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Processo Legislativo completo

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SENADO FEDERAL- ILB 
 
PROCESSO LEGISLATIVO 
 
 
Sumário 
MÓDULO I - INTRODUÇÃO AO PROCESSO LEGISLATIVO ...................................... 2 
Unidade 1 - Legislatura - Sessão Legislativa ........................................................... 3 
Unidade 2 - Sessão Plenária .......................................................................................... 8 
Unidade 3 - Posse de Senador, Reunião, Eleição da Mesa ............................... 10 
Unidade 4 - Fases das Sessões ................................................................................... 19 
Unidade 5 - Tipos de Sessão e Modalidades de Votação .................................. 28 
Unidade 6 - Quorum de Iniciativa e Quorum de Votação ................................. 34 
MÓDULO II - PROPOSIÇÕES APRECIADAS PELO SF E PELA CD (CASAS 
SEPARADAS) – Introdução ............................................................................................... 39 
Unidade 1 - Proposições Legislativas ........................................................................ 40 
Unidade 2 - Proposições Legislativas ........................................................................ 49 
Unidade 3 - Proposições Legislativas ........................................................................ 56 
Unidade 4 - Proposições Legislativas ........................................................................ 59 
Unidade 5 - Proposições Legislativas ........................................................................ 65 
Unidade 6 - Medidas Provisórias ................................................................................ 72 
Unidade 7 - Destino das Proposições ....................................................................... 77 
MÓDULO III - ETAPAS DO PROCESSO LEGISLATIVO – Introdução ................. 81 
Unidade 1 - Etapas do Processo Legislativo ........................................................... 82 
Unidade 2 - Etapas do Processo Legislativo ........................................................... 88 
Unidade 3 - Etapas do Processo Legislativo ........................................................... 95 
Unidade 4 - Procedimentos Legislativos .................................................................. 99 
Unidade 5 - Comissões ................................................................................................. 103 
Unidade 6 - Procedimentos Gerais de Votação ................................................... 111 
Unidade 7 - Conselhos e órgãos do CN e SF ....................................................... 114 
MÓDULO COMPLEMENTAR - TRAMITAÇÕES E QUADRO DE SIGLAS .............. 121 
Unidade 1 – Projetos ..................................................................................................... 122 
Unidade 2 - Quadro de siglas .................................................................................... 175 
 
 
MÓDULO I - INTRODUÇÃO AO PROCESSO LEGISLATIVO 
 
Este primeiro módulo tem por objetivo oferecer os elementos introdutórios 
ao curso. Veremos aqui os principais conceitos e etapas que compõem o 
processo legislativo, bem como informações sobre posse e eleição da Mesa, 
fases das sessões e tudo o que se refere a votação. 
 
 
 Identificar os fundamentos básicos do 
Processo Legislativo; 
 Conceituar seus principais elementos; 
 Reconhecer os aspectos e rotinas 
elementares dos procedimentos 
legislativo e 
Identificar situações ou formas de execução 
de tramitações, bem como os mecanismos 
regimentais na sequência do processo 
legislativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade 1 - Legislatura - Sessão Legislativa 
 
"SOB A PROTEÇÃO DE DEUS, INICIAMOS NOSSOS TRABALHOS." 
 
(Palavras proferidas pelo Presidente ao declarar aberta a Sessão) 
 
 
Nesta Unidade 1, vamos estudar o significado de legislatura e de sessão 
legislativa. 
 
 
O que é uma Legislatura? 
 
LEGISLATURA é um período de 4 anos (art. 44 - CF), correspondente ao 
tempo de duração do mandato de um deputado. Um deputado é eleito para 
uma legislatura, ou seja, o mandato do deputado dura 4 anos. Um senador é 
eleito para duas legislaturas, isto é, o mandato do senador dura 8 anos. A 
Câmara dos Deputados se renova a cada 4 anos, integralmente. O Senado se 
renova a cada 4 anos, só que não integralmente, mas alternadamente em 
2/3 e 1/3 de sua composição. 
 
Observação: Além de designar o tempo de duração dos trabalhos legislativos 
coincidentes com um mandato, o termo legislatura é usado para designar o 
"corpo de parlamentares" em atividade numa Casa Legislativa. Exemplo: A 
atual Legislatura tem se preocupado muito com o tema segurança pública. 
 
 
 
Ano da eleição Data da posse Renovação Eleitos 
2002 fevereiro de 
2003 
2/3 54 senadores 
2006 fevereiro de 
2007 
1/3 27 senadores 
2010 fevereiro de 
2011 
2/3 foram eleitos 54 
novos senadores 
 
 Estamos na 56ª Legislatura que vai de 1º de fevereiro de 2015 até 31 de 
janeiro de 2019. A 57ª Legislatura irá de 1º de fevereiro de 2019 até 31 de 
janeiro de 2023. 
 
 O Decreto Legislativo nº 79, de 1979, dispõe sobre a designação do 
número de ordem das legislaturas, tomando por base a que teve início em 
1826, visando manter a continuidade histórica do Parlamento brasileiro. 
 
 
 Falando em tempo, que tal um tempinho para refletir? Um terço, 
dois terços: por que a renovação do Senado não acontece de uma 
só vez? 
 
 
 
E o que é uma SESSÃO LEGISLATIVA? 
 A sessão legislativa pode ser ordinária ou extraordinária. A sessão 
legislativa ordinária corresponde a um ano de trabalhos legislativos. 
 Assim, a sessão legislativa ordinária começa no dia 02 de fevereiro de 
cada ano e vai até o dia 22 de dezembro, com intervalo entre os dias 18 de 
julho e 31 de julho. Esses são os dois períodos da sessão legislativa: de 02/02 
a 17/07 e de 01/08 a 22/12. Nos intervalos entre esses períodos acontecem 
os recessos parlamentares. Entretanto, a sessão legislativa não será 
interrompida no mês de julho até que o Congresso aprove o projeto de Lei 
de Diretrizes Orçamentárias - LDO (art. 57, § 2º, da CF, e art. 35, § 2º, II, 
do ADCT). 
 As sessões marcadas para as datas acima citadas serão automaticamente 
transferidas para o primeiro dia útil subsequente, caso esses dias recaiam em 
sábados, domingos ou feriados (art. 57, § 1º, da CF). 
 O Congresso Nacional pode ser convocado a trabalhar 
extraordinariamente nos períodos destinados ao recesso parlamentar. Esse 
período é chamado de sessão legislativa extraordinária. 
 
 
Quadro-resumo 
Sessões Primeiro Intervalo entre 
as Sessões 
Segundo 
período 
Intervalo entre as 
sessões 
Ordinária 02/02 a 
17/07 
18/07 a 31/07- 
Recesso 
parlamentar, após 
aprovação do PL de 
diretrizes 
orçamentárias 
01/08 a 
22/12 
23/12 a 01/02 -
Recesso parlamentar 
Extraordinária 18/07 a 
31/07 
Convocação nos 
períodos 
destinados ao 
recesso 
parlamentar 
23/12/ a 
01/02 
Convocação nos 
períodos destinados 
ao recesso 
parlamentar 
 
 
 
 
Quem pode convocar o Congresso? (art. 57, § 6º, da CF) 
Pode 
convocar o 
Congresso: 
Quando? 
Presidente do 
Senado 
Em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal, 
de pedido de autorização para decretação de estado de sítio e para 
tomar o compromisso e dar posse ao Presidente e ao Vice-Presidente 
da República 
Presidente da 
República 
Em caso de urgência ou interesse público relevante 
Extraordinária Convocação nos períodos destinadosao recesso parlamentar 
 
Os 
Presidentes 
da Câmara 
dos 
Deputados e 
do Senado 
Federal 
Em caso de urgência ou interesse público relevante 
A maioria dos 
membros da 
Câmara e do 
Senado 
Também em caso de urgência ou interesse público relevante 
 
 
 
Na convocação extraordinária, o Congresso passa por uma sessão legislativa 
extraordinária, sem prazo definido constitucionalmente para funcionar, ou 
seja, sua duração é definida no ato convocatório ou na Mensagem do 
Presidente da República. Durante a sessão legislativa extraordinária, o 
Congresso somente delibera sobre as matérias para as quais foi convocado e 
sobre as medidas provisórias em tramitação (art. 57, §§ 7º e 8º, da CF). 
 
 
 
Para refletir 
 Então, se uma legislatura é um período de quatro anos, podemos, 
com certeza, dizer que cada legislatura tem quatro sessões 
legislativas ordinárias, mas nunca podemos afirmar quantas 
sessões legislativas extraordinárias haverá numa legislatura. 
Certo? É isso mesmo. 
 
 
 A partir da Emenda Constitucional (EC) nº 50, de 2006, para que o 
Congresso Nacional seja convocado em caso de vigência de interesse público 
relevante, por iniciativa tanto do Presidente da República como dos 
Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a 
requerimento da maioria dos membros da Câmara dos Deputados e do 
Senado Federal, é necessário que haja aprovação da maioria absoluta de cada 
uma das Casas do Congresso Nacional (art. 57, § 6º, II). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade 2 - Sessão Plenária 
 
 Na Unidade 1, vimos os conceitos de legislatura e sessão legislativa 
ordinária e extraordinária. Na presente Unidade 2, vamos estudar a sessão 
plenária. 
 
Sessão legislativa ordinária corresponde a um ano dos trabalhos 
legislativos do Congresso Nacional. 
 
Sessão legislativa extraordinária é aquela que se realiza, por convocação, 
nos períodos de recesso do Poder Legislativo. 
 
Sessão plenária é cada unidade de trabalho, a cada dia. Às vezes, no 
mesmo dia, podemos ter mais de uma sessão do Senado. Ou, então, uma 
sessão plenária do Senado e outra, conjunta do Congresso Nacional. Então, 
sessão plenária é cada unidade de trabalho. 
 
