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APOSTILA 9A .PESQUISA CIENTÍFICA

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INSTITUIÇÃO CENTRO UNIVERSITÁRIO SANT’ANNA 
CURSO ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS 
DISCIPLINA METODOLOGIA CIENTÍFICA 
PROFESSOR OLIVIO FERNANDO FREGOLENTE 
UNIDADE 9A A PESQUISA CIENTÍFICA 
ASSUNTOS 1. Caracterização 
AUTORES 
QUANTIDADE 9 PÁGINAS 
 
 
I – CARACTERIZAÇÃO 
 
Ao chegar à Universidade o estudante começa a receber a solicitação dos seus 
professores para realizar pesquisas. É necessário que o universitário pesquise livros, textos, 
artigos, separatas e outros recursos para complementação dos tópicos expostos em aula bem 
como para a realização de trabalhos acadêmicos e monografias. 
Em sentido amplo pesquisar significa realizar empreendimentos para descobrir, para 
conhecer algo. A pesquisa se constitui num ato dinâmico de questionamento, indagação e 
aprofundamento consciente na tentativa de desvelamento de determinados objetos. É busca 
de uma resposta significativa a uma dúvida ou problema. 
Costuma-se, porém perguntar o que diferencia fundamentalmente a Pesquisa 
denominada Científica ou Positiva da Pesquisa Acientífica? 
Pesquisar é um fato natural e necessário a todos os indivíduos. 
Contemporaneamente a pesquisa tornou-se uma atividade comum não só entre os cientistas, 
mas para todas aquelas pessoas atuantes na sociedade. O administrador de empresas utiliza-
se da pesquisa para aprimorar seus métodos de produção, nível de organização e 
lucratividade da empresas. O professor, o comunicólogo, o aluno, o consumidor podem, 
dentro de sua área de ação, tomar a pesquisa como meio para estudo e diagnóstico das suas 
dificuldades e/ou possibilidades. 
 Porém para que a pesquisa receba a qualificação de Pesquisa Científica, deve caracterizar-
se através da efetivação de um processo que mediante a aplicação da Metodologia 
Científica e de técnicas adequadas procura obter dados fiéis, objetivos, relevantes para se 
conhecer e compreender dado fenômeno. 
Para que haja Pesquisa Científica, segundo P. Marinho é preciso que “se adote uma 
metodologia meticulosa, compreendendo uma série de etapas encadeadas segundo uma 
seqüência rigorosamente lógica, com certa rigidez quanto à seleção da amostra, quanto ao 
tamanho da amostra, e um controle sistemático e constante no que se refere à validade 
interna e externa na técnica operacional do trabalho” (1:18). 
O conhecimento obtido pela investigação científica contribuirá para a ampliação do 
conhecimento já acumulado bem como para a construção, reformulação e transformação de 
teorias científicas. 
Através da pesquisa chega-se a um conhecimento novo ou totalmente novo, isto é, o 
pesquisador pode aprender algo que ignorava anteriormente, porém já conhecido por outro 
ou então chegar a dados desconhecidos por todos. Pela pesquisa chega-se a uma maior 
precisão teórica sobre os fenômenos ou problemas da realidade. 
Para os iniciantes em Pesquisa Científica o mais importante deve ser a ênfase, a 
preocupação na aplicação do método científico do que propriamente a ênfase nos 
resultados obtidos. O objetivo dos principiantes deve ser a aprendizagem quanto à forma de 
percorrer as fases do Método Científico e à operacionalização de técnicas de investigação. 
À medida que o pesquisador amplia o seu amadurecimento na utilização de procedimentos 
científicos torna-se mais hábil e capaz de realizar pesquisas científicas. Isto significa que a 
persistência é necessária e que o lema é “aprender fazendo”. Não existem receitas mágicas 
para a realização de pesquisas. O principiante precisa ter em mente que toda investigação 
pode possuir resultados falíveis. Não deve se desencorajar frente às dificuldades surgidas 
no processo de pesquisa. “É melhor ter trabalho de pesquisa imperfeito, a não ter trabalho 
nenhum” (2:15). 
As pesquisas devem contribuir para a formação de uma consciência crítica ou um 
espírito científico do pesquisador. 
O estudante, apoiando-se em observações, análises e deduções interpretadas, através 
de uma reflexão crítica, vai paulatinamente, formando o seu espírito científico. 
O espírito científico não é inato. A sua edificação e aprimoramento são conquistas 
que o universitário vai obtendo ao longo de seus estudos, da elaboração de trabalhos 
acadêmicos e pesquisas científicas. 
Para F. Rudio a pesquisa pode receber a qualificação de científica quando é 
realizada com método próprio e com técnicas específicas. É preciso que a pesquisa se volte 
para a realidade empírica, e que os seus resultados possam ser comunicados (3:9). 
Realidade refere-se a todo que existe e empírico refere-se a experiência. Portanto 
tudo aquilo que existe e que pode ser aprendido através da experiência denomina-se 
realidade empírica. 
A realidade é um todo contínuo, complexo e dinâmico. Toda pesquisa parte da 
observação da realidade e deve retornar a ela para aplicar e testar seus resultados ou para 
delimitar novos fenômenos para estudo. 
A Pesquisa Científica consiste na observação dos fatos tal como ocorre 
espontaneamente, na coleta dos dados, no registro de variáveis presumivelmente relevantes 
para analises posteriores. Sem pesquisa não há progresso. A pesquisa é um processo 
reflexivo, sistemático, controlado e crítico que nos conduz à descoberta de novos fatos e 
das relações entre as leis que regem o aparecimento ou ausência dos mesmos. 
 
