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Guia de Estudos da Unidade 04 Biossegurança

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Biossegurança 
UNIDADE 4
2
 BIOSSEGURANÇA
UNIDADE IV
Para início de conversa 
Olá, Caro (a) aluno (a). Seja bem-vindo ao quarto e último encontro desta disciplina.
A unidade 4 tratará sobre Biossegurança e o seu papel no desenvolvimento de estruturas organizacionais 
de trabalho, que mantenham e promovam a saúde de profissionais e usuários dos mais diversos tipos de 
serviços.
Com esse Guia de Estudos você será capaz de entender a importância da biossegurança em um ambiente 
de trabalho, e como a falta dela pode influenciar diretamente no bem-estar dos profissionais de saúde.
Preparado? Vamos então para nossa viagem pelo vasto e dinâmico mundo da Biossegurança.
orientações da disciPlina
Antes de começar quero lhe orientar que ao final dessa unidade haverá atividades relacionadas a este 
material e estudos de caso que vão lhe auxiliar na fixação do conteúdo. Caso você precise tirar alguma 
dúvida sinalize ao seu tutor, ele estará a sua disposição para auxiliar no que for preciso.
Bons estudos!
Palavras do Professor
Caro(a) estudante, vamos então falar sobre a Biossegurança. Essa área do conhecimento é de grande 
importância e indispensável para trabalhadores sobretudo, aqueles da área da saúde. Isso por que os riscos 
originados no processo de trabalho e nas pesquisas são diversos, desde agentes químicos e biológicos 
até posturas inadequadas. O objetivo aqui não é formar profissionais especialistas em biossegurança e 
saúde ocupacional, mas permitir que dentro das suas atividades diárias você possa levar em consideração 
a opção mais segura, aquela que não comprometerá a saúde, a integridade física e o bem-estar dos 
envolvidos.
Vamos lá?
a oriGeM da BiosseGUrança
Meu caro(a), o estudo de agentes patogênicos e suas formas de controle datam da década de 40, mas 
apenas em 1970 é que o conceito de biossegurança começou a ser mais fortemente construído após o 
surgimento da engenharia genética. 
A partir do procedimento pioneiro que utilizava técnicas de engenharia genética para a transferência 
e expressão do gene da insulina para a bactéria Escherichia coli. Essa primeira experiência, em 1973, 
provocou forte reação da comunidade científica mundial, culminando na Conferência de Asilomar, na 
Califórnia em 1974. 
3
Nesta conferência foram tratadas questões acerca dos riscos das técnicas de engenharia genética e 
sobre a segurança dos espaços laboratoriais. Do ponto de vista prático, foi a partir desta Conferência que 
se originaram as normas de biossegurança dos Estados Unidos da América. A partir de então, a maioria 
dos países centrais viu a necessidade de estabelecer legislações e regulamentações de biossegurança. A 
primeira referência ao termo biossegurança é de 1984, na edição do primeiro Manual de Biossegurança do 
mundo pelo Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos – CDC, que conceitua o termo como “um 
conjunto de procedimentos, práticas e instalações voltado para controlar o biorrisco, ou seja, o controle 
de risco advindo dos patógenos”
No Brasil a Fundação Oswaldo Cruz foi pioneira, promovendo em 1985, o primeiro curso de biossegurança 
no setor de saúde e passou a implementar medidas de segurança como parte do processo de Boas Práticas 
em Laboratórios. Esses e outros marcos deram origem no ano de 1995 a primeira Lei de Biossegurança, a 
Lei no 8.974, de 5 de janeiro de 1995. 
você saBia?
O símbolo do biorrisco, foi criado por Emmet Barkley no ano de 1980 e tem por objetivo 
identificar a área de risco e alertar para a possibilidade de riscos biológicos.