As sessões plenárias do Senado 
podem ser: 
As sessões plenárias conjuntas 
do Congresso podem ser: 
1. deliberativas (ordinárias ou 
extraordinárias) 
1. conjuntas; 
2. não deliberativas; 2. conjuntas solenes. 
3. especiais 
 
 
 Em uma sessão legislativa, seja ordinária (um ano de trabalhos), seja 
extraordinária, podem acontecer várias sessões plenárias deliberativas 
(ordinárias ou extraordinárias), não deliberativas e especiais. Podem 
acontecer também sessões conjuntas do Congresso. 
 Quadro Resumo 
 Sessão Legislativa 
Ordinária Extraordinária 
de 02/02 a 17/07 e de 01/08 a 
22/12 
 
quando o CN for convocado 
 
 Sessão Plenária 
Deliberativa (ordinária ou 
extraordinária) 
Conjunta 
Não deliberativa Solene (ou conjunta solene) 
Especial 
 
 
 
 
 
Qual é a diferença entre sessão legislativa ordinária e sessão deliberativa 
ordinária? 
 
 
 
Você pode assistir à Sessão Plenária diariamente por meio da TV Senado. 
 
 
 
Unidade 3 - Posse de Senador, Reunião, Eleição da Mesa 
 
 Veremos nesta Unidade 3 como um Senador toma posse e se investe no 
mandato. Em seguida, veremos os três usos do conceito de reunião e como 
acontece a eleição da Mesa do Senado. 
 
 Você sabia que a posse é um ato público? 
 A posse é um ato público, durante o qual o Senador se investe no 
mandato. Ela acontece perante o Senado, em reunião preparatória, durante 
uma sessão deliberativa ordinária ou extraordinária ou durante uma sessão 
não deliberativa. Se o Congresso estiver em recesso, a posse acontecerá no 
gabinete do Presidente do Senado, em solenidade pública. Em todos os casos, 
o fato será publicado no Diário do Senado Federal (DSF) (art. 4º-RISF). 
 
O que é necessário para um Senador tomar posse? 
 Para tomar posse, em qualquer caso, o Senador precisa apresentar à Mesa 
o original do diploma expedido pela Justiça Eleitoral, que será publicado no 
Diário do Senado Federal. A apresentação do diploma poderá ser feita pelo 
próprio diplomado, por ofício ao 1º-Secretário, por intermédio do seu Partido 
ou de qualquer Senador. Devem ser apresentadas cópias da última 
declaração do Imposto de Renda, sua e do cônjuge, e preenchido formulário 
contendo informações requeridas pelo Código de Ética e Decoro Parlamentar 
(Resolução nº 20, de 1993). O Senador deve comunicar à Mesa seu nome 
parlamentar e a filiação partidária (art. 7º-RISF). 
 
 Se a posse ocorrer numa sessão do Senado, o Presidente designará 
comissão de três Senadores para introduzir o diplomado no plenário e 
conduzi-lo à Mesa, onde, perante todos de pé, prestará o compromisso. 
 
O compromisso é o seguinte: 
"Prometo guardar a Constituição Federal e as leis do País, desempenhar fiel 
e lealmente o mandato de Senador que o povo me conferiu e sustentar a 
união, a integridade e a independência do Brasil." 
 
 Se houver mais de um Senador a tomar posse na mesma ocasião, um 
fará o pronunciamento e os outros, conforme forem sendo chamados, dirão: 
"Assim o prometo". 
 
 
 
 O Senador deve tomar posse dentro de 90 dias, contados da instalação 
da sessão legislativa, ou, se ele for eleito durante a sessão legislativa, 
contados da sua diplomação, podendo ter o prazo prorrogado por motivo 
justificado, a seu requerimento, por mais 30 dias. 
 Se o Senador não tomar posse no prazo de 90 dias, nem pedir a 
prorrogação, considera-se que ele renunciou ao mandato, sendo chamado, 
então, seu primeiro suplente, que também é convocado sempre que o titular 
se licenciar por um prazo superior a 120 dias para tratar de interesse 
particular, ou por motivo de doença. Nesses casos, o suplente terá 30 dias 
improrrogáveis para prestar o compromisso. 
 
 Para tratar de interesse particular, o titular só pode tirar 
licença por mais de 120 dias, desde que não seja na mesma 
sessão legislativa. 
 
 O suplente também assume nos casos de vaga por 
falecimento, renúncia ou perda de mandato do titular. Ou, ainda, nos casos 
de afastamento do titular para ocupar cargo de Ministro de Estado, 
Governador de Território, Secretário de Estado, do DF, de Território, de 
Prefeitura de Capital ou, então, de Chefe de Missão Diplomática Temporária. 
 
 Nos casos de vaga ou de afastamento para assumir esses outros cargos, 
o suplente tem o prazo de 60 dias para assumir o exercício do mandato, prazo 
esse que poderá ser prorrogado por motivo justificado, a requerimento dele 
próprio, por mais 30 dias. 
 
 Se dentro desse prazo o suplente não tomar posse nem requerer sua 
prorrogação, também é considerado que tenha renunciado ao mandato e se 
convocará o segundo suplente, que, em qualquer hipótese, terá 30 dias para 
prestar o compromisso. 
 
 O suplente convocado pela primeira vez presta o compromisso na forma 
já acima mencionada. Se ele voltar a exercer o mandato na mesma 
legislatura, o Presidente da Casa apenas comunica ao Plenário o fato, não 
necessitando prestar novo compromisso. Entretanto, se for reeleito suplente 
para um novo mandato, terá que prestar o compromisso novamente. 
 
Quando acontece uma vaga de Senador? 
 Por falecimento; 
 por renúncia; 
 por perda de mandato. 
Considera-se haverrenunciado o Senador, titular ou suplente, que, 
convocado, não prestar compromisso na data estabelecida pelo Regimento. 
 
Deve renunciar a um dos cargos o Senador que for eleito para mais de um 
cargo ou mandato público eletivo, conforme preceitua a Constituição. Ele vai 
ter que renunciar a um deles. Exemplo: é frequente a eleição de Senadores 
para Governos estaduais. Para ser empossado Governador, o Senador deverá 
renunciar a seu mandato no Senado Federal. 
 
Observações importantes: 
1. um senador pode tomar posse durante o recesso parlamentar; 
2. posse sempre é um ato público; 
3. o diploma do senador expedido pelo Tribunal Eleitoral é documento 
imprescindível para que ele tome posse. 
 
 
 
 
 E um Senador pode perder o seu mandato? 
 
 
Perde o mandato o Senador que infringir qualquer das proibições constantes 
no art. 54 da Constituição, quais sejam: 
 
1. Desde a diplomação: 
 firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, 
autarquia, empresa pública, sociedade e economia mista ou empresa 
concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a 
cláusulas uniformes; 
 aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os 
de que seja demissível ad nutum, nas entidades acima descritas; 
 
 
 
2. Desde a posse: 
 ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor 
decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou 
exercer função remunerada nessas empresas; 
 ocupar cargo ou função de que seja demissível ad nutum em empresas 
públicas, autarquias, sociedades de economia mista, empresa 
concessionária de serviço público; 
 patrocinar causa em que seja interessada qualquer uma dessas 
empresas acima mencionadas. 
 
Perde também o mandato o senador que: 
- tiver procedimento incompatível com o decoro parlamentar ou deixar de 
comparecer à terça parte das sessões ordinárias do Senado em cada 
sessão legislativa, salvo se estiver em licença ou em missão autorizada; 
 
- perder ou tiver suspensos os direitos políticos ou, quando o decretar a 
Justiça Eleitoral; 
 
- sofrer condenação criminal em sentença definitiva e irrecorrível. 
 
 
Em casos de falecimento, renúncia e perda de mandato, fala-se em 
vacância. 
 
Outro conceito bastante importante a ser tratado é o de REUNIÃO. 
Veja abaixo: 
 
a) Todas as vezes em que uma sessão plenária não puder ser realizada, por 
falta de quorum para seu início (1/20 da composição do Senado) ou por 
motivo de força maior assim definido pela Presidência, o que acontece é uma 
reunião. 
 
Nesse caso, o Presidente declara que não pode 
ser realizada a sessão, determina a publicação 
do expediente que há sobre a mesa, 
independentemente de sua leitura, e a 
Secretaria de Ata prepara uma ata dessa 
reunião. 
 
b) As comissões não realizam sessões; seus encontros chamam-se reuniões. 
Isso tanto para as comissões no Senado ou no Congresso, permanentes ou 
temporárias. 
 
c) Antes do início da primeira e da terceira sessão legislativa ordinária da 
legislatura, o Senado reúne-se em reuniões preparatórias. 
 
Esses são os três usos do conceito de REUNIÃO. 
 
Vamos estudar, agora, para que servem as REUNIÕES 
PREPARATÓRIAS. 
 Na primeira sessão legislativa ordinária da legislatura, são realizadas três 
reuniões preparatórias: 
 
- a primeira, a partir do dia 1º de fevereiro, para dar posse aos novos 
Senadores; 
- a segunda, para eleger o Presidente da Mesa; 
- a terceira, para eleger os demais Membros da Mesa, ou seja, dois Vice-
Presidentes, quatro Secretários e quatro Suplentes de Secretário. 
 
 
 Na terceira sessão legislativa ordinária da legislatura são realizadas duas 
reuniões preparatórias: a primeira, no 1º dia de fevereiro, para eleger o 
Presidente; e a segunda, os demais Membros da Mesa. 
 
 As reuniões preparatórias são iniciadas com o quorum de 1/6 de 
Senadores e dirigidas pelos Membros da Mesa anterior (excluídos, na reunião 
do início da legislatura, aqueles que tiverem concluído seu mandato no dia 
31/01, ainda que reeleitos). Na Câmara dos Deputados, como ela se renova 
em sua totalidade, assume a direção dos trabalhos o último Presidente, se 
tiver sido reeleito Deputado, e, na sua falta, o mais idoso dentre os de maior 
número de legislaturas. 
 
Como acontece a ELEIÇÃO DA MESA DO SENADO? 
 
