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Redação e formatação de trabalhos científicos de acordo com as Normas da ABNT

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ 
Setor de Ciências Sociais Aplicadas 
Departamento de Contabilidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REDAÇÃO E FORMATAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS DE ACORDO COM 
AS NORMAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2011
 
 
MARCELO CHAVES DE JESUS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REDAÇÃO E FORMATAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS DE ACORDO COM 
AS NORMAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ 
 
Manual de normas para elaboração de 
documentos científicos apresentado ao Programa 
de Mestrado em Contabilidade da Universidade 
Federal do Paraná. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2011 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
FIGURA 1 - MODELO DE CAPA PARA PROJETO DE PESQUISA ......................... 27 
FIGURA 2 - MODELOS DE LOMBADAS .................................................................. 29 
FIGURA 3 - MODELO DE FOLHA DE ROSTO ......................................................... 31 
FIGURA 4 - MODELO DE LISTAS DE ILUSTRAÇÕES INDIVIDUAIS ..................... 33 
FIGURA 5 - MODELO DE FOLHA DE ROSTO DE DISSERTAÇÃO ........................ 41 
FIGURA 6 - EXEMPLO DE FICHA CATALOGRÁFICA ............................................ 42 
FIGURA 7 - MODELO DE ERRATA .......................................................................... 43 
FIGURA 8 - MODELO DE TERMO OU FOLHA DE APROVAÇÃO .......................... 44 
FIGURA 9 - MODELO DE MARGENS DE PÁGINAS ............................................... 50 
FIGURA 10 - CONFIGURAÇÃO DAS MARGENS .................................................... 50 
FIGURA 11 - CONFIGURAÇÃO DE ESPAÇAMENTO ENTRELINHAS ................... 51 
FIGURA 12 - CONFIGURAÇÃO DE TIPO E TAMANHO DE LETRA ....................... 52 
FIGURA 13 - CONFIGURAÇÃO DE PARÁGRAFO .................................................. 53 
FIGURA 14 - RECUO EM CITAÇÃO LONGA ........................................................... 54 
FIGURA 15 - EXEMPLO DE LINHA VIÚVA .............................................................. 55 
FIGURA 16 - PASSOS PARA INSERIR NUMERAÇÃO DE PÁGINAS ..................... 56 
FIGURA 17 - PASSOS PARA INSERIR QUEBRA DE SEÇÃO ................................ 57 
FIGURA 18 - CONFIGURAÇÃO DE PAGINAÇÃO INDEPENDENTE ...................... 58 
FIGURA 19 - MENU REFERÊNCIAS ........................................................................ 82 
FIGURA 20 - MENU CITAÇÕES E BIBLIOGRAFIA .................................................. 83 
FIGURA 21 - INSERIR CITAÇÃO ............................................................................. 83 
FIGURA 22 - INSERIR FONTE BIBLIOGRÁFICA (LIVRO COM UM AUTOR) ......... 84 
FIGURA 23 - INSERIR FONTE BIBLIOGRÁFICA (LIVRO COM MAIS DE UM 
AUTOR) .................................................................................................................... 85 
FIGURA 24 - INSERIR FONTE BIBLIOGRÁFICA (ARTIGO DE REVISTA) ............. 86 
FIGURA 25 - INSERIR FONTE BIBLIOGRÁFICA (ARTIGO DE CONGRESSO) ..... 87 
FIGURA 26 - INSERIR FONTE BIBLIOGRÁFICA (EDIÇÃO REV. OU AMP.) .......... 88 
FIGURA 27 - INSERIR FONTE BIBLIOGRÁFICA (NORNA TÉCNICA) .................... 89 
FIGURA 28 - INSERIR FONTE BIBLIOGRÁFICA (TESES E DISSERTAÇÕES) ..... 90 
FIGURA 29 - INSERIR BIBLIOGRAFIA .................................................................... 91 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
QUADRO 1 – REQUISITOS PARA REDAÇÃO E APRESENTAÇÃO ...................... 11 
QUADRO 2 - ESTRUTURA COMPLETA DE PROLETO DE PESQUISA ................. 26 
QUADRO 3 - PROPOSTA DE ESTRUTURA PARA PROJETOS DE PESQUISA .... 37 
QUADRO 4 - ESTRUTURA DE TESES E DISSERTAÇÕES .................................... 39 
QUADRO 5 - MODELO DE ESTRUTURA PARA DISSERTAÇÕES E TESES ........ 48 
QUADRO 6 - RELAÇÃO DE EXPRESSÕES LATINAS ............................................ 70 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1  INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 6 
2  PROJETOS DE PESQUISA ................................................................................. 7 
3  TRABALHOS CIENTÍFICOS ................................................................................ 9 
3.1  Requisitos para redação e apresentação ............................................................. 9 
3.1.1  Coerência ..................................................................................................... 11 
3.1.2  Imparcialidade .............................................................................................. 11 
3.1.3  Originalidade ................................................................................................ 12 
3.1.4  Precisão ....................................................................................................... 13 
3.1.5  Acuidade ...................................................................................................... 14 
3.1.6  Clareza ......................................................................................................... 14 
3.1.7  Objetividade/Concisão ................................................................................. 15 
3.1.8  Ordem/Harmonia .......................................................................................... 15 
3.1.9  Simplicidade ................................................................................................. 16 
4  APRESENTAÇÃO E FORMATAÇÃO DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS ........ 17 
4.1  Aspectos gramaticais e ortográficos ................................................................... 17 
4.1.1  Conjugação verbal ....................................................................................... 18 
4.1.2  Expressões numéricas ................................................................................. 18 
4.1.3  Siglas ........................................................................................................... 21 
4.1.4  Abreviaturas ................................................................................................. 22 
4.1.5  Fórmulas e equações ................................................................................... 23 
4.1.6  Remissivas ................................................................................................... 24 
4.1.7  Uso de aspas, itálico e negrito ..................................................................... 24 
4.2  Estrutura de documentos científicos ................................................................... 25 
4.2.1  Estrutura do projeto de pesquisa ................................................................. 25 
4.2.1.1  Capa ......................................................................................................... 27 
4.2.1.2  Lombada ................................................................................................... 28 
4.2.1.3  Folha de rosto ........................................................................................... 30 
4.2.1.4  Curriculum vitae ........................................................................................ 31 
4.2.1.5  Lista de ilustrações e tabelas .................................................................... 32 
4.2.1.6  Lista de abreviaturas e siglas .................................................................... 34 
 
 
4.2.1.7  Lista de Símbolos ..................................................................................... 35 
4.2.1.8  Sumário..................................................................................................... 35 
4.2.1.9  Elementos textuais .................................................................................... 36 
4.2.2  Estrutura de teses e dissertações ................................................................38 
4.2.2.1  Capa e lombada ........................................................................................ 39 
4.2.2.2  Folha de rosto ........................................................................................... 40 
4.2.2.3  Errata ........................................................................................................ 42 
4.2.2.4  Termo ou folha de aprovação ................................................................... 43 
4.2.2.5  Dedicatória ................................................................................................ 44 
4.2.2.6  Agradecimentos ........................................................................................ 45 
4.2.2.7  Epígrafe .................................................................................................... 45 
4.2.2.8  Resumo..................................................................................................... 46 
4.2.2.9  Elementos textuais .................................................................................... 47 
4.3  Formatação e apresentação ............................................................................... 49 
4.3.1  Formato do papel e impressão ..................................................................... 49 
4.3.2  Margens ....................................................................................................... 49 
4.3.3  Espaçamento entrelinhas ............................................................................. 50 
4.3.4  Tipo e tamanho de letra ............................................................................... 51 
4.3.5  Parágrafo ..................................................................................................... 52 
4.3.6  Paginação .................................................................................................... 55 
4.4  Organização do texto .......................................................................................... 58 
4.4.1  Títulos de seções ......................................................................................... 59 
4.4.2  Numeração progressiva ............................................................................... 60 
4.5  Citações .............................................................................................................. 61 
4.5.1  Citação direta ............................................................................................... 62 
4.5.2  Citação indireta ............................................................................................ 62 
4.5.3  Citação de citação ........................................................................................ 63 
4.5.4  Indicação da fonte nas citações ................................................................... 63 
4.5.4.1  Sistema autor-data .................................................................................... 63 
4.5.4.2  Sistema numérico ..................................................................................... 64 
4.5.4.3  Indicação do autor .................................................................................... 65 
4.5.4.4  Documento sem autoria ............................................................................ 66 
4.5.4.5  Indicação de data ...................................................................................... 67 
4.5.4.6  Indicação de páginas ................................................................................ 68 
 