 
Símbolo do Biorrisco
BiosseGUrança e aMBiente de traBalHo
Talvez você ainda não tenha parado para refletir a respeito, mas o ambiente de trabalho, isso inclui os 
laboratórios e hospitais, traz ao empregado uma série de riscos ocupacionais que vão muito além da 
disseminação de agentes biológicos. Avaliar e conhecer esses riscos é extremamente importante, pois a 
partir daí medidas efetivas de prevenção podem ser tomadas. 
O risco mais conhecido é o biológico, mas além dele existem ainda os riscos químicos, físicos, ergonômicos 
e o risco de acidentes. Com base neles, foram desenvolvidos equipamentos de proteção que visam 
prevenir agravos.
Esses equipamentos podem ser divididos em duas categorias. São elas: equipamentos de Proteção 
individual (ePi) e equipamentos de Proteção coletiva (ePc). E são utilizados de acordo com a 
necessidade de cada ambiente de trabalho e de acordo com o tipo de risco com o qual estamos lidando. 
Além disso, é preciso atentar para as particularidades de cada caso. 
Caro(a) estudante, quando tratamos do risco Biológico é necessário conhecer a forma de transmissão do 
agente infectante. O Bacilo de Koch por exemplo, agente da tuberculose é transmitido por gotículas e 
máscaras comuns não são capazes de barrar sua passagem até a mucosa do hospedeiro. Já nos riscos 
químicos conhecer a natureza e as características do material trabalhado é crucial na hora de contê-lo.
???
4
Equipamentos de proteção Individual Equipamentos de Proteção Coletiva
Luvas Corrimão
Máscaras Capela de Exaustão
Óculos Extintores de Incêndio
Jalecos e Batas Lava Olhos
Sapatos Chuveiros de Emergência
Toucas Fitas antiderrapantes em Escadas
Pro-pés Iluminação Adequada
Fonte: Elaborado pelo autor.
GUarde essa ideia!
A Constituição Federal Brasileira assegura a todos os cidadãos o direito a um meio 
ambiente equilibrado. Para garantir esse aspecto, as legislações de biossegurança 
traduzem princípios básicos.
Fonte: Elaborado pelo autor.
O princípio da precaução é definido como “a garantia contra os riscos potenciais da tecnologia que, de 
acordo com o estado atual do conhecimento, ainda não podem ser identificados”.
O princípio da contenção considera a adoção de todos os procedimentos de segurança necessários para 
a manipulação de seres vivos ou materiais perigosos. A meta é evitar, reduzir ou eliminar a exposição aos 
agentes de risco.
O princípio da responsabilidade tem carácter ético e representa a confiança e o respeito aos valores 
presentes na sociedade. Juridicamente considera que se arque com as consequências das ações 
praticadas no caso de algum tipo de desrespeito ao que é juridicamente permitido.
classificaçÃo dos riscos À saÚde
Os riscos à saúde podem ser divididos em 5 categorias: Risco Físico, Risco Químico, Risco Biológico, Risco 
Ergonômico e Risco de Acidentes.
Essa classificação ajuda na adoça de medidas de controle efetivas. Para classificação didática 
consideramos:
5
Risco Físico: São riscos oriundos do ambiente ao qual o indivíduo é exposto. Exemplo: Radiação, calor, 
ruídos, umidade e outros.
Risco Químico: Exposição a agentes químicos que podem causar problemas à saúde dos indivíduos 
expostos a eles, como contaminação, doenças respiratórias, dermatites, queimaduras por contato, até 
doenças mais graves como câncer e morte por intoxicação. Exemplo: Contato com mercúrio, exposição à 
pesticidas, inalação de CO2, entre outros.
Risco Biológico: Presença de seres microscópicos causadores de doenças que aumente a probabilidade de 
uma pessoa adoecer por causa desse microrganismo. Exemplo: Vírus da Gripe, Bacilo de Koch e outros.
Risco Ergonômico: A ergonomia é definida como a relação entre o ser humano e o ambiente que ele ocupa, 
adequando as atividades de maneira a garantir bem-estar, conforto e segurança. Assim, é possível dizer 
que oferecem riscos ergonômicos circunstâncias que gerem estresse, situações de desconforto ou que 
exijam esforço físico excessivo, bem como imposição de ritmos intensos de trabalho.