 
2 - A LEGITIMIDADE DO SABER 
 
O que se pretende neste manual de Metodologia Científica é desmistificar a idéia de 
que realizar uma Pesquisa Científica é um ato extremamente difícil e possível somente aos 
grandes intelectuais, ou seja, o universitário se atemoriza frente a expectativa de encontrar 
bloqueios e dificuldades desde o início do processo da pesquisa até a realização do relatório 
final com a apresentação de resultados. 
Sabe-se que todo trabalho de pesquisa requer imaginação criadora, iniciativa, 
persistência, originalidade e dedicação do pesquisador. Porém, todo estudante que vai aos 
poucos criando hábitos sistematizados de estudos, de montagem de documentos, percorrerá 
as fases do método de pesquisa sem grandes dificuldades. 
Na verdade, a Pesquisa Científica não pode ser fruto apenas da intuição do 
indivíduo, e exigindo a admissão de procedimentos metodológicos e de técnicas como já foi 
dito. O método deve ser visto como, orientador, indicador de um caminho e não como 
roteiro formal forçado que conduz a resultados automáticos. 
“A pesquisa deve ser fundamentalmente uma obra de criatividade, que nasce da 
intuição do pesquisador e recebe a marca de sua originalidade, tanto no modo de 
empreendê-la como no de comunicá-la.”(4:15). 
Em nosso país, porém, uma reflexão deve ser feita frente às considerações como 
mente existentes na “comunidade cientifica”, ou seja, a de aceitar como mais legítimos os 
resultados de pesquisas levando-se em conta prioritariamente o peso da instituição em que 
se realiza a pesquisa ou, ainda, o nível de conhecimento que se tem sobre o intelectual 
como pesquisador. 
Este fato condicionador inibe os pesquisadores iniciantes, dificultando-lhes a 
obtenção de maiores incentivos para a realização de suas investigações. 
A competência em realizar pesquisas científicas não deve ser medida e/ou 
considerada enquanto resultado do somatório de trabalhos e estudos efetivados, mas sim 
deve estar relacionada ao “como captar” e “como compreender” os fatos da realidade. O 
método e importante para se atingir a verdade, a realidade, porém não é condição suficiente 
para garantir o êxito da pesquisa. 
Com estas interpretações não pretendemos deixar de evidenciar ou de considerar 
que para se consolidar a competência de pesquisadores em determinadas instituições foi 
necessário percorrer um difícil e longo caminho. Contudo, encontramos centros de 
pesquisas quese estabeleceram e desenvolveram suas experiências em curto espaço de 
tempo, principalmente de estudos nas áreas de informática, biomédicas, respondendo mais 
prontamente a uma série de problemáticas que dificultam o desenvolvimento tecnológico 
do País, por exemplo. 
Contudo, nossa realidade é tão carregada de situações-problemas que não foram 
ainda totalmente abordadas ou clarificadas que existem espaços e objetos de estudos para 
todos aqueles que se propõem a conduzir com seriedade e responsabilidade o processo de 
uma pesquisa científica. 
A tentativa de entrosamento com pesquisadores já reconhecidos pela comunidade 
científica, se faz necessária, no sentido de se avaliar as propostas de estudo analisando as 
condições de viabilidade técnica, política, lógica e financeira de se realizar a investigação. 
Por viabilidade técnica seria considerada e examinada a Metodologia definida para 
o estudo. Os métodos e técnicas indicados seriam avaliados em relação à tipologia e 
delimitações do problema focalizado bem como aos objetivos e hipóteses. 
Por viabilidade política poder-se-ia discutir a relevância da pesquisa tomando-se 
por base a realidade emergencial contemporânea, a inter-relação estudo projetado com as 
pesquisas realizadas anteriormente e as contribuições da pesquisa na busca de soluções para 
o problema. 
A viabilidade lógica diz respeito à formulação do quadro teórico-conceitual de base 
da pesquisa. O pesquisador que não possui condições de estabelecer os conceitos, 
definições, raciocínios e juízos sobre o objeto de estudo não terá também possibilidade de 
interpretar corretamente os dados obtidos ao proceder a investigação. 
A viabilidade financeira precisa ser observada até em relação com as pesquisas de 
pequena dimensão, pois em todos os projetos de pesquisas gastos serão efetivados ou com 
material de escritório bem como com a realização de missões científicas na busca de 
informações. 
 
