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Resumo do Livro A história da Alquimia

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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba. Campus: João Pessoa.
Curso: Licenciatura em Química 
Professor: Fausthon Fred da Silva
 História das Ciências
Resumo do Livro – História da Alquimia
Autor: Robson Fernandes Farias
Rayssa Barbosa de Medeiros - 20111440348
João Pessoa, 2014.
Resumo Do livro – História da Alquimia
Autor: Robson Fernandes de Farias.
Introdução
A alquimia pode ser consolidada como uma agregação de prática laboratorial com a corrente filosófica. Entretanto, não se sabe ao certo a partir de quando surgiu à alquimia, pode-se considerar devido a precedentes históricos que a alquimia tem berço árabe, egípcio, sabe-se então, que a nomenclatura “alquimia” está interligada com a palavra el-kimyâ sendo esta designada ao nome dado ao Egito. A alquimia se manifestou por toda Grécia, China e Egito, e se consolidou mais fortemente no Ocidente a partir da decadência do Império Romano. 
Devido à produção do ouro, os alquimistas eram vistos como alvo de perseguições e espionagens. Em consonância com o exposto, surgiu à necessidade de criar uma linguagem simbólica, cifrada e hermética que tinham como objetivo aprisionar o segredo e se livrar da curiosidade alheia, assim como as perseguições políticas. Para vislumbrar tamanho de tal perseguição cita-se o caso do Imperador Diocleciano, onde este proibiu a prática alquimista, e mandou queimar todos os documentos escritos por tais alquimistas, essa ação é fruto do medo que a produção de ouro por atividades alquimistas corrompesse a economia do império.
Capítulo 1 - Alquimia: origens e definição
Não se sabe ao certo a origem da alquimia, as raízes de sua origem ainda não podem ser vistas, mas sabe-se que ela difundiu e se manifesta na queda do Império Romano e se desenvolve por toda Idade Média. A alquimia era considerada uma doutrina em que se constituía de pessoas alucinadas, loucas, mágicos, de pessoas interesseiras e de envenenadores. 
A pressuposição mais aceita hoje em dia é que a alquimia tem originalidade árabe el-kimyâ, que tem por sua vez raiz negra. Tal designação refere-se a “terra negra”, termo utilizado antigamente para o Egito, o termo “terra negra” era utilizado para fazer-se referência ao Egito devido às terras férteis próximas as margens do Rio Nilo. Já outros historiadores acreditam que a palavra kimia deriva do grego chymia, que significa fundir ou moldar um metal, essa hipótese aponta para o fato que a arte alquímica tenha as primeiras práticas químicas para o início da metalurgia.
O autor Serge Hutin, afirma ser muito difícil definir o que seria a alquimia, pois esta palavra abrange domínios diferentes que podem ser separados em cinco tópicos: 
Uma doutrina secreta, a filosofia hermética. A filosofia hermética é o estudo e prática da filosofia oculta, da magia associado ao escritos atribuídos a Hermes Trimegisto (um alquimista);
Teorias que poderia qualificar de “científicas” sobre a constituição da matéria;
Uma arte prática, cujas finalidades principais são a transformação dos metais e a medicina universal;
Uma mística, ou seja, é a busca da comunhão com uma derradeira realidade, divindade, verdade espiritual ou Deus através da experiência direta ou intuitiva.
A Ars Magna, curiosa aliança de misticismo, de aspirações religiosas de teosofia e de processos práticos, espécie de síntese dos aspectos precedentes.
Capítulo 2 – Alquimia grega
É de quase total acordo entre os historiadores que o surgimento da alquimia desencadeou no Egito, sob influência grega, na Alexandria e outras cidades do Delta do Nilo. Após descoberta, a Alexandria passou a crescer rapidamente e tornou-se a mais importante cidade do mundo antigo, sob regime dos Ptolomeus. Alexandria por possuir uma enorme biblioteca e um museu, que atraia inúmeros sábios de todas as partes do mundo grego, influenciou várias cidades do Delta do Nilo ao desejo do saber e de conhecimento. 
