Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
17/04/2017 1 EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS e DIABÉTICAS Profa. Marion Vecina A. Vecina EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS INTRODUÇÃO • Caracteriza-se por uma elevação rápida, inapropriada, intensa e sintomática da pressão arterial, com ou sem risco de deterioração rápida dos órgãos-alvo (coração, cérebro, rins e artérias), que pode conduzir a um risco imediato ou potencial de vida. Martin, José Fernando Vilela, Higashiama, Érika, Garcia, Evandro et al. Perfil de crise hipertensiva: prevalência e apresentação clínica. Arq. Bras. Cardiol., Ago 2004, vol.83, no.2, p.125-130. EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS • Trata-se de uma situação rotineira em unidades de emergência o atendimento a pacientes com níveis pressóricos elevados com ou sem sintomatologia associada. DEFINIÇÃO • Pressão arterial (PA) acentuadamente elevada – sistólica > 180mmHg e/ou diastólica > 120 mmHg quando associada a sinais ou sintomas de comprometimento de órgãos-alvo é considerada Emergência Hipertensiva CRISE HIPERTENSIVA • Principais Sintomas: • Cefaleia • Tontura • Dispneia • Déficit neurológico • Dor torácica • Epistaxe • Ansiedade INTRODUÇÃO • Urgência = elevação sintomática da PA sem lesão em orgãos-alvo • Emergência = deterioração rápida de órgãos- alvo e risco imediato de vida • Pseudocrise = pressão arterial muito elevada e se encontrarem oligossintomáticos ou assintomáticos 17/04/2017 2 AVALIAÇÃO INICIAL • História • Uso de drogas ilícitas ou LÍCITAS • Tempo e tratamento para H.A.S • Nível de consciência e déficits neurológicos • Fundo de olho • Ex. físico: PA bilateral, pulsos, presença de congestão ... • Exames complementares de acordo com suspeita clínica ABORDAGEM TERAPÊUTICA • As pseudocrises hipertensivas devem ser tratadas com analgésicos ou ansiolíticos, conforme a causa a não com anti-hipertensivos. • Durante o seu manejo nas urgências deverá, é importante observar o surgimento de sintomas que se associem a lesões progressivas de órgãos alvo. • Para cada situação que acompanha as emergências hipertensivas há uma terapêutica medicamentosa mais indicada. É fundamental que seja criada uma estratégia para o controle adequado da PA. Pacientes na vigência de emergência hipertensiva devem ser admitidos em unidade de terapia intensiva para monitoração contínua da pressão arterial e administração de fármacos anti-hipertensivo CONDUTAS NAS EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS • Estabelecido o diagnóstico de emergência hipertensiva, se recomenda a redução a PA média entre 20 e 25% na 1ª hora. Atingida a pressão arterial diastólica (PAD) entre 100 e 110 mmHg, manter esses níveis entre a 2ª e a 6ª hora, exceto nas dissecções agudas da aorta. • Utilizar fármacos anti-hipertensivos por via endovenosa através de bombas de infusão contínua e com monitorização pressórica rigorosa EMERGÊNCIAS DIABÉTICAS • A American Diabetes Association (ADA) define diabetes como “um grupo de doenças metabólicas caracterizado por hiperglicemia resultante de defeitos na secreção ou na ação da insulina, ou ambos”. INTRODUÇÃO • Dados do estudo NHANES (National Health and Nutrition Examination Survey) revelam que 9,3% dos indivíduos acima de 20 anos de idade apresentam diabetes diagnosticado e não- diagnosticado (glicemia em jejum >126mg/ dL). • A prevalência da doença aumenta com a idade ocorrendo em 15,8% da população acima dos 65 anos. Vários fatores contribuem para um número cada vez mais elevado de diabéticos, como a obesidade, o sedentarismo e número maior de idosos. 17/04/2017 3 DIAGNÓSTICO Diretrizes da Sociedade Brasileira de diabetes-2009 DIABETES • Há três tipos de diabetes. • Diabetes tipo 1: há uma baixa ou nenhuma produção de insulina. • Diabetes tipo 2: há produção de insulina mas a quantidade produzida não é capaz de retirar todo o açúcar do sangue. • Diabetes gestacional: desenvolvido durante a gravidez sendo que, na maioria dos casos, após a gestação, o diabetes desaparece. SINTOMAS Principais sintomas do diabetes tipo 1: •vontade de urinar diversas vezes ( EXCESSO DE URINA – POLIURIA) • fome frequente • sede constante ( SEDE É O PRINCIPAL MECANISMO DE DEFESADO ORGANISMO CONTRA DESIDRATAÇÃO) • perda de peso • fraqueza • fadiga • nervosismo • mudanças de humor • náusea e vômito. Principais sintomas do diabetes tipo 2: • infecções frequentes • alteração visual (visão embaçada) • dificuldade na cicatrização de feridas • formigamento nos pés e furúnculos PROGNÓSTICO •Realizar exame diário dos pés para evitar o aparecimento de lesões • Manter uma alimentação saudável • Utilizar os medicamentos prescritos • Praticar atividades físicas • Manter um bom controle da glicemia, seguindo corretamente as orientações médicas. • Hiperglicemia – Acionar o serviço médico de emergência (SAMU 192) e, em seguida: • Monitorar cuidadosamente os sinais vitais em intervalos de alguns minutos; • Verificar se há sinais de traumatismo craniano ou lesão no pescoço que podem ter ocorrido se a vítima sofreu queda ao perder a consciência. Se houver quaisquer lesão, fornecer o atendimento apropriado; • Manter as vias aéreas desobstruídas e aplicar a respiração artificial; administrar RCP (ressuscitação cardiopulmonar) se necessário; • Ficar alerta para vômitos. Estar preparado para colocar a vítima deitada de lado, com a face voltada para baixo, para prevenir a aspiração e permitir a drenagem; • Continuar monitorando os sinais vitais até a chegada da equipe de resgate. • A evolução grave da hiperglicemia é o coma diabético, também conhecido como cetoacidose diabética. • Hipoglicemia – é uma emergência médica grave que pode causar a morte em pouco minutos. Acionar imediatamente o serviço médico de urgência (SAMU 192) e, em seguida: • Se a vítima estiver consciente, administrar suco de laranja com uma ou duas colheres (chá) de açúcar, glicose concentrada, refrigerantes com açúcar, mel ou geleia, doces, balas ou cubos de açúcar a fim de auxiliar no aumento da concentração sanguínea de açúcar; • Caso ela esteja inconsciente, devem-se manter as vias aéreas desobstruídas e ministrar a respiração artificial, se necessário; • Se a pessoa estiver inconsciente e for possível fazê-lo no local, colocar glicose instantânea entre a bochecha da vítima e as gengivas; • Observar se há complicações e tratá-las apropriadamente; • Continuar a monitorar os sinais vitais até a chegada da equipe de resgate 17/04/2017 4 REFERÊNCIAS • Martin, José Fernando Vilela, Higashiama, Érika, Garcia, Evandro et al. Perfil de crise hipertensiva: prevalência e apresentação clínica. Arq. Bras. Cardiol., Ago 2004, vol.83, no.2, p.125-130. • http://www.lersaude.com.br/emergencias- diabeticas-o-que-fazer/ • Rev Bras Ter Intensiva. 2008; 20(3):305-312 • Rev Bras Hipertens vol. 21(3):148-151, 2014.
Compartilhar