Argumento pelo absurdo.

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Argumento pelo absurdo
Sobre 
O argumento pelo absurdo, também chamado prova pelo absurdo, argumentum ad absurdum, consiste em demonstrar a invalidade de uma tese, pressupondo-a verdadeira, e mostrando que a sua aplicação leva a resultados incongruentes, contraditórios, antijurídicos, inadmissíveis. Demonstra-se a falsidade de uma afirmação ou a invalidade de uma idéia mostrando que seus efeitos, desdobramentos ou aplicações práticas contradizem essa mesma idéia, conduzem ao impossível, ao inadmissível, antinômico (contraditório). 
Utilização
No campo hermenêutico usa-se o argumento pelo absurdo a fim de formular um conjunto de diretivas que auxiliarão os juristas a justificar suas pretensões ou decisões baseadas em tal argumento. 
Versões 
Há duas versões aceitas pelos teóricos:
I – no sentindo estritamente lógico, como forma de comprovação ou contradição. Este sentido é de pouca utilidade, pois apenas torna explicito um erro que pode ser facilmente identificável. 
O esquema argumentativo formal, ajuda na identificação de conclusão inaceitável, independentemente da plausividade das premissas, já que o argumento em questão é internamente defeituoso. Em síntese, estabelece-se um silogismo ao demonstrar que a conclusão do oponente é inconsistente com as premissas. Nada mais afirma do que a exigência geral consistência que qualquer tipo de discurso deve possuir. 
II – no sentido menos estrito, pragmático, acerca da desejabilidade ou indesejabilidade de certa proposição. O Argumentum ad Absurdum como caso especial de argumento pragmático consiste em deduzir a pretensão do oponente na falsidade de um enunciado que levará a conseqüências inaceitáveis, aquele que analisa um acontecimento consoante suas conseqüências favoráveis ou desfavoráveis. 
Exemplificação
O contexto do argumento pelo absurdo é determinado pela presença de diferentes interpretações de um caso, e com uma especial valoração contra as conseqüências que uma das soluções apresentadas pode gerar, o que o caracteriza como um argumento comparativo. 
Como exemplo temos a canção “Perfeição”, escrita por Marcelo Bonfá, Dado Villa-Lobos e Renato Russo, que trata-se de uma crítica irônica à sociedade brasileira que presencia as barbáries do sistema, mas permanece indiferente.