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Unidades 1 a 6 Citologia Histologia e Embriologia (1)

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Citologia, Histologia e Embriologia 
1 TROL 
Citologia, Histologia e 
Embriologia 
Tatiana Chrysostomo Santos 
1ª
 E
d
iç
ão
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
13 
1 Citologia 
Citologia, Histologia e Embriologia 
14 
 
Bem-vindo à unidade de Citologia, nela estudaremos a diversidade celular; 
organização da célula procariota e eucariota; evolução celular; aspectos 
morfológicos e funcionais da célula, de seus revestimentos e de seus 
compartimentos e componentes subcelulares; a integração morfofuncional dos 
componentes celulares e os principais métodos de estudo em citologia ou biologia 
celular. 
 
Objetivo da Unidade: 
Caracterizar e diferenciar células eucarióticas e procarióticas; identificar e 
descrever a função de cada organela celular e explicar a teoria endossimbiótica de 
origem das células. 
 
Plano da Unidade: 
 Conceito de Citologia 
 Um breve Histórico da Citologia 
 Métodos de Estudo em Citologia 
 A Célula 
 Teoria celular 
 Estrutura das células Procarióticas 
 Estrutura das células Eucarióticas 
 Organelas Celulares ou Citoplasmáticas 
 Teoria Endossimbiótica: de onde vieram as células eucarióticas? 
 
Bons Estudos! 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
15 
 
Citologia 
 
A citologia, atualmente mais conhecida como biologia celular, é a ciência que 
estuda as células e classifica-as em dois grupos distintos: procarióticas e 
eucarióticas. As células procarióticas são desprovidas de membranas internas, 
organelas. E o material genético é disperso no citoplasma devido à ausência de 
membrana nuclear ou carioteca. Essas células são típicas de bactérias e estudadas 
na microbiologia. As células eucarióticas (eu, verdade + karyon, núcleo), vegetais 
ou animais, por sua vez, possuem um sistema de membranas internas responsável 
pela compartimentalização do espaço intracelular das organelas distintas, entre as 
quais podemos citar: o núcleo, a mitocôndria, os peroxissomos, os lisossomos, o 
retículo endoplasmático, o complexo golgiense ou de Golgi, entre outras. 
Há cerca de 50 anos o conhecimento acerca das células eucarióticas era 
limitado a sua morfologia e a Biologia Celular era mais conhecida como Citologia. A 
partir de meados da década de 1980, com a descoberta de novas tecnologias, a 
célula passou a ser estudada em nível molecular, bem como se descreveu 
importantes aspectos de seu funcionamento (fisiologia). É nessa visão 
contemporânea que estudaremos as células eucarióticas. 
 
Um breve Histórico da Citologia 
 
Em 1665, o cientista britânico Robert Hooke publicou o livro intitulado 
Micrographia, o qual constitui o primeiro científico utilizando a microscopia como 
ferramenta de estudo para a observação e a descrição de um material biológico. 
A Micrographia é considerada uma das mais importantes obras científicas de 
todos os tempos (Gest, 2005, p. 267). O título completo da obra de Hooke é 
“Micrographia, or some physiological descriptions of minute bodies made by 
magnifying glasses with observations and inquiries thereupon” – ou seja; “Micrografia, 
ou algumas descrições fisiológicas de pequenos corpos, feitas com lentes de aumento, 
com observações e investigações sobre os mesmos”. Deve-se, no entanto, observar 
que o adjetivo “fisiológico” não tinha o sentido que lhe atribuímos hoje em dia. 
Hooke o utilizou no sentido etimológico, de “estudo da natureza”. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
16 
O interesse de Hooke não era especificamente biológico, mas sim 
microscópico. Ele observou todo tipo de coisas ao microscópio, como fios de seda, 
areia, a lâmina de uma navalha, vidro, carvão, etc. (WEISS & ZIEGLER, 1928, p. 95). 
Porém, muitas das 60 observações descritas na Micrographia são de peças 
biológicas, como a cabeça de uma mosca, uma pulga, uma formiga, o ferrão de 
uma abelha, os dentes de um caracol, cabelo, superfície de folhas, e uma fina seção 
de um pedaço de cortiça (GEST, 2005, p. 267) lacunas na cortiça, onde existiram 
células vegetais. As cavidades receberam o nome de “cells” (celas = pequenas 
cavidades), que originou o nome das células. Desde então, uma série de conquistas 
tecnológicas permitiram, aos cientistas, uma maior aproximação do mundo 
microscópico, revelando, aos poucos, o maravilhoso mundo celular e até mesmo 
subcelular (molecular). 
 
Cortiça observada por Robert Hooke, revelando um tecido vegetal constituído por 
cavidades formadas de paredes celulósicas que envolveram células vegetais, 
quando vivas. 
 
Diversos pesquisadores do século XVII contribuíram para os primórdios da 
Citologia. Alguns merecem destaque, como Antonie van Leeuwenhoek, 
microscopista holandês, que no ano de 1674, reportou a descoberta de 
Citologia, Histologia e Embriologia 
17 
protozoários flagelados. Um ano mais tarde, o pesquisador relata a descoberta dos 
glóbulos vermelhos sanguíneos em humanos, peixes, anfíbios e suínos. Em 1677, 
Leeuwenhoek descreveu, pela primeira vez, o espermatozoide em diversas 
espécies, tais como: peixes, anfíbios, aves, cães e seres humanos. Leeuwenhoek 
acreditava que os espermatozoides eram parasitas que residiam nos órgãos sexuais 
masculinos. No ano de 1683, o cientista holandês, observou, pela primeira, uma 
bactéria ao estudar o tártaro dentário, relatando, em seguida, a presença de 
bactérias e protozoários nas fezes. Leeuwenhoek contribuiu, ainda, para o 
aprimoramento da microscopia, desenvolvendo uma série de microscópios e 
lentes especiais, marcando de vez o seu nome na história da biologia celular e da 
Microbiologia. 
Na década de 30, do século XIX, o botânico alemão Matthias Jakob Schleiden e 
o fisiologista alemão Theodor Schwann propuseram a Teoria Celular, declarando 
que a célula é a unidade básica estrutural e funcional de todos os seres vivos, e que 
todas as células se originam de células pré-existentes. Alguns autores consideram 
este fato como marco formal do nascimento da Citologia. 
O núcleo foi a primeira organela celular a ser descrita. A descrição do núcleo é 
atribuída ao botânico escocês Robert Brown, que no ano de 1838, observou a 
organela ao estudar células de orquídeas. Entretanto, alguns autores ressaltam que 
estudos realizados por Leeuwenhoek, no século XVII, já reportam a observação de 
núcleo em hemácias de salmão, que, ao contrário das hemácias de mamíferos, são 
nucleadas. Posteriormente, outras organelas foram descritas e caracterizadas por 
outros cientistas e, acredita-se, que ainda há muito que se descobrir nesse 
fascinante mundo da biologia celular. 
 
Métodos de Estudo em Citologia 
 
Vamos conhecer de perto alguns dos principais métodos de estudo da célula. 
A primeira pergunta que devemos nos fazer é: por que os microscópios são 
necessários para o estudo das células? Precisamos, então, saber do tamanho médio 
das células e do limite de resolução do olho humano. A maioria das células mede 
entre 1 e 100 micrômetros (μM). O limite de resolução do olho humano é de 
apenas 100 μM, ou seja, é necessária a utilização de um equipamento que permita 
Citologia, Histologia e Embriologia 
18 
ampliar as células e as suas estruturas internas para que possamos observá-las e 
estudá-las. 
 
Microscópio ótico comum 
 
O microscópio óptico comum utiliza a luz ambiente como fonte luminosa, 
porém, os mais modernos apresentam uma fonte de luz elétrica acoplada. A 
invenção do primeiro microscópio composto, no ano de 1590, é creditada aos 
holandeses Hans e Zacharias Janssen. Nestes 400 anos, o microscópio foi 
recebendo uma série de aprimoramentos técnicos, tornando-se o braço direito do 
biólogo. A figura abaixo ilustra um microscópio ótico moderno e seus 
componentes.Microscópio Óptico Comum e seus principais componentes. 
(http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b1/Optical_microscope_niko
n_alphaphot_%2B.jpg) 
 
Os microscópios ópticos atuais conseguem aumentar um objeto em até 1000 
vezes o seu tamanho original. Esse aumento depende, basicamente, do conjunto 
de lentes utilizadas (objetivas e oculares) e que constituem a parte ótica do 
microscópio. As lentes objetivas são assim denominadas por estarem próxima ao 
Citologia, Histologia e Embriologia 
19 
objeto, e a lentes oculares, por estarem próxima aos olhos do observador. Cada 
lente, tanto a objetiva quanto a ocular, é, na realidade, composta por um conjunto 
de lentes. 
 
Microscópio de Contraste de Fase 
 
O microscópio de contraste de fase, ao permitir a visualização de células vivas, 
abriu novas possibilidades de investigação na área de biologia celular; é bastante 
semelhante ao microscópio óptico comum, sendo, no entanto, dotado de um 
sistema óptico particular (um anel de contraste de fase, com lentes coloridas, 
localizado na objetiva e um anel circular, localizado no condensador) que amplia a 
diferença de fase dos raios luminosos que atravessam a célula. Essa diferença de 
fase gerada pelo sistema óptico amplia o contraste entre os componentes 
intracelulares, permitindo uma melhor visualização do material biológico. 
 
Fotomicrografia de contraste de fase de uma célula epitelial da cavidade oral. 
(http://en.wikipedia.org/wiki/File:Cheek_cell_phase_contrast.jpg.) 
 
