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Projeto do Objeto / Profª. Dr ª. Mariana Falcão Bormio
Profª. Dr ª. Mariana Falcão Bormio
ERGONOMIA
Projeto do Objeto
Aula 01 – CONCEITOS
produtos configurados com função otimizada
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DEFINIÇÕES - DESIGN
DESIGN 
do latim. O verbo "'designare" é traduzido literalmente como determinar, mas significa mais ou menos: demonstrar de cima. O que é determinado está fixo. Design transforma o vago em determinado por meio da diferenciação progressiva. Design (designatio) é compreendido de forma geral e abstrata. Determinação por meio da apresentação. A ciência do design corresponde à ciência da determinação (HOLGER VAN DEN BOOM, 1994).
Segundo o "Oxford Dictionary" foi no ano de 1588 que, pela primeira vez. o termo "Design" foi mencionado e descrito como: 
Um plano desenvolvido pelo homem ou um esquema que possa ser realizado
O primeiro projeto gráfico de uma obra de arte ou 
Um objeto das artes aplicadas ou que seja útil para a construção de outras obras 
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DEFINIÇÕES - DESIGN
 Design Industrial – utilizado pela primeira vez em 1948
 Projetista industrial aquele que se dedicasse, em qualquer campo. na indústria especialmente, à configuração de novos materiais
(BÜRDEK, 2010)
Siegfried Giedeon
“Ele formava a carcaça, cuidava do desaparecimento dos mecanismos visíveis (da máquina de lavar) e dava a tudo formas aerodinâmicas como de um trem ou automóvel". 
Mart Stam 
Horst Oelke
chamou atenção para que a configuração formal não se ativesse somente aos aspectos sensoriais e perceptivos dos objetos. O designer deveria se voltar também a meios de satisfazer as necessidades da vida social ou individual
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DEFINIÇÕES - DESIGN
Design Center de Berlim (1979) por ocasião de uma de suas exposições: 
Bom design não se limita a uma técnica de empacotamento. Ele precisa expressar as particularidades de cada produto por meio de uma configuração própria. 
Ele deve tornar visível a função do produto, seu manejo, para ensejar uma clara leitura do usuário. 
Bom design deve tornar transparente o estado mais atual do desenvolvimento da técnica 
Ele não deve se ater apenas ao produto em si, mas deve responder a questões do meio ambiente, da economia de energia, da reutilização, de duração e de ergonomia. 
O bom design deve fazer da relação do homem e do objeto o ponto de partida da configuração, especialmente nos aspectos da medicina do trabalho e da percepção
(BÜRDEK, 2010)
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DESIGN E HISTÓRIA
escritos sobre arquitetura, são um dos primeiros e mais completos trabalhos sobre regras do projeto e da configuração. 
teoria e prática
“Um arquiteto deve ter interesse pela arte e pela ciência, ser hábil na linguagem, além de ter conhecimentos históricos e filosóficos”. 
“Toda construção deve obedecer a três categorias: a solidez (firmitas), a utilidade (utilitas) e a beleza (venustas)" - bases para um conceito do funcionalismo - que somente no século 20 foi retomado pelo mundo e que determinou o moderno no design. 
artista e engenheiro/construtor romano - cerca de 80 - 10 AC
"Dez livros sobre a arte da construção"
(BÜRDEK, 2010)
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Origens
LEONARDO DA VINCI
mencionado como o primeiro designer
estudos científicos de anatomia, ótica e mecânica ele é considerado como precursor do conhecimento de máquinas, ao editar, por exemplo, o "Manual de Elementos de Máquinas" 
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DESIGN E HISTÓRIA – REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
 novos materiais e tecnologias - ferro fundido - aço - concreto - maquinário - teares automáticos - máquinas a vapor
reordenação radical do trabalho - formas e métodos de produção
consequências sociais: 
grande parte da população empobreceu – proletariado
ambiente se transformou 
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DESIGN E HISTÓRIA – EXPOSIÇÕES INDUSTRIAIS
Torre Eifel – Gustave Eifel, 1889 - Paris
Palácio de Cristal – Joseph Paxton, 1851 - Londres
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DESIGN E HISTÓRIA – REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
metade do século XIX - design industrial em seu sentido atual - divisão de trabalho - separa o projeto da manufatura - especialização - designer e grandes fabricantes passaram a ser responsáveis apenas por parte de um produto
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DESIGN E HISTÓRIA – REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - OBJETO
- Progresso mecânico permitia aos fabricantes produzir milhares de artigos baratos no mesmo período de tempo e ao mesmo preço anteriormente necessário para um único objeto bem trabalhado (PEVSNER, 2002)
artesanato entrasse em decadência
surgimento de produtos completamente disformes, desprovidos do senso estético
antigos mestres abandonaram suas oficinas e tornaram-se empresários
substituição do trabalho humano pela máquina 
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DESIGN E HISTÓRIA – REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - OBJETO
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DESIGN E HISTÓRIA – REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Como verdadeiros pais do design se contam os contemporâneos desta revolução industrial:
Gottfried Semper John Ruskin William Morris Henry Cole
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DESIGN E HISTÓRIA – REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - OBJETO
mundo da utilidade 
sem significado
artesanato
fator de mediação 
Arte
técnica pura
mundo do significado sem utilidade
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JOHN RUSKIN
teórico, escritor e professor de Arte e Arquitetura
seu ideal era o retorno ao modo de trabalho da Idade Média - pretendia melhorar as condições de vida através de reformas sociais e da rejeição do trabalho mecanizado, propondo uma reação contra a máquina, dentro de um contexto europeu de industrialização paulatina, e a implantação de um universo artificial. 
