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petição inicial TCC

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO
CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO
LETÍCIA LANDIM DE CARVALHO PEREIRA FERRAZ
UMA ABORDAGEM SOBRE A PETIÇÃO INICIAL
RECIFE
2017
INTRODUÇÃO
Este projeto de monografia tem o intuito de abordar sobre uma das principais partes do processo que é a petição inicial, com base no novo código de processo civil falar-se-á do seu conceito até as suas formas de indeferimento visando um aprendizado mais aprofundado sobre a mesma. 
CONCEITO DE PETIÇÃO INICIAL
	Para conceituar petição inicial se faz necessário falar sobre o direito de ação. O direito de ação só produz efeitos frente ao judiciário a partir do momento em que a parte expressa a vontade de provocar a jurisdição. 
	A petição inicial consiste no instrumento formal previsto na norma processual, através do qual a parte autora exerce o direito de ação, declarando a sua vontade de provocar o poder judiciário e iniciar o processo. A petição inicial é o instrumento para o exercício do direito. 
	Considera-se exercido o direito de ação a partir da apresentação da petição inicial no órgão distribuidor, convertendo-se, esta, no primeiro ato do processo que, a partir dali, se inicia. 
Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que for validamente citado.
	A inicial tem dupla função, serve para provocar a jurisdição e se torna o primeiro ato do processo.
 
CARACTERÍSTICAS DA PETIÇÃO INICIAL:
Formal - sua elaboração é regida pelo direito processual.
Solene - sua existência válida depende da existência de requisitos prévia e expressamente previstos em lei. 
Escrita - traduz-se num documento que, necessariamente, adota a forma escrita, seja qual for o tipo do processo, seja qual for o procedimento. 
Fala-se também em petição inicial "oral" ("queixa" dos juizados especiais): no procedimento dos juizados especiais, mais precisamente naquelas hipóteses em que a parte atua sem a presença de advogado, a norma processual admite que a parte compareça ao órgão distribuidor e, oralmente, preste declarações cujas informações irão compor os requisitos da petição inicial sendo, naquele momento, reduzida a termo, ou seja, é convertida a documento escrito. Essa petição é oral apenas quanto a origem das informações, mas no fim tornar-se-à um documento escrito. 
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL
Os requisitos da petição inicial estão inseridos no artigo 319 do Novo Código de Processo Civil.
Art. 319.  A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida; 
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; 
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; 
IV - o pedido com as suas especificações; 
V - o valor da causa; 
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; 
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
§ 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.
§ 3o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
 1 - Inciso I – O juízo a que é dirigido.
Está relacionado à aplicação das regras de competência. Aquela frase de endereçamento que tem no início da petição não é aleatória. Ela tem uma sequência de premissas lógicas, que aplicam as regras de competência. Todas as regras de competência que há no código, são para isso, para nortear a petição para que se mande ao juízo correto. A escolha errada do órgão jurisdicional pode levar a demora no andamento do processo, até uma prescrição, decadência, ou mesmo extinção do processo por falta de competência do órgão para resolver aquele caso. Então, como fazer o endereçamento correto segundo as regras previstas no código civil, com certa técnica para que ele fique mais preciso? Existem 4 perguntas, que auxiliam a preencher a frase que forma o endereçamento. 
– Qual a justiça competente? EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO 
Quando se pergunta qual a justiça, é avaliado a competência absoluta, ou seja, com as divisões internas do judiciário que são as justiças especiais e comuns.
As especiais: Eleitoral e Trabalhista
Comuns: Federal e Estadual 
Para saber quando o caso é para ser mandado para a justiça Federal, a irregularidade tem que ocorrer com alguma das pessoas do artigo 109 da CF.
1.2 - Qual o foro competente? EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DO RECIFE (Se fosse federal, seria juiz federal da seção judiciária do estado de PE.) 
Aqui se fala de competência relativa, a mesma determina o lugar, a comarca para onde vai o processo. O código de processo civil estabelece onde o conflito será julgado. A regra geral, é que a ação apresentará será domicilio do réu. Porém há exceções, quando se tratar de responsabilidade civil seja por dano moral ou material, pode-se optar entre o domicilio do réu e o lugar que ocorreu o dano, pois se trata de indenização. 
