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Sistema Circulatorio Completo

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FÁRMACOS QUE ATUAM NO 
SISTEMA CARDIOVASCULAR
FANORTE
Curso de Farmácia 
Farmacologia Clínica
HIPERTENSÃO
DEFINIÇÃO
Hipertensão arterial (HA) é condição clínica multifatorial
caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos ≥
140 e/ou 90 mmHg.
Frequentemente se associa a distúrbios metabólicos,
alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo, sendo
agravada pela presença de outros fatores de risco (FR), como
dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose e
diabetes melito (DM).
Mantém associação independente com eventos como morte
súbita, acidente vascular encefálico (AVE), infarto agudo do
miocárdio (IAM), insuficiência cardíaca (IC), doença arterial
periférica (DAP) e doença renal crônica (DRC), fatal e não fatal.
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
CLASSIFICAÇÃO
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
VERIFICAÇÃO DA PA
Deve ser medida em toda avaliação por médicos de qualquer
especialidade e demais profissionais da saúde devidamente
capacitados.
Recomenda-se, pelo menos, a cada dois anos para os adultos
com PA ≤ 120/80 mmHg, e anualmente para aqueles com PA >
120/80 mmHg e < 140/90 mmHg.
Pode ser feita com esfigmomanômetros manuais, semi-
automáticos ou automáticos - validados e calibrados
anualmente (INMETRO).
A PA deve ser medida no braço, devendo-se utilizar manguito
adequado à sua circunferência.
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
1. Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo em
repouso de 3 a 5 minutos em ambiente calmo. Deve ser
instruído a não conversar durante a medição. Possíveis
dúvidas devem ser esclarecidas antes ou depois do
procedimento.
2. Certificar-se de que o paciente NÃO:
-Está com a bexiga cheia;
-Praticou exercícios físicos há pelo menos 60 minutos;
-Ingeriu bebidas alcoólicas, cafe ́ ou alimentos;
-Fumou nos 30 minutos anteriores.
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
Preparo do paciente
3. Posicionamento:
 O paciente deve estar sentado, com pernas descruzadas, pés
apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado;
 O braço deve estar na altura do coração, apoiado, com a palma
da mão voltada para cima e as roupas não devem garrotear o
membro.
4. Medir a PA na posição de pé, após 3 minutos, nos
diabéticos, idosos e em outras situações em que a hipotensão
ortostática possa ser frequente ou suspeitada.
5. Na suspeita de HA secundária à coartação da aorta, a
medição deverá ser realizada nos membros inferiores,
utilizando-se manguitos apropriados.
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
Preparo do paciente
1. Determinar a circunferência do braço no ponto médio
entre acrômio e olécrano;
2. Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço. A
largura da bolsa deve corresponder a 40% da circunferência do
braço e o seu comprimento, envolver pelo menos 80%.
3. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da
fossa cubital.
Manter o braço do paciente na altura do coração, livre de roupas,
com a palma da mão voltada para cima e cotovelo ligeiramente
fletido.
4. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre
a artéria braquial;
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
Técnica
5. Estimar o nível da PAS pela palpação do pulso radial
(técnica palpatória):
 Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu
desaparecimento, para a estimativa do nível a pressão sistólica;
Desinflar rapidamente e aguardar um minuto antes de inflar
novamente.
6. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a
campânula ou o diafragma do estetoscópio sem compressão
excessiva;
7. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível
estimado da PAS obtido pela palpação;
8. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg/s.;
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
Técnica
9. Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som (fase I de
Korotkoff) e, após, aumentar ligeiramente a velocidade de
deflação;
10. Determinar a PAD no desaparecimento dos sons (fase V
de Korotkoff);
11. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som
para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à
deflação rápida e completa;
12. Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar
a PAD no abafamento dos sons (fase IV deKorotkoff) e anotar
valores da PAS/PAD/zero;
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
Técnica
13. Realizar pelo menos duas medições, com intervalo em
torno de um minuto. Medições adicionais deverão ser
realizadas se as duas primeiras forem muito diferentes. Caso
julgue adequado, considere a média das medidas;
14. Medir a pressão em ambos os braços na primeira consulta
e usar o valor do braço onde foi obtida a maior pressão como
referência;
15. Informar o valor de PA obtido para o paciente;
16. Anotar os valores exatos sem “arredondamentos” e o
braço em que a PA foi medida.