Microscópio de Fluorescência 
 
Na microscopia de fluorescência o material a ser visualizado é corado com 
corante fluorescente. Existem vários corantes fluorescentes utilizados em biologia 
Citologia, Histologia e Embriologia 
20 
celular para a análise de várias estruturas celulares e moleculares. A invenção deste 
microscópio foi uma grande conquista da biologia celular, ampliando de forma 
espetacular os estudos nessa área da ciência. A microscopia de fluorescência, assim 
como as outras microscopias óticas, também utiliza a luz como fonte de radiação, 
sendo mais comum a utilização de lâmpadas de mercúrio e xenônio. No entanto, 
ao invés da reflexão, ou absorção da luz, pelo material biológico, a fluorescência é o 
fenômeno que dá suporte à microscopia que leva o seu nome. 
A fluorescência é a propriedade que algumas moléculas apresentam em 
absorver luz em um determinado comprimento de onda e emitir luz em outro 
comprimento de onda, menor do que o da luz absorvida, portanto, com menor 
energia. O microscópio de fluorescência utiliza filtros que selecionam o 
comprimento de onda que irá excitar o corante (filtro de excitação) e o 
comprimento de onda que será visualizado pelo observador (filtro de barreira). 
Uma vez que o fundo é escuro, a amostra fluorescente é facilmente visualizada. 
 
Células tratadas com corante fluorescente e observadas à microscopia de 
fluorescência. Modificado de: 
http://www.nikoninstruments.com/pr_BR/Information-Center/Fluorescence2 
 
Microscópio Confocal 
 
O microscópio confocal foi um avanço espetacular no campo da microscopia, 
uma vez que possibilitou uma série de conquistas sobre a microscopia ótica 
Citologia, Histologia e Embriologia 
21 
convencional, com destaque para o controle da profundidade de campo, a 
eliminação, ou redução parcial, das informações que se encontram fora do plano 
focal, e a coleta de uma série imagens sequenciais de planos seccionais. A partir do 
processamento destas imagens é possível a construção de uma imagem 
tridimensional do material a ser observado. 
Embora seja uma técnica de microscopia ótica, tem contribuído para o 
entendimento dos processos biológicos em nível celular, uma vez que se baseia no 
uso de corantes vitais (que não necessitam de fixadores ou agentes 
permeabilizantes para atravessarem a membrana plasmática). Os corantes vitais 
não matam as células e, portanto, permitem o estudo de células vivas e observar 
diversos processos celulares antes pouco compreendidos, como o tráfego 
intracelular de vesículas. Obtiveram-se grandes avanços nessa microscopia, 
principalmente, após o desenvolvimento das técnicas baseadas no uso da GFP (do 
inglês, Green Fluorescent Protein, ou seja, Proteína Verde Fluorescente), isolada de 
uma espécie de água-viva; esta proteína quando excitada com luz ultravioleta 
emite uma intensa fluorescência no comprimento de onda verde. 
 
 
Microscopia confocal, seus cortes óticos montam uma imagem tridimensional em 
um software. Material observado: larva de Clypeaster subdepressus (ouriço-do-mar, 
popularmente conhecido como bolacha da praia). 
(http://biocelnews.blogspot.com.br/2012/03/mostre-me-imagem-que-eu-lhe-direi-
de.html) 
 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
22 
 
Microscópio Eletrônico 
 
Utiliza o feixe de elétrons como radiação. O filamento de elétrons é bombeado 
através de uma estrutura cilíndrica até a amostra. A microscopia eletrônica permite 
visualizar detalhes das estruturas das organelas, do núcleo, dos ribossomos e de 
diversas outras estruturas celulares. Os vírus também podem ser observados à 
microscopia eletrônica. 
As amostras são preparadas com fixadores químicos específicos, a criofixação 
(fixação pelo frio), o processo de congelamento, a desidratação e a necessidade de 
cortes ultrafinos, requerem um treinamento técnico acurado. Assim, como na 
microscopia ótica, o material a ser analisado sob microscopia eletrônica necessita 
ser impregnado com substâncias que promovam uma diferença de contraste entre 
as estruturas celulares. As substâncias utilizadas com esta finalidade, na 
microscopia eletrônica, são sais de metais pesados, cujas características de 
eletrodensidade permitem a geração do contraste necessário para a 
individualização das estruturas celulares. Os sais de chumbo, urânio, ouro, 
tungstênio e, principalmente, o tetróxido de ósmio são os mais comumente 
utilizados. 
Existem três tipos de microscopia eletrônica: a microscopia eletrônica de 
transmissão, a microscopia eletrônica de varredura e a microscopia eletrônica de 
tunelamento. 
 
Microscópio eletrônico de transmissão. Observe o cilindro bombeador de elétrons. 
(https://www.ufmg.br/microscopia/index.php?option=com_content&task=view&i
d=16&Itemid=28) 
Citologia, Histologia e Embriologia 
23 
 
A Célula 
 
Uma célula é sistema químico que é capaz de manter a sua estrutura e se 
reproduzir. As células são a unidade fundamental da vida. Todos os organismos são 
células (unicelulares) ou constituídos por células. 
O meio interno das células é o citoplasma. O citoplasma é isolado a partir do 
ambiente circundante através da membrana plasmática. Existem duas estruturas 
diferentes de células: as células procarióticas e as células eucarióticas. 
As células procarióticas são relativamente simples, não existe membrana 
nuclear e muitas organelas, bactérias e seus parentes são todos procariotas. As 
células eucarióticas são mais complexas, apresentam membrana nuclear e muitas 
organelas. Todas as células de plantas, de animais, de fungos e de protozoários são 
eucarióticas. 
 
Por que as células são pequenas? 
Se o tamanho das células aumentar, o volume e a área de superfície também 
aumentarão e ficará mais difícil para as células obterem nutrientes, receberem 
informações e livrarem-se de resíduos através de sua membrana plasmática. À 
medida que o tamanho das células aumenta, a capacidade de troca com o seu 
meio ambiente torna-se dificultado pela quantidade de área de membrana que 
está disponível. 
 
Teoria celular 
 
 As células são a unidade fundamental da vida; 
 Todos os organismos são constituídos por células; 
 Todas as células surgema partir de células pré-existentes. As células 
contêm as informações necessárias para sua própria reprodução. 
Não há novas células são originárias espontaneamente na Terra hoje; 
Citologia, Histologia e Embriologia 
24 
 As células são as unidades funcionais da vida. Todos os processos 
bioquímicos são realizados por células; 
 Grupos de células podem ser organizados e funcionam como 
organismos multicelulares; 
 As células de organismos multicelulares podem tornar-se 
especializadas em forma e função para realizar subprocessos do 
organismo multicelular. 
 
Estrutura das células Procarióticas 
 
São muito pequenas, com uma membrana plasmática rodeada por uma 
parede celular rígida. Em muitos procariotos a parede celular é constituída por 
carboidratos simples interligados a polipeptídeos, cobertos com uma cápsula feita 
de polissacarídeos, com pouco ou nenhum espaço entre a membrana, envolvendo 
o citoplasma. Não existe um núcleo verdadeiro, por que não há uma membrana 
nuclear, o ADN (ácido desoxirribonucleico) ou DNA, material genético da célula é 
circular e denominado nucleoide. 
As bactérias têm frequentemente flagelos formados por uma proteína, 
denominada flagelina, que elas podem usar para realizarem movimentos em 
espiral (saca-rolhas). O motor rotativo de flagelos procariótico é alimentado por um 
fluxo de prótons através da membrana celular. Estruturas rotativas são raras na 
natureza. Procariontes não possuem organelas em seu citoplasma, com exceção de 
ribossomos. 
Alguns procariontes são fotossintéticos. A maquinaria bioquímica para 
capturar a energia da luz está contida dentro da membrana plasmática altamente 
dobrada. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
25 
 
Célula bacteriana (procariótica). Note organização simples e a presença da parede celular, 
nucleoide e flagelo. Observe a ausência de organelas, com exceção da presença de 
ribossomos. (AZEVEDO, 2005) 
 
Estrutura das células Eucarióticas 
 
São células maiores que as procarióticas, com uma membrana citoplasmática 
normal; algumas com uma parede celular. Apresenta muitas organelas celulares e 
outros espaços interiores delimitados por membranas: núcleo, retículo 
endoplasmático, aparelho de Golgi, mitocôndrias, cloroplastos, lisossomos, 
vacúolos e vesículas. O citoplasma é sustentado por um citoesqueleto - túbulos de 
proteínas e fibras. 
A parede celular é encontrada em células vegetais (celulose), fungos (quitina), 
e alguns protozoários. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
26 
 
Célula animal (eucariótica). Observe a organização complexa, a presença de organelas 
envolvidas por membranas e o núcleo envolvido por membrana nuclear (carioteca). 
(http://simbiotica.org/celula.htm) 
 
 
Célula vegetal (eucariótica). Observe a presença da parede celulósica e organelas 
tipicamente vegetais: cloroplastos e vacúolo de suco celular ou vacúolo central. 
(http://simbiotica.org/celula.htm) 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
27 
 
Organelas Celulares ou Citoplasmáticas 
 
Membrana Plasmática ou Biomembrana 
A membrana plasmática ou biomembrana tem sua estrutura visível apenas 
através microscopia eletrônica, pois mede, geralmente, entre 7,5 a 10 nanômetros 
de espessura. É observada ao microscópio eletrônico de transmissão (MET) como 
uma estrutura trilaminar, formada por duas lâminas densas que delimitam uma 
lâmina pálida central. Por convenção, faz-se uma correlação desta imagem com o 
modelo molecular da membrana plasmática, formulado por Singer e Nicholson, em 
1970, denominado MOSAICO FLUIDO, e, atualmente, associado a todas as 
biomembranas. 
 
