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Aula 11 Direito Processual Penal p/ TRF 1ª Região (Analista Jud - Área Jud e Oficial de Justiça) Pós-Edital Professor: Renan Araujo 90484550225 - Karla Sulyane Martins Batista Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 59 D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 1¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ E OFICIAL DE JUSTIA Teoria e questes Aula 11 Ð Prof. Renan Araujo AULA 11: DO PROCEDIMENTO COMUM (RITO ORDINçRIO E SUMçRIO). SUMçRIO 1 DO PROCESSO COMUM .......................................................................................... 2 1.1 Introduo ..................................................................................................... 2 1.2 Rito ordinrio ................................................................................................. 3 1.2.1 Do oferecimento e do recebimento da ao penal Ð Da resposta do ru ................. 4 1.2.2 Providncias a serem adotadas pelo Juiz aps o oferecimento da defesa pelo ru .... 6 1.2.3 Da instruo propriamente dita ........................................................................ 8 1.3 Procedimento comum pelo rito sumrio (arts. 531 a 538) ........................... 11 1.4 Quadro esquemtico - RITO ......................................................................... 12 2 DISPOSITIVOS LEGAIS IMPORTANTES ............................................................... 12 3 SòMULAS PERTINENTES ..................................................................................... 16 3.1 Smulas do STF ............................................................................................ 16 4 JURISPRUDæNCIA CORRELATA ........................................................................... 16 5 RESUMO .............................................................................................................. 18 6 LISTA DE EXERCêCIOS ........................................................................................ 21 7 EXERCêCIOS COMENTADOS ................................................................................. 32 8 GABARITO .......................................................................................................... 57 Ol, galera! Estudando muito? Hoje vamos estudar a respeito do Processo comum. Trata-se do procedimento mais utilizado, sendo quase que a ÒregraÓ no Processo Penal. Bons estudos! Prof. Renan Araujo 90484550225 - Karla Sulyane Martins Batista Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 59 D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 1¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ E OFICIAL DE JUSTIA Teoria e questes Aula 11 Ð Prof. Renan Araujo 1! DO PROCESSO COMUM 1.1!Introduo A instruo criminal a sequncia de atos que consubstancia o procedimento em si e, por isso, a instruo criminal varia de procedimento para procedimento. Ao nosso estudo interessa a sequncia de atos que compem a instruo criminal no procedimento comum pelo rito ordinrio. O procedimento criminal pode ser COMUM ou ESPECIAL. O procedimento comum a regra, e este pode ser dividido, ainda, em procedimento comum pelos ritos ORDINçRIO, SUMçRIO E SUMARêSSIMO. Mas quando se aplica cada um deles? Vejamos: Art. 394. O procedimento ser comum ou especial. (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 1o O procedimento comum ser ordinrio, sumrio ou sumarssimo: (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). I - ordinrio, quando tiver por objeto crime cuja sano mxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). II - sumrio, quando tiver por objeto crime cuja sano mxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). III - sumarssimo, para as infraes penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Assim: ü! Pena mxima igual ou maior que QUATRO ANOS Ð PROCEDIMENTO COMUM ORDINçRIO. ü! Pena mxima INFERIOR a QUATRO anos - PROCEDIMENTO COMUM SUMçRIO. ü! Infraes de Menor Potencial Ofensivo (IMPO) Ð Aplica-se o procedimento comum SUMARêSSIMO, previsto na Lei 9.099/95 (Juizado Especial Criminal). Assim: 90484550225 - Karla Sulyane Martins Batista Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 59 D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 1¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ E OFICIAL DE JUSTIA Teoria e questes Aula 11 Ð Prof. Renan Araujo Mas o que seria uma IMPO? Nos termos do art. 611 da Lei 9.099/95, consideram-se infraes penais de menor potencial ofensivo (IMPO): ¥! Os crimes cuja pena mxima cominada no seja superior a dois anos. ¥! As contravenes penais O procedimento comum aplicvel, ainda, SUBSIDIARIAMENTE a todos os procedimentos especiais previstos no CPP ou fora dele, SALVO SE HOUVER PREVISÌO EXPRESSA EM CONTRçRIO.2 Mais especificamente ainda, as disposies do procedimento comum ORDINçRIO se aplicam no s aos procedimentos especiais, mas tambm, SUBSIDIARIAMENTE, aos procedimentos SUMçRIO E SUMARêSSIMO.3 Vamos passar, agora, ao estudo dos ritos ordinrio e sumrio. 1.2!Rito ordinrio 1 Art. 61. Consideram-se infraes penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenes penais e os crimes a que a lei comine pena mxima no superior a 2 (dois) anos, cumulada ou no com multa. (Redao dada pela Lei n¼ 11.313, de 2006) 2 Art. 394 (...) ¤ 2o Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposies em contrrio deste Cdigo ou de lei especial. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). 3 Art. 394 (...)¤ 5o Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumrio e sumarssimo as disposies do procedimento ordinrio. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). PROCEDIMENTO COMUM RITO ORDINÁRIO PENA MÁXIMA IGUAL OU MAIOR QUE 04 ANOS RITO SUMÁRIO PENA MÁXIMA INFERIOR A 04 ANOS (E NÃO SEJA IMPO) RITO SUMARÍSSIMO IMPO 90484550225 - Karla Sulyane Martins Batista Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 59 D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 1¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ E OFICIAL DE JUSTIA Teoria e questes Aula 11 Ð Prof. Renan Araujo 1.2.1!Do oferecimento e do recebimento da ao penal Ð Da resposta do ru O processo se inicia, como ns sabemos, com o recebimento da pea inicial acusatria4 (ao penal), que pode ser a denncia (ao penal pblica) ou a queixa (ao penal privada). A ao penal deve preencher determinados requisitos. Ausentes estes requisitos a ao penal NÌO SERç RECEBIDA PELO JUIZ, sendo rejeitada sem que o ru chegue a ser citado. Vejamos: Art. 395. A denncia ou queixa ser rejeitada quando: (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). I - for manifestamente inepta; (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). II - faltar pressuposto processual ou condio para o exerccio da ao penal; ou (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). III - faltar justa causa para o exerccio da ao penal. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Pargrafo nico. (Revogado). (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Caso a inicial acusatria no seja recebida pelo Juiz, caber interposio de Recurso Em Sentido Estrito, nos termos do art. 581, I do CPP.5 Estando a ao penal em ordem, ou seja, tendo preenchido todos os requisitos, o Juiz a receber, ordenando a citao do acusado. Vejamos o que dispe o art. 396 do CPP: Art. 396. Nos procedimentosordinrio e sumrio, oferecida a denncia ou queixa, o juiz, se no a rejeitar liminarmente, receb-la- e ordenar a citao do acusado para responder acusao, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). de se ressaltar que a deciso que recebe a denncia no necessita de fundamentao muito complexa, muito extensa, conforme entendimento consolidado do STJ.6 Vejam que o prazo para resposta de APENAS 10 DIAS. Recebida a ao penal e citado o ru, se inicia o prazo para resposta. O prazo para a resposta comea a fluir da data em que o acusado citado. No entanto, caso tenha sido citado por edital (por no ter sido encontrado), o prazo s comea a fluir da data em que o ru ou seu defensor comparecer7, eis que havendo citao por edital, e no comparecendo o ru e no constituindo defensor, suspende-se TANTO O PROCESSO QUANTO O CURSO DO PRAZO PRESCRICIONAL. 4 TçVORA, Nestor. ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Curso de Direito Processual Penal. 10¼ edio. Ed. Juspodivm. Salvador, 2015, p. 1070 5 Prazo de CINCO dias, nos termos do art. 586 do CPP. 6 (HC 219.750/RJ, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 04/06/2013, DJe 12/06/2013) 7 Art. 396 (...) Pargrafo nico. No caso de citao por edital, o prazo para a defesa comear a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constitudo. (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). 90484550225 - Karla Sulyane Martins Batista Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 59 D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 1¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ E OFICIAL DE JUSTIA Teoria e questes Aula 11 Ð Prof. Renan Araujo Anteriormente reforma promovida pela Lei 11.719/08, a resposta acusao (nome que se d defesa do ru) era uma mera petio vazia, sem qualquer contedo, limitando-se a informar o rol de testemunhas.8 Aps a reforma, a resposta acusao passou a ser uma grande arma em favor do acusado, que poder alegar tudo quanto for a seu favor. Vejamos o que diz o art. 396-A do CPP: Art. 396-A. Na resposta, o acusado poder argir preliminares e alegar tudo o que interesse sua defesa, oferecer documentos e justificaes, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimao, quando necessrio. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Caso o acusado apresente alguma EXCEÌO (de suspeio, impedimento, etc.), esta ser autuada EM APARTADO (fora dos autos do processo principal), nos termos do art. 396-A, ¤1¡. No apresentando resposta nem constituindo defensor, o Juiz nomear defensor ao acusado, na forma do ¤2¡ do art. 396-A: ¤ 2o No apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, no constituir defensor, o juiz nomear defensor para oferec-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Portanto, fica claro que a resposta acusao uma pea OBRIGATîRIA em todo PROCESSO CRIMINAL, no podendo ser dispensada.9 Alm disso, se mesmo tendo o acusado constitudo advogado este no apresentar a defesa, o Juiz dever, de ofcio, remeter os autos Defensoria Pblica (se houver na localidade. Se no houver, dever nomear um defensor dativo) para que apresente a defesa em favor do acusado. Isto se d porque, como vimos, a defesa tcnica absolutamente indispensvel, e sua ausncia gera nulidade. Assim, a no apresentao da resposta acusao (principal pea defensiva) no pode ser admitida, de forma que se o ru no providenciar sua apresentao (por meio de seu advogado), o Juiz dever faz-lo. O STF, inclusive, possui entendimento sumulado no sentido de que a ausncia de defesa tcnica causa de nulidade ABSOLUTA: Smula 523 do STF - "No processo penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficincia s o anular se houver prova de prejuzo para o ru." Como assim Òsua deficinciaÓ? Ora, possvel que o advogado constitudo pelo ru (ou nomeado pelo Juiz, quando o ru no constituir advogado) apresente uma defesa processual absolutamente vaga, genrica, sem apontar efetivamente os pontos favorveis defesa, sem adotar as ferramentas necessrias para se obter uma deciso favorvel ao acusado, ou seja, uma defesa absolutamente negligente. 8 TçVORA, Nestor. ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Op. Cit., p. 1070/1071 9 TçVORA, Nestor. ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Op. Cit., p. 1070. PACELLI, Eugnio. Curso de processo penal. 16¼ edio. Ed. Atlas. So Paulo, 2012, p. 678/679 90484550225 - Karla Sulyane Martins Batista Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 59 D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 1¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ E OFICIAL DE JUSTIA Teoria e questes Aula 11 Ð Prof. Renan Araujo Nesse caso, teremos uma defesa que pode ser considerada ÒdeficienteÓ. Em havendo constatao da existncia de uma defesa deficiente o Juiz poder, de ofcio, intimar o acusado para que constitua um novo advogado (se a defesa atual est sendo realizada por um advogado constitudo) ou nomear um novo defensor dativo (se a defesa atualmente estiver sendo realizada por um defensor dativo)10. Isso se d porque cabe ao Juiz evitar a ocorrncia de futuras nulidades processuais. Como vimos pelo enunciado do verbete de n¼ 523 da smula do STF, eventual deficincia na defesa poder conduzir declarao de nulidade processual, desde que fique demonstrado que houve prejuzo ao acusado ( possvel que, mesmo diante da deficincia, ele seja absolvido, por exemplo, e a no teramos prejuzo). 1.2.2!Providncias a serem adotadas pelo Juiz aps o oferecimento da defesa pelo ru Aps a apresentao da resposta do ru o Juiz poder: ü! Absolver sumariamente o ru ü! Reconhecer algum vcio na ao penal, extinguindo o processo11 ü! Dar sequncia ao processo, designando data para audincia de instruo e julgamento. O Juiz dever absolver sumariamente o ru quando: Art. 397. Aps o cumprimento do disposto no art. 396-A, e pargrafos, deste Cdigo, o juiz dever absolver sumariamente o acusado quando verificar: (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). I - a existncia manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). II - a existncia manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). III - que o fato narrado evidentemente no constitui crime; ou (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). IV - extinta a punibilidade do agente. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Percebam que o Juiz absolver sumariamente o ru sempre que, aps o prazo para resposta, verificar que o FATO NÌO CONSTITUI CRIME, ou ainda, 10 (HC 205.137/PA, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 06/02/2014, DJe 26/02/2014) 11 O Juiz, aps a apresentao da resposta acusao procede a um novo juzo de admissibilidade da acusao, podendo rejeitar a denncia ou queixa tambm neste momento. TçVORA, Nestor. ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Op. Cit., p. 1073 90484550225 - Karla Sulyane Martins Batista Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 59 D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 1¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ E OFICIAL DE JUSTIA Teoria e questes Aula 11 Ð Prof. Renan Araujo que est presente alguma causa de excluso da ilicitude, da culpabilidade (salvo inimputabilidade) ou extintiva da punibilidade.12 EXEMPLO: Imagine que aps a apresentao da resposta acusao o Juiz verificaque o ru praticou o fato em legtima defesa, agindo nos termos do art. 23, II do CP.13 Ora, ocorrendo uma situao destas, absolutamente desnecessrio dar sequncia ao processo penal, podendo o Juiz absolver, desde logo, o acusado, numa sentena que PRODUZ COISA JULGADA MATERIAL, ou seja, o acusado est DEFINITIVAMENTE ABSOLVIDO. No sendo caso de absolvio sumria, o Juiz dar sequncia instruo criminal, designando dia e hora para a audincia. O CPP determina, ainda, que o Juiz que presidir a audincia DEVERç PROFERIR A SENTENA. Vejamos: Art. 399. Recebida a denncia ou queixa, o juiz designar dia e hora para a audincia, ordenando a intimao do acusado, de seu defensor, do Ministrio Pblico e, se for o caso, do querelante e do assistente. (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 1o O acusado preso ser requisitado para comparecer ao interrogatrio, devendo o poder pblico providenciar sua apresentao. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 2o O juiz que presidiu a instruo dever proferir a sentena. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Esta norma inserta no art. 399, ¤ 2¡ constitui o que se chama de PRINCêPIO DA IDENTIDADE FêSICA DO JUIZ14. Esse princpio tem como fundamento a certeza de que o Juiz que presidiu a audincia, por ter tido um contato mais direto com as provas produzidas, sempre ser a pessoa mais apta a proferir a sentena. ATENÌO! Existem algumas ressalvas a esta regra (identidade fsica do Juiz). Segundo o STJ15, algumas situaes afastam a necessidade de que o Juiz que presidiu a instruo esteja obrigado a proferir sentena, devendo ser relativizada a regra do art. 399, ¤2¼ do CPP. Isso ocorrer nas hipteses de Juiz: ¥! Promovido ¥! Licenciado ¥! Afastado ¥! Convocado 12 TçVORA, Nestor. ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Op. Cit., p. 1071 13 Art. 23 - No h crime quando o agente pratica o fato: (Redao dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984) I - em estado de necessidade; (Includo pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984) II - em legtima defesa;(Includo pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984) 14 TçVORA, Nestor. ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Op. Cit., p. 1073. PACELLI, Eugnio. Op. cit., p. 691 15 Informativo 483 do STJ: HC 185.859-SP, Rel. Min. Sebastio Reis Jnior, julgado em 13/9/2011. Ò 90484550225 - Karla Sulyane Martins Batista Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 59 D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 1¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ E OFICIAL DE JUSTIA Teoria e questes Aula 11 Ð Prof. Renan Araujo ¥! Aposentado Regra da PLACA (P.L.A.C.A.)