Organização do Estado: Formas e Tipos de Federação

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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Elementos constitutivos do Estado:
Povo
Território
Governo soberano ou independente
Para alguns doutrinadores.....poder político
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Estrutura e organização do Estado devem ser analisadas sob 3 aspectos:
Forma de governo (República ou Monarquia)
Sistema de governo (presidencialismo e parlamentarismo)
Forma de Estado (Estado Unitário ou Federação)
No Brasil adotou-se (art. 2º do ADCT):
A forma republicana de governo
O sistema presidencialista de governo
A forma federativa de Estado.
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Quanto as formas de Estado, utilizando como critério o modo como o poder político é distribuído dentro do território, os Estados podem ser classificados em Unitários ou compostos. 
O Estado Unitário (ou simples) pode ser:
Puro (absoluta centralização política e monismo no poder) – não há precedentes na história.
Descentralizado administrativamente – assegura uma relativa autonomia regional ou local com o objetivo de executar ou gerir algumas competências outorgadas pelo poder central (o poder centralizado nas mãos do Governo Nacional mas tem pessoas que agem em nome do governo com se fosse uma longa manus para executar/ administrar as decisões políticas tomadas)
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Descentralizado politicamente – tanto a execução das decisões políticas como a autonomia de governo e elaboração das leis é descentralizada. 
Descentralizado política e administrativamente: Forma mais comum nos dias de hoje dentre os países europeus (Espanha, França e Portugal) O Governo toma a decisão política e na hora de executá-la, as pessoas que tem esse poder, tem autonomia política para decidir no caso concreto.
As descentralizações recebem nomes diversos nos países em que adotados como :
Departamentos – França
Províncias – Uruguai e China
Comunas – Itália
Comunidades autônomas – Espanha. 
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
O Estado Composto pode ser de quatro espécies
União pessoal
União real
Confederações
Federações
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
O Estado Composto por União pessoal e união real tem como características comuns:
Monarquia – forma de governo
Dois ou mais estados representados por uma só pessoa
A distinção está na intensidade do vínculo formado entre os Estados
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
A confederação, consiste numa associação de Estados nacionais soberanos, firmada por intermédio de um tratado interacional, com objetivo a estabelecer tarefas e fins comuns, como a garantia da segurança interna, a defesa do território confederado, dentre outras pactuadas.
Nesse caso, o Estados possuem o direito de secessão e retirar-se da associação.
Aqui o vínculo entre os estados é mais fraco que aquele que liga os entes autônomos em uma federação.
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
A federação:
Origem da forma federativa – EUA em 1787, data da constituição norte americana.
1776 : proclamação da independência das 13 colônias britânicas da América, surgindo em cada uma, um Estado, soberano.
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Os Estados firmaram um tratado chamado Artigos de Confederação e formaram a Confederação dos Estados Americanos.
No tratado era permitida a denúncia, ou seja, a retirada, separação ou a secessão.
Com essa possibilidade de secessão e as constantes ameaças de ataques iminentes dos britânicos, os Estados Confederados reuniram-se na Filadélfia para estruturarem as bases para a Federação norte-americana. Nessa nova forma de Estado não seria possibilitada a secessão.
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
- No Estado federado cada um dos Estados abriam mão de parcela de sua soberania para um órgão central, responsável pela centralização e unificação, formando os Estados Unidos da América, passando, nesse momento, a ser autônomos entre si, dentro do pacto federativo.
Segundo autores, a formação dos EUA se deu em um movimento centrípeto, de fora para dentro, com cessão de parte de sua soberania, em um movimento de aglutinação.
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
O Brasil o movimento foi inverso – movimento centrífugo, de dentro para fora: um Estado Unitário centralizado, descentralizando-se.
Tipologia do Federalismo:
Federalismo por agregação ou por segregação ou desagregação;
Federalismo dual ou cooperativo;
Federalismo simétrico ou assimétrico;
Federalismo orgânico;
Federalismo de integração
Federalismo equilíbrio;
Federalismo de segundo grau.
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Federalismo por agregação ou por segregação ou desagregação
Esse tipo leva em conta o processo de formação histórica do Estado que pode ser por :
Agregação (Estados independentes mitigam sua soberania para agregar-se entre si e formarem um novo Estado, agora Federativo, indissolúvel). Ex: EUA, Suíça, Alemanha.
Desagregação (surge a partir de um Estado Unitário que decide descentralizar-se em busca de eficiência. Ex: Brasil a partir de 1891, Bélgica e Áustria.
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Federalismo dual ou cooperativo
Leva em consideração o modo de repartição de competências entre os entes federativos.
No modelo DUAL (clássico) a forma de repartição de competência constitucional é horizontal entre União e Estados, é rígida, não havendo interpenetração entre eles. É o caso dos EUA.
O modelo COOPERATIVO, mais flexível, surge no século XX com o Estado do Bem Estar Social ou Estado-Providência, onde as atribuições serão exercidas de modo comum ou concorrente, aproximando os entes federativos a atuarem em conjunto. É o caso do modelo brasileiro (modelo mais democrático)
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Federalismo simétrico (homogêneo) ou assimétrico (heterogêneo)
A simetria fática (no plano interno) se revela quando há homogeneidade em aspectos relacionados a cultural, desenvolvimento entre as regiões e a língua.
