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Apostila TGE 03

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1. 0 - CONCEITOS DE CONSTITUIÇÃO
1.1 - Considerações gerais:
O termo “constituição” pode ser (e é) usado em diversos sentidos. Pode-se dizer que todo homem, objeto, estabelecimento, associação tem uma “constituição”. Isso porque “constituição”, segundo o léxico, é, antes de mais nada, “ato de constituir, de estabelecer, de firmar”, ou, ainda, o “modo pelo qual se constitui uma coisa, um ser vivo, um grupo de pessoas; organização, formação” (Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa).
Cumpre, no entanto, destacar, no âmbito jurídico, o sentido de Constituição, que está associado à Constituição do Estado.
a) Conceito material de Constituição: Pode-se dizer que, do ponto de vista material, o termo Constituição, em ciência jurídica, designa um conjunto de normas que, vigendo num determinado ordenamento jurídico, disciplina a criação do Estado, sua estrutura básica, as atribuições dos órgãos de que é composto, os limites do poder que ele exerce, os direitos dos indivíduos, dos grupos, da sociedade.
Em outras palavras, a Constituição deve ser entendida como “a lei fundamental e suprema de um Estado, que contém normas referentes à estruturação do Estado, à formação dos poderes públicos, forma de governo e aquisição do poder de governar, distribuição de competências, direitos, garantias e deveres dos cidadãos” (MORAES, Alexandre de. Direito constitucional, p. 6).
Segundo Canotilho, existiria um “conceito ideal” de Constituição, em sentido jurídico, imposto a partir do constitucionalismo moderno. Esse conceito reconhece como elementos de uma Constituição os seguintes elementos materiais: a) a constituição deve consagrar um sistema de garantias da liberdade; b) a constituição contém o princípio da divisão de poderes, no sentido de garantia orgânica contra os abusos dos poderes estatais; c) a constituição deve ser escrita.
Em figuração próxima a esse ideal, afirma Luís Roberto Barroso que a Constituição, em sentido material, “organiza o exercício do poder político, define os direitos fundamentais, consagra valores e indica fins públicos a serem realizados” (Curso de direito constitucional contemporâneo, p. 74).
b) Conceito formal de Constituição: Ainda no âmbito jurídico, pode-se conceituar formalmente a Constituição como um texto (normalmente, um documento único) – resultado de manifestação do Poder Constituinte Originário –, que ocupa posição privilegiada no sistema de fontes do direito positivo, apenas podendo sofrer modificação formal nos exatos limites por ele próprio estabelecidos.
Consoante Luís Roberto Barroso, a Constituição, em sentido formal, “é a norma fundamental e superior, que regula o modo de produção das demais normas do ordenamento jurídico e limita o seu conteúdo” (op. cit., p. 74).
É nesse sentido (e apenas nesse) que se pode afirmar que toda e qualquer prescrição contida nesse texto serão consideradas normas constitucionais. Cria-se, assim, uma “aparência” de constitucionalidade, como afirma Paulo Bonavides:
“As Constituições não raro inserem matéria de aparência constitucional. Assim se designa exclusivamente por haver sido introduzida na Constituição, enxertada no seu corpo normativo e não porque se refira aos elementos básicos ou institucionais da organização política” (Curso de direito constitucional, p. 81).
Essas matérias, assim, embora não sejam materialmente constitucionais, passam a gozar da garantia e do valor superior que lhe confere o texto constitucional.
No texto da CF/88, podem ser citadas, como exemplo de norma apenas formalmente constitucional, a regulação dos prazos para o divórcio (art. 226, § 6º) e a que mantém na órbita federal o Colégio Pedro II (art. 242, § 2º).
2.0 - CONCEPÇÕES ACERCA DA CONSTITUIÇÃO
Há formas diversas de abordar o fenômeno da criação e da vigência/eficácia da Constituição. Tais abordagens são, em geral, agrupadas em categorias:
1) Jurídica – Hans Kelsen – A lei fundamental do Estado, a CF é o fundamento de validade das normas, teoria do escalonamento do ordenamento jurídico.
OBS: Cada norma busca seu fundamento de validade em sua norma superior.
2) Política – Carl Schimitt – A CF é o conjunto das decisões políticas fundamentais.
3) Sociológica – Ferdinand Lassale – A CF é a soma dos fatores reais de poder, é a realidade social independente do que esta escrito no texto constitucional. Esta concepção retira da CF a força normativa (aquela que tem para obrigar, vincular).
4) Axiológico – Ronald Dworkin – A CF é o conjunto de valores, que estão nos princípios. O valor fonte é o principio da dignidade humana.
3.0 - CLASSIFICAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO.