Risco de Acidente: Há situações em que, por exemplo, a falta ou falha de manutenção nas redes elétricas, 
ausência de proteção em máquinas e equipamentos etc. podem proporcionar acidentes de variados níveis 
de gravidade. 
veja o vídeo!
Posso lhe indicar um vídeo? Este mostra como os riscos físicos 
podem estar atrelados a grandes desastres. Em 1986 um grande 
acidente na Usina nuclearde Chernobil, Ucrânia matou milhares 
de pessoas e ficou marcado como uma das maiores catástrofes 
nucleares do mundo. Clique aqui.
você saBia?
Você sabia que no Brasil, ano de 1987, o acidente radiológico de Goiânia, conhecido 
como acidente com o césio-137, marcou a história? Pois é, foi classificado como nível 5 
(acidentes com consequências de longo alcance) na Escala Internacional de Acidentes 
Nucleares, que vai de zero a sete, onde o menor valor corresponde a um desvio, sem 
significação para segurança, enquanto no outro extremo estão localizados os acidentes 
graves.[2]
O instrumento foi encontrado por catadores de um ferro-velho do local, que entenderam tratar-se 
de sucata. Foi desmontado e repassado para terceiros, gerando um rastro de contaminação, o qual afetou 
seriamente a saúde de centenas de pessoas. O acidente com césio-137 foi o maior acidente radioativo do 
Brasil e o maior do mundo ocorrido fora das usinas nucleares.
avaliaçÃo, classificaçÃo e controle de riscos 
Por que avaliar?
É nesse período que podemos desenvolver processos que possam identificar situações de perigo, além de 
medir o risco e avaliar a probabilidade de gerarem danos aos indivíduos. Além do mais, o gerenciamento 
de risco também prevê a avaliação de custo-benefício da implantação de medidas que sejam capazes de 
reduzir os riscos. Esse processo proporciona: 
???
https://www.youtube.com/watch?v=n0USkZPmMNk 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_Internacional_de_Acidentes_Nucleares
https://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_Internacional_de_Acidentes_Nucleares
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_radiol%C3%B3gico_de_Goi%C3%A2nia#cite_note-2
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sucata
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9sio-137
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_radioativo
6
Fonte: Elaborado pelo autor
No processo de Detecção de risco de agentes biológicos é primordial identificar qual o agente biológico 
que está sendo manipulado, o tipo de ensaio realizado e ter o conhecimento necessário acerca da espécie 
que está sendo estudada e quais as possíveis consequências em caso de exposição acidental. São fatores 
importantes: 
•	 Patogenicidade
Capacidade do agente invasor em causar doença com suas manifestações clínicas entre os hospedeiros 
suscetíveis
•	 virulência
Capacidade de um microrganismo tem de induzir a morte e/ou de se multiplicar dentro de um organismo, 
provocando doença.
•	 dose infectante
Dose mínima de agentes patogênicos necessária para infectar um indivíduo.
•	 Modo de transmissão
Como o agente biológico chega até o hospedeiro a partir da fonte de exposição.
•	 estabilidade
Capacidade de o agente biológico manter seu potencial infeccioso no ambiente, exposto a diferentes 
níveis de luz, temperatura, umidade, agentes químicos etc.
•	 origem do agente biológico
Saber se a origem do agente é humana ou animal e sua localização geográfica também, especialmente 
nos processos de prevenção da propagação.
•	 Medidas profiláticas eficazes
Vacinação, antissoros e globulinas, além da adição de medidas sanitárias, controle de vetores e medidas 
de quarentena.
7
•	 tratamento
Identificar se já existe um tratamento eficaz que garanta a contenção da doença e a sua cura. Incluindo 
imunização e a vacinação (pós-exposição), além do uso de medicamentos adequados e terapias.
•	 eliminação do agente
Saber como eliminar o agente é crucial para as medidas de contenção. Quando existe alta eliminação de 
excreções ou secreções pelos organismos.
você saBia?