 
4.5.5  Sinais e convenções .................................................................................... 68 
4.6  Notas de rodapé ................................................................................................. 69 
4.6.1  Notas de referência ...................................................................................... 70 
4.6.2  Notas explicativas ........................................................................................ 71 
4.6.3  Apresentação das notas de rodapé.............................................................. 71 
4.7  Ilustrações e/ou figuras ....................................................................................... 72 
4.8  Quadros .............................................................................................................. 73 
4.9  Tabelas ............................................................................................................... 73 
4.10  Referências .................................................................................................. 74 
4.10.1  Elementos de referência ........................................................................... 75 
4.10.2  Apresentação dos elementos de referência .............................................. 76 
4.10.2.1  Indicação da autoria .................................................................................. 76 
4.10.2.2  Indicação do título da obra ........................................................................ 79 
4.10.2.3  Indicação da edição .................................................................................. 80 
4.10.2.4  Indicação de notas tipográficas ................................................................. 80 
4.10.2.5  Utilizando o gerenciador de referências do Microsoft Office Word 2007® . 82 
5  REFERÊNCIAS .................................................................................................. 92 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
A elaboração de trabalhos científicos constitui parte significativa no 
desenvolvimento e apresentação dos estudos destinados à produção científica, seja 
na forma de trabalhos acadêmicos como monografias, dissertações e teses, ou na 
forma de relatórios de pesquisa ou artigos científicos. A ferramenta mais utilizada 
atualmente para edição destes trabalhos científicos é, certamente, o computador por 
meio de programas editores (ou processadores) eletrônicos de textos, planilhas e 
figuras. Desta forma, este manual técnico tem por objetivo apresentar os 
procedimentos referentes à edição de trabalhos científicos de forma adequada às 
Normas para Apresentação de Documentos Científicos da Universidade Federal do 
Paraná (UFPR), que por sua vez, apóiam-se nas normas da Associação Brasileira 
de Normas Técnicas (ABNT) e no Código de Catalogação Anglo-Americano (AACR-
2). Somente para fim de simplificar a redação, este trabalho se refere às Normas 
para Apresentação de Documentos Científicos da UFPR, apenas como Normas da 
UFPR. 
Inicialmente são discutidas as características do projeto de pesquisa cuja 
forma de elaboração é considerada um dos fatores essenciais para a garantia da 
qualidade do trabalho científico. Por fazer referência a várias formas de 
apresentação de pesquisas científicas este manual apresenta na seqüência a 
descrição de tais documentos bem como sua adequada forma de elaboração. Dando 
continuidade, são apresentadas a estrutura básica dos diferentes trabalhos 
científicos, as regras de edição exigidas e a respectiva formatação e aplicação das 
regras por meio de editor eletrônico de texto. Dada a diversidade de softwares 
editores de texto à disposição dos pesquisadores atualmente, este manual tomou 
como base para a apresentação dos exemplos e procedimentos de formatação o 
Microsoft® Office Word 2007 (Word 2007), por julgar-se ser o mais popular. 
 
2 PROJETOS DE PESQUISA 
A pesquisa científica constitui-se de um trabalho de construção de 
conhecimento baseado em métodos consagrados e munidos de credibilidade, de 
modo que seus resultados servem de referência para novas pesquisas e, sobretudo 
para o desenvolvimento da sociedade no que se refere ao campo de abrangência 
dos estudos empreendidos. Uma das maneiras de se assegurar a credibilidade e a 
validade dos resultados da pesquisa científicaé a elaboração de um projeto de 
pesquisa coeso e robusto do ponto de vista teórico e prático. Sendo assim, “a 
observância de procedimentos metodológicos na elaboração [do projeto de 
pesquisa] garante o nível de qualidade da pesquisa”. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007c, p. 
11). 
O projeto de pesquisa pode ser comparado com o alicerce de uma 
construção imobiliária. De forma análoga, quanto maiores forem as necessidades de 
sustentação da construção, maiores devem ser os cuidados com suas bases. Em 
sua fase de elaboração o projeto possibilita ao pesquisador uma visão clara do 
problema a ser estudado bem como dos possíveis resultados a serem verificados. 
“O projeto bem elaborado descreve os planos, as fases e os procedimentos de uma 
pesquisa a ser realizada e evita surpresas, improvisações, inseguranças e 
desperdício de tempo e de recursos” (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007c, p. 12). Outros 
perigos que ameaçam a efetividade do trabalho científico são apontados por Marconi 
e Lakatos (2009, p. 103) que afirmam que a pesquisa “necessita ser planejada com 
extremo rigor, caso contrário o investigador, em determinada altura, encontrar-se-á 
perdido num emaranhado de dados colhidos, sem saber como dispor dos mesmos 
ou até desconhecendo seu significado e importância.” 
Cooper e Schindler (2003, p. 92) apresentam os objetivos da proposta de 
pesquisa em administração como sendo os seguintes: 
a) apresentar a questão de administração a ser pesquisada e relatar sua 
importância; 
b) discutir os esforços de pesquisa de outros que trabalharam em questões 
de administração relacionadas; 
8 
 
c) sugerir os dados necessários para resolver a questão de administração 
e sugerir como os dados devem ser coletados, tratados e interpretados. 
Em seguida, tais autores acrescentam que “uma proposta de pesquisa deve 
apresentar o plano, os serviços e as credenciais do pesquisador da melhor forma 
possível” (COOPER; SCHINDLER, 2003, p. 92). Os objetivos e os quesitos 
apresentados neste caso formam as partes principais do projeto de pesquisa, ou 
seja, a introdução onde são descritos o tema, o problema, as hipóteses quando for 
o caso, os objetivos e a justificativa, e o desenvolvimento composto pelo marco 
teórico de referência, pelos procedimentos metodológicos, pela apresentação dos 
recursos necessários para realização da pesquisa e pelo cronograma de atividades 
a ser seguido. 
Segundo Gil (1991, p. 21) “[...] o planejamento da pesquisa pode ser definido 
como o processo sistematizado, mediante o qual se pode conferir maior eficiência à 
investigação para em determinado prazo alcançar o conjunto das metas 
estabelecidas.” Sob este ponto de vista, o projeto de pesquisa é resultado de um 
minucioso esforço de planejamento que deve contemplar os objetivos discutidos de 
modo a sustentar todo o trabalho de pesquisa. 
 
3 TRABALHOS CIENTÍFICOS 
A apresentação dos resultados das pesquisas científicas é um tema que tem 
sido discutido em inúmeras obras nos últimos anos, como por exemplo, Ruiz (1985), 
Martins (2000), Marion, Dias e Traldi (2002), Severino (2002), Cooper e Schindler 
(2003), Martins e Theóphilo (2007), Santos (2007), Tomasi e Medeiros (2008), Vieira 
(2008), Beuren (2009), Gil (2009), Marconi e Lakatos (2009), dentre outros, sendo 
elas divididas em generalistas – que tratam o assunto de modo amplo – e 
específicas – obras mais e direcionadas a determinados ramos do conhecimento ou 
a tipos específicos de trabalhos científicos. A apresentação dos resultados da 
pesquisa pode ser considerada tão importante quanto a própria pesquisa, pois dela 
dependem a publicidade, o entendimento e a eventual aplicabilidade de seu 
conteúdo por parte da comunidade, bem como suas contribuições para o progresso 
científico. 
Ainda que a produção do conhecimento científico seja a principal motivação 
para elaboração dos diversos tipos de trabalhos desta natureza, existem outras 
razões que condicionam sua forma de apresentação tais como obtenção de grau 
acadêmico, participação em eventos de natureza científica, apresentação de 
resultados de trabalhos desenvolvidos por grupos permanentes de pesquisa, dentre 
outras. Segundo Longaray e Beuren (2009, p. 31) os tipos de trabalhos técnicos que 
fazem parte do cotidiano acadêmico são “os artigos de periódicos, as comunicações 
científicas, o curriculum vitae, os eventos (comunicação coordenada, simpósio, 
mesa-redonda, painel), o memorial descritivo, os papers, os relatórios, as resenhas e 
os seminários”. 
3.1 Requisitos para redação e apresentação 
Dadas as características particulares do trabalho de natureza cientifica, sua 
apresentação deve obedecer às “normas técnicas de documentação [e aos] 
requisitos de comunicação [e] de lógica” (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 10), devendo 
10 
 
o pesquisador “observar certos elementos básicos na redação do texto, como 
objetividade, coerência, clareza, precisão, imparcialidade, uniformidade, aspectos 
gramaticais” (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 10). Segundo Marconi e Lakatos (2009, p. 
178), na redação devem-se observar três aspectos básicos: conteúdo, forma e 
correção; além dos quatro seguintes critérios: 
a) estrutura – conjunto articulado das partes formado pela reunião das 
mesmas em determinada ordem ou organização, tendo em vista o 
relacionamento entre elas, determinando a função do todo. 
b) conteúdo – apresentação de idéias básicas e coerentes. 
c) expressão – forma e correção. 
d) adequação – correspondência ao tema proposto. 
As autoras citadas apresentam ainda outros elementos básicos ou 
“qualidades” exigidas para uma “boa” redação conforme segue (MARCONI; 
LAKATOS, 2009, p. 178): 
a) simplicidade 
b) clareza 
c) precisão 
d) concisão 
e) imparcialidade 
f) originalidade 
g) objetividade 
h) ordem 
i) harmonia 
j) acuidade 
Observando-se o encadeamento dos conceitos apresentados e suas 
respectivas definições é possível sintetizá-los conforme se pode observar no 
QUADRO 1 a seguir. A “correção”, tal como referida por Marconi e Lakatos (2009, p. 
178) é um aspecto que perpassa todos os demais aspectos e, por isso pode ser 
considerada como um pressuposto básico que deve acompanhar tanto o conteúdo 
quanto a forma. Os requisitos – detalhados na sequência – podem ser entendidos 
11 
 
como características qualitativas intrínsecas inerentes à elaboração de trabalhos 
científicos. 
Aspectos básicos Elementos relacionados Requisitos 
Conteúdo 
(O que apresentar) 
Idéias básicas e coerentes. Apresentação 
dos resultados. Análise, argumentação e 
conclusões. 
Coerência 
Imparcialidade 
Originalidade 
Precisão 
Forma 
(Como apresentar) 
Estrutura e Expressão Acuidade 
Clareza 
Objetividade/Concisão 
Ordem/Harmonia 
Simplicidade 
QUADRO 1 – REQUISITOS PARA REDAÇÃO E APRESENTAÇÃO 
FONTE: ADAP. UFPR. Sist. Bibl-s (2007d); MARCONI; LAKATOS (2009) 
3.1.1 Coerência 
A primeira característica a ser observada em um trabalho científico diz 
respeito à coerência com que as informações são apresentadas. Ao discutir as 
idéias e constatações referentes à pesquisa o pesquisador deve dar atenção à 
consistência das informações de modo que não incorra em contradição. “A 
explanação deve se apoiar em dados e provas e não em opiniões que não possam 
ser confirmadas” (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 10), ou seja, as afirmações do autor 
devem estar fundamentadas em uma base científica. A coerência pode ser 
relacionada ainda com a “adequação” que, segundo Marconi e Lakatos (2009, p. 
178), representa a correspondência com o tema proposto. 
3.1.2 Imparcialidade 
Ao transmitir suas análises, argumentações e conclusões o pesquisador 
deve assumir uma postura imparcial,ou seja, deve evitar que o resultado 
apresentado seja desvirtuado em função de interesses alheios ao processo 
científico. “Na redação de documentos técnico-científicos, o autor não deve fazer 
12 
 
