individualizados – Depósitos para linhas múltiplas •Quanto ao tipo de acionamento dos mecanismos dosadores – Por roda motora – Pela TDP •Quanto ao tipo de mecanismo dosador – Orifício regulável – Disco perfurado (horizontal ou inclinado) – Disco vertical pneumático (com pressão positiva – “sopro”, ou pressão negativa – “vácuo”) •Quanto ao tipo de sulcador – Para semeadura convencional – Para semeadura direta (com ou sem disco de corte para palha) CONCEITUAÇÃO GERAL • Caracterização das sementes utilizadas nos ensaios – Tipo de semente – Tratamento de sementes – Classificação das sementes CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS ENSAIOS Os ensaios de semeadoras apresentam certas características especiais, destacando-se aquelas relacionadas em amostragem do espécime,sua caracterização podero-dimensional e com a metodologia dos ensaios. CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS ENSAIOS • Amostragem do espécime • Caracterização podero-dimensional – Comprimento total; – Largura; – Altura • Características dimensionais de componente • Características ponderais ENSAIOS DE LABORATÓRIO • Bancada de ensaio de semeadoras – Esteiras rolantes – Utilização de sensores óticos ENSAIOS DE LABORATÓRIO • Condições de realização dos ensaios – Regulagem do mecanismo dosador – Velocidade simulada de deslocamento – Nível das sementes no reservatório – Posição da semeadora durante a execução dos ensaios – Reutilização das sementes – Tempo de coleta de sementes – Condições ambientais ENSAIOS DE LABORATÓRIO • Objetivos dos ensaios de laboratório – Ensaio de calibração do mecanismo dosador – Ensaio de avaliação da regularidade de distribuição transversal – Ensaio de avaliação da regularidade de distribuição longitudinal – Ensaio de avaliação da danificação mecânica das sementes ENSAIOS DE CAMPO • Condições gerais dos ensaios – Sementes – Fertilizante ENSAIOS DE CAMPO • Caracterização do local de ensaio – Tipo de solo – Preparo da área de ensaio (sistema convencional) – Preparo da área de ensaio (Plantio Direto) – Regulagem da semeadora – Nível dos reservatórios ENSAIOS DE CAMPO • Parâmetros de avaliação – Deslizamento das rodas de acionamento – Regularidade da distribuição em profundidade das sementes – Posição relativa das sementes e adubo – Cobertura das sementes e adubo – Verificação da distribuição de plântulas – Percentagem média de emergência das plântulas – Determinação da força média de tração e da potência requerida – Desempenho operacional (capacidade de campo teórica e efetiva) RESULTADOS OBTIDOS NOS ENSAIOS • Regularidade de distribuição transversal DM(%) = [(Q – q)/Q] * 100 DM = desvio da densidade média de semeadura de cada unidade em relação à média da máquina Q = densidade média de semeadura da máquina q = densidade média de semeadura de cada unidade de semeadura da máquina Para semeadora :.........± 7,0 % em torno da média Para adubadoras:......... ± 12,5 % em torno da média RESULTADOS OBTIDOS NOS ENSAIOS • Regularidade de distribuição longitudinal Medir a distância entre 250 espaçamentos entre sementes. Limites: TIPO DE ESPAÇAMENTO Intervalo de tolerância para variação de Xi Múltiplos Aceitáveis Falhas Xi < 0,5 * Xref 0,5 * Xref < Xi < 1,5 * Xref Xi > 1,5 * Xref RESULTADOS OBTIDOS NOS ENSAIOS Tipo de mecanismo dosador Valores mínimos de “espaçamentos aceitáveis”(%) Valores máximos do CV (%) Discos perfurados horizontais 60,0 50,0 Dedos prensores 75,0 40,0 Discos verticais pneumáticos 90,0 30,0 Avaliar também o coeficiente de variação considerando toda população Requisitos de regularidade de distribuição longitudinal
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