 Os Membros da Mesa são eleitos para um mandato de dois anos, em 
escrutínio secreto e por maioria simples de votos (a maioria de votos, 
estando presente a maioria absoluta dos Senadores), assegurada, tanto 
quanto possível, a participação proporcional das representações partidárias e 
dos blocos parlamentares com atuação no Senado. 
 
 A eleição para preenchimento do cargo de Presidente do Senado é feita 
em uma reunião preparatória. As demais, na outra reunião, na seguinte 
ordem: uma votação para os dois Vice-Presidentes, uma outra votação para 
os quatro Secretários, e ainda uma terceira votação para os quatro Suplentes 
de Secretário. Entretanto, as eleições dos Vice-Presidentes e dos Secretários 
podem ser realizadas em um único escrutínio, desde que seja aprovado 
requerimento nesse sentido, subscrito por 1/3 de Senadores ou líder que 
represente esse número. 
 
 As eleições dos Vice-Presidentes, Secretários e Suplentes de Secretário 
são feitas com cédulas uninominais, ou seja, que contenham, cada uma, o 
nome do candidato e o cargo ao qual ele concorre, cédula que o Senador 
coloca em uma sobrecarta. A eleição do Presidente não é necessariamente 
realizada por esse sistema. 
 
 Para a apuração dos votos, o Presidente fará a separação das cédulas 
referentes ao mesmo cargo, lendo-as em seguida, uma a uma, e passando-
as ao Segundo-Secretário, que anotará o resultado. 
 
 O painel eletrônico de votação no plenário, por preservar o sigilo da 
eleição, vem sendo utilizado nos casos em que haja candidato único 
disputando a vaga. 
 
 Ainda se faz necessário explicar a diferença entre Mesa e Comissão 
Diretora do Senado. 
 
A eleição é para a Mesa. É ela que dirige os trabalhos do Senado por dois 
anos. A Comissão Diretora é composta pelos mesmos Membros da Mesa. 
Ela dirige as atividades administrativas da Casa. 
 
 A Constituição de 1988, em seu art. 57, § 5º, instituiu a Mesa do 
Congresso Nacional, que é presidida pelo Presidente do Senado e tem seus 
demais cargos preenchidos, por alternância, entre Membros da Mesa da 
Câmara e do Senado. Assim, o Primeiro Vice-Presidente da Mesa do 
Congresso é o Primeiro Vice-Presidente da Mesa da Câmara: o Segundo Vice-
Presidente da Mesa do Congresso é o Segundo Vice-Presidente da Mesa do 
Senado. E assim por diante. Não há suplente na Mesa do Congresso Nacional. 
 
 
 
Quadro-Resumo 
Posse Reunião Eleição da Mesa 
do Senador titular do 
mandato 
não realização da sessão Presidente (1) 
de 1º Suplente 
 
trabalho das comissões Vice-Presidente 
(2) 
de 2 º Suplente preparatória Secretários (4) 
 Suplentes de 
Secretário (4) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade 4 - Fases das Sessões 
 
Já descrevemos, sucintamente, os tipos de sessão no Senado e no Congresso. 
Vamos, agora, detalhá-los. 
No Senado, elas podem ser: 
1. deliberativas (ordinárias ou extraordinárias); 
2. não deliberativas; 
3. especiais. 
No Congresso: 
1. conjuntas; 
2. solenes (ou conjuntas solenes). 
 
Que tal revermos um quadro-resumo sobre os tipos de Sessões? 
 SessãoLegislativa 
Ordinária Extraordinária 
de 02/02 a 17/07 e de 
01/08 a 22/12 
quando o CN for convocado 
 
 
 
 Sessão Plenária 
Senado Federal Congresso Nacional 
. Deliberativa (ordinária 
ou extraordinária) 
. Conjunta 
 
. Não deliberativa . Solene (ou conjunta solene) 
. Especial 
 
 
 
Qual é a diferença entre sessão deliberativa e não deliberativa? 
A diferença é que a primeira (sessão deliberativa) possui Ordem do Dia, 
momento da sessão em que há deliberação sobre matérias legislativas, e a 
segunda (não deliberativa) não possui este momento, sendo destinada a 
pronunciamentos de Senadores, comunicações, leitura de expediente e 
outros assuntos de interesse político e parlamentar. 
 
As sessões deliberativas ordinárias e as não deliberativas são 
realizadas de 2ª a 5ª feira, às 14h. Na 6ª feira, a sessão inicia-se às 9h. Se 
houver Ordem do Dia, será uma sessão deliberativa ordinária. Caso contrário, 
uma sessão não deliberativa. As sessões deliberativas extraordinárias 
não têm horário preestabelecido no Regimento. Esse horário é definido pelo 
Presidente, no momento de sua convocação, que o fará ouvidas as lideranças 
partidárias, quando as circunstâncias o recomendarem, ou sempre que haja 
necessidade de deliberação urgente. 
 
Além do horário, as sessões deliberativas ordinárias e extraordinárias se 
diferenciam pela determinação de sua Ordem do Dia. Para as primeiras, as 
matérias que farão parte das deliberações são definidas com 3 sessões 
deliberativas ordinárias (art. 170, § 2º, III-RISF) de antecedência. Já para as 
extraordinárias, como o próprio nome diz, não há previsão. Sua Ordem do 
Dia e seu horário de realização são definidos pelo Presidente no momento da 
convocação. 
 
Tanto as sessões deliberativas quanto as não deliberativas precisam da 
presença em plenário de, no mínimo, 1/20 dos Senadores para serem 
iniciadas ou para terem continuação. 
 
 
As sessões especiais são destinadas a homenagens ou comemorações. O 
Senado pode interromper uma sessão ou realizar uma sessão especial, a juízo 
do Presidente ou por deliberação do Plenário, mediante requerimento 
assinado por pelo menos seis Senadores e aprovado por maioria simples de 
votos. Nela podem ser admitidos convidados à mesa e no plenário, sem 
necessidade de quorum para ser realizada. A convocação pode ser feita em 
sessão ou mediante publicação no Diário do Senado Federal. O uso da palavra 
é restrito aos oradores designados pelo Presidente. O Senado ainda pode 
prestar homenagem sem que esta dure uma sessão inteira. Ela pode ser 
realizada na primeira parte da sessão, Período do Expediente. Para isso, 
também é necessário requerimento assinado por no mínimo seis Senadores 
e aprovado pelo Plenário. Os Senadores que quiserem fazer uso da palavra, 
neste caso, podem se inscrever. 
 
As sessões deliberativas, ordinárias ou extraordinárias, do Senado, 
possuem três FASES: 
 
 Período do Expediente; 
 Ordem do Dia; e 
 após a Ordem do Dia 
As não deliberativas, como não têm Ordem do Dia, só possuem Período do 
Expediente. 
 
 
 Quanto às sessões especiais, podem ser divididas? 
 Não, elas destinam-se apenas à homenagem estabelecida. 
 
 
E no Congresso, como ocorrem as sessões? 
 
No Congresso, as sessões são conjuntas, quer de trabalho, quer de 
homenagem. As que não tiverem data previamente estabelecida serão 
convocadas pelo Presidente do Senado ou seu substituto, com prévia 
audiência da Mesa da Câmara. As sessões pré-datadas são as de posse do 
Presidente e do Vice-Presidente da República (1º de janeiro) (arts. 60 a 67 - 
RCCN) e a destinada a abrir os trabalhos da sessão legislativa ordinária (02 
de fevereiro ou primeiro dia útil subsequente) (arts. 57 a 59 - RCCN). 
 
As sessões conjuntas são realizadas no plenário da Câmara dos Deputados, 
salvo escolha de outro lugar previamente anunciado. Em geral, nesta 
hipótese, a opção recai sobre o plenário do Senado Federal. 
 
Nas sessões de trabalho legislativo, havendo Ordem do Dia, os avulsos 
(publicação) das matérias devem estar disponíveis aos parlamentares com 
24 horas de antecedência. As sessões de trabalho também são divididas em 
FASES. Por analogia ao Regimento do Senado, compreendem: 
 As fases das sessões são: 
Período do Expediente Ordem do Dia Após a Ordem do Dia 
 
 
O Congresso Nacional realiza sessão solene para: 
 Inaugurar sessão legislativa (ordinária ou extraordinária); 
 Dar posse ao Presidente e ao Vice-Presidente da República; 
 Promulgar emendas constitucionais; 
 Homenagear Chefes de Estado estrangeiro; 
 Comemorar datas nacionais. 
 
Todas as sessões, do Senado ou do Congresso, têm duração de quatro horas 
e meia, podendo ser prorrogadas por proposta do Presidente ou a 
requerimento de qualquer Senador, no Senado, ou de qualquer Congressista, 
no Congresso, tantas vezes quantas necessárias. A prorrogação será sempre 
por prazo fixo, que não poderá ser restringido, salvo por falta de matéria ou 
de número para o prosseguimento da sessão. 
 
 
As fases das sessões são: 
 Período do Expediente; 
 Ordem do Dia; e 
 após a Ordem do Dia. 
Agora você irá compreender melhor o que acontece em cada uma das FASES 
DAS SESSÕES. 
 
PERÍODO DO EXPEDIENTE 
 
Nas sessões deliberativas ordinárias, esse período dura 120 minutos, 
contados a partir do real início da sessão. É destinado à leitura do expediente 
pelo Primeiro-Secretário, na íntegra ou em resumo, e aos oradores inscritos, 
que têm até 10 minutos para fazer seu pronunciamento, sendo permitidos 
apartes. 
 
O Período do Expediente poderá ser prorrogado pelo Presidente, uma única 
vez, para que o orador conclua seu pronunciamento, caso não tenha esgotado 
o tempo de que disponha, após o que a Ordem do Dia terá início 
impreterivelmente. Caso haja matéria a ser deliberada que esteja tramitando 
no rito de urgência urgentíssima (art. 336, I - RISF), não serão permitidos 
oradores no Período do Expediente. Esse tempo também pode ser destinado 
a homenagens. 
 