prevalecer seu ponto de vista, sua opinião e seus preconceitos. Ao mesmo tempo, 
deve evitar idéias preconcebidas [...]” (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 12). 
Marconi e Lakatos (2009, p. 179) defendem que, “a quem escreve, impõe-se 
deixar bem claros os pressupostos da argumentação, do contrário, pode levar o 
leitor a conclusões incorretas.” Como exemplo de texto onde faz necessária a 
imparcialidade Faraco e Tezza (2009, p. 242) apresentam a resenha crítica, 
ressaltando a importância desta característica em tais obras. De acordo com esses 
autores “[...] imparcialidade não significa ‘ficar em cima do muro’. É preciso, afinal, 
arriscar uma opinião, ou a resenha não terá sentido”. Percebe-se que a interação do 
pesquisador com a pesquisa e com sua apresentação deve ser livre de 
contaminação e ainda que o julgamento, quando se fizer necessário, deve ser 
“exato” e “justo”. 
3.1.3 Originalidade 
A originalidade, como requisito para elaboração de trabalhos científicos 
significa “novidade na forma da exposição e também no conteúdo” (MARCONI; 
LAKATOS, 2009, p. 179). A originalidade é requisito obrigatório para teses e 
opcional para artigos científicos a serem publicados em periódicos (UFPR. Sist. Bibl-
s, 2007f, p. 13; 2007b, p. 43). Este requisito está diretamente relacionado com o 
tema (assunto) a ser abordado. Quanto a este aspecto, Ruiz (1985, p. 59) faz a 
seguinte observação: 
O estudante universitário imbuído de espírito científico não cede à tentação, 
ao comodismo, à mediocridade de escolher assunto pela sua aparente 
facilidade; ao contrário, procura assuntos, cujo estudo e aprofundamento lhe 
possam trazer contribuição efetiva para o próprio amadurecimento cultural, 
e alguma contribuição objetiva ao esclarecer melhor um problema, ao cobrir 
uma lacuna, ao corrigir uma falsa interpretação, ao esclarecer aspectos até 
então obscuros, ao aprimorar a definição de um conceito ambíguo, ao 
promover o aprofundamento sobre tema relevante pelo seu conteúdo e pela 
sua atualidade. 
Mais adiante, no mesmo texto o autor afirma também que “não se pode 
especificar ou delinear um assunto antes de conhecê-lo em sua generalidade, antes 
de apreender os múltiplos aspectos sob os quais possa ser estudado, antes de 
13 
 
submetê-lo a uma análise preliminar” (RUIZ, 1985, p. 59). O que se depreende de 
tais afirmações é que as “lacunas”, “falsas interpretações”, “aspectos obscuros” e 
“definições ambíguas” devem apresentar-se desta forma para a comunidade 
científica especializada no tema em questão e não para o pesquisador, por conta de 
sua reduzida familiaridade com o fenômeno. Esta afirmação baseia-se na percepção 
de que o conhecimento científico é produzido a partir do próprio conhecimento. Ou 
seja, “todo texto se alimenta de outros textos, outras visões de mundo, outras 
palavras, e só existe em função dessas linguagens alheias” (FARACO; TEZZA, 
2009, p. 239). Sendo assim, “um tema é original quando tem potencial para 
surpreender – não significa que nunca foi estudado, pois isso seria singular” 
(VIEIRA, 2008, p. grifo da autora). 
3.1.4 Precisão 
À medida que o pesquisador discorre sobre os passos percorridos para se 
chegar a determinados resultados os conceitos devem se tornar inteligíveis pelo 
público leitor de modo que este possa apreender o significado das afirmações da 
forma como o autor pretendeu apresentá-las, evitando-se interpretações diversas, ou 
até contrárias, àquela que era esperada. O cuidado com as palavras e forma de 
apresentação de dados assume um caráter crucial ao passo que mal-entendidos 
podem comprometer os resultados do trabalho. 
Dentre os aspectos importantes que visam ao entendimento do conteúdo 
que se deseja expor pode-se destacar o uso de vocabulário preciso, nomenclatura 
técnica aceita no meio científico, evitando linguagem rebuscada e prolixa, uso de 
termos e expressões que não indiquem claramente proporções e quantidades como 
muito, pouco, nem todos, a maioria e outros termos ou expressões similares, 
procurando substituí-los pela indicação precisa em números ou porcentagem, 
quando for o caso, ou optando por associá-los a esses dados. Deve-se ainda evitar 
o uso de gírias e expressões pouco éticas ou deselegantes e de adjetivos, 
advérbios, locuções e pronomes que indiquem tempo, modo ou lugar de forma 
imprecisa, tais como aproximadamente, antigamente, em breve, em algum lugar, em 
14 
 
outro lugar, dentre outros termos similares (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 11, grifo do 
autor). 
3.1.5 Acuidade 
A acuidade está relaciona com a capacidade de transmissão da “mensagem” 
a que se propõe o trabalho de forma eficaz. “Refere-se à capacidade de 
discriminação, de estímulo sensorial, de agudeza. Implica observações cuidadosas, 
medidas e verificadas, que dependem de palavras com emprego preciso e exato.” 
(MARCONI; LAKATOS, 2009, p. 180). 
3.1.6 Clareza 
Ao discutir as dificuldades em se produzir documentos científicos de 
qualidade, Santos (2007, p. 13) assinala que: 
[...] geralmente não se percebe que a pesquisa científica produz, 
primeiramente, conhecimento para o pesquisador e, depois, um texto escrito 
para um leitor, o que demanda duas competências distintas: a habilidade de 
produzir conhecimentos e a habilidade de apresentar conhecimentos por 
escrito. 
Segundo Cooper e Schindler (2003, p. 484) “os técnicos em pesquisa podem 
entender o brilhantismo de um conteúdo mal apresentado, mas a maioria dos 
leitores será influenciada pela qualidade do relatório.” Sendo assim, o pesquisador 
deve levar em consideração primordialmente a inteligibilidade, em detrimento de 
formas figurativas ou outros recursos estéticos, ao utilizar palavras, expressões, 
símbolos e outras formas de representação. Os autores citados afirmam ainda que o 
texto de pesquisa é criado para transmitir informações de natureza precisa de modo 
que deve-se evitar ambiguidade, significados múltiplos e alusões e ter o cuidado de 
escolher as palavras certas, ou seja, aquelas que transmitam pensamentos de forma 
acurada, clara e eficiente. Quando são utilizados conceitos e construtos, por 
15 
 
exemplo, eles devem ser definidos operacional ou descritivamente (COOPER; 
SCHINDLER, 2003, p. 492). A fim de transmitir idéias claras, objetivas e coerentes o 
pesquisador deve “expressar-se bem, enfocando imagens e comparações, usando 
palavras adequadas ou outros recursos mais eficientes.” (MARCONI; LAKATOS, 
2009, p. 178). “A clareza de raciocínio é indispensável para a aplicação do método 
científico e deve refletir-se na clareza com que se escreve.” (BARRASS1, 1979 apud 
MARCONI; LAKATOS, 2009, p.179). 
3.1.7 Objetividade/Concisão 
“O relatório de pesquisa contém resultados, análises de resultados, 
interpretações, conclusões e, algumas vezes, recomendações. O pesquisador é o 
especialista no assunto e conhece os detalhes como ninguém. Como o relatório de 
pesquisa é uma comunicação decisiva de mão única, ele impõe uma obrigação 
especial de manter a objetividade.” (COOPER; SCHINDLER, 2003, p. 484). O 
pesquisador deve tomar o cuidado de ater-se ao assunto em questão por mais 
atraentes que lhe apareçam os detalhes dos exemplos ou fatos que possam ter 
alguma relação com o estudo, mas que não acrescentem informação relevante que 
contribuía para seu entendimento. “O tema deve ser tratado de maneira direta e 
simples, obedecendo a uma sequência lógica e coordenada de apresentação das 
idéias e evitando o desvio do assunto com considerações irrelevante.”(COOPER; 
SCHINDLER, 2003, p. 484). 
3.1.8 Ordem/Harmonia 
Estes dois conceitos representam não só a estrutura formal do trabalho 
científico, que geralmente segue uma sequência predeterminada ou comumente 
 