Esquema de um fragmento de membrana plasmática ilustrando a presença e posição de 
seus elementos, compondo um mosaico molecular (adaptado de JUNQUEIRA & CARNEIRO, 
2005). 
1 – Proteína intrínseca – integral ou transmembrana. 
2 – Proteína intrínseca – ectoproteína. 
3 – Proteína intrínseca – endoproteína. 
4 – Proteína extrínseca – externa (glicoproteína). 
5 – Proteína extrínseca – interna. 
6 – Lipídio – glicolipídio. 
7 – Proteoglicana da matriz extracelular (eventualmente inserida na membrana 
plasmática). 
8 – Glicídios – açúcares ligados aos elementos da membrana. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
28 
9 – Lipídio – colesterol. 
10 – Ipídio – fosfolipídio. 
11 - Membrana plasmática – uma biomembrana. 
12 – Superfície extracelular da membrana plasmática com presença das porções 
glicídicas de seus componentes - porção visível do glicocálice ao MET. 
13 – Citoesqueleto. 
 
Composição da Membrana 
Segundo SINGER & NICHOLSON “A membrana Plasmática é constituída por um 
mosaico de moléculas protéicas colocadas numa bicamada fluida de lipídios”; 
portanto, a membrana é fosfolipoglicoprotéica, ou seja, é constituída por 
fosfolipídeos, glicídeos e proteínas. 
 
Funções da Membrana Plasmática 
Dar forma à célula; 
Desempenha importante papel no intercâmbio entre a célula e o meio 
extracelular; 
Delimita conteúdo o celular; 
Através de seus receptores químicos realiza reconhecimento de outras células; 
Efetua recepção e transmissão de informações. 
 
Especializações da Membrana 
São modificações encontradas na membrana plasmática, que buscam 
aumentar a eficiência de suas interações com o meio extracelular ou com outras 
células. 
As especializações estáveis mais frequentes são os microvilos ou 
microvilosidades, os estereocílios, os cílios, os flagelos, as invaginações basais 
(labirinto basal) e as interdigitações (laterais e/ou basais). Outras especializações de 
superfície celular têm ocorrência mais restrita, como as microcristas (microplicas ou 
micropregas) e aquelas associadas às funções sensoriais (quinocílios, estereocílios 
sensoriais), entre outras. 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
29 
Microvilos ou microvilosidades 
São projeções da membrana plasmática, frequentemente, digitiformes, ou 
seja, em forma de dedo de luva. São estáveis ou permanentes na superfície das 
células. Sua ocorrência é predominantemente apical nas células epiteliais e 
ampliam a superfície da membrana plasmática aumentando sua eficiência para as 
trocas com a cavidade ou o meio extracelular. 
 
Eletromicrografia de uma célula epitelial absortiva do intestino (enterócito) com 
suas microvilosidades digitiformes apicais (borda estriada). 
(http://www.ufrgs.br/biologiacelularatlas/membrana.htm) 
 
Estereocílios 
Os estereocílios são microvilosidades especializadas cuja estrutura 
(citoesqueleto de preenchimento e ancoragem) é idêntica ao de uma 
microvilosidade comum, no entanto, podem ainda revelar algumas características 
distintas. Seu comprimento e calibre podem assemelhar-se aos cílios móveis, ou 
mostrarem ramificações. Por causa das eventuais semelhanças com os cílios, mas 
Citologia, Histologia e Embriologia 
30 
sem realizarem os movimentos ritmados destes, foram então denominados “falsos 
cílios” ou estereocílios, porém apresentam a mesma função das microvilosidades. 
 
Estereocílios (entre setas largas) são longos e por vezes se acoplam pelas 
extremidades das projeções (seta fina). A densidade do citoplasma apical na base 
das projeções revela a presença da trama terminal (seta dupla). 
(http://www.ufrgs.br/biologiacelularatlas/membrana.htm) 
 
Cílios 
Os cílios são especializações celulares, comumente mais longas e de maior 
calibre que as microvilosidades, com ocorrência entre vertebrados, invertebrados e 
protozoários. Para os protozoários, o batimento rítmico e contínuo dos cílios de sua 
superfície celular auxilia na captura do alimento e permite ao indivíduo deslocar-se 
no meio fluido. Nos vertebrados e invertebrados os cílios surgem como projeções 
da superfícieapical de epitélios com ocorrência em quase todos os sistemas destes 
organismos. 
Essas projeções apicais são estáveis, sendo preenchidas e sustentadas por um 
complexo arranjo de microtúbulos (MT) e várias proteínas associadas, formando o 
chamado axonema do cílio. Este pode ser descrito pela fórmula [9(2)+2], onde se 
interpreta que o axonema é composto por nove pares de MT formando um cilindro 
periférico, aderido à membrana plasmática que reveste o cílio, acrescido de um par 
de MT no centro deste cilindro. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
31 
 
Fotomicrografia do epitélio pseudoestratificado de revestimento interno da 
traqueia mostrando, no ápice das células altas, a presença de cílios (indicados pelas 
setas). (http://www.ufrgs.br/biologiacelularatlas/membrana.htm) 
 
Eletromicrografia de cortes transversais de cílios móveis. Todos os cílios 
móveis da superfície de um determinado epitélio devem trabalhar 
coordenadamente para o deslocamento em uma única direção. Observe a 
Citologia, Histologia e Embriologia 
32 
estrutura [9(2)+2], onde se há nove duplas de microtúbulos periféricos mais dois 
centrais. (http://www.ufrgs.br/biologiacelularatlas/membrana.htm) 
 
 
Flagelos 
Os flagelos têm ocorrência restrita nos vertebrados, sendo uma projeção 
típica dos gametas masculinos. É, frequentemente, também nominado cauda do 
espermatozoide. Possui a função básica de movimentação celular, através de 
ondulações largas, que levam ao deslocamento da célula. Assim como os cílios, é 
constituído por microtúbulos. Ocorre variação estrutural do axonema nas 
diferentes espécies e nas suas associações como, por exemplo, microtúbulos 
adicionais, a ocorrência de amplas expansões da membrana plasmática do cílio 
formando uma membrana que auxilia no deslocamento do gameta ou de 
protozoários em meio fluido. 
 
Fotomicrografia de sêmen humano. A cabeça do espermatozoide é assinalada 
com CA. O flagelo tem início na porção do colo ou pescoço (C). Na sequência, 
identifica-se a peça média ou intermediária (PM), espessada, o flagelo que é 
subdividido em peça principal (PP), seu segmento mais longo e finaliza na peça 
terminal (PT), com o menor calibre, e de difícil visualização. 
(http://www.ufrgs.br/biologiacelularatlas/membrana.htm) 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
33 
Interdigitações 
São especializações de comunicação celular que têm como propósito ampliar 
a superfície de contato entre as células que as realizam. Podem ser descritas como 
evaginações e invaginações complementares para o interior do corpo de uma e de 
outra célula pareada. Seu local de ocorrência predominante é a região lateral das 
células em proximidade 
 
Eletromicrografia de células epiteliais do tubo digestório. Na região lateral de 
contato entre duas células no campo, observamos a presença de um complexo 
juncional(CJ) e, abaixo, interdigitações laterais (IL) entre suas membranas 
pareadas. (http://www.ufrgs.br/biologiacelularatlas/membrana.htm) 
 
Desmossomo ou Mácula Aderente 
A junção desmossômica é uma junção ancoradoura que serve para adesão célula-
célula, portanto, requer proximidade entre as membranas de duas células vizinhas. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
34 
Sua forma em mancha justifica sua antiga nomenclatura de mácula ou botão de 
aderência. Seu número está relacionado ao esforço mecânico a que as células estão 
sujeitas, sendo mais numerosas no epitélio de revestimento externo do corpo, na 
epiderme. 
A região da membrana plasmática que estabelece junção desmossômica 
tem sua resistência mecânica aumentada com um reforço no lado citoplasmático 
oferecido pelo citoesqueleto ancorado à sua superfície protoplasmática, servindo, 
assim, a dois propósitos, como ponto de ancoragem da célula ao meio externo e 
como ponto de apoio interno para a arquitetura intracelular. 
 
 
Eletromicrografia de células epiteliais. Suas membranas laterais encontram-se 
em proximidade e realizam junções. Um desmossomo (entre setas) é reconhecido 
pela densidade de filamentos intermediários ancorados na superfície das 
membranas, no local da junção e por seu aspecto em mancha. 
(http://www.ufrgs.br/biologiacelularatlas/membrana.htm) 
 
Junção Aderente (zônula aderente) 
Citologia, Histologia e Embriologia 
35 
Esta especialização da membrana é similar a um desmossomo por sua função 
de ancoragem entre membranas de células vizinhas e ancoragem do 
citoesqueleto, no entanto, sua distribuição na membrana difere do mesmo por 
dispor-se em cinturão ao redor do corpo da célula, fazendo a união desta com 
várias células vizinhas. Nesta junção o citoesqueleto ancorado é composto de 
microfilamentos de actina (uma proteína contrátil). 
 
Eletromicrografia de zônula aderente (ZA) entre duas células epiteliais. Observe 
que os microfilamentos (MF), que sustentam as projeções apicais, encontram 
nesta região da membrana plasmática um ponto de ancoragem. Note a presença 
de microvilosidades. (http://www.ufrgs.br/biologiacelularatlas/membrana.htm) 
 
 
Junção comunicante (GAP) 
A junção comunicante ou GAP, nos vertebrados, é uma junção com 
forma e tamanho variados, pois pode ser construída e desfeita pela simples 
concentração ou dispersão de proteínas Conexinas em qualquer ponto de 
aproximação entre as membranas de células vizinhas. Nos invertebrados, a junção 
é formada por proteínas similares, denominadas Inexinas. 
As junções têm como propósito a sinalização celular por meio de íons ou 
por meio de pequenos peptídeos sinalizadores que atravessam do citoplasma de 
uma célula diretamente para o citoplasma da célula vizinha, sem passar pelo meio 
Citologia, Histologia e Embriologia 
36 
extracelular. A passagem da molécula ou íon sinalizador se dá pelo interior do poro 
formado pela união das extremidades de duas conexinas, cada uma na membrana 
de uma das células em junção. Esse trânsito é muito rápido, fazendo com que essa 
especialização juncional seja uma das mais eficientes formas de comunicação entre 
as células animais. A GAP é o tipo de junção mais frequente entre as células. Entre 
neurônios, é denominada sinapse elétrica. 
 