Você sabia que o isolamento de um grupo de pessoas para evitar o contágio por doenças em indivíduos 
não contaminados, evitando assim a disseminação da doença, é uma prática comum desde os tempos 
bíblicos? Pois é, o manual de biossegurança da Prefeitura de São Paulo (SÃO PAULO, 2007) cita que o 
isolamento de um grupo de pessoas, a fim de evitar que infecções se espalhem, é conhecido desde o 
século XIV. 
Quando havia doenças epidêmicas ou caso de doentes comuns, os navios (incluindo as pessoas e as 
cargas) que retornavam dos portos mediterrâneos eram submetidos a um período de isolamento de 40 
dias, daí o nome quarentena.
classificação de risco
De acordo com o Ministério da Saúde, podemos classificar os riscos da seguinte maneira: 
Classe de risco 1 Classe de risco 2 Classificação de risco 3 Classificação de risco 4
Baixo risco 
individual e para a 
comunidade.
Risco moderado 
individual e limitado 
para a comunidade.
Ex: Vírus da Caxumba
Alto risco individual, 
moderado risco para a 
comunidade.
Ex: HIV e Tuberculose
Alto risco para o 
indivíduo e para a 
comunidade. 
Ex: vírus Ebola.
 
contenção
Métodos e técnicas, procedimentos e práticas, equipamentos de proteção individual e coletiva que devem 
ser empregadas na manipulação ou estocagem de agentes infecciosos no ambiente laboratorial. Desse 
modo, o objetivo principal dos procedimentos de contenção deve ser a redução da exposição do indivíduo 
ao risco. Eles se dividem em dois tipos:
•	 Primária: Proteção do indivíduo e do ambiente contra um agente infeccioso por meio de técnicas 
laboratoriais e equipamentos de proteção, bem como a utilização de vacinas, que também fazem 
parte desta categoria. 
•	 Secundária: Trata-se da proteção do ambiente externo contra a contaminação do agente em 
manipulação através de instalações prediais e métodos operacionais, como descarte adequado de 
resíduos, desinfecção e limpeza.
???
8
leitUra coMPleMentar
Até aqui tudo bem?
Para maiores esclarecimentos acesse os links:
Agentes biológicos
Segurança no Trabalho e Meio Ambiente
Boas PrÁticas eM laBoratÓrio de PesQUisa (BPl)
As Boas Práticas em Laboratório meu caro(a), podem ser definidas como normas, técnicas e procedimentos 
que têm como objetivo controlar e reduzir a exposição dos profissionais da saúde aos riscos comuns à sua 
atividade.
•	 Esteja consciente do que está fazendo. 
•	 Desenvolva as atividades durante períodos em que haja fluxo de pessoas.
•	 Utilize os EPIs necessários à segurança. 
•	 Não circule com plantas ou animais no laboratório.
•	 Mantenha o hábito de lavar as mãos. 
•	 Mantenha as unhas curtas. 
•	 Não use as mãos para coçar olhos, nariz ou boca. 
Caso trabalhe com animais:
•	 Procure não usar perfumes fortes. 
•	 Jamais faça refeições no laboratório. 
•	 Mantenha seu jaleco sempre limpo. 
•	 Não fale alto ou faça barulhos
Medidas de controle 
equipamentos de Proteção individual (ePi)
A Norma Regulamentadora n. 6 (NR-6) trata da regulamentação e da obrigatoriedade da disponibilização 
e uso dos equipamentos de proteção individual. Ela define equipamentos de proteção individual (EPI) 
como: [...] todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção 
de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Essa NR ainda dispõe sobre as 
responsabilidades do empregador e do empregado frente ao uso de EPI.
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/classificacaoderiscodosagentesbiologicos.pdf 
http://www.if.ufrgs.br/~mittmann/NR-9_BLOG.pdf
9
resPonsaBilidades do eMPreGador resPonsaBilidades do eMPreGado
Fornecer o EPI adequado ao risco de cada atividade. Usar o EPI apenas para a finalidade a que se 
destina. 