 
3 – TIPOLOGIA DA PESQUISA 
 
3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA SEGUNDO AS FORMAS 
DE ESTUDO 
 
Segundo as formas de estudo do objeto de pesquisa, esta pode ser classificada em: 
Pesquisa Descritiva, Pesquisa Experimental e Pesquisa-Ação. 
 
 
3.1.1 A PESQUISA DESCRITIVA 
 
É, aquela em que o pesquisador “observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou 
fenômenos variáveis sem manipula-los”(5:55). 
Neste tipo de pesquisa não há a interferência do pesquisador, isto é, ele não 
manipula o objeto de pesquisa. Procura descobrir a freqüência com que um fenômeno 
ocorre, sua natureza, característica, causas, relações e conexões com outros fenômenos. 
A pesquisa descritiva engloba dois subtipos: a Pesquisa Documental e/ou 
Bibliográfica e a Pesquisa de Campo. 
 
3.1.1.1 A Pesquisa Documental e Bibliográfica 
 
É a que se efetua tentando resolver um problema ou adquirir conhecimentos a partir 
do emprego predominante de informações advindas de material gráfico e sonoro. 
Geralmente se identifica esta tipologia de pesquisa somente com o uso de 
mensagens escritas ou impressas. 
O objetivo da pesquisa documental é recolher, analisar e interpretar as contribuições 
teóricas já existentes sobre determinado fato, assunto ou idéia. Normalmente, este tipo de 
pesquisa antecede a pesquisa de campo e/ou a pesquisa experimental. É a parte de 
exploração preliminar dos temas em estudo. Através do estudo da documentação existente 
sobre o mesmo é que o investigador consegue melhores condições para formular e 
determinar o seu problema de pesquisa. 
Há autores que diferenciam a pesquisa documental da Pesquisa Bibliográfica. 
Afirma que o levantamento bibliográfico é mais amplo do que o documental. Configuram a 
pesquisa bibliográfica como ato de ler, selecionar, fichar e arquivar tópicos de interesse 
para a pesquisa. 
Para maior aprofundamento sobre esta tipologia de pesquisa, o leitor devera 
reportar-se ao capítulo 2 onde se trata do levantamento bibliográfico. 
Para o registro das informações obtidas na pesquisa bibliográfica e documental, o 
universitário deverá ir organizando o seu fichário particular. 
A forma de anotações em cadernos ou folhas soltas não é aconselhável, pois existe a 
dificuldade de manuseamento do material bem como a possibilidade de se perder a 
documentação feita. 
Ao se estudar um tema devemos ir registrando todas as fontes bibliográficas ou 
documentais utilizadas para a realização do trabalho. 
O fichário do pesquisador pode ser constituído de vários tipos de fichas. Lakatos 
(6:59) as classifica como: 
a- Fichas Bibliográficas subdivididas em: 
A1 Bibliografia de obra inteira. 
A2 Bibliografia de parte de uma obra. 
b- Ficha de citações. 
c- Ficha de resumo. 
d- Ficha de esboço. 
e- Ficha de comentário ou analítica. 
 