A simetria jurídica( no plano interno) ocorre quando há um equilíbrio na distribuição de competências entre os entes federativos pela CF.
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Na assimetria (plano interno), cada unidade federada possui características que diferenciam seu relacionamento como sistema federal e com os demais entes da federação.
Segundo Marcelo Novelino:
“A assimetria fática decorrente de aspectos socioculturais ou econômicos requer uma adaptação jurídica do sistema federativo às diversidades empíricas. Países nos quais o multiculturalismo é um traço marcante (Suíça e Canadá) necessitam de uma boa dose de assimetria jurídica para acomodar interesses de realidades tão heterogêneas. Por essa razão, algumas regiões possuem mais autonomia que outras.”
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
# Classificação da Federação:   II) Quanto à concentração de poder:   - Centrípeta: O maior número de atribuições está co o governo central. Ex: Brasil.   - Centrífuga: Concentra maior número de poder no plano regional, maior volume de atribuições nas entidades periféricas. Ex: Estados Unidos.   - Equilibrada: Não há predominância de atribuições, nem no centro nem nas entidades periféricas. É o ideal de federação, um plano, uma meta para o futuro, mas ainda muito distante de ocorrer.   
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
III) Quanto à repartição de competências:   - Dual ou clássica: Ocorre quando o sistema ou técnica de repartição de competências é o horizontal (aquela na qual a Constituição entrega para os entes as atribuições que lhe são próprias, que cabem só a eles, isto é, competências privativas e exclusivas). Ex: o Brasil na Constituição de 1891.   - Neoclássica ou cooperativa: Adota um sistema ou técnica de repartição de competência vertical (aquela que entrega aos entes federados atribuições a serem desenvolvidas em parceria ou em conjunto, isto é, competências comuns ou concorrentes).  Ex: o Brasil passou a adotar esse modelo a partir da Constituição de 1934, sob forte influência do direito europeu, sobretudo da constituição de Weimar (1919).  
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
- Integração: Haveria uma subordinaçãodos entes parciais à União. (apenas alguns autores tratam deste modelo. Não costuma cair em prova).   IV) Quanto ao equacionamento das desigualdades:   - Simétrica: É aquela que dá tratamento paritário a todos os entes federados.   - Assimétrica: É aquela que trata desigualmente os entes federados na tentativa de equilibrar, equacionar, as desigualdades havidas entre eles.   - O Brasil é, em relação a esse critério, uma federação simétrica, mas faz concessões à assimetria. Ex: art. 3º, III, CF; art. 43, CF; art. 151, I, segunda parte; art. 159, I, dentre outros.   
   
  
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Pedro Lenza diz que no Brasil houve um “erro de simetria” quando a CF prevê 3 representantes dos Estados no Senado independente do seu tamanha, desenvolvimento, etc.
Federalismo orgânico
Aqui o Estado é considerado um organismo. Busca-se sustentar o todo em detrimento de apenas uma parte.
Federalismo de integração
Em nome da integração nacional passa a ser verificada a preponderância do Governo Central sobre os demais entes, atenuando-se as características do modelo federativo. Sujeição dos Estados à União. Adota-se uma relação de subordinação entre os entes federativos, decorrente do fortalecimento do Poder central. Esse modelo se aproxima muito do Estado Unitário descentralizado, já que existe essa relação de dependência e subordinação dos entes regionais em face da União.
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Federalismo equilíbrio
Traduz a ideia de que os entes federativos devem se manter em harmonia, reforçando-se as instituições.
Ex: estabelecimentos de regiões de desenvolvimento (entre os Estados) e de regiões metropolitanas (entre municípios).
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Federalismo típico, bidimensional, bipartite ou de segundo grau – se caracteriza pela existência de duas esferas (ou centros) de competência: central (União) e a regional (Estados). Modelo adotado em quase todas as federações no mundo e no Brasil até a CF/88.
Federalismo atípico, tridimensional, tripartite ou de terceiro grau – se caracteriza pela existência de três esferas (ou centros) de competência: central (União), a regional (Estados) e a local (Municípios). 
Apesar de haver o DF, no Brasil não se fala em federalismo de 4º grau, porque ele possui as mesmas competências legislativos dos Municípios e Estados.
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
CARACTERÍSTICAS DA FEDERAÇÃO
Descentralização política (a constituição prevê núcleos de poder e autonomia dos entes)
Repartição de competências;
Constituição rígida como base jurídica;
Indissolubilidade do vínculo federativo;
Soberania do Estado Federal;
Intervenção em caso de crise para manter o equilíbrio federativo e a manutenção da Federação;
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
7. Auto-organização dos Estados-membros – através das Constituições Estaduais;
8. Órgão representativo dos Estados-membros – Senado Federal (art. 46)
9. Guardião da Constituição – no caso do Brasil, o STF
10. Repartição de receitas para assegurar o equilíbrio entre os entes federativos.