Eletromicrografia da região de união entre uma célula nervosa (célula B) e uma 
célula muscular lisa (célula A). As membranas plasmáticas das duas células no 
campo estão separadas por um espaço extracelular (E) que se reduz na região das 
duas junções comunicantes ou junções GAP (G). 
(http://www.ufrgs.br/biologiacelularatlas/membrana.htm) 
 
 
Disco intercalar 
O disco intercalar é, na verdade, o local de ocorrência de um complexo de três 
junções celulares: (1) desmossomos; (2) zônulas de aderência; (3) junções 
comunicantes (GAP), que se estabelecem entre as fibras cardíacas (células 
musculares estriadas cardíacas). 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
37 
 
 
 
Fotomicrografia do músculo cardíaco, onde, para facilitar a identificação, foram 
sobremarcadas as zonas de união celular entre as fibras cardíacas no campo, local 
de seus discos intercalares (linhas azuis). 
(http://www.ufrgs.br/biologiacelularatlas/membrana.htm) 
 
 Transporte através da Membrana Plasmática 
A principal função da membrana plasmática é controlar as trocas de 
substâncias entre o meio intracelular e o meio extracelular. Por isso, costumamos 
dizer que a membrana plasmática tem permeabilidade seletiva. 
 As substâncias atravessam a membrana plasmática, entrando e saindo da 
célula, com ou sem gasto de energia celular ou com o auxílio de proteínas 
transportadoras (carreadoras). Existem várias formas de transporte ou trânsito 
através da membrana, que serão apresentadas a seguir. 
Transporte passivo 
No transporte passivo assubstâncias atravessam a membrana plasmática sem 
gasto de energia celular. Os principais tipos de transporte passivo serão 
apresentados: difusão simples, difusão facilitada e osmose. 
Difusão Simples 
É o movimento de partículas (soluto) em uma solução, onde as moléculas 
tendem a se deslocar de uma região de maior concentração para a de menor 
Citologia, Histologia e Embriologia 
38 
concentração, até igualarem as concentrações. Em outras palavras, podemos dizer 
que o soluto passou de um meio hipertônico para um meio hipotônico, até se 
tornarem isotônicos. Um exemplo desse tipo de transporte é a difusão de gás 
carbônico e gás oxigênio através da membrana plasmática. 
A difusão é um tipo de transporte que ocorre geralmente com gases. Em 
síntese, os gases atravessam a membrana do local em que se encontram em maior 
quantidade (concentração) para o local em que se apresentam em menor 
quantidade (concentração). 
 
 
Na difusão simples, as moléculas atravessam a membrana do meio mais 
concentrado para o meio menos concentrado. Não há gasto de energia. 
(http://rachacuca.com.br/educacao/biologia/transporte-pelas-membranas/) 
 
 Difusão Facilitada 
Na difusão facilitada, ocorre a participação de proteínas específicas de 
membrana (permeases) que facilitam e aceleram a entrada de solutos (substâncias 
sólidas) importantes para a célula. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
39 
 
Esquema de difusão facilitada. Note a participação da proteína integral (permease) 
da membrana, atuando como facilitadora do processo, ou seja, a permease associa-
se à molécula no meio extracelular e transporta-a para o meio intracelular. 
(http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Citologia/cito9.php) 
 
Osmose 
É um caso especial de difusão. Devemos, neste caso, considerar que as 
moléculas de soluto não consigam atravessar a membrana. Dizemos que a 
membrana plasmática é semipermeável. O movimento será apenas das 
moléculas de água. Dizemos que a osmose é a passagem de solvente (água) 
de um meio hipotônico (que possui menor concentração de soluto) para um 
meio hipertônico (que possui maior concentração de soluto). 
 
IMPORTANTE 
- Uma solução é formada por soluto + solvente (solução = soluto + 
solvente)! 
- O soluto é a parte sólida da solução e o solvente é a parte líquida. 
- Exemplo solução de água com açúcar = água (solvente) + açúcar 
(soluto). 
- Solução HIPERTÔNICA (HIPER = MUITO; TÔNICO = SOLUTO), ou seja, uma 
solução hipertônica apresenta mais soluto do que solvente (soluto > solvente). 
- Solução HIPOTÔNICA (HIPO = POUCO; TÔNICO = SOLUTO), ou seja, uma 
solução hipotônica apresenta pouco soluto e muito solvente (soluto < solvente). 
Citologia, Histologia e Embriologia 
40 
 
Esquema representativo de Osmose. Observe que ocorre a passagem de 
solvente (água) do meio hipotônico ao meio hipertônico. A tendência é que ambos 
os meios atinjam o equilíbrio, tornando-se isotônicos (com as mesmas 
concentrações). http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/osmose.htm 
 
Observe agora este esquema, onde a água atravessa a MSP (membrana plasmática 
semipermeável). A água pura atravessa a MSP para a solução que contém 5% de 
açúcar e tornando-a mais diluída. Portanto, osmose é a passagem do solvente 
(água pura) pela membrana semipermeável (MSP). A passagem se dá da 
Citologia, Histologia e Embriologia 
41 
solução mais diluída para a mais concentrada. 
(http://www.brasilescola.com/quimica/osmose.htm) 
Transporte ativo 
As substâncias atravessam a membrana plasmática com gasto de energia 
celular. Essa energia é fornecida pela respiração celular e armazenada em 
moléculas de ATP (adenosina trifosfato ou trifosfato de adenosina). Neste tipo de 
transporte, ocorre a movimentação de soluto contra um gradiente de 
concentração, ou seja, do local em que encontra-se em menor quantidade para o 
local em que encontra-se em maior quantidade. O melhor exemplo para esse caso 
é a bomba de sódio (Na+) e potássio (K+). 
 
Esquema da Bomba de sódio (Na+) e potássio (K+). Observe a grande quantidade 
de sódio que a célula mantém no meio extracelular, com gasto de energia do ATP 
e a grande quantidade de potássio que é mantido no meio intracelular, também 
com gasto de energia do ATP. O sódio (Na+) é expulso da célula e o potássio (K+); 
esses íons atravessam a membrana plasmática contra seus gradientes de 
Citologia, Histologia e Embriologia 
42 
concentração. (http://lorinhopc.blogspot.com.br/2011/02/neurofisiologia-e-
informatica-parte-1-o.html) 
 
A célula mantém mais potássio (K+) no meio intracelular e mais sódio 
(Na+) no meio extracelular. O íon sódio (Na+) tende a entrar na célula por difusão 
simples; no entanto, a membrana o expulsa continuamente por transporte ativo 
(com gasto de energia). O íon potássio (K+) tende a sair da célula por difusão 
simples; no entanto, a membrana o recaptura por transporte ativo (com gasto de 
energia). 
 
Endocitose 
Partículas maiores que não conseguem atravessar a membrana podem 
ser englobadas pela célula através de dois processos: fagocitose e pinocitose. 
Fagocitose 
A célula realiza o englobamento de partículas grandes e sólidas através 
da emissão de pseudópodos. Esse processo é realizado, principalmente, por alguns 
protozoários (amebas) e glóbulos brancos do sangue. No caso das amebas, trata-se 
de um processo nutritivo. Já nos glóbulos brancos, é um processo de defesa para o 
nosso organismo. Chamamos de exocitose ou clasmocitose a expulsão de materiais 
(excretas) para o meio extracelular: corresponde à excreção celular. 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
43 
Esquema representativo de fagocitose. Observe a emissão de pseudópodos. 
(http://4.bp.blogspot.com/moGBQkW2MWg/TjjQMYY1FaI/AAAAAAAAAIE/PT2Wjg
94Cqg/s1600/fagocitose.jpg). 
 
 Pinocitose 
 É o processo de englobamento de moléculas dissolvidas em água. Ocorre 
através da invaginação da membrana plasmática, formando um canal por onde 
penetram as partículas líquidas. 
 
Esquema representativo de pinocitose. Observe a formação de um canal 
(invaginação) na membrana plasmática. (http://www.infoescola.com/wp-
content/uploads/2010/05/pinocitose.jpg) 
 
 Núcleo 
 É a maior e mais óbvia organela envolvida por uma membrana: a 
carioteca. Controla atividades celulares, contém o nucléolo, uma região escura 
onde ARN ou RNA (ácido ribonucleico) ribossômico é sintetizado e contém 
cromossomos, que consistem de ADN ou DNA (ácido desoxirribonucleico) 
enrolado em torno de proteínas. 
 A membrana nuclear ou carioteca ou envelope nuclear é dupla e tem 
poros nucleares que controlam a entrada e saída de substâncias. 
 Os cromossomos, atualmente, também denominados de “corpos 
coloridos” são compostos de ADN e proteína e observáveis ao microscópio quando 
estão altamente condensados, em preparação para a divisão celular. Em outras 
Citologia, Histologia e Embriologia 
44 
ocasiões o ADN e as proteínas são filiformes e denominados cromatina. As 
proteínas nucleares mais comuns são as histonas. O DNA é enrolado em torno de 
histonas em um padrão regular que forma estruturas chamadas nucleossomos. 
 
Estrutura do núcleo celular. Observe o envelope nuclear ou membrana nuclear, a 
cromatina e o nucléolo. A cromatina constitui os cromossomos: nessa imagem não 
estão visíveis (condensados). 
(http://4.bp.blogspot.com/tqgw6gJfLLM/TaRNmlsn7II/AAAAAAAAAbQ/6yydlfUzKg
U/s1600/nucleo_fig2.jpg) 
 
 Os cromossomos ou cromossomas (kroma = cor, soma = corpo) são 
filamentos espiralados de cromatina existentes no núcleo de todas as células e 
coram intensivamente com o uso de corantes citológicos. Conforme supracitado 
são formados por ADNou DNA e proteínas, sendo observáveis à microscopia 
apenas durante a divisão celular. Frações funcionais ou operantes de DNA no 
cromossomo constituem os genes. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
45 
 
Entenda a estrutura de um cromossomo: o DNA espiralado envolve 
proteínas (histonas) e forma a cromatina; quando a célula vai se dividir a 
cromatina se espirala intensamente (se condensa) e forma os 
cromossomos. Na espécie humana existem 46 cromossomos no núcleo da 
maioria das células. 
(http://3.bp.blogspot.com/_mBGeAYDHcnA/SybFeUylnVI/AAAAAAAAAOI/
_QwTAD2GcXI/s400/dna_cromossomas_estrutura_1.png) 
 
 Retículo endoplasmático (RE) 
Constituem-se em uma série de canais interconectados dentro do 
citoplasma sob a forma de folhas planas, sacos, tubos e se espalham por toda a 
célula - têm conexões com a membrana exterior do núcleo e da membrana 
plasmática e o espaço interior é denominado cisterna ou lúmen. 
As funções dos RE são circulação, transporte armazenamento de 
proteínas e minerais; síntese de lipídeos, carboidratos e proteínas. Apresenta, 
também, uma grande área de superfície para a ação de enzimas. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
46 
Existem dois tipos de RE: liso e rugoso. O RE rugoso (RER) é coberto por 
ribossomos, sendo um local de síntese de muitas proteínas. Todos os ribossomos 
no RER estão ativamente envolvidos na síntese de proteínas. O RE liso (REL) realiza 
síntese de esteroides e outros lípidos; em músculos armazena o íon cálcio; é um 
local para desintoxicação de drogas, toxinas, álcool (especialmente no fígado); 
tendo superfície altamente ramificada fornece uma grande área para atividades 
enzimáticas, pois, muitas enzimas são encaixadas nas suas membranas. 
 
Retículos endoplasmáticos liso (REL) e rugoso (RER). Observe que o RER apresenta 
ribossomos em sua superfície é formado por sacos ou cisternas achatadas. O REL é 
uma rede de canais tubulares e não apresenta ribossomos em sua superfície. 
(http://www.sobiologia.com.br/figuras/Citologia/reticulo_endoplasmatico.jpg) 
 
 Ribossomos 
Os ribossomos são os menores e mais abundantes organelas celulares e 
constituem uma pequena fábrica de proteínas (sintetizam proteínas). São 
encontrados livres no citoplasma ou na superfície do RER e estruturados em duas 
Citologia, Histologia e Embriologia 
47 
subunidades – maior e menor – cada uma constituída por proteína e ARN 
ribossômico. A síntese de proteínas ocorre em ribossomos que estão flutuando 
livremente no citoplasma e em ribossomos ligados ao retículo endoplasmático. 
 
Estrutura de um ribossomo: imagem obtida a partir de computação gráfica. As 
subunidades maior e menor do ribossomo só podem ser observadas à microscopia 
eletrônica. (http://cbme.usp.br/playercbme/celulasvirtuais/know/ribossomo.gif) 
 
 Aparelho de Golgi e Lisossomos 
É um conjunto de membranas associadas com o RE, composto por sacos 
achatados e empilhados, denominados dictiossomos que empacota e secreta 
substâncias sintetizadas no retículo endoplasmático. O aparelho ou complexo de 
Golgi ou complexo golgiense está funcionalmente associado com o retículo 
endoplasmático. 
O retículo endoplasmático rugoso pode ser fusionado ao Aparelho de 
Golgi, no qual despeja seu conteúdo proteico. O Aparelho de Golgi secreta o 
conteúdo armazenado em vesículas, de modo que elas possam ser eliminadas para 
o meio extracelular (para fora da célula) ou utilizadas dentro da célula. 
As vesículas secretoras, que deixam o aparelho de Golgi, fundem-se à 
membrana plasmática e eliminam seus conteúdos, são muito abundantes em 
glândulas. 
 O aparelho de Golgi também forma lisossomos. Os lisossomos são 
vesículas cheias de enzimas digestivas utilizadas para digestão intracelular. As 
Citologia, Histologia e Embriologia 
48 
partículas podem ser fagocitadas e fusionadas aos lisossomos, onde ocorrerá a 
digestão. 
 
Relações entre o RE e o aparelho de Golgi: o RE fabrica substâncias que são 
secretadas em forma de vesículas, as quais se associam ao aparelho de Golgi. O 
aparelho de Golgi armazena e secreta essas substâncias, também, sob a forma de 
vesículas. As vesículas do Aparelho de Golgi chegam à membrana plasmática e 
eliminam seus produtos de secreção. Esse processo é muito comum em células 
secretoras, como células de glândulas ou produtoras de muco. 
(http://www.sobiologia.com.br/figuras/Citologia/reticulo_endoplasmatico2.jpg) 
 
 
 
 Microcorpos: Peroxisomos e Glioxissomos 
Vesículas que se formam através do crescimento e divisão dentro do 
citoplasma. Os glioxissomos são encontrados em plantas e contêm enzimas que 
convertem gorduras em carboidratos. Os peroxissomos são usados para remoção 
de água oxigenada produzida através de reações químicas no citoplasma; eles 
Citologia, Histologia e Embriologia 
49 
contêm catalase (uma enzima que degrada a água oxigenada (H2O2) em H2O e 
oxigênio (O). 
 
Micrografia eletrônica revelando o aspecto do glioxissomo. Essa organela é 
tipicamente vegetal e, quando observada, geralmente, está associada ou próxima 
de mitocôndrias. 
(http://4.bp.blogspot.com/umDSH96QQJY/ThJTYJiUDBI/AAAAAAAACYc/VJ_Lndhu
2Xc/s400/glioxissomo1.png) 
 
 
Micrografia eletrônica apresentando peroxissomos e lisossomos. Essas organelas, 
na verdade, são vesículas que se formam de acordo com as necessidades 
fisiológicas da célula. 
(http://nossomeioporinteiro.wordpress.com/2012/01/01/peroxissomos/) 
 
 Mitocôndrias 
Citologia, Histologia e Embriologia 
50 
As mitocôndrias são locais de produção de energia para as células; elas 
apresentam membrana dupla, membrana interna dobrada em projeções internas 
denominadas cristas mitocondriais e dois espaços dentro da mitocôndria: a matriz 
e o espaço intermembranar. Apresentam ADN próprio e capacidade de 
autoduplicação. 
 A obtenção de energia se dá, principalmente através da respiração celular 
aeróbica, ou seja, realizada com presença de oxigênio. Este processo é estudado na 
disciplina de bioquímica. 
 
Aspecto geral da mitocôndria. Observe que a organela apresenta duas membranas 
(externa e interna). O espaço interno é denominado matriz mitocondrial e aquele 
entre uma membrana e outra, espaço intermembranar. 
(http://www.cientic.com/tema_celula_img4.html) 
 
 
 Cloroplastos 
Os cloroplastos, organelas responsáveis pela fotossíntese - em quase 
todas as plantas e alguns protistas (protozoários), armazena energia luminosa e 
consegue convertê-la em energia química, através da fabricação de moléculas de 
Citologia, Histologia e Embriologia 
51 
glicose, durante o processo. Apresenta membrana dupla e seu espaço interno é 
denominado estroma. Dentro do estroma existe uma série de sacos achatados 
empilhados denominados tilacoides. Uma pilha de tilacoides forma um grana. 
Tem o seu próprio ADN, similar ao ADN procariótico. Podem sintetizar muitas das 
suas próprias proteínas usando ribossomos, de forma similar aos procariontes. 
Os cloroplastos podem assumir outras funções, tais como sintetizar e 
armazenar moléculas de glicose, sob a forma de amido nas raízes e tubérculos e 
dar cor às folhas e frutos maduros, através de seus diversos pigmentos. 
 
Células vegetais ricas em cloroplastos. O pigmento verde encontrado no interior 
dos cloroplastos é a clorofila e é fundamental para a realização da fotossíntese. 
(http://www.tudosobreplantas.net/244-clorofila-luz-solarmagia-do-cloroplasto/) 
 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
52 
 
Esquema apresentando a estrutura do cloroplasto. Observe a dupla membrana 
(externa e interna), as pilhas de tilacoides ricas em clorofila, formando os grana e o 
espaço interno (estroma). (http://www.prof2000.pt/users/biologia/organelos.htm) 
 
 
 CentríolosFazem parte de uma região especializada da célula denominada 
centrossoma (centro da célula). São encontrados nos animais e a na maioria dos 
protistas. Os centríolos estão envolvidos na produção de microtúbulos, os quais 
têm muitas funções, incluindo o deslocamento dos cromossomos durante a divisão 
celular. 
 São, também, constituídos por microtúbulos, organizados em nove trios 
que rodeiam uma cavidade denominada núcleo-centriolar Os microtúbulos são 
tubos ocos feitos de proteína denominada tubulina; são também encontrados 
entrelaçados no citoplasma formando o esqueleto celular ou citoesqueleto. O 
citoesqueleto é responsável pela locomoção celular (movimentos ameboides, de 
cílios e flagelos), pelos movimentos de organelas celulares no citoplasma e pelo 
movimento dos cromossomas durante a divisão celular. 
 Normalmente, as células possuem um par de centríolos posicionados 
lado a lado ou posicionados perpendicularmente. São constituídos por nove 
microtúbulos triplos ligados entre si, formando um tipo de cilindro. Dois centríolos 
dispostos perpendicularmente formam um diplossomo. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
53 
 
Estrutura de um centríolo: nove trios de microtúbulos, ligados entre si, formando 
um cilindro. 
(http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/mylinks/viewcat.php?cid=6) 
 
 
Fotomicrografia eletrônica revelando, ao centro, um par de centríolos (em corte 
longitudinal). (http://anatpat.unicamp.br/nptpineocitoma3c.html) 
 
 
 Vacúolo Central ou Vacúolo de Suco Celular 
Citologia, Histologia e Embriologia 
54 
 As células de plantas têm um vacúolo central ou vacúolo de suco celular 
para armazenamento de substâncias no interior da célula. O vacúolo central, 
geralmente, armazena água e sais minerais, mas também substâncias de reserva, 
como o amido e pigmentos acessórios, como carotenoides. Como as células 
vegetais são fechadas por uma parede celular, a expansão do vacúolo pode exercer 
pressão sobre a célula sem que ela estoure. 
 
Micrografia de célula vegetal revelando o grande vacúolo central ocupando quase 
todo o citoplasma. 
(http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Morfofisiologia_vegetal/morfovegetal1
6.php) 
 
Teoria Endossimbiótica: de onde v ieram as células 
eucarióticas? 
 
 As rochas mais antigas, com evidência de células fósseis datam de 3,5 
bilhões de anos. As mais antigas, com células grandes e complexas o suficiente 
para serem eucarióticas, datam de 1,0 bilhão de anos. Há cerca de 2.500 milhões de 
anos apenas células procariotas existiam na Terra. 
 A melhor hipótese para a origem das células eucarióticas foi proposta por 
Lynn Margulis, na década de 1970. Esta hipótese é denominada de 
endossimbiose. As células eucarióticas parecem ser o produto de uma agregação 
Citologia, Histologia e Embriologia 
55 
entre diferentes tipos de células procarióticas. Algumas células procariotas 
tornaram-se a sede para outras células procariotas que passaram a viver dentro 
delas. Algumas organelas complexas de eucariotas fornecem evidências para esta 
teoria. 
 As mitocôndrias e cloroplastos parecem ser descendentes diretos de 
bactérias produtoras de energia (fotossintetizantes). As mitocôndrias são 
descendentes de bactérias que eram capazes de realizar respiração aeróbica (com 
consumo de oxigênio). 
 
Evidências que dão suporte a essa teoria 
 Mitocôndrias e cloroplastos têm o seu próprio ADN e ribossomas que são 
semelhantes àqueles encontrados em procariotas. Ambos fabricam muitas de suas 
próprias proteínas e se multiplicam de forma semelhante às células procarióticas. 
Ambas são organelas de dupla membrana - a membrana interna (descendente da 
célula ancestral) e a membrana externa (descendente da membrana do vacúolo 
que se formou em torno das células hóspedes). 
 Outra organela também pode ser o produto de endossimbiose. Alguns 
centríolos e corpos basais têm DNA nu, como parte de sua estrutura. Há muitos 
exemplos modernos de endossimbiose envolvendo organismos que podem viver 
juntos ou viver de forma independente, como algas zooxantelas que vivem dentro 
de pólipos de corais. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
56 
 
Esquema da teoria de maior aceitação sobre a origem das células eucarióticas, 
proposta por Lynn Margulis (1970), a Teoria Endossimbiótica: sugere que as células 
eucarióticas seriam o resultado da associação de células procarióticas simbióticas. 
(http://4.bp.blogspot.com/-
6xjo8qTVCyQ/UCx258uXAKI/AAAAAAAAA8A/vc7gKv8zlfY/s640/endossimbiose.jp) 
 
 
Leitura Complementar 
Aprofunde seus conhecimentos lendo: 
ALBERTS, B. et al. Fundamentos de biologia celular: Uma introdução à biologia 
molecular da célula. São Paulo: Artmed. 2004 
ALBERTS, B.; BRAY, D.; HOPKIN, K.; JOHNSON, A.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, 
K.; WALTER, P.. Fundamentos da Biologia Celular. 3ª Edição.. São Paulo. Artmed. 
2011 
Citologia, Histologia e Embriologia 
57 
ALBERTS, B.; JOHNSON, A.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, K.; WALTER, P.. 
Biologia Molecular da Célula. 5ª Edição. São Paulo. Artmed. 2010 
DE ROBERTIS; DE ROBERTIS JR. Bases da biologia celular e molecular. 2 ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan. 1993. 
JUNQUEIRA, L.C.U.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 6 ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan. 1997. 
KARP, G.. Cell Biology. 6th Edition. 2010 
 
É HORA DE SE AVALIAR 
Não se esqueça de realizar as atividades desta unidade de 
estudo. Elas irão ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia 
no processo de ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija as respostas no caderno 
e depois às envie através do nosso ambiente virtual de aprendizagem (AVA). 
Interaja conosco! 
 
Na unidade seguinte iniciaremos o estudo dos tecidos separadamente, 
conhecendo primeiramente o tecido epitelial. 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
58 
 
Exercícios – Unidade 1 
 
1) (UFPA) Sobre as funções dos tipos de retículo endoplasmático, pode–se 
afirmar que: 
a) o rugoso está relacionado com o processo de síntese de esteroides. 
b) o liso tem como função a síntese de proteínas. 
c) o liso é responsável pela formação do acrossomo dos espermatozoides. 
d) o rugoso está ligado à síntese de proteína. 
e) o liso é responsável pela síntese de poliolosídios. 
 
2) (UFCE) O aspecto comum do Complexo de Golgi, em células animais, 
deduzindo através de observações ao microscópio eletrônico, é de: 
a) vesículas formadas por dupla membrana, sendo a interna sem granulações e 
com dobras voltadas para o interior. 
b) membranas granulosas delimitando vesículas e sacos achatados, que 
dispõem paralelamente. 
c) um complexo de membranas formando tubos anastomosados, com 
dilatações em forma de disco. 
d) sacos e vesículas achatadas, formadas por membrana dupla em que a 
interna, cheia de grânulos, emite para o interior prolongamentos em forma de 
dobras. 
e) membranas lisas delimitando vesículas e sacos achatados, que se dispõem 
paralelamente. 
 
3) (VUNESP) Numa célula eucariótica, a síntese de proteínas, a síntese de 
esteroides e a respiração celular estão relacionadas, respectivamente: 
a) ao Complexo de Golgi, às mitocôndrias, aos ribossomos; 
Citologia, Histologia e Embriologia 
59 
b) ao retículo endoplasmático liso, ao retículo endoplasmático granular, ao 
Complexo de Golgi; 
c) aos ribossomos, ao retículo endoplasmático liso, às mitocôndrias; 
d) ao retículo endoplasmático granular, às mitocôndrias, ao Complexo de 
Golgi; 
e) ao retículo endoplasmático liso, ao Complexo de Golgi, às mitocôndrias. 
 
4) Associe a segunda coluna de acordo com a primeira e assinale a alternativa 
que está correta: 
1. Lisossomo ( ) Acúmulo e eliminação de secreção2. Complexo de Golgi ( ) Digestão intracelular 
3. Ribossomo ( ) Transporte de materiais dentro da célula 
4. Retículo endoplasmático ( ) Síntese de proteínas 
5. Mitocôndria ( ) Respiração celular 
 
a) 2-1-4-3-5 
b) 1-4-3-5-2 
c) 4-3-5-2-1 
d) 5-2-1-4-3 
e) 4-1-2-3-5 
 
5) (UF São Carlos) Todas as alternativas abaixo expressam uma relação correta 
entre uma estrutura celular e sua função ou origem, exceto: 
a) Aparelho de Golgi - relacionado com o armazenamento e secreção de 
substâncias. 
b) Retículo endoplasmático rugoso - relacionado com a síntese de proteínas 
das células. 
c) Peroxissomos - relacionados com os processos de fagocitose e pinocitose, 
sendo responsáveis pela digestão intracelular. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
60 
d) Lisossomos – ricos em enzimas digestivas, têm sua origem relacionada com 
os sacos do aparelho de Golgi. 
e) Retículo endoplasmático liso - relacionado com a secreção de esteroides e 
com o processo de desintoxicação celular. 
 
6) (FUND. CARLOS CHAGAS) A cromatina presente no núcleo interfásico 
aparece durante a divisão celular com uma organização estrutural diferente, 
transformando-se nos: 
a) cromômetros. 
b) cromossomos. 
c) centrômeros. 
d) cromocentros. 
e) cromonemas. 
 
7) Todas as células possuem uma membrana plasmática, ou plasmalema, que 
separa o conteúdo protoplasmático, ou meio intracelular, do meio ambiente. A 
existência e a integridade dessa estrutura são importantes, porque a membrana: 
a) regula as trocas entre a célula e o meio, só permitindo a passagem de 
moléculas de fora para dentro da célula e impedindo a passagem em sentido 
inverso; 
b) possibilita à célula manter a composição intracelular diversa do meio 
ambiente; 
c) impede a penetração de substâncias existentes em excesso no meio 
ambiente; 
d) torna desnecessário o consumo energético para captação de metabólitos 
do meio externo; 
e) impede a saída de água do citoplasma. 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
61 
8) Sobre o mecanismo de transporte ativo, através da membrana celular, são 
feitas as seguintes afirmações: 
I - Para que moléculas sejam transportadas a partir de uma solução mais 
concentrada para uma menos concentrada, através da membrana celular, a célula 
deve despender energia, e isto é denominado transporte ativo; 
II - Dentre as diferentes substâncias que são, com frequência, transportadas 
ativamente através da membrana celular estão: aminoácidos, íons sódio, íons 
potássio, íons hidrogênio e vários monossacarídeos; 
III - O mecanismo básico envolvido no transporte ativo depende de 
transportadores específicos, que reagem de maneira reversível com as substâncias 
transportadas, sob a ação de enzimas e com consumo de energia. 
Escreveu-se corretamente em: 
a) I e II apenas 
b) I e III apenas 
c) II e III apenas 
d) I, II e III 
e) nenhuma delas 
 
9) (VUNESP) A membrana plasmática que delimita a célula permite a passagem 
seletiva de substâncias do meio externo para o meio interno da célula e vice-versa. 
O que se entende por transporte ativo e difusão facilitada? 
 ____________________________________________________________ 
 ____________________________________________________________ 
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 ____________________________________________________________ 
 ____________________________________________________________ 
 ____________________________________________________________ 
 ____________________________________________________________ 
Citologia, Histologia e Embriologia 
62 
 
10) Explique os mecanismos básicos de síntese e secreção de substâncias nas 
células e quais organelas estão envolvidas nesse processo. 
 ____________________________________________________________ 
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 ____________________________________________________________ 
 ____________________________________________________________ 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
63 
2 Introdução à Histologia 
Conceito de Histologia 
Conceito de Tecido 
Preparação de Tecidos para Estudo 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
64 
 
Bem-vindo à segunda unidade. Nela estudaremos o conceito de Histologia e 
tecido e as principais técnicas utilizadas na preparação de lâminas histológicas para 
estudo. 
 
