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1 Mecânica dos Solos Aplicada – Aula 3 – Tensões no Solo Prof. Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – D.Sc. Curso de Especialização em Engenharia e Tecnologia de Barragens (M.Eng.) – 2/2017 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Diretoria de Educação Continuada Engenharia e Tecnologia de Barragens Mecânica dos Solos Aplicada Prof. Saulo G S Ribeiro – D.Sc. Aplicação: • Compressibilidade; • Controle de recalques; • Avaliação da capacidade de carga das fundações; • Avaliação da estabilidade de taludes; • Interação Solo Estrutura. 3 – Tensões no Solo 2 Mecânica dos Solos Aplicada – Aula 3 – Tensões no Solo Prof. Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – D.Sc. Curso de Especialização em Engenharia e Tecnologia de Barragens (M.Eng.) – 2/2017 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Diretoria de Educação Continuada Tensões no Solo Partículas granulares (siltes, areias e pedregulhos) transmitem esforços através do contato grão-grão. Pedregulho Areia Silte Partículas finas ou lamelares (argilas e siltes relativamente finos) possuem dimensões tão reduzidas que sofrem grande influência de forças eletrostáticas. A transmissão de esforços se dá, geralmente, através da água adsorvida. Tensões Efetivas em Solos Saturados σ - Tensão total; σ‘ - Tensão efetiva; R - Forças elétricas de repulsão; A - Forças elétricas de atração. Em argilas dispersas, altamente plásticas, saturadas, a tensão efetiva é a diferença de tensões elétricas transmitidas entre partículas. ARu' ARu Lambe & Whitman (1969). 3 Mecânica dos Solos Aplicada – Aula 3 – Tensões no Solo Prof. Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – D.Sc. Curso de Especialização em Engenharia e Tecnologia de Barragens (M.Eng.) – 2/2017 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Diretoria de Educação Continuada Modelo real Modelo simplificado Tensões de Contato As tensões de contato são obtidas por uma simplificação, devido ao grande número de contatos e à impossibilidade de se definir precisamente, a área e a força transmitida em cada contato. Assim, considera-se que o solo seja um meio contínuo. h h A Ah A V A N v Sendo: N = força normal; V = volume de solo; γ = peso específico ou peso por unidade de volume; A = área de aplicação; h = altura da camada de solo. Tensões de Contato - Quartzo Lambe e Whitman (1969). Quartzo polido. Quartzo áspero. 30° 30° 4 Mecânica dos Solos Aplicada – Aula 3 – Tensões no Solo Prof. Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – D.Sc. Curso de Especialização em Engenharia e Tecnologia de Barragens (M.Eng.) – 2/2017 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Diretoria de Educação Continuada Comportamento Areia – Quebra de Grãos 4.000psi=28.000kPa Lambe e Whitman (1969). 1psi=6,9kPa Comportamento Areias – Quebra de Grãos Roberts (1964, citado em Ortigão, 2007). 5 Mecânica dos Solos Aplicada – Aula 3 – Tensões no Solo Prof. Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – D.Sc. Curso de Especialização em Engenharia e Tecnologia de Barragens (M.Eng.) – 2/2017 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Diretoria de Educação Continuada Arqueamento de Tensões - Filtro Efeito de arqueamento, filtro com tensões da ordem de 3.600kPa Divino (2010). Placas de Tensões Divino (2010). 6 Mecânica dos Solos Aplicada – Aula 3 – Tensões no Solo Prof. Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – D.Sc. Curso de Especialização em Engenharia e Tecnologia de Barragens (M.Eng.) – 2/2017 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Diretoria de Educação Continuada Efeito da Plastificação do Filtro h=75m Bacia sedimentar de Aiurioca, MG. A condição geostática é encontrada, especialmente, em solos sedimentares. Nesta condição, as tensões em cada ponto do solo ocorrem apenas devido a seu peso próprio, ou seja, peso das camadas que se sobrepõem ao ponto de análise. Tensões in situ – Condição geostática Nível do terreno Solo I Solo II Solo III 7 Mecânica dos Solos Aplicada – Aula 3 – Tensões no Solo Prof. Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – D.Sc. Curso de Especialização em Engenharia e Tecnologia de Barragens (M.Eng.) – 2/2017 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Diretoria de Educação Continuada zv z1 z2 zn Z Para solos estratificados, admitindo-se camadas uniformes de espessuras z1, z2, ..., e pesos específicos 𝛾1,𝛾2 , ... Tensões in situ – Variação do Peso Específico Se o solo for estratificado e o peso específico diferente para cada camada, a tensão vertical pode ser calculada pelo somatório das tensões de cada camada sobrejacente ao ponto em estudo. Logo: nn2211v zzz z 0 v dz Em que: σv’ = tensão efetiva vertical; u = poropressão; σv = tensão total vertical. Para um solo seco, as tensões determinadas já são as tensões efetivas do solo. Para um solo saturado, as tensões normalmente definidas são as tensões totais e, somente a partir destas são calculadas as tensões efetivas, subtraindo-se a poropressão. Tensões in situ u' vv z zw u 8 Mecânica dos Solos Aplicada – Aula 3 – Tensões no Solo Prof. Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – D.Sc. Curso de Especialização em Engenharia e Tecnologia de Barragens (M.Eng.) – 2/2017 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Diretoria de Educação Continuada satAwv HH σv = tensão vertical total no nível do ponto A; 𝛾𝑤 = peso específico da água; 𝛾𝑠𝑎𝑡 = peso específico saturado do solo; H = altura do nível da água a partir do topo da coluna de solo; HA = altura da camada de solo acima do ponto A. Parcela devido à lâmina d’água Parcela devido ao solo saturado A H HA Tensões em Solo Saturado A figura ao lado ilustra um perfil de solo saturado com lâmina d’água superficial. A tensão total em um plano que passa por um ponto A qualquer pode ser obtida a partir do peso específico total do solo saturado e do peso específico da água acima deste ponto. peso específico submerso )I(HH satAwv )II(u ' vv wAsatAwv )HH(]HH[' )(H' wsatAv Tensões em Solo Saturado Substituindo a equação (I) na equação (II) e lembrando que 𝑢 = (𝐻 + 𝐻𝐴)𝛾𝑤 chega-se ao peso específico submerso. γ’ = γsat – γw '.H' Av 9 Mecânica dos Solos Aplicada – Aula 3 – Tensões no Solo Prof. Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – D.Sc. Curso de Especialização em Engenharia e Tecnologia de Barragens (M.Eng.) – 2/2017 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Diretoria de Educação Continuada Tensões Horizontais As tensões horizontais são estimadas por meio do coeficiente de empuxo no repouso, definido como sendo a razão entre a tensão horizontal efetiva e sua correspondente vertical. v h 0 ' ' K σv σh v0h v h 0 'K' ' ' K u'K v0h Lambe e Whitman (1969). σv Tensão z K0< 1 K0> 1 Tensões Horizontais Existe uma ampla faixa de valores possíveis para o coeficiente e empuxo lateral. O valor de K0 pode variar dentro de uma gama de valores em função de fatores, tais como: tipo de solo, história de tensões, plasticidade, dentre outros. 10 Mecânica dos Solos Aplicada – Aula 3 – Tensões no Solo Prof. Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – D.Sc. Curso de Especialização em Engenharia e Tecnologia de Barragens (M.Eng.) – 2/2017 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Diretoria de Educação Continuada Estimativa deK0 Pode-se estimar K0 por meio do coeficiente de Poisson. 