1.3– Qual o juízo competente? EXMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ?º VARA CIVEL DA COMARCA DE RECIFE 
Aqui se fala de competência funcional, organização judiciária. Qual órgão irá julgar. Quando se tem somente uma vara, um juiz para julgar tudo, essa pergunta fica fácil de responder mas quando se tem mais de uma primeiro temos que perguntar se a ação vai para algum órgão especializado, ou comum. Quando se encontra uma comarca com muitas varas especializadas, as varas cíveis tem caráter também residual, ou seja, se você não conseguir encaixar a ação nas varas especializadas, obrigatoriamente ele vai parar numa vara cível. E quando há mais de uma vara cível? O processo é distribuído por sorteio, logo, havendo mais de uma vara competente você não sabe para onde vai e sendo assim, deixa o número da vara em branco. 
1.4 – É hipótese de prerrogativa de foro? SIM ou NÃO, se sim: EXMO. SR. DR. DESEMBARGADOR RELATOR INTEGRANTE DA CÂMARA CÍVEL DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PE (são as mesmas informações de cima, só adaptamos para o tribunal.) 
São aqueles casos excepcionais em que a primeira instancia do processo já é no tribunal. O processo já inicia no TJ, TRF, STF. Se a resposta for SIM, o direcionamento da competência será adaptado aos órgãos internos do respectivo tribunal. Se for NÃO, o direcionamento ficará como está, para as varas, que é o que acontece na maioria das vezes. 
2 - Inciso II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu.
Quem é o autor, e quem é o réu? Esses dados do inciso têm as informações mínimas para que a qualificação seja válida, embora quanto mais tiver informações, melhor! A identificação fica mais completa. Essas informações cumprem uma dupla função: identificar a legitimidade da causa e viabilizar a comunicação dos atos processuais. Quem vai figurar como parte nessa qualificação? O suposto titular do direito, ou o seu representanteprocessual? A parte, é que é o titular do direito! Um erro que se encontra muito é quando há uma ação de alimentos, onde os titulares são as crianças e a qualificação que se faz é a da mãe que os representa, mas isso está ERRADO. A qualificação que deverá ser feita é a das crianças, mesmo incapazes, e depois se diz que elas serão representadas por sua genitora. 
2.1 Também integra a qualificação a obrigatoriedade da indicação do endereço profissional do advogado. Mesmo não estando no artigo, é importante para a petição inicial. 
2.2 Também na qualificação a parte autora deve indicar o tipo de processo e de procedimento que está iniciando. Por exemplo: Venho perante VS. Excelência propor processo de conhecimento pelo rito comum ordinário (tipo de procedimento), com pedido de indenização (pedido). Ou simplesmente, ação ordinária de indenização. 
3 - Inciso III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido
Esta é a causa de pedir, a fundamentação. Nas peças processuais, há a divisão do capitulo dos fatos, e do capítulo dos direitos. Porém não há necessidade dessa divisão, pois, se diz praticamente a mesma coisa nas duas partes, essas informações são inseparáveis. A causa de pedir que é a fundamentação é dividida em duas partes que são:
3.1 – Causa de pedir REMOTA ou MEDIATA que diz a origem do direito material alegado, são os argumentos fáticos e jurídicos. Meu direito vem do artigo tal, não há como separar o direito dos fatos. Esse é o primeiro item da fundamentação.
3.2 – Causa de pedir PRÓXIMA ou IMEDIATA, descreve o conflito, a lesão ou ameaça causada ao seu direito. Esse é o segundo item. 
4 - IV - o pedido com as suas especificações
O pedido será equivalente ao conjunto de providências a serem tomadas pelo poder judiciário para corrigir ameaça ou violação ao direito material. Na petição inicial não se pede nada ao réu. Tudo que se pede será direcionado ao poder judiciário, pois o pedido já foi feito ao réu e ele negou. Aquilo que é pedido, tem que está logicamente derivado daquilo que está fundamentado. Se uma coisa não bater com a outra, a petição inicial volta para ser corrigida. 
