Buscar

Laserterapia: Tipos, Efeitos e Contraindicações

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

LASERTERAPIA
HISTÓRIA
O termo laser é a amplificação da luz por emissão estimulada da radiação, cuja teoria é do físico Albert Einstein que em seu artigo em 1917 expôs os princípios físicos da emissão estimulada (fenômeno laser), sendo este classificado como de “alta potência” (com potencial destrutivo) e em “baixa potência” (sem potencial destrutivo)
Essa terapia foi utilizada primeiramente por Mester e colaboradores em 1971 no processo de cicatrização tecidual e observaram que as lesões cicatrizaram mais rapidamente. A partir deste estudo, outros autores apresentaram resultados semelhantes;
A laserterapia utilizando radiação a partir de lasers de baixa potência tem como resultado analgesia, efeito anti-inflamatório e cicatrizante, o que justifica o seu uso durante o processo de cicatrização.  
CLASSIFICAÇÃO DOS LASERS
O laser é um equipamento composto por substâncias de origem sólida, líquida ou gasosa, que ao serem estimuladas por determinada fonte energética resultam num feixe de luz, comumente denominado de raio laser. Existem dois tipos de lasers, os de alta potência ou cirúrgicos, e os de baixa potência ou terapêuticos.
Os lasers classificados como de alta potência ou cirúrgicos, devido ao seu efeito térmico são utilizados para realização de corte, vaporização e hemostasia. 
Castração,Cordectomia, Incisões Cutâneas, Debridamento de Úlcera de Decúbito; Remoção de Carcinoma de Células Escamosas; Hemostasia; Remoção de Pequenos Tumores; Tratamento de Bolsas Periodontais; Ressecção de Úlceras
Incisão, coagulação de tecidos e vaporização.
CLASSIFICAÇÃO DOS LASERS
Enquanto que os lasers de baixa potência ou terapêuticos, por não apresentarem efeitos térmicos, são utilizados com fins analgésicos, anti-inflamatórios e de bioestimulação. 
CLASSIFICAÇÃO DOS LASERS
Abscesso subcutâneo;
- Acne em gatos;
- Calo;
- Dermatite acral por lambedura;
- Dermatite das dobras cutâneas;
- Dermatite piotraumática;
- Dermatofitose (lesões focais);
- Demodicose canina localizada;
- Higroma;
- Infecção da unha por bactérias;
- Infecção da unha por fungos;
- Malassezíase (lesões focais);
- Papilomatose;
- Piodermite de queixo;
- Piodermite bacteriana;
- Piodermite Profunda;
- Piodermite Superficial.
- Efeito Antiálgico;
- Artrites e Atroses;
- Biomodulação Óssea;
- Dermatites;
- Otite Fúngica;
- Pós-operatório de fraturas;
- Úlcera de Córnea.
efeitos da laserterapia de baixa potência na cicatrização
Redução do edema e da sensibilidade dolorosa;
Estimulação do processo de reparo tecidual através da bioestimulação celular;
Ativação ou inibição de processos fisiológicos, bioquímicos e metabólicos por meio de efeitos fotofísicos ou fotoquímicos;
Neoformação tecidual, revascularização, aumento da regeneração celular, aumento da microcirculação local e permeabilidade vascular, além dos efeitos terapêuticos de e proliferação celular
A laserterapia não apresenta efeito curativo, mas auxilia numa melhor resposta inflamatória pelo organismo devido ao seu efeito analgésico, consequentemente tem-se:
Aceleram e melhoram os processos cicatriciais por apresentarem efeito biomodulador nas células e tecidos. Assim resulta na: 
efeitos da laserterapia de baixa potência na cicatrização
Uma única aplicação de laserterapia não apresenta efeito bactericida e/ou bacteriostático, assim como não apresenta efeito bioestimulante sobre as bactérias.
Há efeito bactericida quando há mais de uma aplicação do laser ou quando as aplicações duram pelo menos 12 minutos sobre tais bactérias, com exceção da Escherichia coli. 
Acredita-se que o efeito bactericida ocorra devido à absorção de fótons por cromófors endógenos no interior da bactéria, resultando na produção de moléculas altamente reativas e citotóxicas, que provocam a ruptura da membrana e consequentemente a morte bacteriana.
contra indicações para terapia laser em geral
Pacientes com neoplasias;
Devido o efeito bioestimulante do laser é possível acelerar o crescimento celular, podendo levar a metástases.
contra indicações para terapia laser em geral
Pacientes com hipertireoidismo; 
Irradiação sobre região do pescoço, pois o efeito bioestimulante pode resultar no aumento da produção hormonal pela glândula tireóide.
contra indicações para terapia laser em geral
Pacientes com epilepsia; 
Pois se acredita que um ataque pode ser induzido por certa frequência da modulação do feixe de laser.
contra indicações para terapia laser em geral
Irradiação da retina, podendo causar diversos danos, inclusive cegueira;
contra indicações para terapia laser em geral
Região abdominal e intravaginal em gestantes;
