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DIODOS DE POTÊNCIA ENG.° EDERSON ZANCHET 2REVISÃO – PARÂMETROS ONDAS SENOIDAIS VALOR EFICAZ O valor eficaz de uma corrente senoidal corresponde ao valor de corrente ca capaz de dissipar em um resistor R uma potência média equivalente à potência dissipada por uma corrente cc sobre o mesmo resistor. Assim, Para Pac = Pcc, tem-se que os valores correspondentes entre as correntes cc e ca, sob esta condição denominada de corrente eficaz IEF: Note que o valor eficaz de uma onda senoidal independe do resistor. 3REVISÃO – PARÂMETROS ONDAS SENOIDAIS VALOR MÉDIO O valor médio de uma onda é o quociente da área sob a curva correspondente a um ciclo completo dividido pelo período. 4REVISÃO – PARÂMETROS ONDAS SENOIDAIS FATOR DE CRISTA O valor crista de uma onda de tensão ou corrente periódica é definido como a relação entre o valor de pico e o valor eficaz: O valor de crista é normalmente usado como medida de estresse que um dielétrico é capaz de suportar. Para ondas senoidais o fator de crista é igual √2 = 1,4142. Em circuitos com interruptores eletrônicos, em que a condução de corrente ocorre apenas durante parte do ciclo completo, o valor de crista não mais obedece à relação √2. 5REVISÃO – PARÂMETROS ONDAS SENOIDAIS FATOR DE FORMA É definido como a relação entre o valor eficaz e o valor médio de uma onda. Para ondas senoidais o fator de forma é igual 1,11. 6REVISÃO – PARÂMETROS ONDAS SENOIDAIS Figura 2.1: Fator de Forma em função do ângulo de condução (Senoidal) Fonte: [3] 7HARMÔNICOS 1. Harmônico é uma sinusóide, cuja frequência é um múltiplo inteiro da frequência de uma senóide fundamental. 2. Uma onda não senoidal periódica é composta de uma série infinita de ondas senoidais ou co-senoidais. 3. A onda periódica não senoidal possui uma componente denominada de fundamental que, em geral, determina a frequência de repetição da onda não senoidal, e um conjunto de ondas, denominadas de harmônicos ou harmônicas. 4. A componente fundamental é a onda de menor frequência de ordem inteira do conjunto de ondas senoidais. 5. Cada múltiplo inteiro da fundamental é chamado de ordem do harmônico. 6. A fundamental é também conhecida como a componente da onda de primeira ordem. 8HARMÔNICOS 1. Os harmônicos são divididos em pares e ímpares. 2. Os harmônicos pares são ondas cujas frequências são múltiplos inteiros pares da fundamental. De modo semelhante, os harmônicos ímpares são múltiplos inteiros ímpares da fundamental. 3. Qualquer variação em uma onda senoidal pura gera componentes harmônicos. Alguns tipos de formas de onda têm apenas harmônicas ímpares, outros somente harmônicos pares, e outras contêm ambas. 4. A forma da onda é determinada por seu conteúdo harmônico. Uma onda quadrada é um exemplo de uma forma de onda que consiste de componente fundamental e de harmônicos ímpares. 9HARMÔNICOS A Figura 2.2 mostra a soma das componentes fundamental, terceira, quinta e sétima harmônicas de corrente com a forma de onda aproximando-se de uma onda quadrada. Figura 2.2: Forma de Onda Quadrada com os efeitos das harmonicas Fonte: [8] 10HARMÔNICOS Para a identificação das componentes harmônicas presentes em uma onda não sinusoidal é empregada uma ferramenta matemática, desenvolvida em 1822, pelo matemático francês Jean Baptiste Joseph Fourier (1768-1830). A frequência, a amplitude e a fase de cada sinusóide são determinadas por meio da análise de Fourier aplicada à onda periódica não senoidal. A análise de Fourier é o processo de conversão de formas de onda no domínio do tempo em suas componentes de frequências. 