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
Técnica
Hiato auscutatório: a técnica palpatória ajuda a reconhecer o
ponto aproximado em que a pressão sistólica será
determinada, diminui a chance de identificar a pressão sistólica
falsamente mais baixa quando a presença do hiato
auscultatório.
Pseudo-hipertensão: está ligada ao processo de
aterosclerose do vaso do idoso. A manobra de Osler pode ser
preditiva de pseudo-hipertensão. Consiste em palpar a artéria
braquial, inflar o manguito até o desaparecimento do pulso. Se
o trajeto da artéria for detectável com o manguito inflado, a
manobra é positiva.
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
Técnica
CAUSAS
Apenas 5% das pessoas que
apresentam elevação da pressão
arterial realmente sofrem de HAS.
Na maioria dos casos a origem são
doenças renais, hormonais,
nervosas, diabetes, aterosclerose,
hipercolesterolemia, etc.
A HAS é uma doença que perdura
para a vida toda (crônica).
Obesidade, ansiedade e estresse:
elevação momentânea.
-mudanças de hábito,
emagrecimento, dieta correta e
atividade física podem deixar os
valores dentro da normalidade.
As causas ainda são desconhecidas,
mas os pacientes hipertensos
costumam apresentar algumas das
seguintes características,
consideradas fatores de risco:
Antecedentes familiares
Dietas com grande qtde de sal
Obesidade
Alcoolismo
Tabagismo
Estresse
Sedentarismo
Ingestão de medicamentos
Ingestão excessiva de cafeína
30% das pessoas não sabem que têm pressão alta.
O MAPA registra as pressões durante um dia inteiro de atividades
normais.
Ter pressão alta, não é igual a ter 'problema de coração', mas
pode ser o primeiro passo.
3 a 5 X mais chances de apresentar AVC.
2 a 3 X mais chance de desenvolver cardiopatia isquêmica (doença
das artérias coronárias como angina ou infarto).
3 X mais chance de desenvolver claudicação intermitente (dor em
membros inferiores ao caminhar).
4 X mais chance de desenvolver insuficiência cardíaca (falha do
coração como bomba, levando a falta de ar).
Portanto, com um bom controle da pressão arterial é possível a 
prevenção de muitas doenças do sistema cardiovascular.
Consequências: Se a HAS for constante ou aumentada
provoca danos em diversos órgãos. Pode ocorrer:
Estreitamente ou rompimento das artérias, dificultando a circulação
de sangue para todo organismo.
Lesão das artérias: endurecimento das paredes devido à pressão do
sangue nas paredes que é muito forte;
Obstrução das artérias: IAM (morte do tecido por falta de oxigênio);
Insuficiência cardíaca.
Rompimento das artérias lesionadas: hemorragia cerebral (AVE) ou
retiniana (nas retinas – cegueira).
Rins: infartos - insuficiência renal(acúmulo de produtos de detrito -
por falta de eliminação na urina).
Sobrecarga dos rins - retenção de líquidos e inchaço.
Dilatação do coração: devido ao excesso de atividade.
Sinais e Sintomas
Pode ser assintomática por
muitos anos, sem que a pessoa
perceba o desenvolvimento da
doença.
A maioria dos portadores de
HAS não apresenta sintomas, a
não ser que a doença tenha
causado lesões ao coração, rins,
cérebro ou retina (órgãos-alvo).