! Alm disso, se o Juiz no mais integrar os quadros do Poder Judicirio (pediu exonerao, por exemplo), obviamente que a sentena no ser proferida por ele. 1.2.3!Da instruo propriamente dita Inicialmente, deve-se destacar que o processo deve ser clere, ou seja, deve tramitar rapidamente, de forma a no se prolongar por demasiado tempo, o que prejudicial para todos (judicirio, acusado, etc.). Isto posto, a Doutrina majoritria sustenta que a instruo processual, em tese, deveria terminar em 90 dias, por analogia ao art. 412 do CPP (o que com frequncia no respeitado). Alm disso, importante destacar que os processos que apurem a prtica de crime hediondo tero prioridade de tramitao em todas as instncias (art. 394-A do CPP). O art. 400 do CPP trata da ordem dos trabalhos na audincia de instruo e julgamento, bem como do prazo para sua realizao. Na prtica, esse prazo nunca respeitado e, sendo um prazo imprprio, no h consequncias processuais para o seu descumprimento, sem prejuzo de eventuais sanes disciplinares. Vejamos a redao do art. 400 do CPP: Art. 400. Na audincia de instruo e julgamento, a ser realizada no prazo mximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se- tomada de declaraes do ofendido, inquirio das testemunhas arroladas pela acusao e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Cdigo, bem como aos esclarecimentos dos peritos, s acareaes e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Ø! Mas o que a ressalva do art. 222? Trata-se da hiptese de testemunha que reside fora da jurisdio do Juiz. Neste caso, dever ser ouvida mediante carta precatria. Assim, se houver necessidade de ouvir uma testemunha de acusao (por exemplo) por carta precatria, e essa oitiva s ocorrer aps a audincia de instruo e julgamento, NÌO HAVERç nulidade alguma, mesmo tendo sido a testemunha de acusao ouvida aps as de defesa. Ø! Mas, e se for o caso de oitiva da testemunha que mora no exterior? Neste caso, ser ouvida mediante carta rogatria. Da mesma forma que a carta precatria, a expedio de carta rogatria no suspende o processo, de forma que possvel que a testemunha seja ouvida aps toda a instruo, inclusive 90484550225 - Karla Sulyane Martins Batista Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 59 D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 1¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ E OFICIAL DE JUSTIA Teoria e questes Aula 11 Ð Prof. Renan Araujo aps o interrogatrio do ru16 (cartas rogatrias geralmente demoram para ser cumpridas). Isso tambm no representa qualquer nulidade17. Vejam que o òLTIMO ATO (instrutrio) da audincia SEMPRE O INTERROGATîRIO DO RU. Isso se d porque o contraditrio e a ampla defesa podem ser exercidos de forma mais eficiente pelo acusado se ele j tiver tido conhecimento de tudo que est sendo alegado e provado contra si. Primeiro sero ouvidas as testemunhas da acusao, depois as da defesa, pelo mesmo fundamento que o interrogatrio do ru o ltimo ato (possibilitar o contraditrio e a ampla defesa). Sero ouvidas at oito testemunhas da acusao e oito da defesa (para cada ru), no se computando neste nmero as testemunhas referidas (aquelas que venham a ser descobertas por indicao de outra testemunha) e as no compromissadas (que no prestam compromisso de dizer a verdade). Nos termos do art. 401: Art. 401. Na instruo podero ser inquiridas at 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusao e 8 (oito) pela defesa. (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 1o Nesse nmero no se compreendem as que no prestem compromisso e as referidas. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 2o A parte poder desistir da inquirio de qualquer das testemunhas arroladas, ressalvado o disposto no art. 209 deste Cdigo. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Vejam, ainda, que a parte poder DESISTIR de inquirir qualquer de suas testemunhas, SALVO SE O JUIZ FIZER QUESTÌO DE OUVI-LA, pois o Juiz pode determinar a oitiva de testemunha que no tenha sido arrolada pela parte (e, por bvio, ouvir aquela que tenha sido arrolada e depois excluda).18 As provas devero ser sempre produzidas NUMA MESMA AUDIæNCIA19. Caso as partes desejem algum esclarecimento dos peritos, devero requerer esses esclarecimentos previamente20. Vejamos: ¤ 1o As provas sero produzidas numa s audincia, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatrias. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). 16 STJ - RHC 58.485/MG, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 10/11/2015, DJe 25/11/2015 17 (RHC 57.455/SP, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 26/04/2016, DJe 02/05/2016) 18 Art. 209. O juiz, quando julgar necessrio, poder ouvir outras testemunhas, alm das indicadas pelas partes. 19 Trata-se do princpio da CONCENTRAÌO DOS ATOS PROCESSUAIS. Contudo, admite-se o desmembramentoda audincia em mais de uma oportunidade, quando houver um nmero excessivo de atos a praticar (muitas testemunhas, muitos rus, etc.). TçVORA, Nestor. ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Op. Cit., p. 1072 20 Esse requerimento prvio est previsto no art. 159, ¤5¡ do CPP: Art. 159 (...) ¤ 5o Durante o curso do processo judicial, permitido s partes, quanto percia: (Includo pela Lei n¼ 11.690, de 2008) I Ð requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde que o mandado de intimao e os quesitos ou questes a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedncia mnima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar; (Includo pela Lei n¼ 11.690, de 2008) 90484550225 - Karla Sulyane Martins Batista Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 59 D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 1¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ E OFICIAL DE JUSTIA Teoria e questes Aula 11 Ð Prof. Renan Araujo ¤ 2o Os esclarecimentos dos peritos dependero de prvio requerimento das partes. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Aps o momento da produo de provas, poder o acusador (MP ou querelante), o assistente de acusao e o acusado requerer a realizao de DILIGæNCIAS, de forma a esclarecer algum fato. Nos termos do art. 402 do CPP: Art. 402. Produzidas as provas, ao final da audincia, o Ministrio Pblico, o querelante e o assistente e, a seguir, o acusado podero requerer diligncias cuja necessidade se origine de circunstncias ou fatos apurados na instruo. (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). No havendo requerimento de diligncias, ou, tendo havido, aps a realizao destas ou o seu indeferimento, entra-se na fase das ALEGAÍES FINAIS. CUIDADO! Anteriormente reforma, as alegaes finais eram apresentadas, em regra, NA FORMA ESCRITA. Atualmente a regra a de que as alegaes finais sejam feitas ORALMENTE, concedendo-se prazo de 20 MINUTOS PARA A ACUSAÌO E PARA A DEFESA, prorrogveis por MAIS 10 MINUTOS. Ao final desse momento, o Juiz dever proferir a sentena: Art. 403. No havendo requerimento de diligncias, ou sendo indeferido, sero oferecidas alegaes finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusao e pela defesa, prorrogveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentena. (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Caso sejam dois ou mais acusados, o prazo de cada um ser individual (¤1¡). Havendo assistente da acusao, ser concedido a este prazo de 10 minutos para falar, aps o MP. Nesse caso, como a acusao ficou com 30 MINUTOS (20 do MP e 10 do assistente de acusao), sero acrescidos 10 minutos ao tempo da defesa (¤2¡). No entanto, embora esta seja a regra, o CPP permite que, sendo o caso muito complexo (ou em razo do nmero excessivo de acusados), o Juiz autorize s partes apresentarem as alegaes POR ESCRITO, no prazo de CINCO DIAS, findo o qual o Juiz dever proferir sentena, no prazo de DEZ DIAS.21 As alegaes finais sero apresentadas por escrito, ainda, quando houver de ser realizada alguma diligncia, pois, nesse caso, impossvel apresentar as 21 Como dito, a apresentao de alegaes finais por memoriais passou a ser exceo, de forma que no deve ser usada de forma indiscriminada. Contudo, o STJ tem entendido que determinao de apresentao de memoriais (alegaes finais escritas), com aquiescncia das partes, no gera nulidade. TçVORA, Nestor. ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Op. Cit., p. 1076 90484550225 - Karla Sulyane Martins Batista Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 59 D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 1¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ E OFICIAL DE JUSTIA Teoria e questes Aula 11 Ð Prof. Renan Araujo alegaes finais oralmente na audincia, j que ainda h uma fase instrutria em andamento.22 Do que ocorrer na audincia ser lavrado termo em livro prprio, com o resumo dos fatos e a assinatura do Juiz e das partes.23 1.3!Procedimento comum pelo rito sumrio (arts. 531 a 538) O procedimento comum pelo rito SUMçRIO muito semelhante, em estrutura, ao rito ordinrio, at porque este ltimo norma que serve de aplicao subsidiria a todos os demais ritos. No entanto, existem algumas pequenas diferenas que devem ser lembradas, pois geralmente as Bancas cobram aquilo que diferente. Vejamos: Como vocs podem ver, no so muitas diferenas, mas so pontos que podem ser levantados na hora da prova pela Banca. CUIDADO! ü! A audincia deve ser realizada no prazo mximo de 30 dias (No rito ordinrio o prazo de 60 dias). ü! O nmero mximo de testemunhas de CINCO (art. 532) e aqui no h a ressalva feita no rito ordinrio quanto s testemunhas no compromissadas e referidas, ou seja, esse nmero de 05 inclui tambm estes tipos de testemunha. ü! No h previso de fase de Òrequerimento de dilignciasÓ, como no rito ordinrio. ü! No h possibilidade de apresentao de alegaes finais por escrito, devendo ser, necessariamente, ORAIS. ü! O rito sumrio ser aplicvel s Infraes de Menor Potencial Ofensivo quando, por alguma razo, estas infraes penais no puderem ser julgadas pelos Juizados (Quando, por exemplo, necessria citao por edital, que modalidade de citao vedada nos Juizados). 22 Art. 404. Ordenado diligncia considerada imprescindvel, de ofcio ou a requerimento da parte, a audincia ser concluda sem as alegaes finais. (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Pargrafo nico. Realizada, em seguida, a diligncia determinada, as partes apresentaro, no prazo sucessivo de 5 (cinco) dias, suas alegaes finais, por memorial, e, no prazo de 10 (dez) dias, o juiz proferir a sentena. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). 23 Art. 405. Do ocorrido em audincia ser lavrado termo em livro prprio, assinado pelo juiz e pelas partes, contendo breve resumo dos fatos relevantes nela ocorridos. (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 1o Sempre que possvel, o registro dos depoimentos do investigado, indiciado, ofendido e testemunhas ser feito pelos meios ou recursos de gravao magntica, estenotipia, digital ou tcnica similar, inclusive audiovisual, destinada a obter maior fidelidade das informaes. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 2o No caso de registro por meio audiovisual, ser encaminhado s partes cpia do registro original, sem necessidade de transcrio. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). 90484550225 - Karla Sulyane Martins Batista Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 59 D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 1¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ E OFICIAL DE JUSTIA Teoria e questes Aula 11 Ð Prof. Renan Araujo 1.4!Quadro esquemtico - RITO 2! DISPOSITIVOS LEGAIS IMPORTANTES CîDIGO DE PROCESSO PENAL Ä Arts. 397 a 405 do CPP Ð Regulamentam o procedimento comum pelo rito ordinrio: DO PROCESSO COMUM CAPêTULO I DA INSTRUÌO CRIMINAL Art. 394. O procedimento ser comum ou especial. (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 1o O procedimento comum ser ordinrio, sumrio ou sumarssimo: (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). I - ordinrio, quando tiver por objeto crime cuja sano mxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). II - sumrio, quando tiver por objeto crime cuja sano mxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008).III - sumarssimo, para as infraes penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 2o Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposies em contrrio deste Cdigo ou de lei especial. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). INICIAL ACUSATÓRIA (DENÚNCIA OU QUEIXA) PRESENTES OS REQUISITOS DO ART. 395 JUIZ MANDA CITAR O RÉU PARA APRESENTAR RESPOSTA À ACUSAÇÃO (10 DIAS) RÉU NÃO APRESENTA RESPOSTA NEM CONSTITUI ADVOGADO JUIZ NOMEIA DEFENSOR PARA APRESENTAR A RESPOSTA RÉU APRESENTA RESPOSTA JUIZ PODE: ABSOLVER SUMA- RIAMENTE DESIGNAR AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO REJEITAR A INICIAL AUSENTES OS REQUISITOS DO ART. 395 JUIZ REJEITA A INICIAL 90484550225 - Karla Sulyane Martins Batista ==a62a9== Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 59 D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 1¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ E OFICIAL DE JUSTIA Teoria e questes Aula 11 Ð Prof. Renan Araujo ¤ 3o Nos processos de competncia do Tribunal do Jri, o procedimento observar as disposies estabelecidas nos arts. 406 a 497 deste Cdigo. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 4o As disposies dos arts. 395 a 398 deste Cdigo aplicam-se a todos os procedimentos penais de primeiro grau, ainda que no regulados neste Cdigo. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 5o Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumrio e sumarssimo as disposies do procedimento ordinrio. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Art. 394-A. Os processos que apurem a prtica de crime hediondo tero prioridade de tramitao em todas as instncias. (Includo pela Lei n¼ 13.285, de 2016). Art. 395. A denncia ou queixa ser rejeitada quando: (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). I - for manifestamente inepta; (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). II - faltar pressuposto processual ou condio para o exerccio da ao penal; ou (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). III - faltar justa causa para o exerccio da ao penal. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Pargrafo nico. (Revogado). (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Art. 396. Nos procedimentos ordinrio e sumrio, oferecida a denncia ou queixa, o juiz, se no a rejeitar liminarmente, receb-la- e ordenar a citao do acusado para responder acusao, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Pargrafo nico. No caso de citao por edital, o prazo para a defesa comear a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constitudo. (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Art. 396-A. Na resposta, o acusado poder argir preliminares e alegar tudo o que interesse sua defesa, oferecer documentos e justificaes, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimao, quando necessrio. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 1o A exceo ser processada em apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste Cdigo. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 2o No apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, no constituir defensor, o juiz nomear defensor para oferec-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Art. 397. Aps o cumprimento do disposto no art. 396-A, e pargrafos, deste Cdigo, o juiz dever absolver sumariamente o acusado quando verificar: (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). I - a existncia manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). II - a existncia manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). III - que o fato narrado evidentemente no constitui crime; ou (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). IV - extinta a punibilidade do agente. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Art. 398. (Revogado pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Art. 399. Recebida a denncia ou queixa, o juiz designar dia e hora para a audincia, ordenando a intimao do acusado, de seu defensor, do Ministrio Pblico e, se for o caso, do querelante e do assistente. (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). 90484550225 - Karla Sulyane Martins Batista Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 59 D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 1¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ E OFICIAL DE JUSTIA Teoria e questes Aula 11 Ð Prof. Renan Araujo ¤ 1o O acusado preso ser requisitado para comparecer ao interrogatrio, devendo o poder pblico providenciar sua apresentao. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 2o O juiz que presidiu a instruo dever proferir a sentena. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Art. 400. Na audincia de instruo e julgamento, a ser realizada no prazo mximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se- tomada de declaraes do ofendido, inquirio das testemunhas arroladas pela acusao e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Cdigo, bem como aos esclarecimentos dos peritos, s acareaes e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 1o As provas sero produzidas numa s audincia, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatrias. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 2o Os esclarecimentos dos peritos dependero de prvio requerimento das partes. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Art. 401. Na instruo podero ser inquiridas at 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusao e 8 (oito) pela defesa. (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 1o Nesse nmero no se compreendem as que no prestem compromisso e as referidas. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 2o A parte poder desistir da inquirio de qualquer das testemunhas arroladas, ressalvado o disposto no art. 209 deste Cdigo. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Art. 402. Produzidas as provas, ao final da audincia, o Ministrio Pblico, o querelante e o assistente e, a seguir, o acusado podero requerer diligncias cuja necessidade se origine de circunstncias ou fatos apurados na instruo. (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Art. 403. No havendo requerimento de diligncias, ou sendo indeferido, sero oferecidas alegaes finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusao e pela defesa, prorrogveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentena. (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 1o Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um ser individual. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 2o Ao assistente do Ministrio Pblico, aps a manifestao desse, sero concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual perodo o tempo de manifestao da defesa. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 3o O juiz poder, considerada a complexidade do caso ou o nmero de acusados, conceder s partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentao de memoriais. Nesse caso, ter o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentena. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Art. 404. Ordenado diligncia considerada imprescindvel, de ofcio ou a requerimento da parte, a audinciaser concluda sem as alegaes finais. (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Pargrafo nico. Realizada, em seguida, a diligncia determinada, as partes apresentaro, no prazo sucessivo de 5 (cinco) dias, suas alegaes finais, por memorial, e, no prazo de 10 (dez) dias, o juiz proferir a sentena. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Art. 405. Do ocorrido em audincia ser lavrado termo em livro prprio, assinado pelo juiz e pelas partes, contendo breve resumo dos fatos relevantes nela ocorridos. (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). 90484550225 - Karla Sulyane Martins Batista Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 59 D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 1¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ E OFICIAL DE JUSTIA Teoria e questes Aula 11 Ð Prof. Renan Araujo ¤ 1o Sempre que possvel, o registro dos depoimentos do investigado, indiciado, ofendido e testemunhas ser feito pelos meios ou recursos de gravao magntica, estenotipia, digital ou tcnica similar, inclusive audiovisual, destinada a obter maior fidelidade das informaes. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 2o No caso de registro por meio audiovisual, ser encaminhado s partes cpia do registro original, sem necessidade de transcrio. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Ä Arts. 531 a 538 do CPP Ð Regulamentam o procedimento comum pelo rito sumrio: CAPêTULO V DO PROCESSO SUMçRIO Art. 531. Na audincia de instruo e julgamento, a ser realizada no prazo mximo de 30 (trinta) dias, proceder-se- tomada de declaraes do ofendido, se possvel, inquirio das testemunhas arroladas pela acusao e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Cdigo, bem como aos esclarecimentos dos peritos, s acareaes e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado e procedendo-se, finalmente, ao debate. (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Art. 532. Na instruo, podero ser inquiridas at 5 (cinco) testemunhas arroladas pela acusao e 5 (cinco) pela defesa. (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Art. 533. Aplica-se ao procedimento sumrio o disposto nos pargrafos do art. 400 deste Cdigo. (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 1o (Revogado pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 2o (Revogado pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 3o (Revogado pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 4o (Revogado pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Art. 534. As alegaes finais sero orais, concedendo-se a palavra, respectivamente, acusao e defesa, pelo prazo de 20 (vinte) minutos, prorrogveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentena. (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 1o Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um ser individual. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 2o Ao assistente do Ministrio Pblico, aps a manifestao deste, sero concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual perodo o tempo de manifestao da defesa. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Art. 535. Nenhum ato ser adiado, salvo quando imprescindvel a prova faltante, determinando o juiz a conduo coercitiva de quem deva comparecer. (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 1o (Revogado pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 2o (Revogado pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Art. 536. A testemunha que comparecer ser inquirida, independentemente da suspenso da audincia, observada em qualquer caso a ordem estabelecida no art. 531 deste Cdigo. (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Art. 537. (Revogado pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Art. 538. Nas infraes penais de menor potencial ofensivo, quando o juizado especial criminal encaminhar ao juzo comum as peas existentes para a adoo de outro procedimento, observar-se- o procedimento sumrio previsto neste Captulo. (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). 90484550225 - Karla Sulyane Martins Batista Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 59 D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 1¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ E OFICIAL DE JUSTIA Teoria e questes Aula 11 Ð Prof. Renan Araujo 3! SòMULAS PERTINENTES 3.1!Smulas do STF Ä Smula 523 do STF: Estabelece que a presena do defensor no processo criminal obrigatria, e decorre do princpio da ampla defesa (defesa tcnica). A defesa deve, ainda, ser eficiente. A falta de defesa constitui nulidade absoluta, enquanto a sua deficincia causa de nulidade relativa: Smula 523 do STF - ÒNo processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficincia s o anular se houver prova de prejuzo para o ru.Ó 4! JURISPRUDæNCIA CORRELATA Ä STF - RHC 57.455/SP - O STJ entendeu que a inverso da ordem da oitiva das testemunhas no configura nulidade quando a inquirio feita por meio de carta precatria (ou rogatria), mesmo que seja ouvida a testemunha aps o interrogatrio do ru: (...) assente no Superior de Justia o entendimento no sentido de que a inverso da oitiva de testemunhas no configura nulidade, nos casos em que a inquirio feita por meio de carta precatria. De fato, o art. 400 do Cdigo de Processo Penal, ao tratar da ordem da oitiva das testemunhas, expressamente ressalva o disposto no art. 222 do Cdigo de Processo Penal, uma vez que o ¤ 1¼ do referido artigo consigna que a expedio de carta precatria no tem o condo de suspender a instruo criminal. Nesse contexto, verifica-se que o entendimento jurisprudencial est assentado na prpria clareza da lei, que no deixa margem para entendimento diverso. Dessarte, no h se falar em nulidade. 3. Recurso em habeas corpus no conhecido. (RHC 57.455/SP, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 26/04/2016, DJe 02/05/2016) Ä STJ - HC 185.859-SP (informativo 483 do STJ) - O STJ firmou entendimento no sentido de que algumas situaes afastam a obrigatoriedade de que o Juiz que presidiu a instruo esteja obrigado a proferir sentena (princpio da identidade fsica do Juiz), devendo ser relativizada a regra do art. 399, ¤2¼ do CPP. Isso ocorrer nas hipteses de Juiz promovido, licenciado, afastado, convocado e aposentado: Ò(...) Assim, diante da ausncia de outras normas especficas que regulamentem o mencionado dispositivo legal, o STJ entende dever ser admitida a mitigao do aludido princpio nos casos de convocao, licena, promoo, aposentadoria ou afastamento por qualquer motivo que impea o juiz que presidiu a instruo a sentenciar o feito, por aplicao analgica, devidamente autorizada pelo art. 3¼ do CPP, da regra contida no art. 132 do CPC. Ao prosseguir o julgamento, a Turma concedeu a ordem para anular a sentena proferida contra o paciente. HC 185.859-SP, Rel. Min. Sebastio Reis Jnior, julgado em 13/9/2011. 90484550225 - Karla Sulyane Martins Batista Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 59 D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 1¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ E OFICIAL DE JUSTIA Teoria e questes Aula 11 Ð Prof. Renan Araujo Ä STJ - HC 219.750/RJ - O STJ firmou entendimento no sentido de que a deciso que recebe a denncia no necessita de fundamentao muito complexa, muito extensa: (...) 1. De acordo com entendimento j consolidado nesta Corte Superior de Justia e no Supremo Tribunal Federal, em regra, a deciso que recebe a denncia prescinde de fundamentao complexa, justamente em razo da sua natureza interlocutria. Precedentes. 2. Habeas corpus no conhecido. (HC 219.750/RJ, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA,julgado em 04/06/2013, DJe 12/06/2013) Ä STJ - HC 205.137/PA - O STJ firmou entendimento no sentido de que, em havendo constatao da existncia de uma defesa deficiente o Juiz poder, de ofcio, intimar o acusado para que constitua um novo advogado (se a defesa atual est sendo realizada por um advogado constitudo) ou nomear um novo defensor dativo (se a defesa atualmente estiver sendo realizada por um defensor dativo): Ò(...) 4. O procedimento adotado pelo Juzo - consistente na intimao do ru para que constitusse novo defensor e, caso contrrio, fosse-lhe oportunizado defensor dativo, encontra-se em perfeita consonncia com as regras de processo. Descabido, assim, o reconhecimento de tal nulidade, principalmente, se o acusado concordou com a nomeao do causdico. (...) 7. Ordem de habeas corpus no conhecida. (HC 205.137/PA, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 06/02/2014, DJe 26/02/2014) Ä STJ - HC 46.337/GO - O STJ firmou entendimento no sentido de que, em havendo reunio de processos, isoladamente sujeitos a procedimentos diferentes, possvel a adoo do rito ordinrio, eis que o mais abrangente, garantindo de forma mais segura o contraditrio e a ampla defesa: 1. Imputados aos rus delitos sujeitos a procedimentos diferentes, possvel a adoo do procedimento ordinrio previsto para os delitos apenados com recluso, pois o mais abrangente, prprio a garantir ao Paciente e aos co- rus a forma mais irrestrita de ampla defesa. 2. Operao irrompida pela Polcia Federal, conhecida por "Operao Diamante", em que se deflagrou o cometimento de inmeros delitos, por organizao criminosa complexa e que se estenda por vrios pases, o que justifica a adoo do procedimento ordinrio. 