11HARMÔNICOS Figura 2.3: Espectro de frequência de uma onda quadrada Fonte: [8] 12DIODO IDEAL - Características estáticas (V/I) Trata-se de um interruptor ideal Polarizado diretamente: entra em condução para VF > 0 (curto) Polarizado diretamente: entra em condução para VF > 0 (curto) Polarizado inversamente: é capaz de bloquear uma tensão reversa ilimitada – circuito aberto 13DIODO REAL - Características Estáticas (V/I) Polarizado diretamente: forma-eletromotriz V(TO) em série com Rt Polarizado inversamente: circulação uma corrente reversa IR de baixo valor e bloqueio limitado até a tensão reversa VRRM 14DIODO: PERDAS NA CONDUÇÃO A Potência perdida e convertida em calor é definida pela expressão: V(TO)→tensão de condução – catálogo iDmed→corrente média rT→resistência do diodo - catálogo iDef→corrente eficaz Expressão genérica, podendo ser empregada para qualquer forma de onda. 15EXEMPLO DE DIODO DE POTÊNCIA Diodo de potência (rosca) SKN20/08 (Semikron) VRRM= 800V V(TO) = 0,85V rT= 11mΩ rT= 11mΩ iDmed= 20A (para temperatura de cápsula igual à 125°C) 16EXEMPLOS DE SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA 17DIODOS DE POTÊNCIA: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS 1. É um dispositivo não-controlado (comuta espontaneamente) 2. Conduz quando diretamente polarizado e bloqueia quando i<0 : VAC>0 3. Possui uma queda de tensão intrínseca quando em condução VF~1V (forward voltage) 4. Não são facilmente operados em paralelo, devido aos seus coeficientes térmicos de condução serem negativos (Quanto maior temperatura menor a queda direta) 5. Pode conduzir reversamente durante um tempo trr (tempo de recuperação reversa-especificado pelo fabricante) 18DIODOS DE POTÊNCIA: CARACTERÍSTICAS DINÂMICAS Tempo de recuperação reversa (trr) 1. Bastante significativo em aplicações de chaveamento em alta velocidade: provocam substâncias perdas e sobrecorrentes 2. O diodo real não passa, em um único instante, do estado de condução para o de não-condução (comutação abrupta) 3. Nesse momento uma corrente reversa flui por um breve período, e o diodo continua conduzindo devido aos portadores minoritários que permanecem na junção pn e no material semicondutor propriamente dito. 4. Os portadores minoritários requerem um certo tempo para recombinar com as cargas opostas e ser neutralizados C→Capacitância de recuperação do diodo (da junção) Qrr→carga armazenada em C durante condução 19CARACTERÍSTICAS DINÂMICAS Inicialmente S bloqueado Malha L e D circuito IL em roda livre 20CARACTERÍSTICAS DINÂMICAS S é fechado→Corrente IL transferida de D para S Comutação→diodo bloqueia IL = iS+ iF(constante) S fechado→corrente If↓ Velocidade de decrescimento depende: 21CARACTERÍSTICAS DINÂMICAS S fechado→corrente If↓ Velocidade de decrescimento depende: 22CARACTERÍSTICAS DINÂMICAS Com iF=0 Ocorre a descarga de C ID torna-se negativa, até que Qrr seja toda removida IRM representa o pico da corrente de recuperação do diodo Qrr= 0→diodo bloqueado A taxa de variação de corrente, associada à indutância parasita série provoca sobretensão negativa em D durante bloqueio (pode ser destrutiva) Utilizar snnubber RC série em paralelo com o diodo 23CARACTERÍSTICAS DINÂMICAS