A cidade de Mendes sobressaiu com Democritos, este escreveu um livro intitulado Physica, livro este trabalhado na preparação do ouro e da prata. O que diferencia a obra de Democrito de um simples receituário teórico é de seu interesse pela transmutação da matéria, que poderia ser visualizada a partir das sucessivas mudanças de coloração sofridas pelos metais ao serem produzidas ligas metálicas. Resumindo, Democritos acreditava em uma maneira, ou processo químico, que fizesse um material se parecer com o outro. Ou seja, transformar um metal que não tinha muito valor em um metal dourado, portanto, transformá-lo em ouro, de alto valor aquisitivo. Sem dúvidas, as primeiras práticas alquímicas eram muito mais químicas do que alquímicas.
A alquimia grega então, se resumiu em acreditar que um “ouro falso” produzido era ouro de verdade, e que os processos químicos envolvidos transmutavam um metal qualquer em ouro. E a comprovação que eles usavam para designar se a transmutação tinha sido bem sucedida era que se ao passar o tempo o “ouro” perdesse seu brilho seria prova de que a transmutação não foi realizada de forma perfeita. A alquimia grega então, se baseava na mudança de cores durante os processos, tal característica que incorporou à prática da alquimia nos posteriores séculos.
Capítulo 3 – Alquimia Islâmica
As guerras expansionistas que se seguiriam à morte de Maomé marcariam uma era de conquistas islâmicas, o que determinou que o árabe fosse à língua, culta, oficial dos países conquistados, esse motivo explica o fato de muitos manuscritos da alquimia serem em árabe, não necessariamente seus autores fossem.
O primeiro mulçumano a se interessar por alquímica foi o príncipe Khalid ibn Yazid, sendo este muito interessado por alquímica, a prova disso foi que ele trouxe alguns filósofos gregos do Egito para que lhe ensinassem a traduzir textos alquímicos em grego e em línguas góticas. 
O ponto mais importante da alquimia islâmica sem dúvidas foi à obra de Geber. Geber foi um percursor da iatroquímica, que pode ser definida como o que chamamos de química medicinal, isto é, usar conhecimentos químicos para preparação de novos medicamentos, levando-se em conta os processos que têm lugar nos organismos vivos. O uso da iatroquímica na época era para produção de poções e elixires.
Uma das principais contribuições para o pensamento alquímico foi a sua proposição de que, devido à influência dos planetas, os metais seriam formados no interior da Terra pela união do enxofre e do mercúrio. Valem salientar, que o mercúrio e o enxofre não eram considerados elementos químicos, mas sim como princípios, cuja suas características podem ser mais bem descritas tendo-se por base as características desses elementos. A explicação para a existência de diversos metais recai no fato de que o enxofre e o mercúrio não estão sempre puros e podem não se combinar sempre nas mesmas proporções. Se estes fossem puros e na mesma proporção haveria a formação do ouro.
Outro alquimista islâmico importante foi Abu Bakr Muhammad ibn Zakariyya, mas conhecido como Razhes. Razhes praticava tudo, sobretudo a alquimia médica, tendo dado contribuições significativas à ginecologia e à oftalmologia. Ele foi o primeiro a faze uma clara distinção entre varíola e o sarampo.
Razhes acreditava na possibilidade de uma transmutação, visto que, para transmutar um elemento em outro, bastaria lhe alterar as proporções dos princípios. Essa transmutação acontecia mediante o uso do elixir, o qual converteria metais que não tinham muita preciosidade em ouro, ou converter pedras não preciosas em preciosas.
Outro nome em destaque na alquimia islâmica foi o de Abu Mansur Muwaffak, em seus trabalhos determinou a distinção entre o carbonato de sódio e carbonato de potássio. Entre suas contribuições, destaca-se a que o cobre ao ser aquecido a altas temperaturas, resulta em um sólido negro (óxido de cobre), utilizado para escurecer o cabelo.