1) Quanto á origem:
promulgada 
Outorgadas 
2) Quanto ao conteúdo
Material 
Formal 
3) Quanto á forma
Escrita 
Não escrita
4) Quanto à extensão
Analítica 
Sintética 
5)Quanto á possibilidade de alteração / elasticidade
Imutável
Mutável
A mutável pode ser:
Rígida 
Semi-rígida 
Flexível 
6) Quanto ao modo de elaboração
Histórica 
Dogmática 
7)Quanto à ideologia adotada
Ortodoxa 
Eclética
.
8) Quanto a finalidade essencial
Dirigentes
Garantia 
9) Ontológica de Lowenstein
Normativa 
Nominal 
Semântica 
4.0 - PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS – art. 1º ao 4º da CF.
São divididos em:
1)fundamentos – art 1º
2) separação de poderes art 2º
3) Objetivos fundamentais- art 3º
4) Princípios da Ordem Internacional – art 4º
5.0 - DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Caput art 5º CF – Principio da Igualdade:
Igualdade formal – igualdade jurídica – pode ser: na lei – momento de elaboração; perante a lei – momento de aplicação.
Igualdade material – tratar os iguais com igualdade e os desiguais com desigualdade; tratamento diferenciado (com bom senso) entre as pessoas (diferenças justas, adequadas e razoáveis).
Inc II do art 5º CF – Principio da Legalidade:
Particular pode fazer tudo que a lei não proíbe; a Adm Pub só pode fazer o que a lei permite.
Inc III do art 5º - Crime de tortura – não há crime sem lei anterior que o defina, a CF não institui crime só será crime se o CP instituir.
Inc IV – livre a manifestação do pensamento sendo vedado o anonimato.
Quem escreve algo, tem que se manifestar, identificar.
OBS: inc XIV – sigilo da fonte – EX: jornal publica uma noticia de um crime, pode não trazer a fonte, porem o jornal assume a responsabilidade.
Inc X – são invioláveis:
Intimidade – se refere ao ciclo mais intimo da vida, você e sua família.
Vida privada – fatos mais amplos, amigo , amigos do trabalho.
Atos da vida publica – que você pratica sabendo que todos podem ver.
Honra – pode ser: subjetiva – sentimento interno de respeito que espero das pessoas; objetiva – reputação social ilibada.
Imagem – utiliza a imagem como quiser, você tem que consentir que a pessoa publique sua foto ou imagem.
Inc XI – Casa á asilo inviolável.
Exceção: qualquer hora do dia: mandado judicial.
Qualquer hora do dia e da noite : flagrante delito; desastre; prestar socorro.
Horário (CPC): dia das 06:00 as 20:00 horas.
Inc XII – inviolável a correspondência (relativo – presidiário), telegráfica e telefônica.
No caso da telefônica existe exceção: por ordem judicial fundamentada em lei,e com finalidade de investigação criminal e instrução processual.
Inc XXXVI – Principio da Segurança Jurídica.
A lei não Poe prejudicar:
Direito adquirido
Ato jurídico perfeito
Coisa julgada.
OBS: a lei não retroage pra prejudicar.
Inc XXXVII e LIII – Principio do juiz natural – garantir um julgamento por juiz imparcial e competente para decidir (ser isento).
Não pode existir tribunal ou juízo de exceção - tribunal ou juízo alheio, fora da justiça normal, depois de acontecer o fato.
Inc XLV e XLVI – principio da personalização da pena ou principio da pessoalidade.
Nenhuma pena passara da pessoa do condenado.
A obrigação de reparar o dano tem que ser paga ate o limite do patrimônio transferido (herança).
Principio da individualização da pena- a pessoa tem que ser punida de forma justa, naexata proporção do ato ilícito, nem maior nem menor.
OBS : penalidade proibidas – inc XLVII art 5º CF – exceção – art 84 inc XIX CF.
OBS: importante - diferença de banimento, deportação, expulsão e extradição.
Banimento - É banir o nacional de seu país (natos e naturalizados) se forem nocivos. – proibido no Brasil
Deportação - É expulsar, tirar o estrangeiro que esta irregular, ilegal de seu espaço geográfico.
Expulsão - Expulsar os estrangeiros nocivos, perigosos para a segurança nacional.
Extradição - Aplicada ao nacional e a estrangeiro, é quando envolve dois Estados soberanos, é o pedido de transferência de um individuo que esta e um país, mais que praticou crime em outro país.
Importante – Extradição de brasileiro - não extradita, salvo o naturalizado, na hipótese de crime comum, cometido antes da naturalização ou trafico de entorpecentes (antes e depois). Extradição de estrangeiro – são extraditados, salvo em crimes políticos e crime de opinião. A conduta tem que ser crime nos dois países e passiveis de punição.
Inc LIV e LV – Princípio do Contraditório, da Ampla defesa, e do devido processo legal.

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