Exigir o seu uso Responsabilizar-se pela guarda e conservação. 
Fornecer ao trabalhador somente o aprovado 
pelo órgão nacional competente em matéria de 
segurança e saúde no trabalho. 
 
Comunicar ao empregador qualquer alteração 
que o torne impróprio para uso. 
Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso 
adequado, guarda e conservação.
 
Comunicar em caso de perda ou extravio
Substituir imediatamente, quando danificado ou 
extraviado.
 
Cumprir as determinações do empregador sobre 
o uso adequado.
Registrar o seu fornecimento ao trabalhador, 
podendo ser adotados livros, fichas ou sistema 
eletrônico.
Fonte: elaborada pelo autor
Proteção dos olhos, face e cabeça
•	 Óculos de proteção: Devem ser usados quando houver risco de contato com respingos, poeiraou 
impactos. Fique ligado! Em situações nas quais há risco de explosão os óculos devem ter proteção 
lateral.
•	 Protetores Faciais: Em algumas situações como o manejo de bactérias e vírus altamente patogênicos 
e virulentos, como o vírus da varíola, se faz necessário o uso de protetores faciais ou até mesmo capuz 
com visores integrados.
Proteção da pele e das mãos
•	 Lavagem das Mãos: As mãos são consideradas um potente veículo na disseminação e aquisição de 
doenças. Estudos indicam que a lavagem adequada das mãos, aquela realizada com água e sabão, 
remova até 99% de toda microbiota transitória da pele, evitando assim o risco de infecções.
•	 Luvas: As luvas protegem as mãos do contato com substancias abrasivas, objetos pontiagudos e 
cortantes, objetos quentes, solventes, ácidos e demais substâncias corrosivas. Existem luvas 
compostas por diversos materiais e cada uma delas destinada a uma finalidade.
fiQUe atento!
Quando em laboratórios ou ambientes de saúde, deve-se ter mais cuidados no uso de luvas.
Troque as luvas após contato com materiais que possam conter maior concentração de microrganismos 
como secreções, sengue e meio de cultura por exemplo. Não esqueça de trocar a luva entre um procedimento 
e outro com pacientes diferentes. Assim que o procedimento for finalizado, deve-se remover e descartar 
as luvas, além de lavar as mãos com água e sabão imediatamente. E por fim não esqueça que o uso de 
adornos pode fazer com que a luva rasgue. Evite, anéis, pulseiras, relógios e qualquer adereço que traga 
esse risco.
10
Proteção do corpo e vestuário
•	 Jalecos: O uso de jalecos no ambiente do laboratório é essencial para a proteção do corpo. No geral 
são recomendados os que possuem manga longa e punhos fechados.
calçados de segurança
O uso dos calçados de segurança é altamente recomendado e devem ser totalmente fechados, ter solas 
antiderrapantes, além de ser confeccionados em material impermeável.
Proteção respiratória
•	 Filtros e máscaras respiratórias:
Máscara Cirúrgica ou descartável: Mascara de revestimento simples, é indicada quando há risco de 
contaminação da face com sangue, fluidos corpóreos, secreções e excretas.
Respirador semifacial PFF2 N95: Indicado em situações que haja exposição à agentes biológicos veiculados 
por gotículas. Como o agente causador da tuberculose.
Máscara com Filtro ou Respirador: Equipamento desenvolvido para filtragem e separação de partículas 
como poeiras, nevoas,  fumaça, vapores de produtos químicos, vapores orgânicos, gases maléficos 
a respiração humana do oxigênio respirado pelos pulmões.
equipamentos de proteção coletiva (ePc) 
Considera-se EPC qualquer dispositivo ou sistema de âmbito coletivo, destinado à preservação da 
integridade física e da saúde dos trabalhadores, assim como a de terceiros. O Uso de EPC é regulamentado 
pela NR-9. 
Essa Norma regulamenta a obrigatoriedade da elaboração e implementação do Programa de Prevenção 
de Riscos Ambientais (PPRA). Que dispõe de medidas que eliminem ou reduzam a utilização ou a formação 
de agentes prejudiciais à saúde, além da obrigatoriedade do uso de EPI’s.
•	 capelas e cabine de segurança: são de uso obrigatório em todos os laboratórios com o objetivo 
de remover vapores e gases tóxicos. 
•	 Manuseio de vidrarias: Em laboratórios o uso de vidrarias é uma rotina. E alguns cuidados devem 
ser tomados durante o manuseio desses materiais. Cuidado ao guarda-los.
•	 Pipetagem: A pipetagem com a boca não deve ser realizada sob nenhuma hipótese. Mesmo que 
não haja contato com o liquido aspirado, os vapores exalados por ele são suficientes para causar a 
contaminação do profissional.
MÉtodos de liMPeZa, desinfecçÃo e esteriliZaçÃo de Materiais 
laBoratoriais e HosPitalares 
limpeza
Trata-se da remoção do material orgânico e demais dejetos das bancadas, piso e imediações da área de 
trabalho. É considerado um processo básico e quando que precede a desinfecção ou a esterilização. 
11
desinfecção
É o processo de eliminação de formas vegetativas, existentes em superfícies inanimadas, mediante a 
aplicação de agentes químicos.
esterilização
Método de eliminação de todos os organismos vivos de um objeto, mediante utilização de agentes 
químicos, físicos ou a combinação deles.
você saBia?
A desinfeção pode ser categorizada em 3 níveis. A desinfecção de baixo nível é feita 
utilizando Quaternário de Amônia ou Peróxido de Hidrogênio. A desinfecção de Médio 
Nível utiliza Hipoclorito de Sódio ou Álcool 70%, Já a desinfecção de Alto nível utiliza 
Glutaraldeido 2% para a eliminação dos microorganismos de determinado material.
fiQUe atento!
As estufas não são mais consideradas um meio de Esterilização eficiente para serem 
utilizadas em ambientes hospitalares e laboratoriais. Isso por que no processo de 
aquecimento existem diferenças entre a temperatura encontrada no centro e na periferia 
do equipamento. Ou seja, enquanto o centro do equipamento aquece mais rápido e 
esteriliza os materiais, as bordas aquecem de forma lenta e não matam efetivamente 
todas as formas de resistência dos microrganismos ali presentes. 
níveis de BiosseGUrança eM laBoratÓrios
Os laboratórios são divididos em quatro os níveis de segurança e em ordem crescente segundo o grau de 
complexidade e o nível de proteção.
Bl1 (ou P1): pequeno risco individual e comunitário. As instalações são adaptadas para trabalhos com 
microrganismos não patogênicos.
Bl2 (ou P2): apresenta risco individual e comunitário moderado e limitado. Indicado para trabalhos com 
microrganismos patogênicos para o homem.
Bl3 (ou P3): apresenta risco individual elevado e risco comunitário pequeno. São necessários EPIs como 
máscaras, cabines de segurança, pressão negativa no laboratório e antecâmaras.
Bl4 (ou P4): nível de proteção máxima, já que apresenta riscos individuais e elevados bem altos. As 
instalações são adaptadas para materiais de altíssimo risco de contaminação, infecção, mutagênicos e 
genotóxicos.
você saBia?
Você sabia meu caro(a), que no ano de 2014 durante a limpeza de um pequeno cômodo 
num centro de pesquisa de Washington, cientistas americanos encontraram, por acaso, 
frascos abandonados com o vírus da varíola. Estima-se que os frascos datam de 1950; 
eles estão intactos e selados. A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo Centro 
de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) americano.
???
???