De certa forma, aprendendo-se a montagem e confecção de fichas bibliográficas o 
estudante poderá, a partir de suas necessidades frente ao desenvolvimento da pesquisa, ir 
aos poucos sistematizando forma própria de documentação, criando outros ou adaptando-os 
ao primeiro. 
A ficha bibliográfica (7,5 cm x 12,5 cm) pode ser elaborada de acordo com as seguintes 
características: 
a- Definição do tema geral e especifico. 
b- Nome do autor começando pelo sobrenome. 
c- Número de edição, local e data de publicação. 
d- Número de páginas do livro. 
e- Especificação do conteúdo do livro. 
f- Número ou letra de classificação da ficha segundo a seqüência da documentação. 
 
 
 MODELO I DE FICHA BIBLIOGRÁFICA 
 
 
 METODOLOGIA CIENTÍFICA 
 Selltiz, et allii 
 
 MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO NAS RELAÇÕES SOCIAIS 
 
 
 O livro se refere ao processo da investigação. Descreve minuciosamente desde 
a formulação de problema, o esquema, a coleta de dados, a análise e 
interpretação e comunicação dos dados. 
 
 
 
 MODELO II 
 
 ASSUNTO: TEMA: N 
 FONTE: Autor, título, p. localização. 
 
 CONTEÚDO: (citações, resumo. Paráfrase, comentário, esboço, sumário etc) e JUÍZO 
CRÍTICO (avaliação). 
 
 
Na fase de coleta de dados da pesquisa de campo o pesquisador pode também fazer 
uso de fichas para o registro de suas observações. São indicadas as fichas de 
observação ou seja, aquelas fichas em que se anotam as observações diretas da 
realidade social. Seguem as mesmas normas das fichas bibliográficas mas 
acrescentam-se os seguintes dados: 
1- Local de observação. 
2- Pesquisador. 
3- Campo de observação. 
4- Época de observação. 
 
MODELO DE FICHA DE OBSERVAÇÃO 
 
 
I – HABITAÇÃO POPULAR Pesquisador:______________________________ 
N Campo: Favela:___________________ 
 Agosto de 1985 
 
 
 
 Estivemos na favela __________________e constatamos que lá existem____________ 
barracos construídos em madeira ____________construídos em zinco e _____________ 
construídos com sucata. 
 
 
 
O universitário tem várias maneiras de organizar o seu fichário. Poderá classificar as 
fichas segundo os temas divididos em Gerais e Específicos, temas estes colocados em 
ordem alfabética ou ainda agrupar as fichas baseando-se num critério de sistematização ou 
classificação de assuntos, obedecendo a ordem alfabética de autores e numerando as fichas. 
 