1 BARRASS, Robert. Os cientistas precisam escrever: guia de redação para cientistas, engenheiros 
e estudantes. São Paulo: T. A. Queiroz, Edusp, 1979 
16 
 
utilizada, mas, sobretudo a construção lógica da argumentação necessária para 
demonstrar os resultados que se apresentam como solução para o problema 
proposto. 
A demonstração baseia-se num processo de reflexão por argumentação, ou 
seja, baseia-se na articulação de idéias e fatos, portadores de razões que 
comprovem aquilo que se quer demonstrar. Essa articulação é conseguida 
mediante a apresentação de argumentos. Esses argumentos fundam-se nas 
conclusões dos raciocínios e nas conclusões dos processos de 
levantamento e caracterização dos fatos. 
O raciocínio é um processo de pensamento pelo qual conhecimentos são 
logicamente encadeados de maneira a produzirem novos conhecimentos. 
(SEVERINO, 2002, p. 183) 
A ordem e a harmonia devem caracterizar a sequência de apresentação das 
idéias e também a forma que as informações não textuais ou gráficas são inseridas 
no corpo do trabalho. “A informação e as idéias devem ser compreensíveis e 
apresentadas em ordem lógica. Faz-se necessário explicações suficientes, claras, 
integrais, com os dados dispostos de forma ordenada.” (MARCONI; LAKATOS, 
2009, p. 180). 
3.1.9 Simplicidade 
As características anteriores apresentadas impõem certo grau de 
simplicidade ao texto científico. No entanto o pesquisador deve envidar esforços no 
sentido de que a leitor médio tenha capacidade e apreender a mensagem de 
maneira otimizada. Segundo Severino (2003, p. 84) “[...] impõe-se um estilo sóbrio e 
preciso, importando mais a clareza do que qualquer outra característica estilística.” 
O autor defende ainda que sejam evitados “a pomposidade pretensiosa, o 
verbalismo vazio, as fórmulas feitas e a linguagem sentimental.” (SEVERINO, 2002, 
p. 84). De acordo com Marconi e Lakatos (2009, p. 179) “a simplicidade no escrever 
significa clareza de pensamento.” 
 
4 APRESENTAÇÃO E FORMATAÇÃO DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS 
A estrutura dos trabalhos científicos e suas regras de formatação seguem 
geralmente um padrão único para cada tipo de documento estabelecido pela ABNT 
por meio das Normas Técnicas. Tais padrões são adaptados por algumas 
instituições de modo que atendam às necessidades específicas de apresentação ou 
de identificação. 
A estrutura apresentada a seguir obedece aos critérios estabelecidos pelas 
Normas da UFPR que, praticamente reproduzem as Normas Técnicas, exceto em 
determinados casos. Os aspectos gerais de formatação e apresentação dizem 
respeito às regras gerais aplicáveis principalmente aos documentos técnico-
científicos podendo, por sua abrangência servir como diretrizes para a apresentação 
de outros tipos de documentos. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 30). Tais aspectos 
gerais podem ser classificados em aspectos gramaticais e de formatação. 
4.1 Aspectos gramaticais e ortográficos 
A redação de documentos científicos de obedecer, dentre outras, às regras 
de ortografia, pontuação, acentuação e concordância verbal por razões obvias. No 
entanto algumas regras destinam-se a contribuir para que as características 
qualitativas da produção científica escrita sejam preservadas. Dentre estas regras 
incluem-se as relativas à conjugação verbal, à apresentação de valores numéricos, 
símbolos, datas, siglas, abreviaturas, fórmulas e equações e de remissivas. 
18 
 
4.1.1 Conjugação verbal 
O emprego dos verbos deve assegurar em primeiro lugar a impessoalidade. 
Para tanto deve-se utilizar sua conjugação na forma impessoal2, observando para 
“dados referentes aos resultados de observações, questionamentos e experiências 
[...] formas verbais indicativas de passado”, enquanto que “generalidades, verdades 
imutáveis, fatos e situações estáveis devem ser expressos em formas verbais 
indicativas no presente.” (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 13). 
4.1.2 Expressões numéricas 
A forma de apresentação dos números no decorrer do texto deve basear-se 
nos critérios descritos a seguir (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 13-23). 
1) Números cardinais devem ser escritos: 
a) por extenso na indicação de um a dez; 
b) na forma mista (numeral seguido da palavra que designa a ordem de 
grandeza) para indicação de mil, milhão, bilhão, etc., redondos ou 
aproximados. Ex.: “Ford faz recall de 166,4 mil carros do Novo Ka”; 
c) na forma mista (numeral seguido da palavra que designa a ordem de 
sua grandeza) para evitar fraudes, interpretações dúbias, erros de 
digitação e outros Ex.: “Cada parte beneficiária dá direito a 1 (um) 
voto, não podendo a companhia votar com os títulos que possuir 
em tesouraria.”; 
d) por extenso no início das frases, devendo-se, sempre que possível, 
evitar iniciar as frases com algarismos; 
e) preferencialmente por extenso os números expressos em uma só 
palavra quando não se quer destacar a quantidade referida; 
 
2 Cf. Folha Online. Fovest – Dicas de gramática. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/ 
fovest/vimpessoais.shtml> Acesso em: 21/05/2010 
19 
 
f) somente em algarismos arábicos quando em uma mesma frase houver 
números maiores e menores que 11. Ex.: “Na pesquisa de campo, 
foram entrevistados 5 proprietários e 12 arrendatários”. 
2) Números ordinais devem ser escritos: 
a) em algarismos arábicos até o nono em artigos de leis, decretos, 
portarias, entre outros. Ex.: “Artigo 1.º, Artigo 9.º”; 
b) por extenso, do primeiro ao décimo nos demais casos, e para indicar 
ordem de episódios que não sejam periódicos. Ex.: “Primeira Guerra 
Mundial, Segundo Império”; 
c) em algarismos arábicos seguidos do símbolo que indica a ordem, sem 
espaçamento, do 11.º em diante; 
d) em algarismos arábicos, sem o símbolo que indica a ordem, do 10 em 
diante em artigos de leis, decretos, portarias, entre outros. Ex.: “Artigo 
10, Artigo 11”. 
3) Os algarismos romanos são usados para indicar: 
a) séculos. Ex.: “Século XIX”; 
b) ordenação de títulos de realeza, nobreza e religiosos. Ex.: “D. Pedro I, 
João Paulo II”; 
c) divisões das Forças Armadas. Ex.: “II Batalhão de Infantaria”; 
d) sequência de dinastias reais convencionalmente estabelecidas. Ex.: “I 
Dinastia”; 
e) sequência de conclaves, reuniões e escritos que se repetem 
periodicamente (ver também 2.b). Ex.: “III Olimpíadas de Inverno”. 
4) Números fracionários devem ser indicados: 
a) por extenso quando o numerador e o denominador forem números 
compreendidos entre um e dez. Ex.: “um terço”; 
b) em algarismos arábicos quando o denominador for maior que dez. Ex.: 
“6/15”; 
c) em algarismos arábicos quando na forma decimal. Ex.: “15,75”. 
20 
 
5) As porcentagens devem ser representadas em algarismos arábicos 
seguidas do símbolo %, sem espaçamento. 
6) Quantias monetárias observam os seguintes critérios: 
a) deve-se usar algarismos arábicos seguidos da unidade monetária para 
valores abaixo de mil, evitando-se o uso do símbolo da unidade 
monetária para valores redondos. Ex.: “20 reais, R$ 22,85”; 
b) deve-se representar números acima de mil na forma mista (numeral 
seguido da palavra que designa a ordem de grandeza) para indicação de 
mil, milhão, bilhão, etc., acompanhados da unidade monetária ou do 
símbolo da unidade monetária. No caso de valores não inteiros usa-se 
apenas o símbolo da unidade monetária em lugar. Ex.: “3 mil reais, R$ 
3 mil, R$ 2,695 milhões”; 
7) A representação de datasdeve obedecer aos seguintes critérios: 
a) a indicação número do milênio é sempre apresentada antes do termo 
milênio, podendo ser feita em numerais ordinais por extenso ou em 
algarismos romanos. Ex.: “primeiro milênio d.C., I milênio d.C.”; 
b) a indicação do número do século é sempre apresentada depois do termo 
século, podendo ser feita em numerais por extenso ou em algarismos 
romanos. Ex.: “século vinte e um, século XXI”; 
c) na indicação de datas completas, pode-se optar por uma das maneiras 
conforme abaixo: 
- representar números cardinais dia, mês e ano, separados por ponto 
ou barra; Ex.: “31.05.2010, 31/05/2010”; 
- pode-se antepor um zero ao número representativo do dia ou mês 
para evitar fraude. Ex.: “05.05.2010”; 
- representar em números cardinais dia e ano, intercalando-se mês 
por extenso. Ex.: “31 de maio de 2010”; 
d) a indicação apenas do ano pode ser feita por extenso ou em algarismos 
arábicos e, nesse caso, sempre representado por quatro dígitos, sem 
ponto de separação de milhar. Ex.: “2010”; 
21 
 
e) a indicação dos meses pode ser feita por extenso ou em algarismos 
arábicos – nesse caso, utilizam-se dois dígitos. Ex.: “mês 05, mês de 
maio”; 
f) os dias do mês podem ser indicados por extenso (em números ordinais 
ou cardinais) ou em algarismos arábicos com dois dígitos, devendo o 
primeiro dia do mês ser escrito sempre em ordinal. 
8) Observam-se os critérios abaixo na indicação de horas: 
a) deve-se utilizar o padrão de 24 horas; 
b) em horas redondas, não se abrevia a palavra horas; 
c) nas horas quebradas, deve-se usar “h”, “min” e “s”, sem espaçamento 
entre os números. A abreviatura “min” só é necessária quando houver 
especificação dos segundos. Ex.: “23 horas, 23h30, 21h30min10s”; 
4.1.3 Siglas 
A sigla é uma forma de abreviação resultante do “conjunto de letras iniciais 
dos vocábulos (normalmente os principais) que compõem o nome de uma 
organização, uma instituição, um programa, um tratado, entre outros.” (UFPR. Sist. 
Bibl-s, 2007d, p. 23). Sua utilização deve obedecer aos critérios descritos a seguir: 
a) deve-se citar apenas siglas já existentes ou consagradas; 
b) a sigla e o nome que a originou são escritos de maneira precisa e 
completa, de acordo com a convenção ou designação oficial; 
c) quando mencionadas pela primeira vez no texto, deve-se escrever 
primeiramente a forma por extenso, seguida da sigla entre parênteses. 
Ex.: “Universidade Federal do Paraná (UFPR)”; 
d) não utilizam-se pontos intermediários ou ponto final. Ex.: errado 
“U.F.P.R.”, correto “UFPR”; 
e) siglas com até três letras ou com quatro letras ou mais, desde que lidas 
letra por letra, são escritas com todas as letras maiúsculas; 
22 
 