5 – Inciso V - o valor da causa
É um requisito formal que vai servir de base de cálculo para todas as obrigações decorrentes do processo. Porém, o preenchimento dessa exigência formal, está vinculado a regras previstas no NCPC e, principalmente, decorre daquilo que se está pedindo, dependendo do que for pedido, haverá alteração no valor da causa.
Há três critérios de fixação:
Regra geral (mais utilizada) – quase que absoluta. O valor da causa é equivalente ao benefício econômico, é o que se ganha ou deixa de perder;
Regras especiais – expressas no Código para situações específicas, regras que se aplicam SÓ ÀQUELE CASO.
Exceção – nas causas desprovidas de expressão econômica. (aquelas onde não há ganho, nem se deixa de perder. Ex.: adoção, reconhecimento de paternidade – não há benefício econômico)
6. (inciso VI) Protesto por provas:
“As provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados”.
A parte autora deverá indicar na Petição Inicial, a princípio, como deseja provar os fatos alegados na fundamentação. Se algum fato foi alegado, é necessário indicar na Petição Inicial como ele vai ser provado. 
Há três maneiras de fazer o protesto por provas:
Protesto Genérico – a parte reserva em seu favor todas as provas previstas na legislação, deixando para especificá-las somente depois da abertura da instrução. Na prática, é aquela situação em que ainda não se sabe como provar os fatos, então deixa para escolhê-las depois. 
Vantagem: é possível deixar a escolha de provas para depois;
Desvantagem: se a parte realizou o protesto genérico, quem vai definir se a prova vai ser ou não produzida, é o juiz, ele é quem passa a conduzir a prova.
Protesto Específico – a parte indica desde o início quais as provas que pretende utilizar na instrução. Aqui, desde o começo, já se sabe quais provas serão usadas e, por isso, já serão indicadas expressamente.
Vantagem: o juiz fica vinculado a produzir a prova que foi requerida;
Desvantagem: se aparecer algo novo durante o processo, a parte não poderá utilizar outras provas, apenas aquelas escolhidas inicialmente.
Dispensa Expressa – a parte afirma não existir fatos a provar, ou que estes fatos já se encontram provados pelos documentos que acompanham a Inicial.
Vantagem: celeridade;
Desvantagem: quem dispensou não poderá pedir depois.
Nenhum dos três processos é melhor do que o outro. É necessário ver qual será o mais vantajoso ao cliente naquela situação específica.
EMENDA À PETIÇÃO INICIAL
Entre o protocolo da petição inicial e a validade da mesma existe o período de admissibilidade da mesma.
Período de admissibilidade: parte do marco zero do processo, que é a P.I., até a citação do réu. Nesse período entre a inicial e a citação é que vai ocorrer a admissão, em que o juiz vai verificar os requisitos de admissibilidade. 
	O despacho de citação pressupõe que a inicial é perfeita, que não contém vícios, de forma que após realizada a citação o juiz não poderá extinguir o processo com base em argumento posterior de que a inicial é inválida. 
	O juiz só pode extinguir o processo se ele conferir previa oportunidade da parte corrigir a inicial. 
A emenda (aditamento) à petição inicial se dá quando verificado algum vício de forma na elaboração da petição inicial e sendo este de natureza sanável, o juiz determinará que a parte autora corrija, sob pena de extinção por indeferimento da petição inicial. O juiz só pode mandar citar o réu se todos os vícios encontrados forem corrigidos. 
	O réu pode alegar vicio na inicial, fato no qual o juiz deve oferecer oportunidade para que o autor a emende. A presença de vicio alegada pelo réu não implica extinção do processo, porque, em tese, a PI não deveria apresentar vícios quando da citação do réu, se o teve foi em decorrência de falha do juiz, logo não se pode extinguir o processo. Porém, havendo tal extinção é possível recorrer ao Tribunal para que ele anule a decisão que extinguiu o processo e faça com que o juiz anterior confira uma oportunidade para emenda.
Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
INDEFERIMENTO DA INICIAL
Verificados o juízo de admissibilidade da Petição Inicial e verificados vícios de forma presentes na sua elaboração, o juiz dará oportunidade para correção sob pena de indeferimento da P.I.
Duas coisas importantes de ressaltar: Sempre trata de vício de forma (descumprimento da norma processual) e o indeferimento da P.I. não tem nada a ver com ter ou não o direito MATERIAL, é única e exclusivamente relacionado à vício de FORMA (PETIÇÃO INICIAL DEFEITUOSA).
Hipóteses tipificadas de indeferimento (art. 330) – exaustivas. São hipóteses exaustivas porque não se podem criar outras, se não as previstas no Código de Processo Civil. 
Caso exista algum defeito não tipificado no artigo 330, o máximo que pode acontecer é mandar a correção da petição inicial e não causa indeferimento da peça. Só podendo corrigir, não indeferir.
Em tratando de defeito passível de correção, só é indeferida a petição quando pela OMISSÃO do autor em corrigir e não pelo vício sim, uma vez que a oportunidade de consertar foi dada. Pressupõe que o autor acatou o erro e não pode repará-lo.
Inépcia (art. 330, I)
Art. 330.  A petição inicial será indeferida quando:
I - for inepta;
Trata-se de situações relacionadas à má elaboração do pedido e/ou da causa de pedir (fundamentos). “Ou a fundamentação está errada ou o pedido está errado ou os dois”.
§ 1o Considera-seinepta a petição inicial quando:
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
I.I. Faltar pedido ou causa de pedir (OMISSÃO)- art. 330, I, §1º .
O autor esqueceu-se de colocar em sua Petição Inicial o pedido ou não fundamentou seu pedido. O juiz vai intima-lo para que apresente o pedido ou a causa de pedir e, caso não o faça, indefere a P.I.
I.II. Pedido indeterminado, quando não permitido pedido genérico.
*Relembrando que o pedido o genérico só pode ser feito em três hipóteses: 
1)Universalidades 2)Sem previsibilidade de dano 3)Necessidade de informações do réu
Não sendo nenhuma das hipóteses de pedido genérico, não se pode fazer pedido indeterminado sob pena de indeferimento da P.I, pois, a regra é que todo pedido seja CERTO E DETERMINADO.
I.III. Da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão (incompatibilidade lógica)- “Pedi uma coisa, mas fundamentei outra”.
*Incompatibilidade lógica entre pedido e causa de pedir.
*Tornou-se comum hoje por causa do editor de petições. Utiliza-se de restos de outras P.I’s para ganhar tempo, ai acaba sobrando trechos sem compatibilidade lógica. 
*O juiz não pode extinguir a P.I sem dar a oportunidade de corrigir, mesmo que ele tenha se esquecido de fazer e venha o vício a tona por meio de denúncia do réu.
I.IV. Pedidos incompatíveis entre si (vício do pedido composto). Pedidos que deveriam estar em processos diferentes.
O autor juntou dois ou mais pedidos que deveriam estar em processos distintos.
SÃO EXEMPLOS: Pedidos de competências diversas (Um é da Vara de família e o outro da Vara Cível).
 Pedidos não admitidos no procedimento (posse e propriedade). “Eu inclui um pedido que não cabe naquele processo”. 
“Eu não posso pedir indenização num processo de mandado de segurança”.
 
Parte manifestamente ilegítima (art. 330, II)
Art. 330.  A petição inicial será indeferida quando:
II - a parte for manifestamente ilegítima;
São partes legítimas aquelas que figurarem na relação jurídica anterior, ou seja, não tendo legitimidade para entrar com P.I. é causa de indeferimento da mesma. 
O juiz só de ler a qualificação da Petição Inicial já sabe que uma das partes não tem legitimidade parar figurar como parte naquele processo. 
Duas hipóteses de ilegitimidade:
II.I. Ilegitimidade ativa (autor)- Vício INSANÁVEL. Não tem como corrigir. “Quem entrou com o processo não poderia entrar”.
II.II. Ilegitimidade passiva (réu)- Vício SANÁVEL. Tem como corrigir. “Quem foi considerado réu, na verdade, não é”.