 
 
3.1.1.1 A Pesquisa de Campo 
 
O investigador na Pesquisa de Campo assume o papel de observador e explorador 
coletando diretamente os dados no local (campo) em que se deram ou surgiram os 
fenômenos. O trabalho de campo se caracteriza pelo contato direto com o fenômeno de 
estudo. 
“A pesquisa de campopropriamente dita não deve ser confundida com a simples 
coleta de dados (...) é algo mais que isso, pois exige contar com controles adequados e com 
objetivos preestabelecidos que discrimina suficientemente o que deve ser coletado”(7:229). 
A partir do uso de técnicas como observação, participante ou não participante, 
entrevistas, questionários, o pesquisador busca as informações sobre o objeto de estudo. 
A pesquisa de campo favorece o acúmulo de informações sobre fenômenos mas 
requer para tanto de procedimentos metodológicos previamente estabelecidos e 
apresentados no anteprojeto de pesquisa. Este tipo de pesquisa é muito usado na Sociologia, 
Antropologia, Política, Psicologia Social, Serviço Social e em outros ramos e campos 
científicos. 
A especificação das fases metodológicas da Pesquisa de Campo será objeto de 
atenção e A desenvolvimento na segunda parte desde capítulo. 
 
 
3.1.1 A PESQUISA EXPERIMENTAL – SEU SIGNIFICADO 
 
A investigação experimental – conhecida também por experimentação –adota o 
critério de manipulação de uma ou mais variáveis independentes (causas), sob adequado 
controle,a fim de observar de pesquisa (efeito-variável dependente).Assim sendo na 
pesquisa experimental o investigador interfere na realidade fato ou situação estudada 
através da manipulação direta das variáveis. 
Nos estudos experimentais clássicos era costume estudar a relação de uma única 
variável com o objeto enfocado (causa-efeito).Hoje é freqüente estudar os efeitos de uma 
ou mais variáveis nos limites de um único experimento, observando-se as inter relações e 
graus de intensidade, de influencia das variáveis entre si. 
Segundo Marinho, pode-se aceitar a seguinte metodologia para a realização de uma 
investigação experimental (8:49-50): 
 1-Investigação e definição do problema em estudo. 
 2-Literatura sobre o problema (P.bibliográfica). 
 3-Elaboração de hipóteses. 
 4-Definição do plano experimental. 
 5-Realização do experimento. 
 6-Apresentação dos dados. 
 7-Provas de significâncias comprovam-se ou rejeitam-se as hipóteses. 
 8-Analise e interpretação dos dados. 
 9-Conclusões. 
Por identificação e definição do problema em estudo compreende-se a fase em que o 
pesquisador formula e delimita o seu problema de pesquisa com a indicação das variáveis a 
serem testadas no experimento. 
Num segundo momento procura-se familiarizar com o problema através do 
levantamento, de dados, da consulta a fontes bibliográficas.Obtendo-se maior 
conhecimento sobre o tema e explicitando-se bem o problema ou área a estudar chega-se à 
fase de explicitação de hipóteses, ou seja, proposições ou generalizações elaboradas sobre o 
objeto de estudo segundo um critério ordenado de relações. 
Definir o plano experimental significa estabelecer os caminhos para a realização do 
experimento. Estrutura-se tarefas bem como se programa o método de controle sistemático 
das variáveis da amostra e dos instrumentos de coletas de dados. 
“O experimento é uma situação, criada em laboratório, com a finalidade de 
observar, sob controle, a relação que existe entre os fenômenos” (9:60). 
Um experimento pode ser realizado abrangendo basicamente dos grupos: o grupo de 
controle e grupo experimental. No grupo experimental, aplica-se ou reitera-se o fator 
variável experimental (v.independente). O grupo de controle é aquele serve de comparação 
para o grupo experimental. Neste grupo ë aplicado um fator de controle, ou seja, na maioria 
das vezes não se aplica nele a variável experimental. 
Realizando-se o experimento, o pesquisador devera registrar os resultados 
encontrados para posteriormente trabalhar estes dados apresentado-os em forma mais 
simplificada através de tabelas e gráficos. 
A fase de calculo de testes anteriormente escolhidos para a comprovação ou rejeição 
da hipótese se denomina provas de significância. 
Após a efetivação destas fases chega-se à analise e discussão dos resultados 
encontrados em função das hipóteses de investigação e finalmente às conclusões gerais da 
pesquisa. 
 