3. A concesso da delao premiada no est atrelada existncia ou inexistncia da defesa preliminar, prevista no art. 38 da Lei n. 10.409/2002, eis que pode ser concedida em razo do acordo ou proposta do Ministrio Pblico, atendidos os requisitos legais. 4. Ordem DENEGADA. (HC 46.337/GO, Rel. MIN. CARLOS FERNANDO MATHIAS (JUIZ CONVOCADO DO TRF 1» REGIÌO), SEXTA TURMA, julgado em 23/10/2007, DJ 10/12/2007, p. 444) 90484550225 - Karla Sulyane Martins Batista Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 59 D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 1¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ E OFICIAL DE JUSTIA Teoria e questes Aula 11 Ð Prof. Renan Araujo 5! RESUMO Para finalizar o estudo da matria, trazemos um resumo dos principais aspectos estudados ao longo da aula. Nossa sugesto a de que esse resumo seja estudado sempre previamente ao incio da aula seguinte, como forma de ÒrefrescarÓ a memria. Alm disso, segundo a organizao de estudos de vocs, a cada ciclo de estudos fundamental retomar esses resumos. Caso encontrem dificuldade em compreender alguma informao, no deixem de retornar aula. PROCEDIMENTO COMUM Ritos ¥! Ordinrio Ð Pena mxima igual ou superior a 04 anos ¥! Sumrio Ð Pena mxima inferior a 04 anos (e no seja infrao de menor potencial ofensivo) ¥! Sumarssimo Ð Infraes penais de menor potencial ofensivo OBS.: So infraes penais de menor potencial ofensivo: ¥! Os crimes cuja pena mxima cominada no seja superior a dois anos. ¥! As contravenes penais OBS.: Procedimento comum se aplica, subsidiariamente, a todos os procedimentos especiais, salvo se houver previso em sentido contrrio. As disposies do rito ordinrio tambm se aplicam subsidiariamente aos ritos sumrio e sumarssimo, no que for cabvel. Rito ordinrio Sequncia de atos pr-instrutrios ¥! Juiz rejeita ou recebe a inicial acusatria Ð Se rejeitar, cabe RESE. Se receber, o processo segue. ¥! Recebendo a inicial, manda citar o acusado Ð Deciso de recebimento no precisa de fundamentao complexa (STJ). ¥! O acusado tem 10 dias para apresentar resposta acusao Ð Na resposta acusao, poder alegar tudo quanto interesse sua defesa. ¥! Caso no apresente resposta acusao Ð Juiz nomear defensor para apresenta-la. EXCEÌO: Em se tratando de ru citado por edital, neste caso, o Juiz suspender o processo, ficando suspenso tambm o curso do prazo prescricional (art. 366 do CPP). 90484550225 - Karla Sulyane Martins Batista Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 59 D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 1¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ E OFICIAL DE JUSTIA Teoria e questes Aula 11 Ð Prof. Renan Araujo Providncias aps a resposta acusao Aps a apresentao da resposta do ru o Juiz poder: §! Absolver sumariamente o ru §! Extinguir o processo Ð Se reconhecer algum vcio na ao penal. §! Dar sequncia ao processo Ð Estando tudo em ordem e no sendo caso de absolvio sumria, designar data para audincia de instruo e julgamento. Ø! Quando cabe absolvio sumria? Nos seguintes casos: §! Quando houver manifesta causa excludente da ilicitude do fato Ð Ex.: Legtima defesa, estado de necessidade, etc. §! Quando houver manifesta causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade Ð Ex.: Inexigibilidade de conduta diversa, erro de proibio escusvel, etc. §! Quando o fato narrado evidentemente no constituir crime §! Quando estiver extinta a punibilidade do agente Ð Ex.: Crime j prescreveu. OBS.: A deciso de absolvio sumria de mrito e, portanto, faz coisa julgada material (no pode ser ajuizada nova ao penal com base no mesmo fato, contra a mesma pessoa). Da instruo propriamente dita Princpio da identidade fsica do Juiz Ð O juiz que presidiu a instruo dever proferir a sentena. Isso relativizado pelo STJ. No se aplica esta regra nos casos de Juiz: ¥! Promovido ¥! Licenciado ¥! Afastado ¥! Convocado ¥! Aposentado Audincia de instruo e julgamento Na audincia o Juiz deve, NESTA ORDEM: §! Tomar as declaraes do ofendido §! Inquirir as testemunhas arroladas pela acusao §! Inquirir as testemunhas arroladas pela defesa §! Tomar os esclarecimentos dos peritos, §! Proceder s acareaes e ao reconhecimento de pessoas e coisas 90484550225 - Karla Sulyane Martins Batista a Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 59 D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 1¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ E OFICIAL DE JUSTIA Teoria e questes Aula 11 Ð Prof. Renan Araujo §! Realizar o interrogatrio do ru OBS.: No caso de expedio de carta precatria ou rogatria, para a oitiva de testemunhas, possvel a inverso da ordem, ou seja, possvel que a oitiva de testemunha de acusao (por exemplo), realizada carta precatria, seja realizada depois da oitiva das testemunhas de defesa. Inclusive, pode ser realizada aps o interrogatrio do ru Ð Casos excepcionais, mas admitidos pelo STJ. Nmero mximo de testemunhas Ð At 08 para cada parte. No esto includas neste nmero as testemunhas no compromissadas e as referidas. Ø! Parte pode desistir da testemunha arrolada? Sim, mas se o Juiz quiser, poder ouvi-la assim mesmo, como Òtestemunha do JuzoÓ. Alegaes finais Aps a instruo, no sendo o caso de realizao de diligncias, passa-se fase de alegaes finais. Regra geral - Alegaes finais orais. Regramento: §! 20 minutos para acusao e 20 minutos para a defesa, prorrogveis por mais 10 minutos. §! Se houver mais de um acusado, o prazo ser individual para cada um §! Havendo assistente da acusao, ser concedido a este prazo de 10 minutos para falar, aps o MP. Nesse caso, sero acrescidos 10 minutos ao tempo da defesa.Exceo Ð Alegaes finais escritas (memoriais). Quando? §! Quando o caso for complexo ou diante do nmero excessivo de acusados §! Quando houver necessidade de realizao de diligncias aps a instruo Rito sumrio Mesmas regras do rito ordinrio, como algumas excees: §! A audincia deve ser realizada no prazo mximo de 30 dias (No rito ordinrio o prazo de 60 dias). §! O nmero mximo de testemunhas de CINCO (engloba as no compromissadas e referidas). §! No h previso de fase de Òrequerimento de dilignciasÓ. §! No h possibilidade de apresentao de alegaes finais por escrito. 90484550225 - Karla Sulyane Martins Batista 6 Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 59 D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 1¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ E OFICIAL DE JUSTIA Teoria e questes Aula 11 Ð Prof. Renan Araujo §! Ser aplicvel s IMPO quando, por alguma razo, estas infraes penais no puderem ser julgadas pelos Juizados (Ex.: Quando for necessria citao por edital, que modalidade de citao vedada nos Juizados). _______________ Bons estudos! Prof. Renan Araujo 6! LISTA DE EXERCêCIOS 01.! (CESPE Ð 2012 Ð TJ-RR Ð ANALISTA PROCESSUAL) Ricardo, de dezoito anos de idade, convidou seu irmo Flvio, de dezesseis anos de idade, para ir a uma casa noturna. J no interior desse estabelecimento, Ricardo subtraiu de uma mulher Ñ enquanto Flvio perguntava-lhe as horas, distraindo-a Ñ sua bolsa pessoal, com dinheiro e documentos, que estava em cima de uma mesa atrs da vtima. Ao tentarem sair do estabelecimento comercial, foram abordados pelo segurana da casa noturna, que apreendeu a bolsa da vtima, que estava na posse de Ricardo, e deteve os irmos at a chegada de policiais militares acionados por outros empregados da casa noturna. Os policiais militares que abordaram Ricardo e Flvio encontraram, em poder de Flvio, uma arma de fogo municiada com um cartucho no deflagrado. A arma de fogo era legalmente registrada em nome de um policial militar que, cinco meses antes, registrou ocorrncia policial por crime de furto em sua residncia. No curso da instruo criminal, foi realizado exame mdico-legal para verificar a integridade mental de Ricardo, por meio do qual se constatou que o acusado tinha inteira capacidade de entender o carter ilcito do fato. Foi verificado que Flvio no havia cometido anteriormente nenhum ato infracional anlogo prtica de crime. Com relao ao caso hipottico relatado acima, julgue os itens de 111 a 114, luz do Cdigo de Processo Penal. Encerrada a instruo processual e no havendo requerimento de diligncias, as partes podero dispor de vinte minutos cada uma para apresentar alegaes orais, tanto pela acusao como pela defesa, ou o juiz poder conceder s partes o prazo sucessivo de cinco dias para apresentao de memoriais. 02.! (CESPE Ð 2012 Ð PC/AL Ð DELEGADO DE POLêCIA) Nos procedimentos ordinrio e sumrio, aps o interrogatrio do ru em juzo, este dever, por intermdio de seu advogado, apresentar defesa prvia, no prazo de 10 dias, ocasio em que podero ser arguidas preliminares, teses defensivas, arrolar testemunhas e oferecer documentos. 03.! (CESPE Ð 2011 Ð TJ-ES Ð ANALISTA JUDICIçRIO) 90484550225 - Karla Sulyane Martins Batista 2 Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 59 D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 1¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ E OFICIAL DE JUSTIA Teoria e questes Aula 11 Ð Prof. Renan Araujo O procedimento comum ser ordinrio, quando tiver por objeto crime cuja sano mxima cominada seja igual ou superior a quatro anos de pena privativa de liberdade; ou sumrio, quando tiver por objeto crime cuja sano mxima cominada seja inferior a quatro anos de pena privativa de liberdade. 