Capítulo 4 – Alquimia Chinesa
A maior diferença da alquimia chinesa para a alquimia ocidental é queela não apresenta muito voltada para a transmutação de metais e sim para um lado mais filosófico. Diante disso a transmutação de um metal “sem valor” para o ouro foi encarada como uma analogia para transmutação do interior do individuo, que passaria de um estado impuro para um estado de superioridade, por meio de práticas alquímicas.
Resumindo, a alquimia chinesa nos traz dois aspectos centrais importantes: seu principal objetivo prático era o prolongamento da vida, não a obtenção de riquezas materiais, e a crença de que, para que as operações alquímicas fossem bem sucedidas, a ajuda de seres espirituais e deuses secundários era necessária.
Capítulo 5 – Alquimia na Europa Medieval 
Durante a alta idade média o lado teórico da química era quase que exclusivamente explorada pelos alquimistas. Muito embora a alquimia tenha surgido há um bom tempo atrás no Egito e na China, quando pensamos em alquimia lembramo-nos de imagens retratadas durante a idade média.
A tábua Esmeraldina
A tábua esmeraldina recebeu este nome, pois teria sido gravada em uma única grande esmeralda. O texto encontrado nela é atribuído ao próprio Hermes, foi um texto alquímico que influenciou os alquimistas da idade média. O texto da tábua afirma a possibilidade da transmutação, visto que toda a matéria teria uma origem única, bem como fornecer indicações genéricas de como essa transmutação poderia ser efetuada.
O Homúnculo
Uma crença bastante datada pelos alquimistas medievais era a possibilidade de criar seres humanos artificiais, o homúnculo. Este homúnculo seria um ser em miniatura que poderia ser criado desde que as operações corretas fossem realizadas, Paracelsus chegou a divulgar uma receita para produção desse ser, o que significaria colocar sémen humano em um frasco hermeticamente fechado, este seria enterrado junto com esterco de cavalo durante quarenta dias.
Capítulo 6 – Alquimia: propósitos.
A alquimia dedicava-se fundamentalmente, a dois propósitos, um de caráter exotérico e outro de caráter esotérico: a produção da pedra filosofal e do elixir da longa vida e o aperfeiçoamento espiritual.
A realização do trabalho alquímico poderia ser efetuada seguindo-se uma sequência preestabelecida de operações. As mais comuns são: calcinação, coagulação, destilação, dissolução, conjunção, fermentação e separação.
Capítulo 7 – Alquimia: linguagem.
A linguagem dos alquimistas pode ser dita como cifrada, a ponto de tornar-se alguns casos, indecifrável, sendo compreensível apenas para aqueles que viveram na época. Na pintura uma forma de expressão feita não de palavras, mas de imagens, o uso de uma linguagem cifrada, impenetrável, muitas vezes se verifica.
Porém a linguagem alquímica dificultava a atuação de seus iniciados por não se apresentar propriamente padronizada, de forma que a simbologia utilizada por um certo alquimista não necessariamente seria compreendida por outro. A adoção de uma linguagem cifrada, hermética, por parte dos alquimistas, devia-se, a dois fatores principais: desejo de proteger seus conhecimentos e, também, de protegerem-se. Assim, muitos textos alquímicos não podem ser efetivamente interpretados, podendo-se, no melhor dos casos levantar-se boas hipóteses sobre o seu significado.
Capítulo 8 – Alquimistas
A alquimia destaca-se na história da evolução do conhecimento humano por ter atraído praticante de todas as classes sociais, desde o artesão ambicioso em busca do ouro, passando pelo pequeno burguês com “ar de sábio” e chegando até aos grandes filósofos.
Para muitos, a prática alquímica constituía-se não em exercício intelectual ou em via para o atingimento da superioridade espiritual, mas sim em verdadeiro vício, verdadeira obsessão que conduziu a loucura ou a algo próximo a ela.