Carência de interesse processual
Art. 330.  A petição inicial será indeferida quando:
III - o autor carecer de interesse processual;
*Pressuposto: Elementos básicos para constituição de interesse processual: 
 1) Necessidade: Se eu digo que existe a falta de necessidade, significa dizer que não foi indicado na P.I qual o conflito, ou seja, não foi indicada a causa de pedir PRÓXIMA. Fácil de corrigir. O juiz intima você para indicar nova fundamentação.
 2) Adequação: Erro incompatível com o caso (processo errado). Procedimento incompatível com o caso. “Eu entrei com processo de conhecimento e entrei com mandado de segurança”. “Entrei com alimentos, era pra ter entrado com divórcio”. Vício SANÁVEL. 
O juiz intima a parte para indicar o procedimento correto e corrigindo, o processo segue a partir dali. 
 3) Utilidade: Falta utilidade quando o procedimento escolhido, embora correto, não é capaz de realizar o pedido. 
“O processo que você entrou está certo, mas seu pedido está errado, corrija-o”.
OBS: “Todas as hipóteses de carência de interesse processual são sanáveis”.
Não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321
Art. 330.  A petição inicial será indeferida quando:
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.
Art. 106: Endereço do advogado. É um defeito fácil de corrigir. 
Art. 106.  Quando postular em causa própria, incumbe ao advogado:
I - declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço, seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e o nome da sociedade de advogados da qual participa, para o recebimento de intimações;
II - comunicar ao juízo qualquer mudança de endereço.
§ 1o Se o advogado descumprir o disposto no inciso I, o juiz ordenará que se supra a omissão, no prazo de 5 (cinco) dias, antes de determinar a citação do réu, sob pena de indeferimento da petição.
§ 2o Se o advogado infringir o previsto no inciso II, serão consideradas válidas as intimações enviadas por carta registrada ou meio eletrônico ao endereço constante dos autos.
Art. 321: A menção a este artigo abrange os demais defeitos da petição inicial não enquadrado nas hipóteses anteriores. Podem levar a extinção.
Art. 321.  O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Parágrafo único.  Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial
Art. 330, §2º: Em todos os casos, eu sou obrigado a determinar o pedido. Tenho que informar, obrigatoriamente, o valor certo (obrigação de pagar).
§ 2o Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito.
§ 3o Na hipótese do § 2o, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados.
Em muitos casos, o defeito na P.I. terá por consequência única a sua correção, a exemplo da incompetência da falta de protesto por provas e da não opção pela audiência prévia.
Possibilidade de retratação: Ainda que tenha ocorrido a extinção por indeferimento de P.I., e tendo a parte apelado da respectiva sentença, é facultado ao juízo retratar-se, se verificar que o defeito afirmado não existia (Antes de mandar para o Tribunal).
Depende da apelação, uma vez que ele precisa ser provocado pelo autor, já que se o autor não apelou é porque concordou com o juiz. O interessado direto é o autor. (Art. 331).
Art. 331.  Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se.
§ 1o Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao recurso.
§ 2o Sendo a sentença reformada pelo tribunal, o prazo para a contestação começará a correr da intimação do retorno dos autos, observado o disposto no art. 334.
§ 3o Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença.
CONCLUSÃO
Diante de todo exposto e com base no Novo Código de Processo Civil, pode-se concluir que a petição inicial como sendo o primeiro ato do processo é de suma importância para o mesmo visando a celeridade processual e se o pedido do autor poderia ou não partir para a fase de julgamento visto que a mesma dispõe de requisitos que se não atendidos são passiveis de indeferimento e extinção do processo com ou sem resolução de mérito.
BIBLIOGRAFIA
JR., Fredie Didier. Curso de direito processual civil. 17 ed. Editora Jus Podivm.
MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; MITIDIERO, Daniel. Curso de processo civil. 2 ed. Revista dos tribunais.
Novo Código de Processo Civil, lei nº 13.105 de 16 de Março de 2015 https://www.megajuridico.com/download-gratuito-novo-cpc-atualizado-em-pdf/

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