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Reação Reação em Cadeia da Polimerase e Sequenciamento Profª. Lidia Amorim Departamento de Biologia Celular e Molecular lidiauff@gmail.com Quem inventou a PCR? Kary Mullis prêmio Nobel em Química (1993) Cetus Corporation - 1980 Estudo publicado em 1985 onde a técnica amplificava o DNA Saiki, R., Scharf, S., Faloona, F., Mullis, K., Horn, G., and Erlich, H. (1985). Enzymatic amplification of beta- globin genomic sequences and restriction site analysis for diagnosis of sickle cell anemia. Science 230: 1350-54 Mullis, K. and Faloona, F. (1987). Specific synthesis of DNA in vitro via a polymerase-catalyzed chain reaction. Methods Enzymol 155: 335-35 PCR Etapas principais da PCR Desnaturação (94°C) Extensão (72°C) T Forward Primer (senso) Reverse Primer (Antissenso) 5’ 3’ 3’ 5’ Anelamento (~50 = 65°C) 5’ 3’ 3’ 5’ Forward Primer Reverse Primer http://www.idtdna.com/pages/docs/educational-resources/the-polymerase-chain-reaction.pdf Animação PCR: http://www.dnalc.org/resources/animations/pcr.htm Etapas completas da Reação de PCR Desnaturação (94 0C, 5 min) CICLOS 30-35 L: 100 bp ladder 1: Tempo de desnaturação 30 sec. 2: Tempo de desnaturação 20 sec. 3: Tempo de desnaturação 10 sec. 4: Tempo de desnaturação 5 sec. 5: Tempo de desnaturação 1 sec. Extensão Final (65-75 0C, 7-10 min) Anelamento (55 a 65 0C, 30 seg) Extensão (65-75 0C, 1-2 min) Desnaturação (94 0C, 30 seg) Quais foram as limitações para o desenvolvimento da técnica de PCR? • Síntese de oligonucleotideos (primers) • Purificação de DNA polimerase • sintetizados quimicamente • possuem entre 15 a 25 bases (21pb aprox.) • prévio conhecimento da sequência alvo • ausência de sítios secundários de anelamento - sem similaridade com outras regiões do genoma CARACTERISTICAS PRIMERS • G+C > A+T -> (51 – 60 % de G+C) • Tm > 55 0C • Ta próxima entre os pares de primers • dímeros • grampos PRIMERS PRIMERS EVITAR • Temperatura na qual metade das fitas de DNA está na forma de fitas simples e a outra metade na forma de dupla hélice • Tm é dependente da composição do DNA, quanto maior a quantidade de G+C no DNA – maior o Tm, devido ao maior número de ligações de Hidrogênio • Tm = 2(A+T) + 4(G+C) Temperatura de melting – (Tm) • Possuir Tm maior que 55 0C – Tm = 4 x (G + C) + 2 x (A + T) Exemplo: 5’ AGACTCAGAGAGAACCC 3’ = 4 G 5 C 7 A 1T = Tm 4x9 + 2x8 = 52 0C Temperatura de anelamento – (Ta) • Temperatura na qual os primers se pareiam ao DNA molde • Pode ser calculada a partir da Tm • Ta = Tm primer diminuida de 4°C • Ta baixa = menor estringência - primer pareia em qualquer lugar • Ta alta = maior estringência – primer pode não parear Thermus aquaticus JOURNAL OF BACTERIOLOGY, Aug. 1969, p. 289-297 Vol. 98, No. I Thermus aquaticus gen. n. and sp. n., a Nonsporulating Extreme Thermophile THOMAS D. BROCK AND HUDSON FREEZE Department of Microbiology, Indiana University, Bloomington, Indiana 47401 Isolada no Parque Nacional de Yellowstone - California. T. Aquaticus são gram-negativas Temperatura ótima de crescimento é 70ºC, o máximo de 79ºC, e o minímo de 40º C. Taq polimerase Taq DNA Polimerase • Isolada de Thermus aquaticus • Clonada e expressa em E. Coli • Temperatura ótima de atuação é de 72 0C, sendo ainda estável a 94 0C • Não apresenta atividade exonuclease 3’ 5’ • Não apresenta capacidade revisora. Um erro a cada 2x104 enquanto que na bactéria 1 a cada 109 • Estabilidade térmica (resultados em atividade reduzida a 50%) 92,5 0C – 130 min, 95 0C – 40 min, 97,5 0C – 5 a 6 min • Após 50 ciclos (95 0C – 20 seg) – Atividade residual é de 65 % • Taxa de incorporação de nucleotídeos 75 0C – 150 nucleotídeos/seg/molécula 70 0C – 60 nucleotídeos/seg/molécula 55 0C – 24 nucleotídeos/seg/molécula 37 0C – 1,5 nucleotídeos/seg/molécula 22 0C – 0,25 nucleotídeos/seg/molécula • Isolada da Praia de Porto Levante, Ilha Vulcano (Itália) • Sedimento marinho anaeróbio (1986). • Alta eficiência em altas temperaturas (100ºC) • Maior afinidade pelo substrato • Capaz de amplificar sequências maiores Pfu Polimerase (Pyrococcus furiosus) Termocicladores 1. Etapas Pré- PCR: • Coleta da Amostra • Extração do Ácido Nucleico 2. PCR ou Ciclagem: • Preparo da Reação • Termociclagem 3. Pós-PCR: • Análise em Gel Etapas necessárias na realização do PCR convencional PCR convencional PCR convencional Animação: http://www.dnalc.org/view/15921-Gel-electrophoresis.html PCR convencional Alguns tipos de PCR • RT (usa cDNA como molde) • Multiplex (usa mais de um par de primers) • Nested (a reação é realizada em duas etapas na segunda os primers anelam em região interna do amplicon) • Degenerado (primer com sequencia variável) RT-PCR Quando a reação de PCR utiliza fita molde de DNA produzida a partir a ação da transcriptase-reversa a reação é chamada de “RT-PCR” A reação de transcrição reversa pode ser realizada utilizando : um primer específico Um primer oligo dT primer (ex da figura: um primer formado por varias bases T com o objetivo de anelar com a cauda poliA do mRNA ) primers randômicos (primer formado pela combinação de 6 bases formando primers randômicos) RNA AAAAAAAAAAAA TTTTTT oligo dT primer RNAs mensageiros (mRNA) possuem cauda poly A http://www.invitrogen.com/site/us/en/home/Products-and-Services/Applications/Nucleic-Acid-Amplification-and-Expression-Profiling/Reverse- Transcription-and-cDNA-Synthesis/RNA-Priming-Strategies.html RT-PCR A transcriptase-reversa sintetiza o cDNA O RNA é utilizado como molde para formar o DNA complementar (cDNA) pela enzima transcriptase reversa RNA AAAAAAAA TTTTTTTTT cDNA http://www.invitrogen.com/site/us/en/home/Products-and-Services/Applications/Nucleic-Acid-Amplification-and-Expression-Profiling/Reverse- Transcription-and-cDNA-Synthesis/RNA-Priming-Strategies.html Multiplex PCR • PCR com dois ou mais conjuntos de primers, para amplificação de diferentes fragmentos de uma mesma amostra •Objetivos: • Identificação de vários vírus • Identificação de deleções em genes em doenças degenerativas (Distrofia muscular de Duchenne) • Teste de paternidade Nested PCR • É uma variação da PCR convencional, na qual são utilizados dois paraes de primers (ao invés de um) para amplificar um mesmo fragmento • Duas reações de PCR são realizadas: primeira com a fita parental, em seguida em uma segunda utilizando o produto de PCR • Aumenta a especificidade e capacidade de detecção! PCR Degenerado O que são primers degenerados? • Primers que possuem variações na sequência Exemplo: 5´- TCGAATTCVCCYAAYTGRCCNT-3´ A+C+G =V C+T= Y A+C+G+T= N Objetivo: avaliar polimorfismo Quais são as aplicações da PCR? Diagnóstico Pré-natal (doenças herdadas); Diagnóstico de doenças infecciosas (bactérias, vírus, fungos, Protozoários); Identificaçãode trasngênicos; Diagnóstico e prognóstico de câncer (detecção de oncogenes e genes supressoresde câncer) Expressão gênica semi-quantitativa