04.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-DF Ð OFICIAL DE JUSTIA) Cabe recurso em sentido estrito contra deciso do magistrado de primeira instncia que indefira absolvio sumria pleiteada na resposta acusao. 05.! (CESPE Ð 2013 Ð CNJ Ð ANALISTA JUDICIçRIO) A denncia ser rejeitada quando faltar justa causa para o exerccio da ao penal, ou seja, quando faltar pressuposto processual, como ocorre quando est extinta a punibilidade ou falta representao na ao penal pblica condicionada. 06.! (CESPE Ð 2014 Ð PGE-BA Ð PROCURADOR) No processo penal, o momento adequado para a especificao de provas pelo ru a apresentao da resposta acusao. Entretanto, isso no impede que, por ocasio de seu interrogatrio, o ru indique outros meios de prova que deseje produzir. 07.! (CESPE Ð 2012 Ð DPE-SE Ð DEFENSOR PòBLICO Ð ADAPTADA) Em relao ao rito ordinrio, na fase de instruo, podero ser inquiridas at oito testemunhas arroladas pela acusao e oito pela defesa, no estando compreendidas nesse nmero as que no prestem compromisso e as demais mencionadas. 08.! (CESPE Ð 2012 Ð DPE-SE Ð DEFENSOR PòBLICO Ð ADAPTADA) Conforme a jurisprudncia do STJ, a designao de audincia de instruo e julgamento somente pode ocorrer aps o exame da defesa apresentada pelo acusado, sob pena de nulidade absoluta. 09.! (CESPE Ð 2012 Ð TJ-RO Ð ANALISTA PROCESSUAL - ADAPTADA) O procedimento ordinrio aplica-se aos crimes apenados com recluso, enquanto o procedimento sumrio aplicado aos crimes apenados com deteno cuja pena mxima seja superior a dois anos. 10.! (CESPE Ð 2012 Ð TJ-RO Ð ANALISTA PROCESSUAL - ADAPTADA) No procedimento sumrio, podero ser inquiridas at oito testemunhas e a audincia de instruo para a respectiva oitiva dever ser realizada no prazo mximo de trinta dias, a contar do recebimento da denncia. 90484550225 - Karla Sulyane Martins Batista a Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 59 D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 1¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ E OFICIAL DE JUSTIA Teoria e questes Aula 11 Ð Prof. Renan Araujo 11.! (CESPE Ð 2012 Ð TJ-BA Ð JUIZ) Em se tratando de instruo criminal de procedimento comum ordinrio no qual trs acusados respondam, igualmente, por concurso material ante a prtica de quatro crimes, tendo constitudo um nico advogado, a defesa poder arrolar at oito testemunhas para cada ru. 12.! (CESPE Ð 2008 Ð TJ-AL Ð JUIZ) Depois de citado, o acusado dever responder acusao no prazo de 10 dias. Aps esse prazo, o juiz no poder absolver sumariamente o acusado se a) ficar provada a inexistncia do fato. b) existir manifesta causa excludente da ilicitude do fato. c) existir manifesta causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade. d) o fato evidentemente no constituir crime. e) estiver extinta a punibilidade do agente. 13.! (CESPE Ð 2010 Ð MPU Ð ANALISTA PROCESSUAL) Julgue o item, referente a direito processual penal. Na atual sistemtica processual penal, a absolvio sumria e a rejeio da denncia tm como finalidade a extino, de forma antecipada, do processo: no primeiro caso, ocorre o exame do mrito da questo, obstando-se a propositura de nova ao penal acerca dos mesmos fatos; no segundo, enseja-se a declarao de desconformidade com os aspectos formais indispensveis propositura da ao penal e, supridas as exigncias legais, poder a ao ser intentada novamente. 14.! (CESPE Ð 2009 Ð DPE-AL Ð DEFENSOR PòBLICO) Na hiptese de o ru ser processado por mais de um crime, cada um deles com procedimento diverso, deve ser seguido o procedimento mais genrico possvel para todos os delitos. 15.! (VUNESP Ð 2017 Ð TJ SP Ð ESCREVENTE TCNICO JUDICIçRIO) Deacordo com o texto expresso do art. 397 do CPP, o juiz dever absolver sumariamente o acusado no processo penal quando verificar (A) falta de pressuposto processual.͒ (B) que a denncia manifestamente inepta.͒ (C) falta de justa causa para o exerccio da ao penal. (D) extinta a punibilidade do agente. (E) falta de condio para o exerccio da ao penal. 90484550225 - Karla Sulyane Martins Batista 9 Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 59 D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 1¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ E OFICIAL DE JUSTIA Teoria e questes Aula 11 Ð Prof. Renan Araujo 16.! (VUNESP Ð 2014 Ð TJ-RJ Ð JUIZ) Em processo que tramita pelo rito comum ordinrio, que conta com 3 (trs) acusados e um assistente do Ministrio Pblico que faz uso da palavra, o tempo reservado ao defensor de cada acusado nos debates orais, como regra, em minutos, de a) 30 (trinta). b) 10 (dez). c) 15 (quinze). d) 20 (vinte). 17.! (VUNESP Ð 2014 Ð TJ-SP Ð ESCREVENTE JUDICIçRIO) No rito do procedimento comum ordinrio, constata-se, imediatamente aps o oferecimento da resposta escrita acusao, que existe em favor do acusado manifesta causa de excluso da ilicitude. Nesse caso, o art. 397 do CPP indica que se deve seguir a (A) decretao da extino da punibilidade do acusado. (B) absolvio sumria do acusado. (C) rejeio de denncia. (D) designao de audincia de instruo e julgamento. (E) designao de audincia preliminar. 18.! (VUNESP Ð 2015 Ð TJ-SP Ð ESCREVENTE JUDICIçRIO) Nos procedimentos, oferecida a denncia ou queixa, o juiz, se no a rejeitar liminarmente, receb-la- e (CPP, art. 396). Assinale a alternativa que preenche, adequada e respectivamente, as lacunas. (A) comuns É designar audincia de instruo e interrogatrio (B) ordinrio e sumrio ... designar audincia de instruo e interrogatrio (C) ordinrio e sumrio É ordenar a citao do acusado para responder acusao, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias (D) comuns É ordenar a citao do acusado para responder acusao, por escrito, no prazo de 15 (quinze) dias (E) sumrio e sumarssimo É designar audincia de instruo e interrogatrio 19.! (VUNESP Ð 2015 Ð TJ-SP Ð ESCREVENTE JUDICIçRIO) Nas infraes penais de menor potencial ofensivo, quando o juizado especial criminal encaminhar ao juzo comum as peas existentes para a adoo de outro procedimento, de acordo com o art. 538 do CPP, o rito adotado ser (A) o ordinrio. (B) o sumrio. 90484550225 - Karla Sulyane Martins Batista Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 59 D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 1¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ E OFICIAL DE JUSTIA Teoria e questes Aula 11 Ð Prof. Renan Araujo (C) livremente estabelecido pelo juiz. (D) o sumarssimo. (E) o especial. 20.! (COPS-UEL Ð 2013 Ð PC-PR Ð DELEGADO) A respeito do procedimento comum, atribua V (verdadeira) ou F (falso) s afirmativas a seguir. ( ) Ser sumarssimo para as infraçes penais de menor potencial ofensivo, na forma da Lei no 9.099/1995. ( ) Ser ordinrio quando tiver por objeto crime cuja sano mxima cominada for inferior a quatro anos de pena privativa de liberdade. ( ) Ser sumrio quando tiver por objeto crime cuja sano mxima cominada seja igual ou superior a quatro anos. ( ) Aplica-se a todos os processos, salvo disposiçes em contrrio do Cdigo de Processo Penal ou de lei especial. ( ) Aplicam-se as disposiçes do procedimento ordinrio subsidiariamente aos procedimentos especial, sumrio e sumarssimo. Assinale a alternativa que contm, de cima para baixo, a sequência correta. a) V,F,V,F,F. b) V,F,F,V,V c) F,V,V,F,V. d) F,V,F,V,F. e) F,F,V,F,V. 21.! (FCC - 2010 - SJCDH-BA - AGENTE PENITENCIçRIO) Quanto ao procedimento comum ordinrio disciplinado no Cdigo de Processo Penal, CORRETO afirmar que A) o acusado poder responder acusao, por escrito, no prazo de quinze dias. B) produzidas as provas, e no sendo requeridas diligncias, sero oferecidas alegaes finais escritas, pela acusao e pela defesa. C) depois de apresentada a resposta acusao, o Juiz dever absolver sumariamente o acusado, se verificadas as hipteses previstas na lei. D) na instruo devero ser inquiridas, no mnimo, oito testemunhas arroladas pela acusao e oito pela defesa. E) tem por objeto crime cuja sano mxima cominada for igual ou superior a dois anos de pena privativa de liberdade. 22.! (FCC - 2009 - TJ-AP - ANALISTA JUDICIçRIO - çREA JUDICIçRIA) 90484550225 - Karla Sulyane Martins Batista Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 59 D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 1¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ E OFICIAL DE JUSTIA Teoria e questes Aula 11 Ð Prof. Renan Araujo No processo ordinrio, depois da resposta do ru, o juiz o absolver sumariamente se presente um dos motivos para o julgamento antecipado, nos quais NÌO se inclui: A) estar extinta a punibilidade do agente. B) a existncia manifesta de causa excludente da ilicitude do fato. C) a existncia manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade. D) o fato narrado evidentemente no constitui crime. E) denncia assinada por Promotor de Justia incompetente. 23.! (FCC - 2010 - METRï-SP - ADVOGADO) A respeito do procedimento ordinrio, correto afirmar que A) ter incio com o interrogatrio do ru. B) a defesa prvia ser apresentada at trs dias aps o interrogatrio. C) sero ouvidas, na instruo, at cinco testemunhas. D) as alegaes finais orais sero oferecidas no prazo de duas horas. E) o juiz que presidiu a instruo dever proferir a sentena. 