f) siglas que formam palavras pronunciáveis devem ser escritas com 
apenas a primeira letra maiúscula. Ex.: “Empresa Brasileira de 
Pesquisa Agropecuária (Embrapa)”; 
g) deve-se manter com maiúsculas e minúsculas as siglas que 
originalmente foram criadas com essa estrutura para se diferenciar de 
outras, independentemente de seu tamanho. Ex.: “Conselho Nacional 
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Universidade 
de Brasília (UnB)”; 
h) no caso de siglas de origem estrangeira, deve-se adotar a sigla e seu 
nome em português quando houver forma traduzida, mesmo que o seu 
nome por extenso em português não corresponda perfeitamente à sigla, 
ou adotar a forma original estrangeira quando esta não tiver 
correspondente em português. Ex.: “Organização das Nações Unidas 
(ONU), British Broadcasting Corporation (BBC)”; 
i) adicionar a letra “s” (sempre minúscula) para indicar o plural das siglas 
somente quando a concordância gramatical assim o exigir. Ex.: “ONGs”; 
4.1.4 Abreviaturas 
No uso de abreviaturas deve-se observar os seguintes critérios: 
a) deve-se evitá-las ao máximo em textos corridos, utilizando-as 
preferencialmente em quadros, tabelas, listas, ou em documentos 
específicos, como dicionários, manuais técnicos e almanaques; 
b) antes de abreviar uma palavra, deve-se consultar dicionários e/ou outras 
fontes de informação3 para verificar se já existem formas padronizadas. 
Se isso não for possível, a palavra abreviada deve terminar em 
consoante; 
c) em palavras que apresentam encontro consonantal, abrevia-se até a 
última consoante deste. Ex.: “nasc., constr.”; 
 
3 c.f. NBR 6032:1989. Abreviação de títulos de periódicos e publicações seriadas 
23 
 
d) “abreviam-se os substantivos terminados pelos sufixos ‘logia’, ‘grafia’, 
‘nomia’, ou seus derivados, até as letras l, gr e n, iniciais dos sufixos” 
(ABNT, 1989, p. 1), salvo se existir forma usual diferente. Ex.: 
- Revista Brasileira de Biologia = R. bras. Biol., 
- Revista Brasileira de Geografia = R. bras. Geogr., 
- Revista Brasileira de Economia = R. bras. Econ. 
e) deve-se manter o acento gráfico ou hífen existente na palavra original. 
Ex.: “pág. (páginas), séc. (século), dec.-lei (decreto-lei)”; 
f) deve-se adicionar a letra “s” (sempre minúscula) para indicar o plural nas 
abreviaturas que representam títulos ou formas de tratamento e 
naquelas em que a concordância exigir. Ex.: “Drs. (doutores), V. Exas. 
(Vossas Excelências)”; 
g) deve-se evitar o uso de etc. no fim de uma enumeração de itens, pois 
não acrescenta outra informação senão a de que está incompleta, 
recomenda-se para tanto, o uso de “entre outros” e de “e outros”; 
h) as abreviaturas dos nomes dos estados brasileiros são constituídas 
sempre de duas letras, ambas maiúsculas e sem ponto; 
i) títulos de periódicos, quando necessários, podem ser abreviados de 
acordo com a NBR 6032 da ABNT ou de acordo com as fontes de 
referência especializadas na área. 
4.1.5 Fórmulas e equações 
As fórmulas e equações matemáticas auxiliam o entendimento do método 
utilizado para se obter determinado resultado ou para validar os dados 
apresentados. As equações podem ser inseridas na sequência do próprio texto ou 
destacadas para melhor visualização. 
Em meio a um texto, as fórmulas e equações devem ser representadas em 
linha, caso em que se permite um espaçamento maior que comporte seus 
elementos. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 28). Ex.:  = (∑xiFi)/∑Fi . 
24 
 
Quando destacadas do parágrafo, as equações e fórmulas devem ser 
centralizadas. 
Ex.: 
Quando houver várias equações e fórmulas ao longo do texto, deve-se 
identificá-las com números seqüenciais (dentro do capítulo ou ao longo do texto), 
que serão colocados entre parênteses, na extremidade direita da linha, junto à 
margem, de forma que possam ser identificadas. 
Ex.: (1) 
4.1.6 Remissivas 
Remissivas são expressões utilizadas para remeter o leitor para outro ponto 
do texto ou do documento. Para remeter a seções, subseções, páginas anteriores e 
posteriores, deve-se utilizar o termo ver ou vide ou a expressão ver também, não 
sendo necessário seu uso para remeter a ilustrações (gráficos, mapas, entre outros) 
visto que elas são inseridas o mais próximo possível do texto a que se referem. 
(UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 29). 
4.1.7 Uso de aspas, itálico e negrito 
As palavras podem ser destacadas, de modo a ressaltar características 
particulares, por meio do uso de aspas, itálico e negrito. Determina-se que seu uso 
seja estabelecido antes de se iniciar a digitação do documento, sendo coerente e 
uniforme, evitando-se o uso alternado de diferentes tipos de destaque para o mesmo 
tipo de expressão (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 38). As Normas da UFPR 
estabelecem os seguintescasos em que os destaques podem sem empregados: 
25 
 
a) aspas: 
- no início e no final de uma citação direta que não exceda três 
linhas; 
- em expressões do idioma vernáculo usuais apenas no meio 
profissional; 
- em termos relativizados, isto é, utilizados com significado diferente, 
como apelidos e gírias, ou ainda com sentido irônico; 
- em definições conceituais de termos. 
b) itálico: 
- palavras e frases em língua estrangeira e expressões em latim; 
- nomenclatura científica (gênero e espécie). 
c) negrito: 
- letras ou palavras que mereçam ênfase, quando não for possível 
dar esse realce pela redação; 
- em títulos de documentos (livros, periódicos entre outros) na lista 
de referências. 
4.2 Estrutura de documentos científicos 
As Normas da UFPR determinam que os projetos de pesquisa e os trabalhos 
monográficos como trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses 
obedeçam a uma estrutura definida forma de elementos obrigatórios e opcionais 
sendo que ambos devem ser formatados segundo os critérios de apresentação 
específicos conforme apresentado na sequência. 
4.2.1 Estrutura do projeto de pesquisa 
O projeto de pesquisa pode ser composto de elementos externos, internos e 
de apoio conforme se pode observar no QUADRO 2. O projeto de pesquisa exigido 
26 
 
como requisito para ingresso nos programas de pós-graduação da UFPR e como 
etapa preliminar da elaboração de dissertações e teses deve atender a estrutura 
apresentada. Os elementos externos e pré-textuais de natureza opcional podem 
variar de acordo com o programa específico enquanto que os elementos pós-
textuais não obrigatórios ficam a critério do autor uma vez que este os considere 
necessários a compreensão da proposta. O candidato deve ainda obedecer ao 
número limite de páginas quando este for estabelecido. 
 
ELEMENTOS 
EXTERNOS 
Capa Opcional 
Lombada Opcional 
ELEMENTOS 
INTERNOS 
PRÉ-TEXTUAIS 
Folha de rosto Obrigatório 
Curriculum vitae Quando necessário 
Lista de 
ilustrações 
 Opcional 
Lista de tabelas Opcional 
Lista de 
abreviaturas e 
siglas 
 Opcional 
Lista de símbolos Opcional 
Sumário Obrigatório 
TEXTUAIS 
Introdução 
Tema 
Problema 
Hipótese 
Objetivos 
Justificativa 
Desenvolvimento 
Referencial 
teórico 
 
Metodologia 
Recursos 
Cronograma 
PÓS-TEXTUAIS 
Referências Obrigatório 
Glossário Opcional 
Apêndice Opcional 
Anexo Opcional 
Índice Opcional 
ELEMENTOS 
DE APOIO 
Citações 
Notas de rodapé 
Ilustrações e/ou 
figuras 
 
Quadros 
Tabelas 
Equações e 
fórmulas 
 
Siglas 
Abreviaturas 
Símbolos 
QUADRO 2 - ESTRUTURA COMPLETA DE PROLETO DE PESQUISA 
FONTE: UFPR. Sist. Bibl-s, (2007c, p. 14-15) 
27 
 
4.2.1.1 Capa 
Na capa devem constar o nome da instituição/entidade para o qual o projeto 
será submetido, o(s) nome(s) do(s) autor(es), o título do projeto e o subtítulo se 
houver, o local e o ano. A FIGURA 1 apresenta o modelo de capa e a disposição de 
seus elementos de acordo com as Normas da UFPR (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007c, p. 
15). 
 
FIGURA 1 - MODELO DE CAPA PARA PROJETO DE PESQUISA 
28 
 
4.2.1.2 Lombada 
A lombada ou dorso é a parte da capa que reúne (colados, costurados ou 
grampeadas) os cadernos ou folhas do projeto. Seus elementos são a autoria (nome 
da organização responsável com a subordinação até o nível da autoria quando se 
tratar de entidade ou o nome dos autores quando se tratar de pessoa), o título, o 
subtítulo (se houver) e a data. De acordo com o número de folhas do projeto a 
lombada pode ser horizontal ou descendente conforme os modelos a seguir. 
 