Paracelsus
Como alquimista, Paracelsus acreditava na possiblidade da transmutação dos elementos, e, portanto, na possibilidade de produzir-se a pedra filosofal e o elixir da longa vida. Contudo, ele professava que o objetivo prático da atividade alquímica não deveria ser a produção de ouro, mas a preparação de medicamentos.
Para Paracelsus, a doença seria causada pelo desproporcionamento, no corpo, entre as quantidades dos três princípios (enxofre, mercúrio e sal).
Nicolau Flamel
Tendo atuado como escriba, Flamel não tinha sua atenção voltada para a alquimia, embora em muitos textos alquímicos lhe chagassem as mãos para serem copiados. Contudo, após um sonho, no qual um anjo lhe mostrava um misterioso livro sua ligação com a alquimia se estabeleceu.
Alberto Magno
De acordo com Alberto, os metais resultantes da prática alquímica seriam, em verdade, “réplicas imperfeitas” dos metais naturais, visto que o ferro alquímico não possuiria propriedades magnéticas, assim como que o ouro alquímico não possuiria certas propriedades medicinais (curativas) atribuídas ao ouro natural.
Brasil Valentine
Classificada como uma obra pós-paracelciana, é basicamente, uma obra da iatroquímica, inserindo-se no debate entre as doutrinas médicas de Paracelsus e Galeno. Esse texto dedica-se, principalmente, à descrição da preparação do antimônio e seus sais para fins medicinais. Contudo, trata-se de bem mais do que um manual de química preparativa ou de farmacologia, mas sim de uma obra que traz, em sua essência, os conceitos da iatroquímica paracelsiana.
Avicena
Alvicena acreditava na doutrina dos princípios, preconizando que os constituintes dos metais são mercúrio e enxofre. Assim, dependendo do grau de pureza dos constituintes, sua combinação poderia resultar na produção de ferro, estanho, cobre, prata ou ouro. Contudo, a respeito dessa visão alquímica da gênese dos metais. A Vicena não acreditava na possibilidade física de transmutação.
John Dee
John Dee praticava a alquimia à procura do elixir da longa vida e da pedra filosofal.
Edward Kelley
Edward Kelley, sem dúvida, foi o grande responsável pela má fama que se abateria sobre aquele. Diga-se de passagem, Kelley contribuiu muito para a má fama do alquimista em geral, dado o fato dele ser um trapaceiro e charlatão.
Aparentemente, seu interesse (puramente financeiro) pela alquimia se deu quando ele conseguiu um velho pergaminho que tratava da transmutação de metais, e que havia, pretensamente, pertencido a um bispo. Embora fosse culto o bastante para ler o manuscrito, Kelley não entendia nada de alquimia. Assim, usando seu poder de persuasão, ele terminaria por cooptar John Dee para ajuda-lo a interpretar o texto e dele tirar proveito, chegando a levar Dee ao laboratório para que tentassem uma transmutação. E o experimento funcionou, assim, começou a tão famosa parceria Kelley-Dee.
Cagliostro
Cagliostro era um aventureiro que usava seus conhecimentos para enganar as pessoas. Em suas andanças se apresentava como médico, hipnotizador e mago, além, é claro de exibir seus conhecimentos de alquimia, produzindo ouro.
Arnaldo de Vilanova
Arnaldo aceitava a teoria mercúrio-enxofre da constituição dos metais, acreditando, contudo, que, desses dois princípios, o mercúrio era o mais importante. Acreditava, por isso, que seria possível preparar ouro e prata a partir do mercúrio, unicamente, mediante a introdução de pequenas porções dos metais preciosos, que serviriam como iniciadores da transmutação. Segundo Arnaldo, se utilizado na proporção 1 para 4, este líquido mercurial (aqua vitae) seria capaz de transmutar metais vulgares em metais preciosos.