12
A varíola está erradicada oficialmente no mundo desde a década de 1980. O último caso natural ocorreu 
na Somália em 1977. Desde então, o único caso conhecido causado por um acidente de laboratório foi em 
1978. Depois da erradicação da varíola, são conservadas amostras do vírus em apenas dois laboratórios: 
no centro do CDC em Atlanta, e no Centro para Pesquisa Virológica e Biotecnológica de Novosibirsk, na 
Rússia. Ambos são monitorados pela OMS, que logo foi comunicada da descoberta dos frascos.
ações Para o controle de infecções
Os laboratórios também são ambientes que naturalmente oferecem risco de contaminação. Porém, alguns 
fatores como o contato das mãos dos profissionais de saúde com as superfícies e a não utilização de 
técnicas básicas da lavagem das mãos facilitam o aumento desse risco.
Para reduzir o risco de transmissão de infecções e outras doenças no ambiente laboratorial algumas 
ações são extremamente importantes, como evitar o uso de aspiradores de pó, não realizar a varredura 
seca nas áreas internas dos serviços de saúde e remover rapidamente a matéria orgânica das superfícies. 
De acordo com o potencial de contaminação e risco de infecção podemos categorizar ao ambientes em: 
Critico, Semi-crítico e não crítico.
cateGorias dos aMBientes HosPitalares
Áreas críticas – onde o risco de transmissão de infecções é alto. Nesse local são realizados procedimentos 
de alto risco e/ou onde se encontram pacientes imunodeprimidos
Áreas semicríticas – onde se encontram pacientes com doenças infecciosas de baixa transmissibilidade 
ou não transmissíveis, como enfermarias, apartamentos,ambulatórios e corredores. 
Áreas não críticas – são todos os demais ambientes de laboratórios e hospitais.
fica a dica
A limpeza dos ambientes hospitalares pode ser dividida em duas categorias: concorrente 
e terminal.
A limpeza concorrente é aquela realizada diariamente e que visa a manutenção de um 
ambiente seguro e limpo.
A limpeza terminal é aquela realizada em um período de tempo maior e com critérios 
mais rigorosos de limpeza. 
resistência Bacteriana e infecçÃo HosPitalar
Consideramos como resistência a capacidade de um microrganismo se adaptar e sobreviver a ambientes 
adversos. Isso acontece por terem um curto período de vida (minutos ou horas), as bactérias podem 
apresentar uma resposta rápida às alterações de ambientes de forma que, quando são introduzidos 
antibióticos, algumas bactérias rapidamente se tornam resistentes a essas drogas.
Vários mecanismos podem atuar aumentando a resistência bacteriana. Os mais comuns incluem a 
diminuição da permeabilidade da membrana do microorganismo e bombas de efluxo de antibióticos
13
veja o vídeo!
Este vídeo resume os principais mecanismos de resistência 
bacteriana. Espero que você goste.
infecções HosPitalares
As Infecções Hospitalares constituem a principal causa de mortes hospitalares no Brasil e são definidas 
como qualquer infecção adquirida após a admissão do paciente no hospital e que se manifesta durante 
a internação ou após a alta, quando pode ser relacionada com a internação ou com procedimentos 
hospitalares. É importante ressaltar que para cada tipo de infecção haverá um agente patogênico que terá 
um tempo determinado de incubação, e esse tempo varia de acordo com o agente etiológico envolvido. 
As principais causas de infecções hospitalares são relacionadas às condições de limpeza e higiene do 
ambiente hospitalar e aos procedimentos e rotinas do serviço. Porém outros fatores estão envolvidos 
nesse processo sobretudo o estado imunológico e nutricional do paciente, idade e doenças pré-existentes.
Os tipos mais comuns de infecção hospitalar são pneumonias, infecções do trato urinário, infecções 
sanguíneas e do sítio cirúrgico. 
fiQUe atento!