Objetivo da Unidade: 
Conhecer o conceito Histologia e tecido; 
Compreender a origem dos cortes histológicos e a importância de sua 
utilização para compreensão da disciplina. 
 
Plano da Unidade: 
 Conceito de Histologia 
 Conceito de Tecido 
 Preparação de Tecidos para Estudo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bons Estudos 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
65 
 
Conceito de Histologia 
 
A histologia é o estudo dos tecidos do organismo, da forma que esses tecidos 
são organizados para constituir órgãos e como são e quais as funções de suas 
células. 
Essa ciência reconhece quatro tecidos fundamentais, que estudaremos mais 
adiante: 
 Tecido Epitelial 
 Tecido Conjuntivo 
 Tecido Muscular 
 Tecido Nervoso 
 
Conceito de Tecido 
 
A maioria dos tecidos é constituída por células inseridas em uma matriz 
extracelular, onde há interação entre os elementos dos tecidos. A matriz 
extracelular é constituída por vários tipos de moléculas inorgânicas (água e sais 
minerais) e moléculas orgânicas (proteínas, lipídeos, carboidratos), as quais podem 
organizar-se formando estruturas complexas como fibras proteicas (colágeno) e 
uma base para sustentação de células (membrana basal). As células de um tecido 
não são todas iguais e nem sempre desempenham a mesma função, portanto, 
tecido é um conjunto de células, inseridas ou não em uma matriz extracelular; as 
células, em conjunto, desempenharão uma função geral que será atribuída ao 
tecido. Ao tecido sanguíneo, por exemplo, é atribuída a função de transporte de 
substâncias no organismo, porém, nem todas as suas células estão envolvidas com 
esta função, os glóbulos vermelhos transportam gases respiratórios, porém como 
você já deve saber, os glóbulos brancos e as plaquetas desempenham, 
respectivamente, a função de defesa e coagulação sanguínea. 
Os órgãos, na sua maioria, são constituídos por uma combinação de vários 
tipos de tecidos e, assim, interagindo em conjunto, os tecidos permitem o perfeito 
funcionamento dos órgãos e, consequentemente, do organismo. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
66 
 
Preparação de Tecidos para Estudo 
 
Na prática, os tecidos são estudados através da observação microscópica de 
lâminas preparadas com os chamados cortes histológicos. Os cortes histológicos 
consistem em órgãos preparados e imersos em um bloco de parafina, cortados em 
finas fatias obtidas através de um equipamento preciso denominado micrótomo 
(figura 1). Esses cortes de tecidos são sucessivos, delgados e uniformes, obtidos a 
partir dos blocos de parafina com as peças incluídas. Este aparelho é formado por 
uma lâmina (fixa ou descartável) de aço, afiada, e um braço ao qual se prende o 
bloco e que se desloca verticalmente. 
As fitas obtidas a partir do micrótomo são delicadamente capturadas e 
transferidas para um “banho-maria”, com o auxílio de uma pinça, para seremdistendidas (figuras 2 e 3). 
Micrótomo para cortar tecidos inclusos em parafina ou resina. (Junqueira & Carneiro, 2008) 
Citologia, Histologia e Embriologia 
67 
 
Obtenção de cortes sucessivos dos tecidos de órgãos a serem estudados em lâminas histológicas. 
(http://histologiavet.blogspot.com.br/2007/02/etapas-na-preparao-dos-tecidos-ou-rgos.html) 
Cortes sobre a água aquecida em "banho-maria". 
(http://histologiavet.blogspot.com.br/2007/02/etapas-na-preparao-dos-tecidos-ou-rgos.html) 
Citologia, Histologia e Embriologia 
68 
 
Como você pode observar na figura , as fatias dos tecidos cortados 
apresentam dobras e o “banho-maria” é necessário para que estas sejam retiradas, 
assim como as bolhas abaixo das fatias. Após a distensão, os cortes são separados 
individualmente ou em grupos, conforme a conveniência e retira-se os cortes do 
“banho-maria” utilizando se lâminas de vidro previamente limpas e com suas 
superfícies revestidas com uma fina camada de albumina para facilitar a adesão da 
peça . Esse processo é conhecido como “pescagem”, o qual consiste em mergulhar 
a lâmina na água e coletar o material esticado sobre a mesma. 
 
 
“Pescagem” de corte histológico sobre a água aquecida em "banho-maria". 
(http://histologiavet.blogspot.com.br/2007/02/etapas-na-preparao-dos-tecidos-ou-rgos.html) 
 
Após a “pescagem”, para a visualização das estruturas do tecido é importante 
que os cortes sejam corados. Normalmente são utilizados corantes hidrossolúveis 
(solúveis em água), sendo necessária a remoção da parafina da peça que foi 
preparada nas etapas descritas anteriormente e que permanece na lâmina de 
vidro. As lâminas são depositadas sobre uma platina aquecedora, o que facilita a 
remoção da parafina. Na figura 5 você pode observar os cortes distendidos sobre as 
lâminas de vidro e sem a parafina: agora os tecidos podem ser corados. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
69 
 
 
 
Cortes histológicos distendidos sobre as lâminas de vidro, após a “pescagem”. 
(http://histologiavet.blogspot.com.br/2007/02/etapas-na-preparao-dos-tecidos-ou-rgos.html) 
 
Embora existam muitos tipos de corantes, de uma forma geral eles podem ser 
agrupados em três classes distintas (Gartner e Hiatt, 1999): 
1. Corantes que diferenciam os componentes ácidos e básicos das células; 
2. Corantes especializados que diferenciam os componentes fibrosos da matriz 
extracelular; 
3. Sais metálicos que precipitam nos tecidos. 
IMPORTANTE 
Cortes histológicos = tecidos cortados pelo micrótomo, tratados e corados 
para observação ao microscópio. 
Além da microscopia óptica, ainda existe para estudo dos tecidos, a 
microscopia eletrônica de varredura, de transmissão, luz polarizada e fluorescência. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
70 
 
Os corantes mais utilizados nos procedimentos histológicos são a 
Hematoxilina e a Eosina (HE). 
De acordo com Gartner e Hiatt, (1999) a Hematoxilina é uma base que 
cora, preferencialmente, componentes ácidos das células em um tom azulado 
escuro. Como os componentes ácidos mais abundantes são o DNA e o RNA, tanto o 
núcleo, quanto certas partes do citoplasma, se tornam azulados. Esses 
componentes são chamados de basófilos. A Eosina, ao contrário, é um ácido que 
cora as estruturas básicas da célula de rosa. Estas estruturas são abundantes no 
citoplasma e são chamadas de acidófilas . 
Outros corantes são também utilizados em procedimentos de rotina em 
laboratórios, tais como : 
 
1. Tricrômico de Masson - cora o núcleo de azul escuro, o citoplasma, a 
queratina e o músculo de vermelho e o mucigênio e o colágeno de azul claro; 
2. Orceína - cora as fibras elásticas de marrom; 
3. Weigert - cora as fibras elásticas de azul; 
4. Prata - cora as fibras reticulares de preto; 
5. Hematoxilina férrica - cora as estriações dos músculos, os núcleos e os 
eritrócitos de preto; 
6. Ácido periódico reativo de Schiff – cora as moléculas ricas em glicogênio e 
carboidrato de magenta (Figura 7); 
7. Wright e Giemsa - especializado em células sangüíneas, cora de rosa os 
eritrócitos e os grânulos eosinófilos, de púrpura o núcleo dos leucócitos e 
grânulos basófilos e de azul o citoplasma dos monócitos e dos linfócitos. 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
71 
 
A seguir você poderá observar imagens de cortes histológicos, de tecidos 
animais, visualizados à microscopia ótica e tratados com alguns dos corantes 
citados acima. Embora você ainda não conheça os tecidos, poderá observar o 
citoplasma das células geralmente com coloração mais clara e os núcleos com 
coloração mais escura. As legendas irão auxiliá-lo na interpretação da imagem, 
porém, é importante que você observe principalmente a coloração e os aspectos 
do corte histológico. 
Corte histológico abrangendo tecido conjuntivo e tecido muscular liso, corado por HE (hematoxilina 
e eosina). Essa coloração é a mais usual; note que os núcleos estão corados por hematoxilina (roxo a azul 
escuro) e o citoplasma por eosina (cor de rosa). (http://www.icb.usp.br/mol/1basico33a.html) 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
72 
Corte de vilosidade intestinal corado pelo ácido periódico reativo de Schiff. A intensa coloração na bordadura 
em escova na superfície das células (setas curtas) e no produto de secreção das células caliciformes (setas 
longas) é devido ao alto conteúdo de polissacarídeos nessas estruturas. Este corte também foi corado com 
hematoxilina. (Junqueira & Carneiro, 2008). 
 