Nas sessões deliberativas extraordinárias, esse período dura 30 minutos, 
e só haverá oradores caso não haja número para as deliberações da Ordem 
do Dia. No Congresso, o Expediente dura trinta minutos e é destinado à 
leitura do expediente pelo Primeiro-Secretário e aos oradores inscritos, que 
poderão usar da palavra pelo prazo máximo de cinco minutos. 
 
Ainda no Período do Expediente podem acontecer votações de requerimentos 
que não sejam objeto de deliberação na Ordem do Dia. 
 
 
No Senado 
 
Encerrado a Período do Expediente, tem início a Ordem do Dia, cuja 
designação é de competência do Presidente da Casa. As matérias são 
incluídas na Ordem do Dia segundo sua antiguidade e importância, observada 
a seguinte sequência: 
 medida provisória (art.62-CF) a partir do 46º dia de vigência; matéria 
com urgência constitucional (art. 64 CF) com prazo já esgotado; 
matéria em regime de urgência urgentíssima (calamidade pública e 
perigo de segurança nacional); matéria com prazo determinado, 
segundo o art. 172, II, do RISF; matéria em regime de urgência, nos 
termos do art. 336, II, do RISF; matéria em regime de urgência, nos 
termos do art. 336, III, do RISF; 
 matéria em tramitação normal. 
Além desse critério, há precedência de: 
 matérias em votação sobre as em discussão; matérias da Câmara dos 
Deputados sobre as do Senado; redações finais sobre matérias em 
deliberação do mérito; matérias em turno suplementar, em turno 
único, em segundo turno e em primeiro turno, nessa ordem; projetos 
de lei sobreprojetos de decreto legislativo, sobre projetos de 
resolução, sobre pareceres, sobre requerimentos, nessa ordem; 
 matérias da pauta anterior que não foram deliberadas sobre outras dos 
grupos a que pertencem. 
Os projetos de código serão incluídos com exclusividade na Ordem do Dia. Os 
pareceres sobre escolha de autoridade serão colocados ao final da Ordem do 
Dia. 
Apesar de o Regimento dispor sobre a sequência das matérias, essa ordem 
pode ser alterada por requerimento assinado por qualquer Senador, 
solicitando inversão da pauta, apresentado e votado antes de se iniciar a 
Ordem do Dia. Depois desta iniciada, a sequência ainda pode ser alterada por 
requerimento de preferência de um item sobre outro, assinado por qualquer 
Senador e aprovado pelo Plenário. 
São lidos no Período do Expediente e votados após a Ordem do Dia da mesma 
sessão: 
 
 Os requerimentos de urgência, nos termos do art. 336, II; 
 os requerimentos que solicitam sessão especial; 
 os requerimentos que solicitam que o tempo destinado aos oradores 
do Período do Expediente de uma determinada sessão seja para 
prestar alguma homenagem. 
 
 
Quer visualizar na prática o que estudamos? Acesse o link Atividade 
Legislativa 
 
 
 
No Congresso 
 Terminada a leitura do expediente e o horário destinado aos oradores do 
Expediente, tem início a Ordem do Dia, cuja designação também é da 
competência do Presidente do Senado (na condição de Presidente da Mesa 
do Congresso). Na sua organização, as proposições em votação têm 
precedência sobre aquelas em discussão. Projetos de lei têm preferência 
sobre os projetos de decreto legislativo, os projetos de resolução e os 
requerimentos. Também nas sessões conjuntas, a ordem da Ordem do Dia 
pode ser alterada por requerimento de inversão da pauta ou de preferência. 
A diferença é que os requerimentos devem ser apresentados por líder 
partidário. 
 
 Tanto no Senado quanto nas sessões conjuntas, estando uma matéria em 
fase de votação e não havendo quorum para as deliberações, passar-se-á à 
matéria que estiver em discussão. Esgotada a matéria em discussão e 
persistindo a falta de quorum, a Presidência pode suspender a sessão por 
prazo não superior a 30 minutos (no Congresso) ou a uma hora (no Senado) 
ou conceder a palavra a algum parlamentar. Sobrevindo número para as 
deliberações, voltar-se-á às matérias, interrompendo-se o orador que se 
encontra na tribuna. 
 
 Nenhum Senador no Senado ou parlamentar no Congresso presente à 
sessão poderá deixar de votar, salvo quando se tratar de assunto em que 
tenha interesse pessoal (nesse caso, o Senador ou parlamentar deve declarar 
tal fato, sendo, contudo, sua presença computada para efeito de quorum) ou 
quando seu partido estiver em obstrução declarada pelo líder. 
 
 
 
 
 
 
APÓS A ORDEM DO DIA 
 
No Senado e no Congresso 
 Esgotada a Ordem do Dia, o tempo que restar para o término da sessão 
será destinado, preferencialmente, ao uso da palavra pelas lideranças e, 
havendo tempo, pelos oradores inscritos, que no Senado, neste momento, 
dispõem de até vinte minutos para seu pronunciamento. 
 Algumas votações são realizadas nesta fase da sessão no Senado. Alguns 
exemplos: 
 
 requerimentos de urgência nos termos do art. 336, II, do RISF; 
 redações finais de matérias em rito normal de tramitação que foram 
deliberadas na Ordem do Dia, caso haja requerimento de dispensa de 
sua publicação. 
 
 
 Uma sessão só não se realiza, no Senado, por falta de quorum, por 
deliberação do Plenário, quando seu período de duração coincidir, mesmo que 
parcialmente, com o de sessão conjunta do Congresso, ou por motivo de força 
maior, assim definido pela Presidência da Casa. 
 No Congresso, ela não se realiza por falta de quorum ou por cancelamento 
por parte da Presidência do Senado. 
 O Senado, nos sessenta dias que antecedem as eleições gerais, funciona 
de acordo com o Regimento Comum, ou seja, suas sessões se realizam por 
convocação, como as conjuntas do Congresso. Nesses dias, também o 
Período do Expediente ou a Ordem do Dia podem ser dispensados, desde que 
ouvidas as lideranças. 
 
 
Unidade 5 - Tipos de Sessão e Modalidades de Votação 
 
TIPOS DE SESSÃO E MODALIDADES DE VOTAÇÃO 
 
Veremos aqui que as sessões, tanto do Senado como as conjuntas do 
Congresso, podem ser públicas ou secretas. As votações também podem ser 
públicas - o Regimento usa a palavra "ostensivas" - ou secretas. 
 
Quem pode assistir a uma sessão no Senado ou no Congresso? 
 
A maior parte das sessões é pública, ou seja, qualquer pessoa desarmada, 
ocupando em silêncio o lugar que lhe é reservado, pode assistir tanto a uma 
sessão do Senado como do Congresso, na Tribuna de Honra ou nas galerias. 
À imprensa é reservada uma bancada própria. 
 
Quem pode entrar no Plenário do Senado? 
 
No plenário do Senado são admitidos, além dos Senadores, os suplentes de 
Senador, os ex-Senadores e suplentes que tenham exercido o mandato, 
Ministros de Estado, nos casos previstos no Regimento - ou seja, quando 
convocados ou quando solicitarem sua vinda para expor algum assunto de 
interesse de sua Pasta. Também são admitidos no plenário funcionários da 
Casa, quando em pleno exercício de suas funções. Nas sessões especiais são 
admitidos convidados, podendo estes, inclusive, a convite do presidente, 
compor a Mesa. 
 
 
 
 Se a maior parte das sessões é pública, quer dizer que podemos 
divulgá-las? 
 As divulgações das sessões por reportagem fotográfica no recinto, 
por irradiação sonora ou por filmagem e transmissão em televisão, 
dependem de autorização do Presidente do Senado. 
 
 
 Das sessões será elaborada ata circunstanciada, que constará do Diário 
do Senado Federal, tanto durante as sessões legislativas ordinárias como nas 
extraordinárias. Nos períodos de recesso, haverá publicação sempre que 
houver matéria que assim justifique. 
 
Quando o Senado funcionará secretamente? 
 
 Obrigatoriamente, sempre que tiver que deliberar sobre: 
 acordos de paz; 
 declaração de guerra; 
 suspensão de imunidade de Senador durante estado de sítio; 
 escolha de Chefe de Missão Diplomática - os Embaixadores; e 
 também para deliberar sobre requerimento que solicite sessão secreta 
do Senado. 
 Neste último caso, chegando à Mesa um requerimento solicitando sessão 
secreta, o Presidente informa ao Plenário sobre a sua existência, sem, no 
entanto, comunicar quem é seu autor nem o motivo pelo qual está sendo 
solicitada a sessão secreta. Para deliberar sobre esse requerimento, o Senado 
já funcionará em sessão secreta. O Presidente solicita a retirada dos 
funcionários e de todos que estejam assistindo àquela sessão, podendo 
determinar a presença dos funcionários que julgar necessários. 
 
 
Leia no Diário do Senado como uma sessão se transforma em secreta. 
 
 Já em sessão secreta, o Presidente informa ao Plenário o nome do 
requerente e o assunto a ser apreciado em sessão secreta. Os Senadores 
votam por maioria simples, em votação simbólica, se desejam que aquele 
assunto seja apreciado em sessão secreta. Aprovado o requerimento, será 
marcada essa sessão para o mesmo dia ou o dia seguinte, caso a data da 
sessão já não venha preestabelecida no requerimento. 
 
 Antes de a sessão voltar a ser pública, o Plenário decide, por meio de 
debate e votação, por maioria simples, se deseja que seja divulgado o nome 
do requerente e o assunto tratado. 
 
 Caso o requerimento seja rejeitado, a matéria a que ele se refere será 
objetode debates em sessão pública. 
 
 As atas das sessões secretas são redigidas pelo Segundo-Secretário, 
assinadas pelo Presidente e pelos Primeiro e Segundo-Secretários, colocadas 
em sobrecarta (envelope) lacrada, que é rubricada pelos Secretários. Antes 
de a sessão voltar a ser pública, a ata é votada com qualquer número. 
 
 Em sessão secreta, além dos Senadores e dos funcionários determinados, 
o Presidente ou um líder podem propor ao Plenário - e este vota a proposta 
- que outras pessoas assistam àquela sessão. 
 
 
E as sessões no CONGRESSO? São públicas ou secretas? 
 
 As sessões são públicas, como regra, podendo também ser secretas, se 
assim deliberar o Plenário, mediante proposta da Presidência ou de líder, 
prefixando-lhe a data. 
 
 O procedimento é o mesmo que para o Senado. O Presidente anuncia a 
existência do requerimento, mas sem dizer seu autor nem sua finalidade, a 
qual só será divulgada quando o Congresso já estiver trabalhando em sessão 
secreta. 
 
Como se dá o registro das sessões? 
 
 Também as sessões do Congresso são registradas em ata. As atas das 
sessões públicas são circunstanciadas; as das sessões secretas são redigidas 
pelo Segundo-Secretário. A ata será submetida ao Plenário - que deliberará 
com qualquer número, antes de a sessão voltar a ser pública, -, assinada 
pelos Membros da Mesa, e encerrada em "sim", "não" e "abstenção". 
 
 
 
E no caso de o painel eletrônico não estar funcionando? 
 
 Faz-se chamada pela lista de comparecimento dos Senadores. 
 
Como se dá a transformação de uma votação simbólica em votação 
nominal? 
 
 Nas votações simbólicas, se algum Senador não concordar ou se tiver 
dúvida a respeito do resultado, pode pedir, com o apoiamento de outros três 
Senadores, verificação da votação. E a votação, que havia sido feita 
simbolicamente, passa agora a ser realizada pelo painel eletrônico, 
nominalmente, para justamente verificar se o resultado anteriormente 
anunciado corresponde à realidade. 
 
 Uma outra forma de uma matéria que deveria ser votada simbolicamente 
ser votada nominalmente é através de requerimento pedindo sua votação 
nominal. Este deve ser apresentado e votado antes de se passar à votação 
da matéria em si. Se aprovado, ela não será submetida à votação simbólica, 
mas será realizada diretamente por processo nominal. 
Assim, os processos simbólico e nominal (no painel ou por chamada) de 
votação são utilizados para votações ostensivas, ou seja, para as votações 
públicas. 
 
 Já nas votações secretas só se pode utilizar o sistema nominal, quer no 
painel, quer por esferas, ou em cédulas, nas eleições. A diferença é que, nas 
votações públicas, aparecem, no painel eletrônico, o nome do votante, seu 
voto e o resultado total da votação. Nas votações secretas, aparecem tão 
somente o nome do votante e o resultado total. Não aparece a qualidade do 
voto. 
 
 A norma geral é que as sessões sejam públicas e as votações também. 
Mas numa sessão pública pode haver votação pública ou votação secreta. E 
numa sessão secreta pode haver votação secreta ou votação ostensiva 
(pública). Depende da matéria que está sendo deliberada. 
 
 
 
Resumindo: 
 
SESSÕES 
 
 
São públicas, como regra, podendo 
também ser secretas, se assim 
deliberar o Plenário (mediante proposta 
da Presidência ou de líder, prefixando-
lhe a data). 
 
São secretas, obrigatoriamente, 
sempre que tiver que deliberar 
sobre: 
. acordos de paz; 
. declaração de guerra; 
. suspensão de imunidade de 
Senador durante o estado de 
sítio; 
. escolha de Chefe de Missão 
Diplomática - os Embaixadores; 
. e também para deliberar sobre 
requerimento que solicite 
sessão secreta do Senado. 
 
 
VOTAÇÕES 
 
 
I - Ostensivas (públicas) 
a) Simbólica 
b) Nominal 
 
II - Secretas 
a) Eletrônica 
b) Por meio de cédula 
c) Por meio de esfera 
 
 
 
Referência: 
RISF - arts. 182 a 186; 190 a 198; 201 a 208; 289 a 298; 383 a 385. 
 
 
Unidade 6 - Quorum de Iniciativa e Quorum de Votação 
 
QUORUM DE INICIATIVA E QUORUM DE VOTAÇÃO 
 
Iniciativa é o poder de propor a edição de uma regra jurídica nova. Tal poder 
pode ser exercido individual ou coletivamente. 
 
Quem pode iniciar uma proposta de regra jurídica nova? 
Qualquer membro ou comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal 
ou do Congresso Nacional, o Presidente da República, o Supremo Tribunal 
Federal, os Tribunais Superiores, o Procurador-Geral da República e os 
cidadãos. 
 
Vamos verificar alguns exemplos de iniciativa? 
 
 
 
Iniciativa Individual 
Presidente da 
Républica 
Proposta de emenda à Constituição, projeto de 
lei. 
Senador ou 
Deputado 
Projeto de lei, projeto de decreto legislativo, 
projeto de resolução, emendas diversas a outras 
matérias (salvo a proposta de emenda à 
Constituição), requerimento. 
Procurador-Geral da 
República, STF, 
Tribunais Superiores 
Projeto de lei de matéria atinente à sua 
competência privativa. 
 
 
 
 
 
 
Iniciativa Coletiva 
 
Senadores ou 
Deputados 
Proposta de emenda à Constituição, emendas à 
proposta de emenda à Constituição; na mesma 
sessão legislativa, projeto de lei ordinária 
rejeitado. 
Senadores Projeto de resolução referente à competência 
tributária dos Estados e do Distrito Federal. 
Comissão Projeto de resolução referente às matérias 
estabelecidas no art. 52 VI, VII, VIII, IX da 
Constituição; projeto de resolução relativo à 
competência tributária dos Estados e do Distrito 
Federal; projeto de lei, projeto de decreto 
legislativo, projeto de resolução suspendendo a 
execução no todo ou em parte de lei declarada 
inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal 
 
Mesa Provocação à Casa, propondo a perda de 
mandato de parlamentar. 
Partido político 
(representado no 
Congresso) 
Provocação à Casa, propondo a perda do 
mandato de parlamentar. 
Assembleias 
Legislativas 
Proposta de emenda à Constituição (mais da 
metade delas, manifestando-se cada uma pela 
maioria relativa de seus membros). 
Cidadãos Projeto de lei subscrito por, no mínimo 1% do 
eleitorado nacional, distribuído pelo menos por 
cinco Estados, com não menos de 0,3% dos 
eleitores de cada um deles. 
 
 
 
QUORUM DE VOTAÇÃO 
 Veremos aqui, segundo a Constituição, que as deliberações de cada uma 
das Casas do Congresso e de suas comissões são tomadas por maioria de 
votos, presente a maioria absoluta dos membros, salvo se dispuser em 
contrário. E o Regimento do Senado ou o Regimento Comum também 
especificam: 
 
 
Deliberações 
 
 
Quórum de votação 
Sentença condenatória de Presidente e Vice-
Presidente da República, de Ministros de 
Estado e do Supremo Tribunal Federal, 
Procurador-Geral da República e Advogado-
Geral da República, todos em casos de crimes 
de responsabilidade 
2/3 de Senadores (54 votos) 
Fixação de alíquotas máximas nas operações 
internas, para resolver conflito específico que 
envolva interesse de Estados e do Distrito 
Federal 
2/3 de Senadores (54 votos) 
Suspensão de imunidade de Senadores, 
durante o estado de sítio 
2/3 de Senadores (54 votos) 
Proposta de emenda à Constituição 3/5 em cada uma das Casas para 
aprovação (49 votos no Senado; 
308 na Câmara dos Deputados 
Projeto de decreto legislativoreferente a 
renovação ou não renovação de concessão ou 
permissão para serviço de radiofusão sonora 
e de sons e imagens 
2/5 de votos (33 senadores) para 
rejeitar o projeto 
Projeto de lei complementar maioria absoluta de votos (41) 
Exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da 
república. 
maioria absoluta de votos (41) 
Perda de mandato de Senador nos casos de 
infringência do art. 54 da Constituição ou cujo 
procedimento não seja compatível com o 
decoro parlamentar ou que sofrer condenação 
criminal em sentença transitada em julgado 
maioria absoluta de votos (41) 
 
Aprovação de ato do Presidente da República 
que decretar estado de defesa ou autorização 
para o Presidente decretar estado de sítio 
maioria absoluta de votos (41) 
Estabelecimento de alíquotas aplicáveis às 
operações e prestações interestaduais e de 
exportação 
maioria absoluta de votos (41) 
Estabelecimento de alíquotas mínimas nas 
operações internas. 
maioria absoluta de votos (41) 
 
Autorização de operações de créditos que 
excedam o montante das despesas de capital, 
mediante créditos suplementares ou especiais 
específicos 
maioria absoluta de votos (41) 
Aprovação do nome indicado para Ministro do 
Supremo Tribunal Federal, do Superior 
Tribunal de Justiça, do Tribunal Superior do 
Trabalho, para Procurador-Geral da República 
e para membro do Conselho Nacional de 
Justiça e do Conselho Nacional do Ministério 
Público 
maioria absoluta de votos (41) 
Veto presidencial (em sessão conjunta do 
Congresso) exige maioria absoluta de votos 
"'não" em cada uma das Casas para ser 
derrubado, ou seja, para ser rejeitado 
 
para ser rejeitado (41 no Senado; 
257 na Câmara dos Deputados) 
Perda de mandato de Deputado ou Senador, 
por voto secreto da maioria absoluta da Casa 
a que pertencer o parlamentar 
maioria absoluta (41 no Senado; 
257 na Câmara dos Deputados). 
 
 Observação: Os projetos de decreto legislativo sobre direitos humanos 
que forem aprovados em cada uma das Casas do Congresso Nacional com 
3/5 de votos (49 no Senado, 308 na Câmara dos Deputados) em 2 turnos 
serão equivalentes a emenda constitucional. 
 A publicidade da matéria, o parecer e o quorum, tanto de iniciativa como 
de votação da matéria a ser deliberada, tanto no Senado quanto no 
Congresso, são três formalidades essenciais que nem mesmo o regime de 
urgência urgentíssima pode dispensar. 
 
Referência: 
CF - arts. 47, 51, 52, 2º e 4º; 53, §§ 7º e 8º; 55, § 2º e 3º; 60, § 2º; 
61; 66, § 4º; 67; 69; 77; 101;103-B; 128, § 1º, 2º e 4º;130-A; 136, 
§ 4º; 137; 155, § 2º, IV e V, "a" e "b"; 167, III; 223. 
 
RISF - arts. 212; 243; 288; 393; 394. 
 
 Parabéns! Você chegou ao final do primeiro Módulo de estudo do curso de 
Processo Legislativo. 
 
 Como parte do processo de aprendizagem, sugerimos que você faça uma 
releitura do mesmo e resolva os Exercícios de Fixação. O resultado não 
influenciará na sua nota final, mas servirá como oportunidade de avaliar o 
seu domínio do conteúdo. Lembramos ainda que a plataforma de ensino faz 
a correção imediata das suas respostas! 
 Para ter acesso aos Exercícios de Fixação, clique aqui. 
 
 
MÓDULO II - PROPOSIÇÕES APRECIADAS PELO SF E PELA CD (CASAS 
SEPARADAS) – Introdução 
 
 Este segundo módulo tem por objetivo mostrar os aspectos e rotinas dos 
procedimentos legislativos, bem como identificar situações ou formas de 
execução de tramitações. 
 
 
 
 Identificar as características e a tramitação 
das diversas proposições legislativa; 
 reconhecer como são apreciadas as 
proposições em ambas as Casas 
Legislativas e suas deliberações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade 1 - Proposições Legislativas 
 
PROPOSIÇÕES APRECIADAS PELO SENADO E PELA CÂMARA (CASAS 
SEPARADAS) 
 
PROJETO DE LEI 
 
 Vamos começar pelas matérias que tramitam em Casas 
separadas. Nosso primeiro assunto são os projetos de lei. (As 
medidas provisórias serão objeto da UNIDADE 6) 
 
 Os projetos de lei que têm origem no Senado - os Projetos de Lei do 
Senado (PLS) - e os projetos de lei que se originam na Câmara e vêm à 
revisão do Senado - os Projetos de Lei da Câmara (PLC) - podem ser de lei 
ordinária ou de lei complementar. A Constituição Federal explicita que 
dispositivos precisam ser complementados por um tipo ou outro de lei. Na 
forma, sua maior diferença é o quorum de aprovação: 
 para os projetos de lei ordinária, o quorum é de maioria simples de 
votos; 
 para os projetos de lei complementar, o quorum é de maioria 
absoluta de votos. 
 
PROJETO DE LEI DA CÂMARA - PLC (lei ordinária ou complementar) 
 
Qual a origem dos PLC? 
 
 Os PLC podem ter origem em uma proposta de Deputado, de comissão 
da Câmara, do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal, de 
Tribunais Superiores, do Procurador-Geral da República, do Ministério 
Público ou, ainda, dos cidadãos. Enfim, os projetos de lei que vêm de fora 
do Poder Legislativo iniciam sua tramitação pela Câmara, vindo ao Senado 
para revisão. 
 
 Os PLC, ao chegarem no Senado, são lidos no Período do Expediente da 
sessão plenária, deliberativa (ordinária ou extraordinária) ou não 
deliberativa, e são despachados, pelo Presidente, para uma ou mais 
comissões, segundo as competências dessas, para serem analisados e 
receberem parecer. No Senado, a Comissão de Constituição, Justiça e 
Cidadania tem até vinte dias úteis para proferir parecer (as demais 
comissões têm quinze dias úteis). Esses prazos podem ser prorrogados, por 
igual período, através de uma comunicação do Presidente da Comissão à 
Mesa do Senado, a qual será lida no Período do Expediente. Nova 
prorrogação só pode ser concedida por prazo determinado e mediante 
requerimento que deve ser votado no Plenário do Senado. 
 
 Uma vez emitido o parecer da Comissão, o projeto é enviado à Mesa 
para leitura no Período do Expediente, quando é numerado e tem início o 
prazo de cinco dias úteis para recebimento de emendas. Caso não existam 
emendas, o projeto está pronto para ser incluído na Ordem do Dia, a fim de 
ser discutido e votado em turno único. Se receber emenda, o projeto volta à 
Comissão ou às Comissões pelo prazo de quinze dias úteis (se houver mais 
de uma Comissão a se manifestar, o prazo corre em conjunto) para receber 
parecer sobre essas emendas. Dado o parecer, a matéria volta à Mesa para 
leitura e pode, a partir daí ser incluída na Ordem do Dia. Se o projeto for 
aprovado sem alteração ou com alteração somente de redação, ele vai à 
sanção do Presidente da República. Caso sofra alteração de mérito, essa 
alteração volta à Câmara para análise. 
 
 
 
 
 Como já foi dito, se o projeto de lei ordinária, o quorum de votação é 
o de maioria simples de votos. Se for de lei complementar, é de maioria 
absoluta. 
 
 
 
Para que servem os autógrafos? 
 
 Para encaminhar a redação oficial do que foi aprovado, quer para o 
Presidente da República, quer para a Câmara, o Senado prepara 
autógrafos desse texto. 
 
 Então, autografo é o documento oficial que reproduz o que foi aprovado. 
 
PROJETO DE LEI DA CÂMARA (de origem do Presidente da 
República, com pedido de urgência constitucional - art. 64, CF) 
 
 Qual é o prazo da urgência constitucional solicitada pelo 
Presidente da República para tramitação de projeto de lei de sua 
iniciativa? 
 A urgência constitucional solicitada pelo Presidente da República para 
tramitação de projeto de leide sua iniciativa prevê para a matéria o prazo 
de quarenta e cinco dias na Câmara e outros quarenta e cinco dias no 
Senado, sucessivamente. 
 
 O projeto, quando chega da Câmara dos Deputados, é lido no Período do 
Expediente e distribuído às Comissões, como qualquer outro projeto. 
Entretanto, por estar tramitando em regime de urgência, o projeto recebe 
emendas de todos os Senadores apenas na primeira ou na única Comissão 
constante do despacho, pelo prazo de cinco dias úteis. Se mais de uma 
Comissão tiver que se manifestar a respeito do projeto, os prazos correm 
concomitantemente. Para emitir parecer, esses órgãos técnicos têm vinte e 
cinco dias. Caso não cumpram esse prazo, a matéria será incluída na Ordem 
do Dia e receberá parecer em plenário. 
 
 Esgotado o prazo de quarenta e cinco dias sem que haja deliberação 
sobre o projeto, quer numa Casa, quer noutra, a proposição é incluída na 
Ordem do Dia, sobrestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos 
(exceção feita às medidas provisórias, que têm precedência) até que se 
ultime sua votação, que se dará por maioria simples, se for projeto de lei 
ordinária, ou por maioria absoluta, se for de lei complementar. 
 
PROJETO DE LEI DO SENADO - PLS (lei complementar) (iniciativa de 
Senador) 
 
 Vamos ver o passo a passo? 
 
 1. Lido no Período do Expediente da sessão, o projeto é encaminhado às 
Comissões, que têm o prazo regimental (CCJ - vinte dias úteis; demais 
Comissões - quinze dias úteis) para emitir parecer. Uma vez aprovado pela 
Comissão, o parecer é remetido à Mesa para leitura em plenário, quando é 
numerado e determinada sua publicação em avulsos, como qualquer outra 
matéria dentro do Legislativo. É iniciado o prazo de cinco dias úteis para 
recebimento de emendas perante a Mesa. 
 
 2. Caso existam emendas, o projeto volta para as Comissões (o prazo é 
de quinze dias úteis) para receber parecer sobre elas. Só depois estará 
pronto para ser agendado na Ordem do Dia. Não existindo emendas, desde 
já está pronto para entrar na pauta de deliberações. 
 
PROJETO DE LEI DO SENADO (lei ordinária ou complementar) 
(iniciativa de Comissão do Senado) 
 
 Como todo projeto, este também é lido no Período do Expediente. Se a 
comissão tiver competência sobre aquela matéria, como o projeto já é de 
Comissão, tem início o prazo de cinco dias úteis para recebimento de 
emendas perante a Mesa. O projeto só voltará para a Comissão que lhe deu 
origem caso receba emendas. Ela, então, terá que se pronunciar a respeito 
das mesmas. 
 
 Se não receber emendas, ou após a leitura do parecer sobre as que tiver 
recebido, a matéria encontra-se pronta para ser agendada na Ordem do 
Dia. 
 
 
 A diferença entre o projeto de lei ordinária e o projeto de lei 
complementar é apenas quanto ao quorum de votação. 
 
 
Fonte: Agência Senado 
 
PROJETO DE LEI DO SENADO (PLS) (lei ordinária) (iniciativa de 
Senador) 
 
 O projeto é lido no Período do Expediente e encaminhado a uma ou mais 
Comissões. 
 
As comissões podem apreciar esse tipo de projeto? 
 A Constituição Federal de 1988 conferiu às Comissões poder de apreciar 
terminativamente esse tipo de projeto, ou seja, a regra geral é que esse 
projeto não venha a ser apreciado pelo Plenário do Senado, ficando apenas 
no âmbito das Comissões. Esse procedimento, além de desafogar o 
Plenário, agiliza a tramitação das matérias, sem, no entanto, prejudicar sua 
análise. Nesse caso, todos os Senadores, mesmo aqueles que não 
pertencem àquelas Comissões do despacho, podem apresentar emendas, 
pelo prazo de cinco dias úteis, perante a primeira ou a única Comissão que 
deve emitir parecer. 
 
 Como para todas as matérias que dependem de parecer, o Presidente da 
Comissão designa um Relator, que terá a metade do tempo de que dispõe a 
Comissão para apresentar seu relatório sobre a matéria. Uma vez 
apresentado o relatório, qualquer Senador, ou todos os Senadores membros 
da Comissão, podem pedir vista do processo, que pode ser concedida por 
até cinco dias úteis. Esse prazo corre em conjunto para todos. O Senador 
pode devolver o processo com ou sem manifestação. Se houver 
manifestação, ela recebe a nomenclatura de voto em separado. 
 
 Poder Terminativo - prerrogativa das comissões permanentes de 
discutir e votar projetos de lei, dispensada a competência do Plenário, o 
qual só se manifesta se houver recurso de 10% dos membros da Casa 
nesse sentido. Essa prerrogativa é definida pela Mesa, quando é feita a 
distribuição das proposições. 
 
 A Comissão, nesse caso em que tem poder terminativo, vota não o 
parecer, mas o próprio projeto. Ela decide sobre a matéria e comunica o 
fato ao Presidente da Casa, que dará ciência ao Plenário. Terá início, então, 
o prazo de cinco dias úteis para que 1/10 dos Senadores (nove) possa 
apresentar recurso, no sentido de que a matéria venha a ser apreciada pelo 
Plenário, acabando, desta forma, com o poder terminativo da Comissão. Se 
não receber recurso, a matéria vai diretamente à Câmara, para que aquela 
Casa faça revisão. Se receber recurso, tem início o prazo de cinco dias úteis 
para encaminhamento de emendas à Mesa. Sem emendas, a matéria está 
pronta para a Ordem do Dia. Com emendas, volta para a Comissão, para 
parecer sobre elas, como em todos os outros casos que já estudamos. Dado 
o parecer pela Comissão, lido e numerado em plenário, o projeto está 
pronto para a Ordem do Dia, quando é discutido e votado em turno único, 
necessitando apenas de quorum de maioria simples para sua aprovação. 
Aprovado, vai à Câmara dos Deputados para revisão. 
 
 
 Se a Câmara apresentar alterações ao projeto, essas alterações 
voltam ao Senado para exame. Aquilo que o Senado aprovar vai à 
sanção do Presidente da República. 
 
 
PROJETO DE CÓDIGO 
 
 Os códigos são leis ordinárias e, como tais, são tratados por meio de 
projetos de lei que, uma vez aprovados em ambas as Casas, são enviados à 
sanção do Presidente da República. O projeto é lido no Período do 
Expediente de uma sessão, oportunidade em que o Presidente designará 
uma comissão temporária composta de onze membros para seu estudo e 
fixará o calendário de sua tramitação. 
 
 Essa comissão temporária se reúne primeiramente para eleger seu 
Presidente e Vice-Presidente, sendo, em seguida, designado um relator-
geral e tantos relatores parciais quantos necessários. Ao projeto principal 
são anexados os outros que se encontrem em tramitação e que envolvam a 
mesma matéria. As emendas são apresentadas perante a comissão, que 
deve emitir parecer sobre todos os projetos e emendas. 
 
 Publicado o parecer e distribuído em avulsos, o projeto será incluído na 
Ordem do Dia com exclusividade, obedecido o interstício regimental como 
nas demais matérias. Em plenário, o projeto é discutido e votado em turno 
único de discussão e votação, aprovado por maioria simples, em votação 
pública simbólica. 
 
 O interstício é contado por sessões ordinárias ou por dias úteis, 
conforme determinam os regimentos internos de cada Casa (exemplo: é de 
três dias úteis, no Senado, e de duas sessões, na Câmara, o interstício 
entre a distribuição de avulsos dos pareceres das comissões e o início da 
discussão ou votação correspondente). 
 
 No Congresso Nacional, há projetos de lei a serem apreciados em 
sessão conjunta, como é o caso das matérias orçamentárias. Esse assunto 
será estudado em outra oportunidade. 
 
 
Síntese 
Vimos, nesta Unidade, um pouco da tramitação, no Senado, dos 
projetosde lei apresentados em Casas separadas. 
 
 
 
 
Referência: 
CF - arts. 48; 58, § 2º, I; 59; 61; 65 a 67; 69. 
RISF - arts. 90; 91; 92; 97 a 104; 118 a 122; 126; 127; 129 a 133; 
136;137; 211; 213; 236 a 240; 243 a 246; 249; 250; 280; 328 a 331; 
374. 
RCCN – arts. 134; 136 a 140; 142; 143. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade 2 - Proposições Legislativas 
 
PROPOSIÇÕES APRECIADAS PELO SENADO E PELA CÂMARA (CASAS 
SEPARADAS) 
 
Continuaremos nesta UNIDADE com matérias analisadas na Câmara e no 
Senado separadamente. 
 
B) PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO (PDS) 
 
 Outra matéria analisada na Câmara e no Senado, separadamente, é o 
projeto de decreto legislativo, que pode ser iniciado em uma ou outra Casa. 
Os assuntos constantes do art. 49 da Constituição Federal tramitam no 
Congresso sob a forma de projeto de decreto legislativo. Uma vez concluída 
a análise do projeto em ambas as Casas, o Presidente do Senado promulga-
o. 
 Tanto o projeto que tem início no Senado quanto o que vem da Câmara 
é lido no Período do Expediente da sessão e despachado a uma ou mais 
Comissões. Com exceção do PDS sobre radiodifusão, em regime de 
urgência constitucional, os demais PDS têm tramitação normal, a menos 
que recebam urgência através de requerimento, como ademais pode 
acontecer com outras matérias. 
 
 No PDS sobre radiodifusão ou sobre tratados, acordos e atos 
internacionais, as emendas devem ser apresentadas perante a Comissão a 
que for distribuído. Depois, a Comissão tem os prazos regimentais para 
emitir seu parecer sobre o projeto e eventuais emendas. 
 
 Os projetos de decreto legislativo relativos a radiodifusão, por força 
constitucional - art. 223 -, têm o prazo de tramitação, na Câmara e no 
Senado, de quarenta e cinco dias em cada Casa, consecutivamente. O 
Presidente da República envia à Câmara dos Deputados uma mensagem. 
Aquela Casa analisa o processo e elabora o projeto de decreto legislativo 
correspondente. Uma vez aprovado, o projeto é enviado ao Senado, onde a 
matéria é despachada à Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, 
Comunicação e Informática - CCT (Resolução nº 1, de 2007). Inicia-se, 
então, o prazo de cinco dias úteis para que os Senadores apresentem 
emendas. Por força de aprovação, pelo Plenário do Senado, em 25.03.03, 
do Parecer nº 34, de 2002, da CCJ, esse projeto de decreto legislativo 
passa a tramitar em apreciação terminativa na Comissão. Depois de 
aprovado o projeto na Comissão, seu Presidente oficia ao Presidente da 
Casa. Lido o parecer no Período do Expediente, numerado e publicado, 
inicia-se o prazo de 5 dias úteis para apresentação de recurso por 1/10 dos 
Senadores. Se não houver recurso, o Presidente do Senado promulga o 
decreto legislativo. Se for apresentado recurso, a matéria será incluída na 
Ordem do Dia para deliberação pelo Plenário. Em caso de não renovação de 
concessão ou permissão, a matéria não tramitará com caráter terminativo 
na Comissão. 
 Sobre os PDS de tratados, acordos ou atos internacionais: esses 
projetos só terão iniciado o curso de sua tramitação no Senado se estiverem 
acompanhados de cópia autenticada do texto, em português, do ato 
internacional respectivo, bem como da mensagem de encaminhamento e da 
exposição de motivos. Lidos no Período do Expediente, são publicados e 
distribuídos em avulsos, como de resto qualquer outra matéria, e 
despachados à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, perante 
a qual todos os Senadores podem apresentar emendas no prazo de cinco 
dias úteis. A Comissão tem o prazo de quinze dias úteis, prorrogável por 
igual período, para opinar sobre o projeto. Publicados o parecer e as 
emendas, que também serão distribuídos em avulsos, e decorrido o 
interstício regimental, a matéria será incluída na Ordem do Dia. Caso não 
seja emitido o parecer pela Comissão, e se faltarem dez dias ou menos para 
o término do prazo no qual o Brasil deva se manifestar sobre o ato em 
questão, o projeto é incluído na Ordem do Dia para receber parecer em 
plenário por relator designado pelo Presidente da Casa. Como os outros 
projetos de decreto legislativo, uma vez aprovado em ambas as Casas do 
Poder Legislativo, o decreto legislativo dele oriundo é promulgado pelo 
Presidente do Senado. 
 
 Uma outra matéria que tramita na forma de PDS diz respeito ao art. 49, 
XV: autorizar referendo e convocar plebiscito. A Lei nº 9.709, de 18.11.98, 
dispõe que para dar início a esse projeto é necessário que 1/3 dos 
Senadores o assinem. Quanto às demais etapas de tramitação, equivale a 
um outro PDS em rito normal, com aprovação por maioria simples. 
 
 Há outros casos de PDS, como, por exemplo, o destinado a sustar atos 
do Poder Executivo (CF, art. 49, V). Depois de submetido à Comissão 
competente que emitirá parecer sobre a matéria, esse parecer será lido em 
Plenário, numerado e publicado no DSF e em avulsos. A seguir, tem início o 
prazo de cinco dias úteis para que a Mesa receba emendas. Se não houver 
emendas, o projeto está pronto para agendamento na Ordem do Dia. Caso 
sejam apresentadas emendas, as Comissões deverão apresentar parecer. 
Depois que o parecer tenha sido emitido, lido, numerado e publicado, 
observado o interstício regimental de três dias úteis entre sua publicação e 
o início da discussão da matéria, o projeto pode ser incluído na Ordem do 
Dia. 
 
 
Referência: 
CF - arts. 49. 
RISF - arts. 211; 213; 280; 281; 288, IV; 294; 375; 376. 
 
 
C) PROJETO DE RESOLUÇÃO DO SENADO (PRS) - Apreciado somente 
pelo Senado (Não é submetido à revisão pela Câmara dos Deputados) 
 
 Existem vários tipos de projeto de resolução. Vejamos: 
 
 I. Alteração do Regimento Interno do Senado (RISF): 
 
 a) O RISF pode ser alterado por iniciativa de qualquer Senador ou da 
Comissão Diretora. 
 
 Como toda proposição legislativa, o projeto 
é lido no Período do Expediente. É aberto prazo 
de cinco dias úteis para recebimento de 
emendas perante a Mesa. Havendo ou não 
emendas, o projeto é remetido à CCJ e, em 
seguida, à Comissão Diretora (CDIR). Caso o 
projeto seja de origem da própria CDIR, o 
projeto só voltará a ela se tiver recebido emendas. Uma vez que já tenham 
sido dados os pareceres, eles são lidos no Período do Expediente, numerados 
e publicados no DSF e em avulsos para distribuição aos Senadores. Esse é o 
procedimento usual. Decorrido o interstício regimental, o projeto está pronto 
para ser incluído na Ordem do Dia para turno único de discussão e votação. 
 
 b) O RISF pode ser alterado ou reformado como um todo. Nesse 
segundo caso, é constituída uma comissão temporária especial de 
Senadores aprovada pelo Plenário, destinada a analisar e elaborar um 
projeto de resolução. Dessa comissão deverá fazer parte um membro da 
Comissão Diretora. Uma vez lido o projeto em plenário, tem início o prazo 
de cinco dias úteis para encaminhamento de emendas à Mesa. Recebendo 
ou não emendas, o projeto vai à CCJ e, se ali receber emendas, volta à 
Comissão Especial para emissão de parecer. Os pareceres são lidos no 
Período do Expediente, numerados e publicados. Depois do interstício 
regimental, o projeto pode ser agendado na Ordem do Dia. 
 
 
 II. A CCJ apresenta projeto de resolução suspendendo, no todo ou em 
parte, lei declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, como 
conclusão de seu parecer a um Ofício S (Senado) sobre a matéria que foi 
enviada ao Senado pelo STF. Essa matéria tramita somente no Senado e 
tem caráterterminativo na CCJ. 
 
 Como toda matéria que tramita em rito terminativo, uma vez aprovada 
pela Comissão, seu Presidente comunica o fato, através de ofício, ao 
Presidente da Casa, que dá ciência ao Plenário, no Período do Expediente. 
Inicia-se o prazo de cinco dias úteis para interposição de recurso por 1/10 de 
Senadores. Se não houver recurso, como a matéria é de competência 
privativa do Senado, o Presidente da Casa promulga a resolução. Se houver 
recurso, a matéria ainda deve ser apreciada pelo Plenário do Senado. Antes 
de ir a plenário, abre-se prazo de cinco dias úteis para encaminhamento de 
emendas à Mesa. Sem emendas, passado o interstício regimental, o projeto 
pode ir para a Ordem do Dia. Com emendas, volta à CCJ para, só depois do 
parecer emitido, lido, numerado e publicado, ser incluído na Ordem do Dia. 
 
Tipos de projeto de resolução 
 
III. A Comissão de Assuntos Econômicos apresenta projeto de resolução 
como conclusão de seu parecer, quando do exame de matérias financeiras 
como pedido de autorização para operações externas de interesse da União, 
dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios ou de aval 
em contratação de operação de empréstimo externo por entidade 
autárquica subordinada aos governos Federal, Estadual ou Municipal. O 
processo, que tem início com a documentação encaminhada pelo Banco 
Central, recebe a denominação, no Senado, de Ofício S, e vai à CAE para 
parecer. Uma vez lido o Projeto de Resolução (objeto de parecer da CAE) 
em plenário, numerado e publicado, tem início o prazo de cinco dias úteis 
para emendas. Sem emendas, vai à Ordem do Dia; com emendas, à CAE 
para parecer, que será lido, numerado e publicado para posterior inclusão 
na Ordem do Dia. 
 
IV. A Comissão de Assuntos Econômicos: 
 
 por proposta do Presidente da República, apresenta projeto de 
resolução como conclusão de seu parecer, fixando limites globais 
para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do DF 
e dos Municípios; 
 por proposta do Presidente da República ou de 1/3 dos membros do 
Senado, apresenta à Comissão, em conclusão de seu parecer, PRS 
estabelecendo alíquotas aplicáveis às operações e prestações 
interestaduais e de exportação, devendo ser aprovado por maioria 
absoluta de votos do Plenário do Senado; 
 por iniciativa de 1/3 dos membros do Senado, a CAE apresenta, 
também, em conclusão de parecer, PRS que, para ser aprovado, 
precisa da maioria absoluta de votos favoráveis da Casa, 
estabelecendo alíquotas mínimas nas operações internas; por 
iniciativa da maioria absoluta dos membros do Senado, a CAE ainda 
apresenta PRS em conclusão de seu parecer, que deve ser aprovado 
por 2/3 da composição da Casa, fixando alíquotas máximas nas 
operações internas para resolver conflito específico que envolva 
interesse de Estados e do DF. 
 Em todos esses casos, o procedimento é o mesmo que para outro 
projeto de resolução advindo de conclusão de parecer. Lido no Período do 
Expediente, é numerado e publicado, ficando sobre a Mesa para 
recebimento de emendas durante cinco dias úteis. Com emendas, o projeto 
volta à CAE para parecer antes de ser agendado. Sem emendas, já estará 
pronto para o agendamento. 
 
 Ainda sobre matéria financeira, a CAE apresenta PRS dispondo sobre 
limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno 
da União, dos Estados, DF e Municípios, de suas autarquias e demais 
entidades controladas pelo poder público federal; ou dispondo sobre limites 
e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito 
externo e interno; ou estabelecendo limites globais e condições para o 
montante da dívida mobiliária dos Estados, DF e Municípios; ou, ainda, 
fixando alíquotas máximas do imposto sobre transmissão causa mortis e 
doação de quaisquer bens ou direitos. 
 
 Uma vez lido o projeto no Período do Expediente da Sessão, e tendo em 
vista já ser ele da Comissão, inicia-se o prazo para encaminhamento de 
emendas à Mesa. O projeto somente voltará à CAE, se receber emendas. 
Caso contrário, já está pronto para a Ordem do Dia, respeitado o interstício 
regimental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade 3 - Proposições Legislativas 
 
PROPOSIÇÕES APRECIADAS PELO SENADO E PELA CÂMARA (CASAS 
SEPARADAS) 
 
 
D) PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO (PEC) 
 
 Quem pode dar início a uma proposta de emenda à Constituição? 
 
 Um terço de Deputados, na Câmara; um terço de Senadores, no 
Senado; o Presidente da República, na Câmara; e mais da metade das 
Assembleias Legislativas das Unidades da Federação, manifestando-se, cada 
uma delas, pela sua maioria relativa, no Senado ou na Câmara. 
 
 No Senado, vinte e sete Senadores, no mínimo, são autores de uma 
PEC. Se algum Senador apuser sua assinatura e especificar que é para 
apoiamento, essa assinatura não é computada como de autor. Significa que 
o Senador apoia a iniciativa de se apresentar uma proposta para debater 
determinado assunto, mas que não quer ser autor. 
 
 A PEC - quer de origem de Senador quer da Câmara dos Deputados - é 
lida no Período do Expediente e despachada, individualmente, à Comissão 
de Constituição, Justiça e Cidadania, que tem até trinta dias úteis para 
emitir seu parecer. Lá, seus membros podem apresentar emendas. Caso a 
Comissão conclua seu parecer aprovando alguma emenda, esta deverá 
conter também vinte e sete assinaturas. 
 
 Após a leitura em plenário, o parecer é numerado e publicado no Diário 
do Senado Federal e em avulsos. Decorrido o interstício, que, neste caso, é 
de cinco dias, a matéria pode ser incluída na Ordem do Dia para cinco 
sessões deliberativas ordinárias consecutivas de discussão em primeiro 
turno. Durante esse período, poderão ser oferecidas emendas em plenário 
também por, no mínimo, vinte e sete Senadores. 
 
 Se a Comissão não emitir parecer no prazo nem requerer sua 
prorrogação, o Presidente da Casa pode incluir a matéria na Ordem do Dia, 
para que o relator designado pelo Presidente profira oralmente o parecer. 
 
 Encerrada a discussão sem recebimento de emendas, a PEC será votada 
em primeiro turno, com o quorum qualificado de 3/5 de votos favoráveis 
(49 votos "sim"). Se houver emendas, será necessário que a CCJ emita 
parecer sobre elas. Após a leitura e publicação desse novo parecer, a PEC 
está pronta para ser votada em primeiro turno, juntamente com as 
emendas. 
 
 O interstício entre o primeiro e o segundo turnos é de, no mínimo, 
cinco dias úteis. Vencido esse prazo, a PEC pode entrar na Ordem do Dia 
para um segundo turno de discussão (três sessões ordinárias) e votação, 
sendo aprovada também por nova deliberação por 3/5 de votos favoráveis. 
Durante a discussão, vinte e sete Senadores, no mínimo, podem apresentar 
emendas que não envolvam o mérito. E o procedimento é o mesmo para 
todas as matérias: sem emendas, pode ser votada em segundo turno; com 
emendas, vai à CCJ para parecer, antes de ir à votação em segundo turno. 
A CCJ tem cinco dias improrrogáveis para isso. 
 
 Se houver redação final (em caso de ter tido alteração), a CCJ apresenta 
a redação final no prazo de três dias, a qual será votada com qualquer 
número, independentemente de sua publicação. 
 
 Se a PEC for de origem do Senado, vai à Câmara para revisão. Se for de 
origem da Câmara e tiver sofrido alteração, volta àquela Casa. Se não tiver 
sofrido alteração no Senado, o Presidente do Senado convoca sessão solene 
do Congresso Nacional, para que as Mesas das duas Casas

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