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DIREITO CONSTITUCIONAL CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE O controle de constitucionalidade se faz necessário em decorrência da SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO frente às demais normas jurídicas. Isso significa dizer que a CONSTITUIÇÃO se posiciona no ápice da hierarquia normativa dentro de um Estado Constitucional Democrático de Direito e todas as outras normas jurídicas necessitam estar em harmonia e conformidade com ela, sob pena de serem consideradas inconstitucionais, ou inválidas. 1 - CONCEITO O CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE consiste na realização de determinados procedimentos político-jurídicos que verificam a compatibilidade vertical das normas infraconstitucionais, legislativas ou normativas, com a CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 2 – ESPÉCIES DE INCONSTITUCIONALIDADES 2.1 – INCONSTITUCIONALIDADE POR AÇÃO 2.1.1 – Inconstitucionalidade Formal (Decorrente da não observância das formalidades e corretos procedimentos constitucionais previstos para a elaboração de uma norma jurídica) 2.1.2 – Inconstitucionalidade Material (Decorrente da incompatibilidade – antinomia – entre o conteúdo da norma e o texto da Constituição) 2.2 – INCONTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO Caracterizado pela ausência de norma regulamentadora que permita o exercício de determinados direitos 3 - ESPÉCIES DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 3.1 – PREVENTIVO (realizado – a priori – antes da elaboração da norma jurídica pelo próprio órgão que a cria, seja o poder legislativo ou o poder executivo) 3.2 – REPRESSIVO (realizado – a posteriore – após a vigência da norma jurídica, pelo poder judiciário) 4 – TIPOS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 4.1 – NORTE AMERICANO (EUA), OU JUDICIAL (controle exercido por órgão vinculado ao poder judiciário) 4.2 – FRANCÊS, OU POLÍTICO (controle exercido por órgão situado fora da órbita do poder judiciário) 5 – MODELOS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 5.1 – MODELO DIFUSO ou CONCRETO (controle exercido por todos os membros do poder judiciário – ex. EUA) 5.2 – MODELO CONCENTRADO ou ABSTRATO (controle exercido exclusivamente por uma Corte Constitucional – ex: Áustria) 5.3 – MODELO MISTO (controle que combina os dois modelo anteriores – ex: Brasil) 6 – FORMA DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 6.1 – PRINCIPAL OU POR VIA DE AÇÃO (tem como objeto principal tão somente declarar determinada norma como inconstitucional) 6.2 – INCIDENTAL OU POR VIA DE DEFESA OU EXCEÇÃO (A ação tem como objeto principal a garantia de um direito e para isso busca, por via secundária ou incidental, a declaração de inconstitucionalidade de uma norma). 7 - ALCANCE (ou efeitos) DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 7.1 – EFEITO ERGA OMNES (a decisão produz efeito – vincula – a todos) 7.2 – EFEITO INTER PARTES (a decisão produz efeito – vincula – apenas as partes envolvidas na ação) 8 – MODO (ou natureza) DA DECISÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE 8.1 – DECISÃO EX NUNC (a decisão não produz efeitos retroativos) 8.2 – DECISÃO EX TUNC (a decisão produz efeitos retroativos) O CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO BRASIL CARACTERÍSTICAS GERAIS: - É PREVENTIVO e também REPRESSIVO; - É JUDICIAL (em regra); - É DIFUSO (concreto) e CONCENTRADO (abstrato); - É Por VIA PRINCIPAL e por VIA DE DEFESA; - Pode possuir alcance ERGA OMNES e/ou INTER PARTES; - A decisão pode ser de natureza EX TUNC e/ou EX NUNC. MODELO BRASILEIRO DE CONTROLE CONCENTRADO (em abstrato ou direto) CARACTERÍSTICAS GERAIS: É de competência originária do STF (C.F. 102,I,a); Estão legitimados para a sua proposição as pessoas e órgãos listado no art. 103 da CF; - Realizado através das (genericamente) chamadas Ações Diretas de Constitucionalidade; As leis e atos julgados inconstitucionais pelo STF, em ação direta, perdem a sua aplicabilidade. As decisões do STF nas ações diretas possuem efeito ERGA OMNES; AÇÕES DIRETAS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE TIPOS (espécies) 1 – Ação Direta de Inconstitucionalidade; 2 – Ação Declaratória de Constitucionalidade; 3 – Ação de Inconstitucionalidade por omissão; 4 – Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental; 5 – Representação Interventiva. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (ADIn / ADI) CARACTERÍSTICAS GERAIS: - De competência originária do STF; - Estão legitimados para a sua proposição as pessoas e órgãos listado no art. 103 da CF; - É regulamentada pela lei n. 9.868/99; - Tem como objetivo proporcionar a declaração de inconstitucionalidade de lei e/ou ato normativo federal e/ou estadual; - Prevista pelo Constituinte Originário na CF 88 em seu art. 102, I, a. AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE (ADC – ADECON) CARACTERÍSTICAS GERAIS: - De competência originária do STF; - Estão legitimados para a sua proposição as pessoas e órgãos listado no art. 103 da CF; - Foi incluída na CF 88 (art. 102,I,a) pela EC n. 3/99; É regulamentada pela lei n. 9.868/99; - Tem como objetivo proporcionar a declaração de constitucionalidade de lei e/ou ato normativo federal e/ou estadual frente a reiteradas, e sérias, controvérsias nos tribunais nesse sentido. AÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO (ADO / ADIn por omissão) CARACTERÍSTICAS GERAIS: - De competência originária do STF; - Estão legitimados para a sua proposição as pessoas e órgãos listado no art. 103 da CF; - Regulamentada pela lei n. 12.063/2009; - Prevista pelo Constituinte Originário na CF 88 em seu art. 103, § 2o ; - Visa reparar omissão legislativa e/ou administrativa decorrente de ausência de norma regulamentadora, federal ou estadual, que impossibilita o exercício de um direito. ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF) CARACTERÍSTICAS GERAIS: - De competência originária do STF; - Estão legitimados para a sua proposição as pessoas e órgãos listado no art. 103 da CF; - Regulamentada pela lei n. 9.882/99; - Prevista pelo Constituinte Originário, CF 88 art. 102, § 1º ; - Possui caráter de subsidiariedade só sendo cabível quando não for possível uma outra ação qualquer; - Ampliou a competência do STF para controlar atos normativos municipais e os anteriores à vigência da constituição de 88, geradores de controvérsias graves. REPRESENTAÇÃO INTERVENTIVA (ADIn Interventiva) CARACTERÍSTICAS GERAIS: - De competência originária do STF; - Visa obter uma declaração de inconstitucionalidade e a restauração da ordem constitucional em Estados (intervenção estadual) e municípios (intervenção municipal) – arts. 34, 35 e 36 da CF 88; - O MP, através do seu Procurador Geral, é o único legitimado para a sua propositura - CF 129, IV;
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