 
3.1.3 A PESQUISA-AÇÃO 
 
 
Segundo M. Thiollent (10:14), “a pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social com 
base empírica, que é concebida e no qual os pesquisadores e os participantes da situação ou, 
do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo’ 
Neste tipo de pesquisa os pesquisadores desempenham um papel ativo no 
equacionamento dos problemas encontrados.O pesquisador não permanece só a nível de 
levantamentos de problemas mas procura desencadear ações e avalia-las em conjunto com a 
população envolvida. 
A pesquisa-ação não pode ser confundida com a pesquisa descrita em que se utiliza 
a técnica da observação participante.Na pesquisa-ação a participação dos pesquisadores é 
explícita dentro da situação de investigação com os cuidados necessários para que ação seja 
conjunta com os grupos implicados nesta situação. 
Alguns aspectos importantes servem para identificarmos a estratégia metodológica 
da pesquisa-ação: 
 a) Há uma interação efetiva e ampla entre pesquisadores pesquisados. 
 b) Objetivo de estudo é constituído pela situação social e pelos problemas de diferentes 
naturezas encontradas nessa situação. 
 c) A pesquisa volta-se para a resolução e/ou esclarecimento da problemática observada. 
 d) A pesquisa não fica, a nível de um simples ativismo ,mas há o objetivo de se aumentar 
o conhecimento dos pesquisadores e aumentar o nível de consciência das pessoas e grupos 
considerados. 
Não concebemos, nesta classificação aqui apresentada, a pesquisa-ação como um 
subitem da pesquisa descritiva porque ela vai alem de uma simples constatação e 
configuração do problema ,ou seja ,a pesquisa –ação atinge o nível de descrição dos 
fenômenos porem não se restringe aos passos declinados pelo modelo clássico da pesquisa 
descritiva. Neste tipo de pesquisa a maior preocupação esta em estabelecer um sentido de 
horizontalidade no processo de conhecimento e ação entre pesquisador e realidade, 
pesquisador e pesquisados. 
 
 
 3.2 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA, SEGUNDO OS SEUS FINS 
 
Entre as outras formas de classificar a pesquisa, destacaremos aqui a classificação 
da pesquisa segundo os fins a que se destina. 
No tocante aos fins ou destinação da pesquisa encontramos a seguinte tipologia : a 
pesquisa pura e a pesquisa aplicada. 
A pesquisa pura ou pesquisa básica tem por finalidade o conhecer por conhecer. 
Está mais a nível da especulação mental a respeito de determinados fatos. É ainda chamada 
pesquisa teórica. 
A pesquisa aplicada é aquela em que o pesquisador é motivo pela necessidade de 
conhecer para aplicação imediata dos resultados.Contribui para fins práticos visando à 
solução mais ou menos imediata de problemas encontrados na realidade. 
 Enquanto na pesquisa teórica o pesquisador está voltado a satisfazer uma 
necessidade intelelectual de conhecer e compreender determinados fenômenos, na pesquisa 
aplicada ele busca orientação prática a solução imediata de problemas concretos do 
cotidiano. 
 Muitas vezes, a pesquisa teórica caminha para a aplicação de seus resultados em 
alguma circunstância. Como exemplo, temos os estudos realizados durante a Segunda 
Guerra Mundial – o Projeto Manhattan do que resultou a invenção da bomba atômica -, o 
qual partiu do trabalho de outros pesquisadores que realizaram investigações puras 
anteriores, para formulação de teoriaspara satisfação própria. 
 Na pesquisa pura, o pesquisador, comumente, busca a atualização de seus 
conhecimentos enquanto na pesquisa aplicada a finalidade não é somente procurar uma 
nova tomada de posição teórica mas, pretende realizar uma ação concreta, ou seja, 
operacionalizar os resultados de seu trabalho. 
 Na realidade, as pesquisas pura e aplicada não são opostas ou mutuamente 
exclusivas e não se deve considerar uma mais importante que a oura, ou ainda uma mais 
simples e a outra mais complexa. Os dois tipos de pesquisa são indispensáveis ao 
desenvolvimento da Ciência. Somente as circunstância vinculadas aos objeto de 
investigação relacionando-se com a realidade social política, cultural e econômica onde e 
para onde se reveste o estudo é que poderão ditar maior ou menor importância eventual, 
bem como o grau de complexidade de uma sobre a outra.

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