29 
 
LOMBADA HORIZONTAL LOMBADA DESCENDENTE
 
FIGURA 2 - MODELOS DE LOMBADAS 
 
De acordo com a NBR 12225/2004 as regras gerais de apresentação da 
lombada devem obedecer aos seguintes critérios (ABNT, 2004): 
a) o nome do autor deve ser impresso no mesmo sentido da lombada (se 
houver mais de um autor, os nomes devem ser impressos um abaixo 
do outro nas lombadas horizontais e separados por sinais de 
pontuação, espaços ou sinais gráficos nas lombadas descendentes, 
abreviando-se ou omitindo-se os prenomes, quando necessário, no 
caso de autores pessoais); 
30 
 
b) o título deve ser impresso no mesmo sentido dos nomes dos autores, 
abreviado, quando necessário; 
c) o título de lombada descendente de ser impresso longitudinalmente e 
legível do alto para o pé da lombada (ver FIGURA 2). Esta forma 
possibilita a leitura, quando o documento está com a face dianteira 
voltada para cima. 
4.2.1.3 Folha de rosto 
O primeiro elemento obrigatório no projeto de pesquisa é a folha que contém 
os elementos essenciais de identificação do documento e da proposta. De acordo 
com as Normas da UFPR a folha de rosto deve conter (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007c, p. 
19): 
a) os nomes dos autores centralizados em letras maiúsculas na primeira 
linha de texto; 
b) o título (claro e preciso, contendo, palavras que identifiquem o seu 
conteúdo), centralizado a partir da 13ª linha após os nomes dos 
autores; 
c) o subtítulo (se houver), claramente subordinado ao título principal, 
precedido de dois pontos (:); 
d) o número de volume quando o projeto for composto de mais de um 
sendo que em cada volume deve constar uma folha de rosto com o 
respectivo número de volume; 
e) nota indicando o tipo de projeto e o nome da instituição a que é 
submetido, observando: 
- uma linha em branco após a última linha do título; 
- margem esquerda a partir da metade da folha; 
- alinhada ou não à margem direita; 
- em letras maiúsculas e minúsculas, em tamanho menor. 
f) local (cidade) da instituição na qual o projeto foi defendido, centralizado 
em letras maiúsculas na penúltima linha; 
31 
 
g) ano de apresentação em algarismos arábicos, centralizado na última 
linha (FIGURA 3). 
 
 
FIGURA 3 - MODELO DE FOLHA DE ROSTO 
4.2.1.4 Curriculum vitae 
O curriculum vitae é elemento opcional em projetos de pesquisa, porém sua 
inclusão pode ser exigida pela entidade à qual se destina. Neste caso deve ser 
apresentado em folhas distintas após a folha de rosto. As Normas da UFPR definem 
curriculum vitae para fins técnico-científicos como sendo “o conjunto de dados 
pessoais apresentados de forma sistemática e objetiva em todas as situações que 
32 
 
requeiram informações biográficas e históricas sobre a formação acadêmica e 
complementar, as atividades profissionais e de docência, as representações, as 
funções e filiações, incluindo a produção científica, literária e artística.” (UFPR. Sist. 
Bibl-s, 2007g, p. 15). 
O Programa de Mestrado em Contabilidade e Finanças da UFPR e outros 
programas de pós-graduação exigem como parte integrante da documentação 
necessária para inscrição a apresentação do curriculum vitae elaborado na 
plataforma Lattes/CNPq (http://lattes.cnpq.br), juntamente com a documentação 
comprobatória das informações nele contidas. 
4.2.1.5 Lista de ilustrações e tabelas 
A lista de ilustrações é elemento condicional que depende da ocorrência de 
ilustrações no corpo do documento. Deve conter o sumário das ilustrações de 
acordo com a ordem em que aparecem no texto. As ilustrações podem ser quadros, 
gráficos, organogramas, plantas, mapas, desenhos, esquemas, lâminas, retratos, 
fluxogramas e fotografias. No projeto de pesquisa a lista de ilustrações sucede a 
folha de rosto ou o curriculum vitae, quando for o caso. Pode ser elaborado de 
acordo com as seguintes formas (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007c, p. 22): 
a) em lista única, neste caso identificada como LISTA DE 
ILUSTRAÇÕES, na qualas mesmas devem ser relacionadas conforme 
a sequência em que aparecem no texto; 
b) em listas específicas de acordo com o tipo de ilustração (LISTA DE 
FOTOGRAFIAS, LISTA DE QUADROS, entre outras), sendo que listas 
extensas devem ser colocadas em folhas distintas – caso contrário, 
podem ser apresentadas na mesma página. 
Os critérios para apresentação das listas de ilustrações, de acordo com as 
Normas da UFPR devem obedecer aos seguintes critérios (UFPR. Sist. Bibl-s, 
2007c, p. 22-23): 
a) o título deve ser centralizado, em letras maiúsculas e em negrito, 
separado da lista por dois espaços de 1,5 cm; 
33 
 
b) a relação de títulos das ilustrações deve conter os seguintes dados: 
- tipo de ilustração (QUADRO, MAPA, FIGURA, etc.) e indicativo 
numérico de ocorrência no texto, alinhados à margem esquerda; 
- título da ilustração separado do indicativo numérico por hífen entre 
espaços, grafado de forma idêntica à utilizada no texto (ver item 
4.7); 
- número da página que contém a ilustração, justificado à direita, na 
mesma linha do título ao qual é ligado por uma linha pontilhada 
conforme FIGURA 4. 
 
 
FIGURA 4 - MODELO DE LISTAS DE ILUSTRAÇÕES INDIVIDUAIS 
A LISTA DE TABELAS deve ser elaborada de acordo com as mesmas 
especificações da lista de ilustrações, porém deve ser disposta em página distinta, 
após as listas de ilustrações (se houver). A palavra TABELA deve ser indicada em 
maiúsculas no início da linha seguida de hífen e do título da tabela de forma idêntica 
ao indicado no texto referente (ver item 4.7). 
34 
 
4.2.1.6 Lista de abreviaturas e siglas 
As listas de abreviaturas e siglas são elementos condicionais que dependem 
da freqüência de ocorrência destas no texto. Devem ser adicionadas após a lista de 
tabelas (se houver). As Normas da UFPR não especificam limite mínimo para que se 
considere razoável a elaboração da lista, porém alguns autores recomendam que 
seja observado o limite de 10 itens (MARTINS; THEÓPHILO, 2009, p. 152). 
As Normas da UFPR recomendam que se elaborem listas distintas para 
abreviaturas e siglas sendo que, listas pouco extensas podem figurar 
sequencialmente na mesma página, separadas pelo indicativo de tipo (LISTA DE 
ABREVIATURAS, LISTA DE SIGLAS). (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007c, p. 24). As regras 
para grafia das expressões correspondentes ao significado das siglas devem seguir 
as orientações apresentadas nos itens 4.1.3 e 4.1.4. As listas de abreviaturas e 
siglas devem ser apresentadas da seguinte maneira (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007c, p. 
25): 
a) em página distinta, após a lista de tabelas (se houver); 
b) com o título centralizado, em letras maiúsculas em negrito; 
c) com dois espaços de 1,5 cm separando o título da lista propriamente 
dita; 
d) com as abreviaturas e as siglas (em ordem alfabética) alinhadas à 
margem esquerda, com letra e entrelineamento normal; 
e) com um hífen precedido e seguido de um espaçamento (pode-se optar 
por fazer o alinhamento de todos os hífens pelo correspondente à 
maior abreviatura ou sigla); 
f) com o significado por extenso da abreviatura ou sigla, em letras 
maiúsculas/minúsculas, dependendo da necessidade (no caso de 
nomes próprios). 
35 
 
4.2.1.7 Lista de Símbolos 
A lista de símbolos apresenta a relação dos símbolos apresentados no texto 
com o devido significado. “Consiste na relação de todos os símbolos ou sinais que 
substituem nomes ou ações durante o trabalho [...] na ordem em que foram 
apresentados no desenvolvimento da obra, sem indicar as páginas onde se 
localizam.” (MARTINS; THEÓPHILO, 2009, p. 153). 
As regras para elaboração da lista de símbolos são as seguintes (UFPR. 
Sist. Bibl-s, 2007c, p. 27): 
a) em página distinta, após a lista de tabelas (se houver); 
b) com o título centralizado, em letras maiúsculas em negrito; 
c) com dois espaços de 1,5 cm separando o título da lista propriamente 
dita; 
d) com as abreviaturas e as siglas (em ordem alfabética) alinhadas à 
margem esquerda, com letra e entrelineamento normal; 
e) com um hífen precedido e seguido de um espaçamento (pode-se optar 
por fazer o alinhamento de todos os hífens pelo correspondente ao 
maior símbolo); 
f) com o significado por extenso de cada símbolo, em letras 
maiúsculas/minúsculas, dependendo da necessidade (no caso de 
nomes próprios). 
4.2.1.8 Sumário 
O último elemento pré-textual no projeto de pesquisa é o sumário que é a 
“enumeração das divisões, seções e outras partes de uma publicação, na mesma 
ordem e grafia em que a matéria nele se sucede.” (ABNT, 2003b) Trata-se de 
elemento obrigatório e dever ser inserido após a lista de símbolos (se houver). De 
acordo com a NBR 6027/2003, quando houver mais de um volume, deve ser incluído 
36 
 
o sumário de toda a obra em todos os volumes, de forma que se tenha 
conhecimento do conteúdo, independente do volume consultado. 
As regras de apresentação do sumário são as seguintes: 
a) deve iniciar em página distinta enumerando apenas os elementos 
textuais e pós-textuais; 
b) é indicado pela palavra SUMÁRIO centralizada, em maiúsculas e 
negrito, separada do primeiro item do sumário por dois espaços de 1,5 
cm, com entrelineamento simples. 
c) cada capítulo, seção ou parte deve apresentar: 
- indicativo numérico (ver item 4.4.2); 
- título e subtítulo (se houver); 
- número da página inicial, ligado ao título por uma linha pontilhada; 
d) com a subordinação dos itens (seções primárias, secundárias, 
terciárias, quaternária e quinaria) destacada pela tipografia (negrito, 
itálico ou grifo) utilizada no texto, alinhada à margem esquerda; 
e) com os títulos dos elementos pós-textuais sem indicativo numérico 
também relacionados, alinhados à margem esquerda. 
4.2.1.9 Elementos textuais 
Os elementos textuais no projeto de pesquisa consistem em introdução onde 
são abordados o tema, a contextualização e a problemática, as hipóteses, o objetivo 
geral e os objetivos específicos e a justificativa e desenvolvimento formado pelo 
referencial teórico, procedimentos metodológicos, recursos e cronograma. (UFPR. 
Sist. Bibl-s, 2007c, p. 31-33). Uma estrutura alternativa para o projeto de pesquisa é 
recomenda pelo Programa de Mestrado em Contabilidade da UFPR e segue a 
seguinte organização: 
37 
 