Fique atento, as Infecções Hospitalares receberam recentemente uma nova 
nomenclatura e hoje são conhecidas como Infecções relacionadas à Assistência de 
Saúde. Já que a maior parte delas advém de procedimentos mal realizados ou por 
causa da utilização de materiais impróprios para o uso, sobretudo aqueles que atingem 
tecidos profundos e órgãos estéreis. 
leitUra coMPleMentar
Infecções relacionadas à assistência em saúde: desafios para a 
prevenção e controle. Clique aqui.
controle de infecçÃo HosPitalar
Devido a preocupação com os crescentes casos de Infecção hospitalar no ano de 1992, o Ministério da 
Saúde por meio da portaria 930 determinou: “Todos os hospitais do país deverão manter programa de 
controle de infecções hospitalares, independente de entidade mantenedora”
Mas somente em 1997 a Lei Federal n. 9.431 de determina a criação da Comissão de Controle de Infecção 
Hospitalar (CCIH) e de um Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH), de forma a reunir um 
conjunto de ações que têm como objetivo reduzir a incidência e a gravidade das infecções. Entre as ações 
estão o uso racional de antimicrobianos, germicidas e materiais hospitalares, além de uma política de 
utilização dos antimicrobianos.
https://www.youtube.com/watch?v=4z04ywA9MmM 
http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/211 
14
GUarde essa ideia!
A Norma NR-9 estabelece que todas as empresas e instituições que tenham empregados regidos pela 
CLT são obrigadas a adotar e implementar o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, o PPRA com 
objetivo de preservar a saúde e integridade dos trabalhadores. No que diz respeito aos riscos biológicos, 
a identificação precisa seguir uma metodologia qualitativa, devendo ser considerados a resistência 
bacteriana, infecção hospitalar e programas epidemiológicos mais comuns na região.
A NR-32 determina que todas as empresas devem fornecer aos seus trabalhadores, de forma gratuita, 
a imunização ativa contra tétano, difteria, hepatite B e todas as vacinas disponíveis e existentes contra 
outros agentes biológicos aos quais o trabalhador esteja exposto.
norMas reGUlaMentadoras e leGislaçÃo nacional eM BiosseGUrança
No Brasil existem 36 normas regulamentadoras que preveem a segurança dos profissionais, meio 
ambiente e população em geral. Destas a NR-32 é uma ferramenta importante para garantia da segurança 
aos trabalhadores nos estabelecimentos de saúde e tem como objetivo identificar, prevenir e controlar os 
riscos. Neste tema veremos os aspectos mais relevantes da norma, mas se recomenda que sua leitura 
integral seja feita. Toda atividade relacionada à saúde pública deve ser entendida como abrangida pela 
NR-32.
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Nesta página você encontrará na integra todas as normas 
regulamentadoras. Acesse e confira!
 
GerenciaMento dos resídUos de serviços de saÚde
Caro (a) estudante, definem-se resíduos de serviços de saúde os gerados por hospitais, clínicas, 
ambulatórios e similares e têm como característica principal um alto grau de contaminação por agentes 
patogênicos. 
Toda instituição geradora de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) tem por obrigação elaborar um Plano 
de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), tendo como base as características dos 
resíduos gerados e estabelecendo diretrizes de manuseio desses resíduos. O PGRSS devem conter as 
seguintes etapas: 
Manejo
Segregação
Acondicionamento 
Identificação
Transporte Interno
Armazenamento Temporário
Tratamento
Armazenamento Interno
Coleta
http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nrs.htm
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leitUra coMPleMentar
Sobre a Destinação de Resíduos Sólidos, faça essa leitura 
complementar, é de suma importância. Espero que goste. Clique 
aqui.
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Para mais exercícios viste às páginas:
Link1
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Palavras finais
E então meu caro (a), o que achou? Espero que nosso último encontro tenha sido proveitoso e que você 
saia daqui com a certeza de que o mundo que envolve a biossegurança é amplo, mas muito prazerosos e 
que é nosso papel enquanto profissionais zelar pelo desenvolvimento e aperfeiçoamento dessa ciência.
Bons Estudos!
http://www.agrinho.com.br/site/wp-content/uploads/2014/09/32_Residuos-solidos.pdf
http://www.ufpb.br/concursos/hulw/download/mediod/Tecnico_de_Laboratorio_em_Biosseguranca.pdf 
http://

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