1 K0 'sen1K0 Jaky (1944) – Areia: Lambe & Whitman (1969). Variação de k0 em função do índice de plasticidade (IP) para diferentes valores de OCR (Lambe & Whitman, 1969). OCR = razão de sobreadensamento. C o ef ic ie n te d e em p u xo n o r ep o u so , K 0 Índice de Plasticidade, IP Tensões Horizontais 'sen 0 )OCR)('sen1(K 11 Mecânica dos Solos Aplicada – Aula 3 – Tensões no Solo Prof. Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – D.Sc. Curso de Especialização em Engenharia e Tecnologia de Barragens (M.Eng.) – 2/2017 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Diretoria de Educação Continuada Estudo de Tensões Para o perfil ao lado foram calculadas as tensões vertical e horizontal pelas equações definidas anteriormente e comparadas com aquelas calculadas pelo módulo Sigma do sistema computacional GeoStudio. B A h3=2,5m h4=7,5m h1=6,65m h2=3,25m Residual Zonas Vadosa e Saturada Sg-guarani. Zona de aeração Zona de saturação Evapotranspiração Água vadosa Água subterrânea ou freática Franja capilar 12 Mecânica dos Solos Aplicada – Aula 3 – Tensões no Solo Prof. Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – D.Sc. Curso de Especialização em Engenharia e Tecnologia de Barragens (M.Eng.) – 2/2017 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Diretoria de Educação Continuada após 10 min após 30 min após 1 min Ensaio de Capilaridade em Solo Coesivo hc u 0 + - hcγw hγw h T T Definição da altura de ascensão da água em um tubo capilar A interpretação da ascensão capilar que ocorre em solos pode ser feita com base na análise da ascensão de água (elevação acima do nível freático) que ocorre em um tubo capilar devida a tensão superficial desenvolvida entre a água e a superfície do tubo, como ilustrado na figura. 13 Mecânica dos Solos Aplicada – Aula 3 – Tensões no Solo Prof. Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – D.Sc. Curso de Especialização em Engenharia e Tecnologia de Barragens (M.Eng.) – 2/2017 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Diretoria de Educação Continuada cosdTtensãoperímetroP w c d cosT4 h Sendo: T = tensão superficial (força/comprimento) α = ângulo de contato d = diâmetro do tubo capilar γw = peso específico da água. Admitindo o equilíbrio de forças na vertical, tem-se: Definição da altura de ascensão da água em um tubo capilar P T T α α W WP wc 2 hd 4 águada.esppesovolumeW cosdThd 4 wc 2 Por meio da equação da altura de ascensão pode-se concluir que hc é inversamente proporcional ao diâmetro do tubo: d 1 h c Altura de ascensão da água em um tubo capilar d 1 h c Logo, quanto menor for o diâmetro maior será a altura de ascensão. Por analogia, quanto menores os vazios ou poros do solo maior a altura de ascensão capilar. A rg ila S ilt e A re ia Tipo de solo Intervalo de ascensão capilar (m) Areia grossa 0,1 - 0,2 Areia fina 0,3 - 1,2 Silte 0,75 - 7,5 Argila 7,5 - 23 Das, 2007 14 Mecânica dos Solos Aplicada – Aula 3 – Tensões no Solo Prof. Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – D.Sc. Curso de Especialização em Engenharia e Tecnologia de Barragens (M.Eng.) – 2/2017 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Diretoria de Educação Continuada Raio do Poro versus Sucção Mátrica Fredlund e Rahardjo (1993). Argila: sucção > 100kPa Silte: 10kPa < sucção < 100kPa Areia: 0,5kPa < sucção < 10kPa Perfil de Sucção Fredlund e Rahardjo (1993). Perfil de sucção mátrica num talude inclinado de Hong Kong. A porção inclinada do talude é coberta por uma camada de solo- cimento e argamassa de cal para evitar a infiltração de água no mesmo. 15 Mecânica dos Solos Aplicada – Aula 3 – Tensões no Solo Prof. Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – D.Sc. Curso de Especialização em Engenharia e Tecnologia de Barragens (M.Eng.) – 2/2017 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Diretoria de Educação Continuada Capilaridade Lambe e Whitman (1969). ≈18kPa ≈36kPa Sucção Silte: 7,5kPa a 75kPa (Das, 2007). Capilaridade - Sucção As pressões de contato (pressões neutras negativas) formadas na zona capilar somam-se às tensões totais: σ ' = σ − (− u) = σ + u, fazendo com que a tensão efetiva atuante seja maior que a tensão total. Rejeito - areia fina siltosa. Duna. Castelo de areia. Esse acréscimo de tensão proporciona um acréscimo de resistência conhecido como coesão aparente, responsável, por exemplo, pela estabilidade de taludes de solos predominantemente arenosos. 16 Mecânica dos Solos Aplicada – Aula 3 – Tensões no Solo Prof. Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – D.Sc. Curso de Especialização em Engenharia e Tecnologia de Barragens (M.Eng.) – 2/2017 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Diretoria de Educação Continuada Exercício 1 Faça uma avaliação crítica entre as curvas características abaixo (Seep com θsat=0,5) e os estudos apresentados por Fredlund e Rahardjo (1993). Tensões Induzidas - Carga Circular Tensão vertical induzida por carga uniforme sobre área circular, Lambe e Whitman (1989). Em que, x = distância medida a partir do centro z = profundidade R = raio da área circular ∆qs = acréscimo de tensão devido à tensão uniformemente distribuída aplicada sobre a área circular. z R x R ∆qs Lambe e Whitman, 1969 s v q 17 Mecânica dos Solos Aplicada – Aula 3 – Tensões no Solo Prof. Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – D.Sc. Curso de Especialização em Engenharia e Tecnologia de Barragens (M.Eng.) – 2/2017 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Diretoria de Educação Continuada Sapata Circular Lambe e Whitman (1969). s 1 q Estudo Tensão Deformação - Sigma Diâmetro = 10m O tanque de óleo corresponde a uma tensão aplicada de 40kPa. 18 Mecânica dos Solos Aplicada – Aula 3 – Tensões no Solo Prof. Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – D.Sc. Curso de Especialização em Engenharia e Tecnologia de Barragens (M.Eng.) – 2/2017 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Diretoria de Educação Continuada Isovalores de Acréscimos de Tensão Diagrama do Bulbo de tensões Configuração do recalque com uma magnitude de 20x. Recalques 19 Mecânica dos Solos Aplicada – Aula 3 – Tensões no Solo Prof. Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – D.Sc. Curso de Especialização em Engenharia e Tecnologia de Barragens (M.Eng.) – 2/2017 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Diretoria de Educação Continuada Exercício 2 1 – Estime o acréscimo de tensão vertical no eixo da obra para elevação (z) igual a 20m. 2 – Idem para x=5m. 3 – Comente os resultados. R=5m Estado triplo de tensões em um ponto zyzxz zyyxy zxyxx zyxxy ]ttt[]T[ σx τxz σy τxy σz τyz τyx τzy τzx x z y Nove componentes de tensão Estado de Tensões 3D em uma Massa de Solo 20 Mecânica dos Solos Aplicada – Aula 3 – Tensões no Solo Prof. Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – D.Sc. Curso de Especialização em Engenharia e Tecnologia de Barragens (M.Eng.) – 2/2017 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Diretoriade Educação Continuada Estado de Tensões 2D em uma Massa de Solo σx τyx τxy σy x y Estado plano de tensões em um ponto yxy yxx yxxy ]tt[]T[ Quatro componentes de tensão σx τyx τxy σy n θ t Tensões no plano de interesse Tensões nas direções de aplicação σx τyx τxy σy n α θ dS dS cosθ d S s e n θ θ Considere um elemento, de espessura unitária, pelo qual passa um plano de ruptura de largura dS e cuja inclinação vale θ: Estado de Tensões em uma Massa de Solo 21 Mecânica dos Solos Aplicada – Aula 3 – Tensões no Solo Prof. Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – D.Sc. Curso de Especialização em Engenharia e Tecnologia de Barragens (M.Eng.) – 2/2017 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Diretoria de Educação Continuada σx τxy τxy σy n α θ dS dS cosθ d S s e n θ σxdS senθ τxydScosθ τxydS senθ σydS cosθ σdS θ τdS Estado de Tensões em uma Massa de Solo O produto das tensões que atuam nas faces vertical e horizontal deste elemento pelas respectivas áreas de atuação, representa as forças atuantes em cada face. τxydS sen²θ τxydS senθcosθ τdS θ θ τxydS cosθsenθ τxydS cos²θ θ Componentes advindas das tensões cisalhantes σxdS sen²θ σydS cosθsenθ σdS θ θ σxdS senθcosθ σydS cos²θ Componentes advindas das tensões normais Estado de Tensões em uma Massa de Solo 22 Mecânica dos Solos Aplicada – Aula 3 – Tensões no Solo Prof. Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – D.Sc. Curso de Especialização em Engenharia e Tecnologia de Barragens (M.Eng.) – 2/2017 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Diretoria de Educação Continuada Estado de Tensões em uma Massa de Solo A partir desta decomposição, pode-se fazer o somatório de forças nas direções normal e tangencial, para a condição de equilíbrio, isto é, ∑F=0: 0Fn cosdSsen2²cosdS²dSsendS xyyx cossen2²cos²sen xyyx Aplicando as relações trigonométricas: 2sencossen2 2/)2cos1(²cos 2/)2cos1(²sen Tem-se: 2sen2cos)( 2 1 )( 2 1 xyyxyx Estado de Tensões em uma Massa de Solo Da mesma forma, para a direção tangencial ao plano: 0Ft ²dSsen²cosdScosdSsensencosdSdS xyxyyx Aplicando as relações trigonométricas: 2sencossen2 2cos²sen²cos Tem-se: ²sen²coscossensencos xyxyyx 2cos2sen)( 2 1 xyyx 23 Mecânica dos Solos Aplicada – Aula 3 – Tensões no Solo Prof. Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – D.Sc. Curso de Especialização em Engenharia e Tecnologia de Barragens (M.Eng.) – 2/2017 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Diretoria de Educação Continuada Desta forma, as equações: Permitem determinar as tensões normais (σθ) e tangencias (τθ), para um plano com uma inclinação qualquer (θ), a partir das tensões atuantes sobre o elemento considerado (σx, σy, τxy). 2sen2cos)( 2 1 )( 2 1 xyyxyx 2cos2sen)( 2 1 xyyx Estado de Tensões em uma Massa de Solo 2cos2sen 2 xy xy Estado de Tensões em uma Massa de Solo As equações anteriores podem ser reescritas em função das tensões principais, atuantes nos planos principais, quando se tem cisalhamento nulo. Neste caso: 2sen2cos 22 xy xyxy 0 0 2cos 22 3131 2sen 2 31 σy = σ1 σx = σ3 Lembrando que, Coeficiente de empuxo lateral: σy = σ3 σx = σ1 Se, K < 1 v hK Se, K > 1 , portanto: 24 Mecânica dos Solos Aplicada – Aula 3 – Tensões no Solo Prof. Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – D.Sc. Curso de Especialização em Engenharia e Tecnologia de Barragens (M.Eng.) – 2/2017 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Diretoria de Educação Continuada σ (kPa) τ (k P a ) 0 2θ θ τ(θ) σ(θ) C Estado de Tensões em uma Massa de Solo - Círculo de Mohr Qualquer ponto na circunferência, tal como o ponto C, representa o estado de tensão em um plano cuja normal está orientada em um ângulo θ em relação à direção da tensão principal maior. θ τ(θ) σ(θ) σ (kPa) τ (k P a ) 0 θ τ(θ) σ(θ) A τ m á x σ3 σ1 B Para traçar um Círculo de Mohr basta conhecer as tensões principais (σ1 e σ3) ou dois pares de tensões atuantes em dois planos ortogonais quaisquer, por exemplo (A e B). Estado de Tensões em uma Massa de Solo - Círculo de Mohr 25 Mecânica dos Solos Aplicada – Aula 3 – Tensões no Solo Prof. Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – D.Sc. Curso de Especialização em Engenharia e Tecnologia de Barragens (M.Eng.) – 2/2017 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Diretoria de Educação Continuada 1º.: Passa por R um plano paralelo ao plano no qual atuam suas tensões (neste caso plano vertical) 2º.: Passa por M um plano paralelo ao plano no qual atuam suas tensões (neste caso plano horizontal) 3º.: 1º ∩ 2º = P (Polo) Te n sã o C is al h an te (σx,τxy) (σy,-τxy) σ3 σ1 N ≡ M R S ≡ O P A título de ilustração considere o exemplo onde R = tensões atuantes em um plano vertical; e M = tensões atuantes em um plano horizontal. Traçado do Polo em um Círculo de Mohr Tensão Normal (kPa) 250 260 270 280 290 300 310 320 330 340 350 T e n s ã o T o ta l C is a lh a n te ( k P a ) -50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 316.03 -41.722 279.79 252.42 343.4 Polo Traçado do Polo em um Círculo de Mohr -41,722 41,722 26 Mecânica dos Solos Aplicada – Aula 3 – Tensões no Solo Prof. Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – D.Sc. Curso de Especialização em Engenharia e Tecnologia de Barragens (M.Eng.) – 2/2017 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Diretoria de Educação Continuada Tensões num Plano de Cisalhamento 135° Sigma x 316,03 Sigma y 279,79 Tal xy 41,722 Teta 135 Sigma Teta 256,19 Tal Teta 18,12 Sigma 1 343,40 Sigma 3 252,42 18,12 256,19 Tensão Normal (kPa) 250 260 270 280 290 300 310 320 330 340 350 T e n s ã o T o ta l C is a lh a n te ( k P a ) -50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 316.03 -41.722 279.79 252.42 343.4 Polo Traçado do Polo em um Círculo de Mohr -41,722 41,722 135° 18,12 256,19 27 Mecânica dos Solos Aplicada – Aula 3 – Tensões no Solo Prof. Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – D.Sc. Curso de Especialização em Engenharia e Tecnologia de Barragens (M.Eng.) – 2/2017 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Diretoria de Educação Continuada Tensão Normal Te n sã o C is al h an te Inicialmente marcam-se os pontos correspondentes às tensões atuantes nos planos horizontal e vertical. A partir destes pontos traçam-se verticais com dimensões iguais ao módulo da tensão cisalhante. Note que na face vertical a tensão cisalhante é positiva. 136 92 Exemplo: Determine graficamente as tensões principais para o elemento apresentado e compare com os resultados obtidos a partir da solução analítica. Tensão Normal Te n sã o C is alh an te 136 92 A etapa anterior fornece dois pontos: R e M. Unindo estes pontos tem-se o diâmetro do Círculo de Mohr. R M Exemplo: Solução Gráfica: 28 Mecânica dos Solos Aplicada – Aula 3 – Tensões no Solo Prof. Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – D.Sc. Curso de Especialização em Engenharia e Tecnologia de Barragens (M.Eng.) – 2/2017 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Diretoria de Educação Continuada Tensão Normal T en sã o C is al h an te R M O Desenha-se um círculo de centro em O e raio OR=OM, encontrando-se σ1 e σ3. σ1 σ3 σ1 = 139 σ3 = 90 Exemplo: Solução Gráfica: 2 xy 2 xyxy 1n 22 3 - 6,13811 2 92136 2 92136 2 2 1 4,8911 2 92136 2 92136 2 2 3 Exemplo: Solução Analítica: 29 Mecânica dos Solos Aplicada – Aula 3 – Tensões no Solo Prof. Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – D.Sc. Curso de Especialização em Engenharia e Tecnologia de Barragens (M.Eng.) – 2/2017 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Diretoria de Educação Continuada Exercício 3 Para o estado de tensão abaixo, determine as tensões normal e cisalhante no plano de ruptura, sendo o ângulo de inclinação da base da fatia igual a -29,6°. Total Stress at Node 2.987 Total Normal Stress (kPa) 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 To ta l S he ar S tre ss (k Pa ) -100 -80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80 100 sx sy 116,72 -54,816 226,69 94,065 249,35 Polo Sigma Teta 152,77 Tal Teta -75,30 Sigma 1 249,35 Sigma 3 94,06 Aula Prática – GeoStudio 2016 – Módulo Sigma
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