Apesar dos efeitos teratogênicos sobre o feto não terem sido comprovados em aves, as aplicações devem ser evitadas. 
contra indicações para terapia laser em geral
Pacientes com histórico de fotossensibilidade ou que façam uso de medicações fotossensíveis;
aplicabilidade da laserterapia
Foi atendido no Hospital Veterinário do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo (HOVET-UFES), um cão macho, de aproximadamente 2 a 3 anos, sem raça definida (SRD), pesando 7kg. O animal chegou ao HOVET com desidratação de 7 a 8% e escore corporal caquético, com carrapatos e pulgas. Por ser um animal errante, não se sabe se foram feitas as devidas vacinas. Apresentava um ferimento de aproximadamente 10 cm² em região cervical dorsal com presença de miíase e áreas de necrose.
aplicabilidade da laserterapia
Outros 2 ferimentos de aproximadamente 1cm², um em região parietal e outro na região supraorbitária. Foram ministrados meloxicam, enrofloxacina e tramadol. Para retirada da miíase foi feita medicação pré-anestésica acepramonazina e morfina. Em seguida, foi realizada tricotomia ampla ao redor das feridas, para permitir uma melhor higiene do local. As larvas foram removidas e as áreas necrosadas foram retiradas por desbridamento cirúrgico.
aplicabilidade da laserterapia
realização da tricotomia ampla e desbridamento cirúrgico das áreas necrosadas.
aplicabilidade da laserterapia
As lesões foram submetidos ao tratamento com laser sendo realizadas 3 aplicações com duração de 15 segundos cada;
As sessões eram realizadas a cada 24 horas desde o primeiro dia de atendimento até a cicatrização completa da ferida. 
Foi realizada bandagem contendo alantoína tópica e açúcar, a qual era trocada a cada 12 horas, passando posteriormente para a cada 24 horas.
 Foi prescrito meloxicam a cada 24 horas por 5 dias, cefalexina a cada 12 horas por 10 dias e 1 comprimido de Capstar por 3 dias.
resultados
Lesão cervical dorsal limpa 24 horas após o desbridamento cirúrgico e a retirada das larvas de miíase.
resultados
Com a utilização da bandagem com alantoína tópica associada ao açúcar, foi possível observar a formação precoce do tecido de granulação e o início da cicatrização das bordas da lesão, além da diminuição do edema local;
Após 2 sessões de laserterapia, aplicado na região cervical dorsal, notou-se presença do tecido de granulação.
resultados
Após 2 semanas promovendo irradiações sobre as lesões, observou-se a formação do tecido de granulação na superfície da lesão, além de retração com aproximação das bordas e consequente redução da extensão da lesão; 
primeira semana de tratamento, formação de tecido de granulação.
resultados
A: Redução do diâmetro da ferida na segunda semana de tratamento;
B: Cicatrização das bordas da ferida ao final da segunda semana de tratamento.
resultados
A: Ferida após a terceira semana de irradiação do laser, bordas epitelizadas e tecido de granulação no centro;
B: Ferida durante a quarta semana de tratamento com aumento da área epitelizada e redução da extensão da lesão.
DISCUSSÃO
Por ser um animal debilitado optou-se pela utilização da laserterapia de baixa potência, ao invés de promover a aproximação das bordas através de sutura, para auxiliar e acelerar a cicatrização da ferida extensa,já que a mesma atua a nível celular, facilitando a síntese de colágeno, aumentando a motilidade dos queratinócitos e liberando fatores de crescimento. 
A laserterapia promoveu a aceleração da cicatrização, através da presença do tecido de granulação, observação realizada com apenas duas sessões de irradiação. 
O paciente desse relato apresentava três lesões, sendo que apenas a da região cervical dorsal foi submetida à laserterapia. 
De acordo com Andrade, Clark & Ferreira (2014), para que a laserterapia apresente resultados eficazes a dose deve estar entre 3-6J/cm2 e o comprimento de onda entre 632,8 e 1000nm, desta maneira a dose e o comprimento de onda utilizados no presente auxiliaram no processo de cicatrização de forma eficaz e rápida. 
De acordo com o estudo realizado por Silva e colaboradores (2013), quando comparado ao processo de cicatrização estimulado pela laserterapia, o processo de cicatrização natural apresenta maior tempo de fase inflamatória e menor velocidade de cicatrização.  
CONCLUSÃO
Com base nos dados observados é possível sugerir que a irradiação pontual do laser arsênio-gálio-alumínio (AsGaAl), na dose de 6 J/cm² atuou como agente bioestimulador na cicatrização de feridas extensas. 
A laserterapia de baixa frequência revelou ser uma alternativa de fácil manuseio e eficiente na aceleração do processo de cicatrização, sendo, portanto, indicada para o tratamento de feridas extensas quando utilizada na dose e frequência descritas neste estudo.

Outros materiais