Figura 2.10: Formas de onda comportamento dinâmico do diodo Fonte[1] 24CONCLUSÕES O tempo de recuperação reversa (trr) e a carga armazenada na junção (Qrr) estão relacionadas diretamente com as perdas de comutação Equações: diF/dt→estabelecido pelo projetista (depende do circuito) Qrr (fabricante)→quanto menor, mais rápido é o diodo 25DIODO: ENTRADA EM CONDUÇÃO Circuito para o estudo da entrada em condução do diodo e formas de onda durante a comutação (entrada em condução) Figura 2.11: Formas de onda comportamento dinâmico do diodo – entrada na condução Fonte[1] 26DIODO: PARÂMENTROS trf: tempo de entrada em condução Pode variar entre 0,1 a 1,5 μs VFP: tensão de pico na entrada em condução Pode alcançar valores próximo de 40V Diodos rápidos reduzem trf e VFP O atraso e a sobretensão são devidos à variaçãoda resistência do diodo durante entrada em condução Em conversores comutados pela linha, as perdas de comutação podem ser desconsideradas 27CLASSIFICAÇÃO QUANTO TEMPO DE RECUPERAÇÃO DIODOS LENTOS (standard-recovery)→trr> 1 μs Line: frequency diodes:operação em baixa frequência, geralmente menor que 1kHz DIODOS RÁPIDO (fast-recovery)→trr< 200 ns Soft-recovery: Variação de corrente suavizada para evitar picos de tensão DIODOS ULTRA-RÁPIDOS (ultrafast-recovery)→t < 70 ns Aplicação em fontes chaveadas Pode-se reduzir o circuito snubber de proteção 28DEMAIS VALORES NOMINAIS Corrente Direta Média Máxima – IF(avg)max É a corrente máxima que o diodo pode aguentar com segurança quando polarizado diretamente Corrente Máxima De Surto – IFSM É a corrente máxima que o diodo pode suportar durante um transitório ou diante de um defeito do circuito Proteções Sobretensão Sobrecorrente Transitórios – circuito snubber 29EXEMPLO DE DIODOS (Lentos) 30EXEMPLO DE DIODOS (Ultrafast) 31EXEMPLO DE DIODOS (Ultrafast) 32DIODO SCHOTTKY Possuem uma baixa queda de tensão de condução, tipicamente de 0,3V Baixo tempo de recuperação→baixa perdas por condução Circuitos Snubbers menores e menos dissipativos Aplicação em fontes de baixa tensão, nas quais as quedas sobre os retificadores são significativas Desvantagem: baixa tensão direta e inversa suportável 33REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1]. BARBI, Ivo. Eletrônica de Potência - Editora UFSC, série didática, 7º ed, Edição do Autor, Florianópolis 2013. [2] HART , Daniel W., Eletrônica de Potência: Análise e Projetos de Circuitos. Editora McGraw-Hill Brasil 2012. [3] AHMED, Ashfaq. Eletrônica Potência. São Paulo, Prentice Hall, 2000. [4] ARRABAÇA, DEVAIR APARECIDO. Eletrônica de Potência - Conversores de Energia CA/CC - Teoria, Prática e Simulação Editora: Erica, 2011. [5] MARTINHO, Edson. Distúrbios da Energia Elétrica. Editora: Erica, 2009. [6] BARBI, Ivo. Projeto de Fontes chaveadas. Editora UFSC, série didática, 2º ed, Edição do Autor, Florianópolis, 2012. [7] BARBI, Ivo. Conversores CC-CC Básicos Não-Isolados. Editora UFSC, série didática, 4º ed, Edição do Autor, Florianópolis 2013. [8] MARTINS. Denizar Cruz. Introdução ao Estudo dos Conversores CC-CA. Edição do Autor, Florianópolis 2013. 34 EDERSON ZANCHET Mestrando em Engenharia Elétrica e Informática Industrial - UTFPR Engenheiro de Controle e Automação - FAG Departamento de Engenharia – FAG Docente disciplina de Eletrônica Industrial e de Potência ederson.zt@gmail.com ezanchet@fag.edu.br
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