DNA fingerprint Aplicações Teste de Identificação de indivíduos Polimorfismo (variação DNA) http://www.ufpe.br/biolmol/Tec-mol-biol/aula1-PCR.htm Diagnóstico molecular – gripe aviária Limitações da PCR convencional • Baixa sensibilidade; • Não automatizado; • Discriminação baseada no tamanho; • Resultados não expressos em numeros • A coloração do gel (Brometo de Etidio) não é homogenea e o corante é mutagênico; • Necessita de análise pos-PCR • Não quantitativo Amplificação na PCR Em teoria a amostra alvo é dobrada a cada ciclo de PCR Essa duplicação em cada ciclo ocorreria se houvesse 100% PCR de eficiencia (E=2) L o g d o D N A a lv o Número de ciclos Teoricamente Na prática a eficiência depende de uma gama de fatores L o g T ar g et D N A Cycle Number Eficiência teórica (E) = 2 Eficiência Real (E) < 2 Amplificação na PCR Fases na curva da reação de PCR Numero de ciclos Exponential (Geometric) Phase Plateau Phase Stochastic/ ‘lag’ phase L o g d o s al v o s d e D N A Linear Phase http://www6.appliedbiosystems.com/support/tutorials/pdf/rtpcr_vs_tradpcr.pdf Comparação dos resultados qPCR x cPCR L o g d o s al v o s d e D N A Agarose gel electrophoresis following PCR Número de ciclos http://www.idtdna.com/pages/docs/educational-resources/gel-electrophoresis.pdf cPCR qPCR ∆ F lu o re sc en ci a Limiar CT CT Número de ciclos CT = O número de ciclos necessários para que o valor de fluorescêcia Cruze a linha limiar http://www6.appliedbiosystems.com/support/tutorials/pdf/rtpcr_vs_tradpcr.pdf PCR em tempo real detecta o sinal de fluorêscencia a cada ciclo, o qual vai aumentando até o platô. Por isso o nome “ tempo real “ ∆ F lu o re sc en ci a CT CT X Y < Qual das amostras expressa mais o gene alvo? Resultado de um qPCR Observe as linhas que cruzam a linha amarela. Quanto maior o número de ciclos (valor de Ct) para cruzá-la menor a concentração da amostra PCR em tempo real/qPCR •Tipos: 1. SYBR Green 2. Sonda de •hidrólise Fonte: ww.invitrogen.com PCR em tempo real com SYBR® Green I dye (qPCR) O corante torna-se fluorescente (diamantes verdes) quando se liga a dupla fita de DNA http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=5ZEySHfCWAU PCR em tempo real com Sonda de hidrólise /TaqMan® (PCR-Q) O corante torna-se fluorescente quando é clivado da sonda pela atividade exonuclease da TAQ Exames realizados pelo método: 1 - Detecção do DNA do vírus da Hepatite B qualitativo. 2 - Quantificação do DNA do vírus da Hepatite B. 3 - Detecção do RNA do vírus da Hepatite C qualitativo. 4 - Quantificação do RNA do vírus da Hepatite C. 5 - Micobacterium tuberculosis - pesquisa do DNA bacteriano. 6 - Pesquisa de clamídia. 7 - Detecção do Papilomavírus Humano HPV. 8 - Detecção de citomegalovírus - CMV. 9 - Quantificação do RNA do HIV (carga viral). 10 - Detecção de Toxoplasma gondii. 11 - Detecção de Helicobacter Pylori. 12 - Detecção do RNA do vírus da hepatite C em tecido hepático. LABORATÓRIO DE PATOLOGIA E ANÁLISES CLÍNICAS Dr. VANDIQUE HENRIQUES COUTINHO Componentes da Reação de Sequenciamento Mix de dNTP dATP, dCTP, dGTP, dTTP Produto de PCR Purificado DNA Polimerase Tampão UM Primer (Oligonucleotídeos senso ou anti-senso) Tubos A C G T ddATP ddCTP ddGTP ddTTP Resultado de Sequenciamento Fonte: Princípios de Bioquímica Lehninger, 2005 Sequenciamento Automático Animação: http://www.dnalc.org/view/15923-Cycle-sequencing.html
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