Capítulo 9 – Mulheres na alquimia
Durante os primeiros séculos da era cristã, Alexandria, no Egito, foi lar de muitas mulheres alquimistas, sendo a mais famosa delas Maria. Maria desenvolveu novos equipamentos para aquecimento e destilação, o chamado banho-maria. Do ponto de vista da alquimia teórica, sabe-se que Maria tinha, como muitos alquimistas uma concepção anista da matéria, considerando que os metais tinham aspecto masculino e feminino, e que eles teriam, ainda, corpo alma e espírito os quais poderiam ser revelados por meio dos processos alquímicos.
Cleópatra, a alquimista, teria contribuído para o desenvolvimento de aparatospara destilação.
Capítulo 10 – A ciência renascentista e a alquimia
A alquimia de Sir Isaac Newton
Newton sem dúvida trouxe inúmeras contribuições para a Física de Galileu e Einstein. Contudo, a dedicação de Newton para alquimia ainda é pouco conhecida. Por possuir crenças religiosas pouco ortodoxas, Newton devia tomar sérios cuidados para que sua veia alquímica não se tornasse conhecida, a fim de não aumentar algum possível estigma em torno do seu nome.
Um incêndio na casa de Newton destruiu todos os manuscritos alquímicos dos últimos vinte anos, bem como um volumoso livro sobre a luz, teria sido causado por um de seus experimentos alquímicos.
Robert Boyle
Assim como Newton, Boyle era praticamente da alquimia, embora, diferentemente daquele, não fizesse questão alguma de esconder esse fato. Boyle, em certa medida, derruba, aos poucos, as muralhas da alquimia, lançando as bases para uma química moderna. A obra de Boyle foi influenciada pela teoria corpuscular dos alquimistas. Essa influência foi as das mais decisivas, visto que grande parte das interpretações dadas por ele a diversos fenômenos naturais (comportamento dos gases) baseiam-se em uma visão corpuscular da matéria.
Capítulo 14 – Psicologia e alquimia
A psicanálise, tal como proposta por Freud, baseia-se, ao menos no tocante à interpretação dos sonhos, em imagens estabelecidas pelo chamado inconsciente. Contudo, será na psicologia menos cartesiana e mais mística, proposta por Jung, que a alquimia terá seu caminho cruzado com as ideias sobre a essência profunda da natureza e do comportamento humano.
A importância da alquimia na história do desenvolvimento da química é evidente. Seu significado para a história do espírito humano, no entanto, ainda é tão desconhecido que é quase impossível precisar em poucas palavras em que consiste. A alquimia constitui como que uma corrente subterrânea em relação ao cristianismo que reina na superfície. A primeira se comporta em relação ao segundo como um sonho em relação à consciência e da mesma forma que o sonho compensa os conflitos do consciente, assim o esforço da alquimia visa preencher as lacunas deixadas pela tensão dos opostos no cristianismo.
Essa inter-relação entre psicologia e alquimia parece ser uma via de mão dupla no sentido de que não apenas a psique humana termina por manifestar-se na simbologia alquímica, mas também este contato com o inconsciente, proporcionado pela prática alquímica, terminaria por propiciar a abertura de novos caminhos para o conhecimento, conhecimento este ardentemente buscado pelo alquimista.
Capítulo 12 – Contribuições da alquimia para a química.
A alquimia difere da química, no tocante aos aspectos da reatividade e, consequentemente, formação de ligações entre os diferentes compostos. Enquanto a química considera que apenas aspectos tais como composição química das substâncias, temperatura, pressão, etc. irão determinar a ocorrência ou não de uma determinada reação, com a consequente formação de produtos de interesse, a alquimia, considerava que para que houvesse reação, fatores como influência dos astros e o grau espiritual do praticante eram fundamentais. Assim, um alquimista impuro, dos pontos de vista moral e espiritual, não conseguiria, ainda que realizasse as operações químicas corretas, preparar, por exemplo, a pedra filosofal.
	Para os alquimistas os fundamentos da reatividade dos compostos estavam em três principais princípios: enxofre, mercúrio e sal. Logo, a fim de se converter uma substância em outra, bastaria alterar a substância de partida, a quantidade relativa desses três princípios, convertendo assim na substância desejada.

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