Buscar

AUDIENCIA DE CUSTODIO

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
PROCESSO PENAL II
Amanda Lino de Menezes
Turma: N-2
Relatório de Audiência de Custódia
	
	A audiência de custódia é o instrumento processual que determina que todo preso em flagrante deve ser levado à presença da autoridade judicial, no prazo de 24 horas, para que esta avalie a legalidade e necessidade de manutenção da prisão.
	Trata-se de direito do preso, mas, mesmo com as previsões supralegais, o sistema jurídico brasileiro não tinha, até então, criado condições para que este direito pudesse ser exercido. Em verdade, no Brasil o primeiro contato entre juiz e preso normalmente ocorria na audiência de instrução e julgamento, que, não raro, pode levar meses para ser designada.
	A audiência será presidida por autoridade que detém competências para controlar a legalidade da prisão. Além disto, serão ouvidas também as manifestações de um Promotor de Justiça, de um Defensor Público ou de seu Advogado. O preso será entrevistado, pessoalmente, pelo juiz, que poderá relaxar a prisão, conceder liberdade provisória com ou sem fiança, substituir a prisão em flagrante por medidas cautelares diversas, converter a prisão em preventiva ou ainda analisar a consideração do cabimento da mediação penal, evitando a judicialização do conflito, corroborando para a instituição de práticas restaurativas.
	Com isso, fazendo uma análise crítica com o caso anexo, o MM. Magistrado julgou que, em razão da ré estar no 6º mês de gestação, ser nova (19 anos) e possuir uma filha de 3 (três) anos, a decisão que se fez justa foi de encaminhar a ré para o Programa Justiça Restaurativa e conceder a prisão domiciliar, apesar de a acusada possuir outras duas passagens, sendo a primeira por roubo e a segunda por Tráfico de entorpecentes.
	O MM. Juiz proferiu as seguintes palavras: “Não vou te prender, porque estou com dó de você, pois pelo seu histórico nesta Vara eu poderia transformar seu flagrante em preventiva e você teria uma condenação com 19 anos de idade e com dois filhos. Você teria o seu filho dentro da prisão.”
	 O juiz ainda demonstrou preocupação com a vida e a liberdade da acusada e de seus familiares, questionando sobre o pai da criança que ela está esperando e, com quem teria ficado a filha mais velha. O Magistrado, ainda, orientou a ré, explicando-lhe quais as imputações (penas) que a mesma poderia incorrer se houvesse sido condenada nos crimes anteriores e o que estava em pauta. 
	Este é o relatório.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais