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• A psicose é um sintoma de doença mental caracterizado por um senso distorcido ou inexistente da realidade. • Os transtornos psicóticos têm diversas etiologias, e cada uma delas exige um tratamento diferente. • Os transtornos psicóticos comuns incluem os transtornos de humor (depressão maior ou mania) com características psicóticas, psicose induzida por substâncias, demência com características psicóticas, delírio, esquizofrenia, dentre outros. • A esquizofrenia é considerada o transtorno protótipo para a compreensão da psicose mas os pacientes esquizofrênicos apresentam características que se estendem além das observadas em outros casos de psicose, como: alucinações, delírios, discurso e comportamento desorganizado ou agitado, e são responsivos à farmacoterapia. Além disso, apresentam sintomas negativos (apatia, avolição, alogia) e déficits cognitivos. • A hipótese da hiperatividade da dopamina (DA) levou ao desenvolvimento da primeira classe terapêutica de agentes antipsicóticos/neurolépticos (típicos ou de primeira geração). Estes medicamentos diferem em potencia, mas partilham o mecanismo comum de bloquear o receptor D2 da dopamina, com risco de efeitos neurológicos adversos e maior liberação de prolactina. ANTIPSICÓTICOS TÍPICOS MECANISMO DE AÇÃO • Antagoniza D2, um receptor da dopamina, nas vias mesolímbica (melhora os sintomas positivos) e mesocortical (agrava os sintomas negativos). D2 é responsável por inibir o neurônio GABA, com isso, não há liberação de GABA para realizar a inibição do tálamo. Diante do bloqueio de D2, a inibição talâmica ocorre. Os antipsicóticos típicos atual sobre os sintomas positivos (delírios, alucinações) visando sua regressão. Gabriela Reis Viol Antipsicóticos FÁRMACOS • CLORPROMAZINA. • HALOPERIDOL (Aldol ®): agente de alta potência com efeitos muito longos. Facilita o manejo da doença, adesão ao tratamento e permite a desospitalização. • FLUFENAZINA. • PENFLURIDOL. • TIORIDAZINA. USOS TERAPÊUTICOS • Além de serem utilizados para tratamento de transtornos do espectro da esquizofrenia, da mania e como adjuvante para depressão maior resistente, também são utilizados em diversos transtornos neurológicos não psicóticos. • Transtorno de ansiedade. • Transtorno de Tourette: medicamentos antipsicóticos possuem capacidade de suprimir os tiques. • Doença de Huntington: é uma doença associada aos gânglios basais. O bloqueio de dopamina pode suprimir a gravidade dos movimentos, mas possui riscos associados que superam os benefícios. • Autismo: pacientes autistas que apresentam surtos comportamentais explosivos e comportamentos agressivos são tratados com antipsicóticos. • Antieméticos: a maioria dos fármacos antipsicóticos protege contra os efeitos que induzem náuseas e vômitos dos agonistas de dopamina. Os medicamentos antipsicóticos são antieméticos eficazes já em baixas doses. EFEITOS ADVERSOS • Distonia aguda: espasmos dos músculos da língua, da face, do pescoço e do dorso. • Acatisia: inquietação subjetiva e objetiva. • Parkinsonismo: bradicinesia, rigidez muscular, tremor variável, fácies inexpressiva, marcha alterada. • Síndrome neuroléptica maligna: rigidez extrema, febre, instabilidade da PA. • Tremor perioral: variante tardia do parkinsonismo. • Discinesia tardia: discinesia orofacial, distonia raramente generalizada. Gabriela Reis Viol • A alta afinidade pelo receptor H1 pode desencadear ganho de peso através da estimularão do apetite. • Arritmias ventriculares e morte súbita cardíaca: os antipsicóticos mais antigos inibem os canais de potássio cardíaco. • Outros efeitos tóxicos incluem: diminuição do GH e da liberação de corticotrofina, aumento da pressão ocular, diminuição do limiar convulsivo. TOLERÂNCIA/DEPENDÊNCIA • Os fármacos antipsicóticos não provocam drogadição. No entanto, a tolerância aos efeitos anti-histamínico e anticolinérgico dos agentes antipsicóticos pode se desenvolver • É desconhecida a perda de eficácia com o tratamento prolongando, porém a tolerância e a tolerância cruzada é devido ao desenvolvimento de hipersensibilidade ao receptor. Isto pode explicar parcialmente a capacidade de determinados pacientes crônicos com esquizofrenia para tolerarem altas doses de antagonistas de dopamina potentes. Gabriela Reis Viol ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS • Desenvolvidos em busca de evitar os efeitos adversos observados nos antipsicóticos típicos. MECANISMO DE AÇÃO • Bloqueio maior de D1, D3 e D4 e menor bloqueio de alpha-adrenérgico. Atua principalmente sobre os sintomas negativos (apatia), evitando-os. FÁRMACOS • RISPERIDONA. • CLOZAPINA. • SULPIRIDA: muito utilizada na reinclusão após períodos de internação. • OLANZAPINA. • FLUOERLAPINA. EFEITOS ADVERSOS • Incluem alterações hematológicas. • Alterações hepáticas. Gabriela Reis Viol
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