1 INTRODUÇÃO Abordagem preliminar do tema e apresentação da 
proposta de pesquisa 
2 PROBLEMA DA PESQUISA Discussão sobre e problemática a ser investigada 
apresentada na forma de uma questão de pesquisa 
de forma interrogativa 
3 OBJETIVOS Apresentação da questão de pesquisa de forma 
afirmativa precedida geralmente por um verbo que 
indica a ação principal a ser realizada seguida da 
apresentação dos passos necessários para que se 
atinja o objetivo específico 
3.1 Objetivo Geral 
3.2 Objetivos Específicos 
4 JUSTIFICATIVA Motivações da pesquisa bem como possíveis 
contribuições dos achados para a sociedade 
5 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO Definição quanto ao escopo temporal ou espacial do 
estudo e quanto ao objeto a ser estudado 
6 MARCO TEÓRICO DE REFERÊNCIA Discussão acerca de trabalhos anteriores que 
servem de base para o estudo proposto 
7 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
7.1 Caráter teórico-metodológico Caracterização fundamentada da pesquisa quanto a 
sua tipologia incluindo: 
 Teorias de Base 
 Hipóteses 
 Desenho da Pesquisa 
 Construtos e Definições Operacionais das 
Variáveis (incluir quadro com referência) 
7.2 Estratégias de Planejamento da 
Pesquisa 
 abordagem metodológica (Ex.: empirismo, 
fenomenologia) 
 abordagem com relação ao problema (Ex.: 
quantitativo, qualitativo) 
 abordagem com relação ao objetivo do estudo 
(Ex.: descritivo, causal) 
 abordagem quantoà estratégia de pesquisa 
(Ex.: survey, estudo de caso) 
 abordagem quanto às técnicas de coleta de 
dados ou instrumento de pesquisa (Ex.: dados 
secundários, questionário, entrevista) 
 abordagem quanto aos efeitos do pesquisador 
nas variáveis em estudo 
 população e amostragem 
 tratamento estatístico e análise de dados 
8 ORÇAMENTO Descrição dos recursos necessários a 
operacionalização da pesquisa sejam financeiros, 
materiais e humanos e das respectivas fontes 
quando for o caso 
9 CRONOGRAMA Plano de metas parciais com as etapas da 
elaboração do trabalho indicadas por espaços 
temporais divididos em meses, semestres, ou anos. 
QUADRO 3 - PROPOSTA DE ESTRUTURA PARA PROJETOS DE PESQUISA 
A proposta sugerida difere da estrutura indica nas Normas da UFPR, 
sobretudo no grau de detalhamento. Os tópicos apresentados são divididos em 
tópicos específicos diferentemente do modelo composto apenas pela introdução e 
desenvolvimento em que os itens descritos são apresentados geralmente no corpo 
38 
 
do texto sem subdivisões, exceto no caso do marco teórico e dos procedimentos 
metodológicos. Os demais elementos que compõem a estrutura do projeto de 
pesquisa são os elementos pós-textuais (referências, apêndices e anexos) que são 
apresentados mais adiantes neste trabalho. 
4.2.2 Estrutura de teses e dissertações 
As teses e dissertações, também chamadas de trabalhos monográficos, 
devem ser elaboradas de acordo com a estrutura padrão estabelecida pela NBR 
14724/2005 (ABNT, 2005). No que refere aos trabalhos apresentados aos 
programas de pós-graduação da UFPR deve-se observar adicionalmente as normas 
da instituição assim como exigências para apresentação dos trabalhos. 
De acordo com as Normas da UFPR a estrutura de teses e dissertações 
deve estar de acordo a sequência apresentada no QUADRO 4. Os elementos 
comuns nos projetos de pesquisa e nos trabalhos monográficos, apresentados na 
sessão anterior, serão apenas indicados pelo número de sessão correspondente de 
modo que neste tópico serão apresentados apenas os elementos e particularidades 
dos trabalhos de obtenção grau. A estrutura de teses e dissertações é formada por 
elementos externos e por elementos internos que se dividem em elementos pré-
textuais, textuais e pós-textuais. 
39 
 
ELEMENTOS EXTERNOS 
Capa Obrigatório 
Lombada Opcional 
ELEMENTOS INTERNOS 
PRÉ-TEXTUAIS 
Folha de rosto Obrigatório 
Errata Opcional 
Termo ou folha de aprovação Obrigatório 
Dedicatória Opcional 
Agradecimento Opcional 
Epígrafe Opcional 
Resumo na língua vernácula Obrigatório 
Resumo em língua estrangeira Obrigatório 
Lista de ilustrações Opcional 
Lista de tabelas Opcional 
Lista de abreviaturas e siglas Opcional 
Lista de símbolos Opcional 
Sumário Obrigatório 
TEXTUAIS 
Introdução 
Desenvolvimento 
Conclusão 
PÓS-TEXTUAIS 
Referências Obrigatório 
Glossário Opcional 
Apêndice Opcional 
Anexo Opcional 
Índice Opcional 
QUADRO 4 - ESTRUTURA DE TESES E DISSERTAÇÕES 
FONTE: UFPR. Sist. Bibl-s, (2007f, p. 17) 
4.2.2.1 Capa e lombada 
Os elementos externos nos trabalhos monográficos são a capa que é 
obrigatória, diferentemente do projeto, e a lombada que depende do número de 
páginas do documento. Os elementos a serem indicados na capa e na lombada, 
como também as regras de apresentação são as mesmas referidas nas sessões 
4.2.1.1 e 4.2.1.2. As capas das teses e dissertações apresentadas aos programadas 
de pós-graduação da UFPR devem ser impressas conforme padrão da instituição, 
na Impressa Universitária. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007f, p. 19). 
40 
 
4.2.2.2 Folha de rosto 
A folha de rosto em dissertações e teses é elemento obrigatório que contém 
a identificação do trabalho como dados sobre o conteúdo de finalidade. Trabalhos 
com mais de um volume devem apresentar, cada um, sua própria folha de rosto com 
todas as informações e a indicação do respectivo volume. Em trabalhos impressos 
apenas em um dos lados da folha deve-se atentar para o fato de que o verso da 
folha de rosto destinasse a impressão da ficha catalográfica conforme apresentado a 
seguir. 
De acordo com as Normas da UFPR anverso/frente da folha de rosto deve 
conter (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007f, p. 24); 
a) nome do autor centralizado em letras maiúsculas na primeira linha de 
texto; 
b) título centralizado a partir da 13ª linha após a indicação da autoria; 
c) subtítulo (se houver), claramente subordinado ao título principal, 
precedido de dois pontos (quando o título e/ou subtítulo ocuparem mais 
de uma linha, não se utiliza divisão silábica para as palavras); 
d) número de volumes (se houver mais de um); 
e) nota indicando a natureza acadêmica do trabalho (tese, dissertação e 
outros), o objetivo (aprovação em disciplina, grau pretendido e outros), 
o nome da instituição a que é submetido e a área de concentração 
devendo ser apresentada: 
- com uma linha em branco após a última linha do título; 
- com margem esquerda a partir da metade da folha; 
- alinhada ou não à margem direita; 
- com letras maiúsculas e minúsculas, em tamanho menor; 
- com uma linha em branco separando o nome do orientador da nota 
indicativa da natureza acadêmica. 
f) Nome do orientador e/ou professor da disciplina e, se houver, do co-
orientador; 
g) Local (cidade) da instituição na qual o trabalho foi defendido, 
centralizado em letras maiúsculas na penúltima linha; 
h) Ano em algarismos arábicos, centralizado na última linha. FIGURA 5. 
41 
 
 
FIGURA 5 - MODELO DE FOLHA DE ROSTO DE DISSERTAÇÃO 
O verso da folha de rosto destinasse a impressão da ficha catalográfica que 
é o conjunto de dados, sistematicamente ordenados, com a descrição do trabalho, 
que fornece uma idéia do assunto tratado e de seus aspectos físicos. Deve ser 
elaborada por bibliotecário e é impressa em um retângulo de 7,5 x 12,5 cm, 
conforme o Código de Catalogação Anglo-Americano (CCAA2). (UFPR. Sist. Bibl-s, 
2007f, p. 30). 
42 
 