procurava em um movimento de contraposição à revolução industrial na Inglaterra, revitalizar os processos de produção da Idade Média. Uma produção artesanal deveria propiciar melhores condições de vida para os trabalhadores e ser um contrapeso à estética empobrecida do mundo das máquinas.
(BÜRDEK, 2010)
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JOHN RUSKIN
	“realizar com verdade é realizar manualmente, e realizar manualmente é realizar com alegria”. 
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John Ruskin e William Morris 
Foi nesse sentido que lideraram, na Inglaterra do século XIX, o movimento contra o mau gosto e a decadência cultural. 
2 ARGAN, Giulio Carlo. “Projeto e Destino” São Paulo: Editora Ática, 2000. Pág. 73. 
3 Id., “Walter Gropius e a Bauhaus” Lisboa: Editorial Presença, Coleção Dimensões, 2ª edição, 1990. Pág. 24. 
4 BENEVOLO, Leonardo. “História da Arquitetura Moderna.” São Paulo: Editora Perspectiva, 3ª edição, 2001. Pág. 194.
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WILLIAN MORRIS
Definiu a arte, influenciado pelo artesanato gótico, simplesmente como “a maneira de o homem exprimir o prazer que lhe vem do trabalho”. A verdadeira arte deve ser “feita pelo povo e para o povo, como uma bênção para quem a faz e para quem a desfruta”. 
Entretanto, tinha que reconhecer que é impossível uma arte barata porque “toda a arte custa tempo, trabalho e esforço mental”
Morris considerava a máquina o seu inimigo mortal “a produção mecânica, como condição de vida, é um mal absoluto”
(PEVSNER, 2002)
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WILLIAN MORRIS
Seus papéis de parede foram os produtos mais conhecidos, com seus desenhos complexos, incorporando plantas, flores e pássaros. 
acreditava que a máquina aniquilaria a arte se o artistanão voltasse a ser um artesão e o artesão não se convertesse em um artista. 
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WILLIAN MORRIS
Em termos arquitetônicos, a reforma proposta por Morris era uma luta contra o neoclassicismo e seus dogmas: simetria, proporção, ritmo, equilíbrio entre cheios e vazios, alinhamentos entre portas e janelas e monumentalidade.
Morris defendia uma linguagem descritiva das funções e dos materiais, eliminando elementos arquitetônicos do repertorio clássico ou dando novos significados a eles. Em sua Casa Vermelha, de 1859, Morris deixou o tijolo à mostra, sem recobri-lo com massa, para reafirmar a verdade dos materiais e a beleza dessa verdade
(ZEVI, 1984)
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MOVIMENTO ARTS AND CRAFTS
O movimento Arts and Crafts refere-se ao grupo de artesãos e artistas, designers e arquitetos liderados por Morris que desejavam elevar o status da arte aplicada ao status das Belas Artes. 
Várias organizações promoveram o Arts and Crafts ao longo dos anos de 1880 a 1890. Essas oficinas tiveram tanta influência na arte e na produção, que acabaram desenvolvendo um estilo próprio.
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MOVIMENTO ARTS AND CRAFTS
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MOVIMENTO ARTS AND CRAFTS
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ART NOUVEAU
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Bibliografia
FRAMPTON, Kenneth. “História Crítica da Arquitetura Moderna”. São Paulo: Editora Martins Fontes, 1997. Pág.112. 
ZEVI, Bruno. “A Linguagem Moderna da Arquitetura” Lisboa, Publicações Dom Quixote, Coleção Arte e Sociedade, 1984. Pág 136.
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