24.! (FCC - 2010 - TRE-AL - ANALISTA JUDICIçRIO - çREA JUDICIçRIA) Aps oferecida resposta pela defesa, havendo prova inequvoca de que a pessoa denunciada cometeu o crime em legtima defesa putativa, o Juiz dever A) abrir vista dos autos ao Ministrio Pblico para aditar a inicial. B) rejeitar a denncia ou a queixa. C) julgar extinta a punibilidade do agente. D) declar-la inimputvel. E) absolv-la sumariamente. 25.! (FCC - 2009 - TJ-AP - ANALISTA JUDICIçRIO - çREA JUDICIçRIA - EXECUÌO DE MANDADOS) As regras estabelecidas no Cdigo de Processo Penal atinentes ao recebimento e rejeio da denncia, res- posta do ru e ao julgamento antecipado, aplicam- se A) tambm aos procedimentos penais de segundo grau. B) aos procedimentos regulados no prprio Cdigo de Processo, apenas. C) ao procedimento ordinrio, apenas. D) a todos os procedimentos penais de primeiro grau, ainda que previstos em leis especiais. E) a todos os procedimentos, com exceo do sumarssimo previsto para infraes penais de menor potencial ofensivo. 90484550225 - Karla Sulyane Martins Batista Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 59 D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 1¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ E OFICIAL DE JUSTIA Teoria e questes Aula 11 Ð Prof. Renan Araujo 26.! (FCC - 2009 - TJ-AP - ANALISTA JUDICIçRIO - çREA JUDICIçRIA - EXECUÌO DE MANDADOS) O procedimento previsto no Cdigo de Processo Penal para apurao de infraes penais ser A) comum ou especial classificado, neste ltimo caso, em ordinrio, sumrio ou sumarssimo. B) ordinrio, quando tiver por objeto apenas crime cuja sano mxima cominada for superior a quatro anos de pena privativa de liberdade. C) sumarssimo, quando tiver por objetoapenas infrao cuja sano seja de priso simples ou mul- ta. D) ordinrio, quando se tratar de crime de competncia do jri, qualquer que seja a pena cominada. E) sumrio, quando tiver por objeto crime cuja sano mxima cominada seja inferior a quatro anos de pena privativa de liberdade. 27.! (FCC - 2011 - TJ-PE - JUIZ) Na resposta acusao, o ru A) pode arrolar testemunhas e oferecer documentos, mas no arguir prescrio. B) pode suscitar nulidade e excludente da ilicitude. C) no pode suscitar a atipicidade do fato, embora possa especificar as provas pretendidas. D) pode arguir preliminares, mas no causa de extino da punibilidade. E) no pode suscitar decadncia ou abolitio criminis. 28.! (VUNESP Ð 2007 Ð TJ-SP - ESCREVENTE TCNICO JUDICIçRIO) No procedimento comum, a) podero ser ouvidas mais de 8 testemunhas de acusao e mais de 8 testemunhas de defesa, se nesse nmero estiverem compreendidas as testemunhas referidas. b) podero ser ouvidas no mnimo 8 testemunhas de acusao e 8 testemunhas de defesa. c) podero ser ouvidas todas as testemunhas arroladas na denncia, e no mximo 10 testemunhas arroladas pela defesa. d) no podero ser ouvidas as testemunhas que no prestarem compromisso. e) somente podero ser ouvidas as testemunhas arroladas na denncia 29.! (VUNESP Ð 2010 Ð TJ-SP - ESCREVENTE TCNICO JUDICIçRIO) Assinale a alternativa correta com relao regra instituda pelo Cdigo de Processo Penal no que concerne aos procedimentos comuns. 90484550225 - Karla Sulyane Martins Batista Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 59 D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 1¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ E OFICIAL DE JUSTIA Teoria e questes Aula 11 Ð Prof. Renan Araujo a) O sumarssimo adotado para os rus maiores de 70 (setenta) anos. b) O sumrio adotado para as infraes penais de menor potencial ofensivo. c) O sumrio adotado quando o ru estiver preso, ou quando estiver presente outro motivo que justifique o desenvolvimento clere dos atos processuais. d) O sumarssimo adotado quando o crime objeto da ao penal tiver sano mxima cominada igual ou inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade. e) O ordinrio adotado quando o crime objeto da ao penal tiver sano mxima cominada igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade. 30.! (VUNESP Ð 2010 Ð TJ-SP - ESCREVENTE TCNICO JUDICIçRIO) Assinale a alternativa em que consta aspecto que diferencia o procedimento comum ordinrio do procedimento comum sumrio. a) A ordem de inquirio das testemunhas arroladas pela acusao e defesa. b) O perodo de tempo que concedido para acusao e defesa falarem em alegaes finais orais. c) O nmero mximo de testemunhas a serem ouvidas a requerimento da acusao e da defesa. d) A possibilidade de oitiva do perito, unicamente prevista para o procedimento comum ordinrio. e) A possibilidade de absolvio sumria, unicamente prevista para o procedimento comum sumrio. 31.! (CESPE Ð 2008 Ð TJ-AL Ð JUIZ) Depois de citado, o acusado dever responder acusao no prazo de 10 dias. Aps esse prazo, o juiz no poder absolver sumariamente o acusado se a) ficar provada a inexistncia do fato. b) existir manifesta causa excludente da ilicitude do fato. c) existir manifesta causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade. d) o fato evidentemente no constituir crime. e) estiver extinta a punibilidade do agente. 32.! (VUNESP Ð 2009 Ð TJ-MS Ð TITULAR NOTARIAL) Assinale a alternativa que apresenta o prazo correto para o oferecimento da resposta acusao nos procedimentos ordinrio e sumrio. a) 15 dias em ambos os procedimentos. b) 10 dias em ambos os procedimentos. c) 15 dias no procedimento ordinrio e 10 dias no procedimento sumrio. 90484550225 - Karla Sulyane Martins Batista Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 59 D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 1¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ E OFICIAL DE JUSTIA Teoria e questes Aula 11 Ð Prof. Renan Araujo d) 20 dias no procedimento sumrio e 10 dias no procedimento ordinrio. e) 10 dias no procedimento ordinrio e 5 dias no procedimento sumrio. 33.! (INSTITUTO CIDADES Ð 2010 Ð DPE-GO Ð DEFENSOR PòBLICO) Em relao instruo criminal no Cdigo de Processo Penal, h os seguintes procedimentos: a) comum ou especial, sendo que o especial se classifica em ordinrio, sumrio e sumarssimo. b) comum, que se classifica em ordinrio, sumrio e sumarssimo, sendo que o ordinrio tem lugar quando tiver por objeto crime cuja sano mxima cominada for igual ou inferior a quatro anos. c) comum, que se classifica em sumarssimo, sumrio e ordinrio, sendo que o sumarssimo se aplica quando tiver por objeto infraes penais cuja pena privativa de liberdade no seja inferior a dois anos. d) comum e especial, sendo que o comum se classifica em sumrio e sumarssimo e o especial se classifica em sumrio. e) os procedimentos so comum e especial, sendo que o comum se classifica em ordinrio, sumrio e sumarssimo, sendo este ltimo aplicado para as infraes penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei. 34.! (VUNESP Ð 2010 Ð MPE-SP Ð ANALISTA DE PROMOTORIA) Conforme preceitua o art. 396 do CPP, no procedimento comum sumrio, o juiz, ao receber a denncia ou queixa, a) notificar o acusado e designar data para seu interrogatrio. b) nomear defensor para articular resposta escrita em favor do acusado. c) determinar a intimao do acusado e seu defensor para apresentao de defesa prvia. d) ordenar a citao do acusado para responder acusao, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. e) designar audincia de instruo, debates e julgamento, oportunidade em que o acusado dever, por seu defensor, apresentar defesa escrita. 35.! (TJ-SC Ð 2010 Ð TJ-SC Ð TCNICO JUDICIçRIO) No processo Penal adota-se o procedimento comum sumrio quando: a) Tiver por objeto crime cuja sano mxima cominada seja inferior a quatro anos de pena privativa de liberdade. b) Tiver por objeto crime cuja sano mxima cominada seja inferior a seis anos de pena privativa de liberdade. c) Tiver por objeto crime cuja pena privativa de liberdade cominada seja superior a um ano e inferior a seis anos. 90484550225 - Karla Sulyane Martins Batista Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 59 D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 1¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ E OFICIAL DE JUSTIA Teoria e questes Aula 11 Ð Prof. Renan Araujo d) Tiver por objeto crime cuja pena privativa de liberdade cominada seja superior a dois anos e inferior a cinco anos. e) A infrao penal seja de menor potencial ofensivo. 36.! (FGV Ð 2011 Ð OAB Ð EXAME UNIFICADO) Em relao aos procedimentos previstos atualmente no Cdigo de Processo Penal, assinale a alternativa correta. a) No rito ordinrio, oferecida a denncia, se o juiz no a rejeitar liminarmente, receb-la- e designar dia e hora para a realizao do interrogatrio, ocasio em que o acusado dever estar assistido por defensor. b) No rito sumrio, oferecida a denncia, se o juiz no a rejeitar liminarmente, receb-la- e designar dia e hora para a realizao do interrogatrio, ocasio em que o acusado dever estar assistido por defensor. c) No rito ordinrio, oferecida a denncia, se o juiz no a rejeitar liminarmente, receb-la- e ordenar a citao do acusado para responder acusao, por escrito, no prazo de 15 (quinze) dias. d) No rito sumrio, oferecida
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