 
FIGURA 6 - EXEMPLO DE FICHA CATALOGRÁFICA 
4.2.2.3 Errata 
A errata é a lista indicativa de erros tipográficos ou de outra natureza com as 
devidas correções e a indicação das páginas e linhas em que aparecem no texto. 
Elemento opcional, deve ser inserida logo após a folha de rosto sendo quando 
encadernada junto ao miolo do trabalho, ou, quando confeccionada após a 
encadernação do trabalho, intercalada em seu interior sendo, nesta caso, impressa 
em papel avulso. A errata deve apresentar além da indicação da folha, 
linha/ilustração, do erro e da devida correção a referência do trabalho, 
principalmente quando for publicada em papel avulso, de modo a facilitar sua 
identificação. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007f, p. 32). 
43 
 
 
FIGURA 7 - MODELO DE ERRATA 
4.2.2.4 Termo ou folha de aprovação 
O termo de aprovação é elemento obrigatório que confirma a defesa e a 
aprovação do trabalho. Nos programas de pós-graduação da UFPR o termo de 
aprovação é pré-requisito para efeito de cumprimento do depósito legal na Biblioteca 
Central da instituição e pose ser apresentado da seguinte maneira: 
a) em folha distinta após a folha de rosto; 
b) com a expressão termo ou folha de aprovação centralizada em letras 
maiúsculas negritadas no tamanho normal na primeira linha do texto; 
c) nome autor em letras maiúsculas; 
d) título e subtítulo (se houver) em letras maiúsculas; 
e) texto de aprovação em letras maiúsculas e minúsculas; 
f) nota indicando a natureza acadêmica e a área de concentração; 
g) nome do orientador e a instituição a que é filiado em letras maiúsculas 
e minúsculas e assinatura; 
h) nome dos membros da comissão e instituição a que são filiados em 
letras maiúsculas eminúsculas e assinaturas; 
i) local em letras maiúscula e minúsculas e a data de aprovação (dia, 
mês, ano). 
44 
 
 
FIGURA 8 - MODELO DE TERMO OU FOLHA DE APROVAÇÃO 
4.2.2.5 Dedicatória 
A dedicatória consiste em uma menção a alguém a quem o autor deseja 
fazer uma homenagem ou dedicar o trabalho científico. É elemento opcional apesar 
de ser usual em teses e dissertações e quando presente pode ser apresentada em 
página distinta, logo após o termo de aprovação, colocada na parte inferior da 
página com recuo maior, quando se tratar de dedicatória curta. Não é necessário 
que a dedicatória contenha título. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007f, p. 35) 
45 
 
4.2.2.6 Agradecimentos 
Agradecimento é menção que o autor faz a pessoas e instituições das quais 
recebeu apoio e que contribuíram de maneira relevante para o desenvolvimento do 
trabalho. Trata-se também de elemento opção que quando presente pode ser 
apresentado conforme segue (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007f, p. 36): 
a) em página distinta, logo após a dedicatória (se houver); 
b) com a palavra agradecimentos centralizada em letras maiúsculas em 
negrito na primeira linha de texto; 
c) com uma linha em branco separando o título do texto, quando longo; 
d) colocado na parte inferior direita da página, quando curto. 
Os agradecimentos podem ser apresentados na mesma página da 
dedicatória quando ambos os textos forem curtos. Neste caso deve-se posicionar os 
agradecimentos a partir da metade inferior direita da página, com letra e 
entrelineamento normal ou menor, de modo que a última linha do agradecimento 
fique posicionada na margem inferior da página. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007f, p. 36) 
Caso dedicatória e agradecimentos estejam na mesma página recomenda-se utilizar 
o mesmo recuo e não é necessário utilizar-se a palavra agradecimentos. 
4.2.2.7 Epígrafe 
Epígrafe é elemento opcional contendo a inscrição de um trecho em prosa 
ou composição poética, que de certa forma se relaciona com a construção do 
trabalho, seguida de indicação de autoria, com alinhamento à direita. (UFPR. Sist. 
Bibl-s, 2007f, p. 39; ABNT, 2005, p. 2): Pode ser colocada em página distinta, após 
os agradecimentos e também nas folhas de abertura das seções primárias (ou 
capítulos). Neste último caso deve ser colocada logo abaixo do título da seção 
alinhada à direita com a indicação da autoria após a epígrafe, não sendo necessário 
indicá-la em lista de referências. Em ambos os casos é transcrita com letra e 
entrelineamento menor. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007f, p. 39). 
46 
 
4.2.2.8 Resumo 
Os trabalhos de conclusão de curso ou de obtenção de grau como teses e 
dissertações devem obrigatoriamente conter um resumo do conteúdo apresentado 
de forma concisa, com destaque para seus aspectos de maior relevância. Para teses 
e dissertações é obrigatória a transcrição do resumo na língua do texto (vernácula) e 
em língua estrangeira. 
Na elaboração do resumo na língua vernácula devem-se observar as 
seguintes regras (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007f, p. 41): 
a) ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do 
documento; 
b) utilizar frases concisas, afirmativas e não de enumeração de tópicos 
podendo ser escrito em parágrafo único; 
c) explicar na primeira frase o tema principal do documento com uma 
frase significativa e em seguida a informação sobre a categoria do 
tratamento (memória, estudo de caso, análise da situação, entre 
outros); 
d) usar verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular; 
e) empregar os termos geralmente aceitos e não apenas os de uso 
particular; 
f) evitar o uso de citações bibliográficas; 
g) citar com rigor o domínio de aplicação, o grau de exatidão e o princípio 
básico de novos métodos; 
h) mencionar nomes geográficos (município, estado e país) ou a 
circunscrição (região, distrito, condado) quando necessário. 
Deve-se evitar: 
a) símbolos e contrações que não sejam de uso corrente; 
b) fórmulas, equações, diagramas, entre outros elementos, que não sejam 
absolutamente necessários. 
Em teses, dissertações e monografias, o resumo deve ser apresentado: 
a) em folha distinta, com a palavra resumo centralizada em letras 
maiúsculas em negrito na primeira linha do texto; 
47 
 
b) com uma linha em branco separando a palavra resumo do seu 
respectivo texto; 
c) redigido com o mínimo de 150 e máximo de 500 palavras, empregando 
em letra normal e entrelineamento simples; 
d) alinhado à margem esquerda, sem recuo de parágrafo; 
e) seguido pelas palavras-chave ou descritores (palavras representativas 
do conteúdo do trabalho), separadas do resumo pois dois espaços de 
1,5 cm, alinhadas à margem esquerda sem recuo de parágrafo. 
O resumo em língua estrangeira é obrigatório em teses e dissertações e 
pode ser escrito, por exemplo, em inglês (abstract), espanhol (resumen), em francês 
(résumé) ou outra língua de grande difusão. Sua apresentação deve seguir as 
mesmas regras do resumo em língua vernácula devendo a indicação das palavras-
chaves ou descritores ser feita na mesma língua do resumo. 
4.2.2.9 Elementos textuais 
Os elementos textuais básicos em trabalhos científicos são a introdução, o 
desenvolvimento e as conclusões. Na sequência é apresentado o modelo de 
estrutura a ser observada na organização do documento de modo que sua leitura e 
compreensão sejam otimizadas. A estrutura apresentada no QUADRO 5 é sugerida 
para os trabalhos a serem apresentados ao Programa de Mestrado em 
Contabilidade do Setor de Ciências Sociais Aplicadas da UFPR. 
1 INTRODUÇÃO Abordagem preliminar do tema e apresentação da 
proposta de pesquisa 
1.1 Problema da pesquisa Discussão sobre e problemática investigada 
apresentando inclusive a questão de pesquisa de 
forma interrogativa e destacada no texto 
1.2 Objetivos Apresentação da questão de pesquisa de forma 
afirmativa precedida geralmente por um verbo que 
indica a ação principal a ser realizada seguida da 
apresentação dos passos necessários para que se 
atinja o objetivo específico (não confundir com 
métodos de coleta de dados) 
1.2.1 Objetivo geral 
1.2.2 Objetivos específicos 
1.3 Justificativa Motivações da pesquisa bem como contribuições dos 
achados para a sociedade 
Continua 
48 
 
Continuação 
1.4 Delimitação do estudo Definição quanto ao escopo temporal ou espacial do 
estudo e quanto ao objeto a ser estudado 
1.5 Estrutura do trabalho Enumeração das seções do documento 
2 MARCO TEÓRICO DE REFERÊNCIA Discussão acerca de trabalhos anteriores que 
servem de base para o estudo proposto (também 
chamado de fundamentação teórico-empírica por 
apresentar não somente as teorias de base para a 
pesquisa, mas também resultados de outras 
pesquisas sobre o mesmo tema) 
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
3.1 Caráter teórico-metodológico Caracterização fundamentada da pesquisa quanto a 
sua tipologia incluindo: 
 teorias de base 
 hipóteses 
 desenho da pesquisa 
 construtos e definições operacionais das 
variáveis (incluir quadro com referência) 
3.2 Estratégias de planejamento da 
pesquisa 
 abordagem metodológica (Ex.: empirismo, 
fenomenologia) 
 abordagem com relação ao problema (Ex.: 
quantitativo, qualitativo) 
 abordagem com relação ao objetivo do estudo 
(Ex.: descritivo, causal) 
 abordagem quanto à estratégia de pesquisa 
(Ex.: survey, estudo de caso) 
 abordagem quanto às técnicas de coleta de 
dados ou instrumento de pesquisa (Ex.: dados 
secundários, questionário, entrevista) 
 abordagem quanto aos efeitos do pesquisador 
nas variáveis em estudo 
 abordagem quanto a dimensão de tempo (Ex.: 
transversal ou longitudinal) 
3.3 Instrumento da pesquisa Validação dos instrumentos

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