Os cortes histológicos na maioria dos casos são corados para permitir sua 
observação ao microscópio. Para esta finalidade foram desenvolvidas, ao longo do 
tempo, inúmeras soluções de corantes e de misturas corantes. As misturas mais 
práticas e mais utilizadas obviamente são as que melhor distinguem os diversos 
componentes das células e da matriz extracelular. 
À medida que você for avançando nos estudos da histologia, poderá observar 
outros cortes histológicos que poderão apresentar outras colorações e, com os 
conhecimentos adquiridos, passará a identificar os tecidos, bem como seus 
elementos celulares mais importantes. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
73 
 
Na unidade seguinte iniciaremos o estudo dos tecidos separadamente, 
conhecendo primeiramente o tecido epitelial. 
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
Aprofunde seus conhecimentos lendo: 
Atlas de Histologia online: seu guia interativo de Histologia, em 
http://www.icb.usp.br/mol/0iniciomol.html 
http://histologiavet.blogspot.com.br/2007/02/etapas-na-preparao-dos-
tecidos-ou-rgos.html 
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 11ª ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2008. 
STEVENS, A.; LOWE, J. Histologia. São Paulo: Manole, 1995. 
É HORA DE SE AVALIAR 
Não se esqueça de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas irão 
ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de 
ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija as respostas no caderno e depois às 
envie através do nosso ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Interaja conosco! 
Citologia, Histologia e Embriologia 
74 
 
Exercícios - Unidade 2 
 
1 - Em relação à histologia e seus conceitos, assinale a alternativa incorreta: 
 
a) apresenta grande importância no estudo de doenças, pois observa a fundo as 
degenerações celulares quando as células estão agrupadas ou não em tecidos. 
b) é um ramo da biologia que estuda, classifica, observa e identifica as 
organizações celulares que formam os tecidos e órgãos do corpo. 
c) nesta ciência são estudados os tecidos epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso. 
d) além da microscopia óptica, ainda existe para estudo dos tecidos, a microscopia 
eletrônicade varredura, de transmissão, luz polarizada e fluorescência. 
e) a coloração é fundamental na visualização dos tecidos, visto que estes, após o 
preparo adquirem aspecto translúcido tendo, portanto, suas estruturas não 
coradas e de difícil visualização, caso não seja usada nenhuma técnica de 
coloração. 
 
2 - Histologia é o estudo dos tecidos do organismo animal (e de seus produtos) no 
que diz respeito à sua embriologia, fisiologia e de como estes tecidos se organizam 
para constituir os órgãos. São definidos quatro tipos fundamentais de tecidos. 
Dentre os tecidos citados, abaixo, o único que não é nosso objeto de estudo é: 
 
a) epitelial. 
b) conjuntivo. 
c) muscular. 
d) nervoso. 
e) aditivo. 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
75 
 
3) Os cortes histológicos consistem em órgãos preparados e cortados em finas 
fatias, obtidas através de um equipamento preciso denominado: 
 
a) câmara clara. 
b) microscópio esteroscópico. 
c) micrótomo. 
d) cuba eletroforética. 
e) microscópio ótico. 
 
4) Após a “pescagem” dos cortes histológicos, para a visualização das estruturas do 
tecido é importante que os cortes sejam: 
 
a) diafanizados. 
b) hidratados. 
c) desidratados. 
d) corados. 
e) dobrados. 
 
5) Os cortes histológicos, após a “pescagem”, devem ser distendidos em: 
 
a) lamínulas de vidro. 
b) lâminas de vidro. 
c) cubas de vidro. 
d) placas de vidro. 
e) bastões de vidro. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
76 
 
6) A Hematoxilina é uma base que cora, preferencialmente, componentes ácidos 
das células. A Eosina, ao contrário, é um ácido que cora as estruturas básicas da 
célula. Estas estruturas coradas por hematoxilina e eosina, apresentam 
respectivamente tons: 
 
a) azulado e rosa. 
b) rosa e azulado. 
c) vermelho e azulado. 
d) verde e vermelho. 
e) vermelho e verde 
 
7) Além da hematoxilina e eosina, muitos corantes são também utilizados em 
procedimentos de rotina em laboratórios, tais como Wright e Giemsa, os quais 
coram: 
 
a) o núcleo de azul escuro, o citoplasma, a queratina e o músculo de vermelho e o 
mucigênio e o colágeno de azul claro. 
b) as fibras elásticas de marrom. 
c) cora as fibras elásticas de azul. 
d) as fibras reticulares de preto. 
e) células sanguíneas, cora de rosa os eritrócitos e os grânulos eosinófilos, de 
púrpura. 
 
8) Após passarem pelo micrótomo, as fatias dos tecidos cortados apresentam 
dobras e é necessário um tratamento para que estas sejam retiradas, assim como as 
bolhas abaixo das fatias. Esse tratamento é denominado: 
 
a) coloração. 
b) distensão. 
c) “banho-maria”. 
d) “pescagem”. 
e) desdobramento. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
77 
 
9) A maioria dos tecidos é constituída por células inseridas em uma matriz 
extracelular, onde há interação entre os elementos dos tecidos. As células de um 
tecido não são todas iguais e nem sempre desempenham a mesma função, 
portanto, tecido é um conjunto de células, inseridas ou não em uma matriz 
extracelular; as células, em conjunto, desempenharão uma função geral que será 
atribuída ao tecido. Explique de acordo com o que você aprendeu, porque as 
células de um tecido podem não ser todas iguais e nem desempenhar a mesma 
função. 
 
 
 
 
 
 
 
 
10) Na prática, os tecidos são estudados através da observação microscópica 
de lâminas preparadas com os chamados cortes histológicos. Os cortes 
histológicos consistem em órgãos preparados e imersos em um bloco de parafina, 
cortados em finas fatias obtidas através de um equipamento preciso denominado 
micrótomo. Explique porque os cortes histológicos devem ser extremamente finos 
e descreva, sucintamente, quais as etapas de preparação de uma lâmina 
histológica, após a realização dos cortes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
78 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
79 
 
 
Tecido Epitelial 
 
Características Gerais do Tecido Epitelial 
Funções do Tecido Epitelial 
Tipos Celulares do Tecido Epitelial 
Classificação do Tecido Epitelial 
Tecido Epitelial de Revestimento 
Tecido Epitelial de Secreção 
 
3
Citologia, Histologia e Embriologia 
80 
 
Bem-vindo à terceira unidade. 
Nesta unidade estudaremos as principais características dos diferentes tipos 
de tecidos epiteliais, suas diferentes funções e tipos, bem como sua localização em 
nosso organismo. 
 
Objetivo da Unidade : 
Identificar os tipos de tecidos epiteliais, caracterizá-lo quanto a sua 
importância, diferenciando-os quanto às camadas, tipos celulares e suas funções 
de revestimento e secreção. 
 
Plano da Unidade: 
 Características Gerais do Tecido Epitelial 
 Funções do Tecido Epitelial 
 Tipos Celulares do Tecido Epitelial 
 Classificação do Tecido Epitelial 
 Tecido Epitelial de Revestimento 
 Tecido Epitelial de Secreção 
 
 
 
 
 
 
Bons estudos. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
81 
 
Características Gerais do Tecido Epitelial 
 
O tecido epitelial, também conhecido como epitélio, é constituído por células 
com formato, geralmente, poliédrico e muito unidas (justapostas). Devido à grande 
união dessas células, praticamente não há entre elas substância intercelular e, 
assim, são firmemente aderidas entre si através de junções com as células epiteliais 
vizinhas. 
Este tecido desempenha diversas funções no organismo. Ele reveste e protege 
as superfícies internas e externas do corpo, absorve e secreta substâncias e facilita 
o transporte de substâncias entre os tecidos. Não existem vasos sanguíneos no 
interior do epitélio, por isso o tecido é chamado de avascular. Existem dois tipos de 
tecido epitelial: o epitélio de revestimento e o epitélio glandular. 
Como você viu no parágrafo anterior, o tecido epitelial não é irrigado por 
vasos sanguíneos e por isso não recebe nutrientes trazidos diretamente pelo 
sangue. Para que o tecido epitelial seja nutrido é necessário que esteja sempre 
apoiado sobre uma membrana basal, a qual consiste em uma matriz extracelular 
sintetizada pelas células do epitélio, conectando-o ao tecido conjuntivo subjacente 
(lâmina própria), onde existem vasos sanguíneos e linfáticos que fornecem 
oxigênio, nutrientes e outras moléculas ao epitélio e recolhem gás carbônico, 
líquido, metabólitos e secreções. O conjunto constituído pela membrana basal e a 
lâmina própria de tecido conjuntivo é conhecido como lâmina basal. (Figura 1)
 
Tecido epitelial pavimentoso simples. As células pavimentosas estão dispostas sobre a 
membrana basal e a lâmina própria de tecido conjuntivo. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
82 
 
Funções do Tecido Epitelial 
 
O tecido apresenta três funções básicas: revestir o organismo externamente e 
internamente, secretar substâncias e facilitar a troca ou transporte de substâncias 
entre outros tecidos. O revestimento proporciona proteção mecânica à superfície 
revestida (ex.: pele); separa órgãos e compartimentos no corpo (ex.: pericárdio, 
peritônio); absorve moléculas transportando-as de um compartimento a outro (ex.: 
epitélio intestinal) e protege órgãos impedindo seu dessecamento (ex.: mucosa 
nasal). 
De acordo com o local de revestimento, o tecido epitelial pode ser classificado 
em: 
 Epiderme: reveste todo organismo externamente; 
 Mucosa: reveste um órgão cavitário internamente (ex.: mucosa bucal) e 
 Serosa: reveste um órgão interno externamente (ex.: o coração é um órgão 
interno, revestido externamente pelo pericárdio, que é uma serosa). 
 
Em relação à secreção e ao transporte de substâncias, o tecido epitelial é capaz 
de:

Outros materiais