Alguns sintomas são:
-dor de cabeça
-zumbido
-náuseas
-pequenos pontos de sangue na
pele e derrames nos olhos
-cansaço e falta de ar
-pés ou pálpebras inchadas
-palpitações
-escutar o pulso no ouvido
-dor no peito com sensação de
afogamento (sufocamento) e
taquicardia
-faíscas de luz ou manchas que
são obstáculos à visão
-falta de ar, tontura e desmaios
-impotência sexual
-sangramento nasal
TERAPIA MEDICAMENTOSA
ANTI-HIPERTENSIVOS
Diabetes melito, Doença coronária, Acidente vascular
encefálico, Doença renal crônica, Síndrome
metabólica: meta de PA é < 130/80 mmHg.
Controle ponderal: o aumento de peso está diretamente
relacionado ao aumento da PA tanto em adultos quanto em
crianças.
Medidas nutricionais: plano alimentar saudável e
sustentável.
Dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) enfatiza o
consumo de frutas, hortaliças e laticínios com baixo teor de
gordura; inclui a ingestão de cereais integrais, frango, peixe e
frutas oleaginosas; preconiza a redução da ingestão de carne
vermelha, doces e bebidas com açúcar. Ela é rica em potássio,
cálcio, magnésio e fibras, e contém quantidades reduzidas de
colesterol, gordura total e saturada. A adoção desse padrão
alimentar reduz a PA.
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
Tratamento não medicamentoso
Cessação do tabagismo: O tabagismo aumenta o risco para
mais de 25 doenças, incluindo a DCV. O hábito de fumar é
apontado como fator negativo no controle de hipertensos, no
desconhecimento da HAS e na interrupção do uso de
medicamentos antihipertensivos. No entanto, não há
evidências que a cessação do tabagismo reduza a PA.
Cessação do alcoolismo: O consumo habitual de álcool eleva
a PA de forma linear e o consumo excessivo associa-se com
aumento na incidência de HA. Estima-se que um aumento de
10 g/dia na ingestão de álcool eleve a PA em 1 mmHg, sendo
que a diminuição nesse consumo reduz a PA. Recomenda-se
moderação no consumo de álcool.
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
Tratamento não medicamentoso
Atividade física/exercício físico: Comportamento sedentário,
medido pelo tempo sentado, também tem implicações na saúde
CV.
Atividade física: qualquer movimento corporal que aumente o
gasto energético (andar na rua, subir escada, fazer trabalhos
físicos domésticos, fazer práticas físicas de lazer).
 Exercício físico: atividade física realizada de forma
estruturada, organizada e com objetivo específico.
Controle do estresse: psicoterapias comportamentais e das
práticas de técnicas de meditação, biofeedback e relaxamento no
tratamento da HA. Apesar de incoerências metodológicas, as
indicações clínicas revelam forte tendência de redução da PA
quando essas técnicas são realizadas separadamente ou em
conjunto.
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
Tratamento não medicamentoso
Princípios gerais no tratamento medicamentoso 
 Desde que exista indicação de tratamento com
medicamentos, o paciente deverá ser orientado sobre:
A importância do uso contínuo;
Da eventual necessidade de ajuste de doses;
Da troca ou associação de medicamentos;
Do eventual aparecimento de efeitos adversos.
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
Tratamento medicamentoso
Um medicamento para ser indicado deverá, preferencialmente:
Ter demonstrado a capacidade de reduzir a morbimortalidade
CV;
Ser eficaz por via oral;
Ser bem tolerado;
Poder ser usado no menor número de tomadas por dia;
Ser iniciado com as menores doses efetivas;
Poder ser usado em associação;
Ser utilizado por um período mínimo de quatro semanas, antes
de modificações, salvo em situações especiais;
Ter controle de qualidade em sua produção.
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
Tratamento medicamentoso
Um medicamento para ser indicado deverá, preferencialmente:
Ter demonstrado a capacidade de reduzir a morbimortalidade
CV;
Ser eficaz por via oral;
Ser bem tolerado;
Poder ser usado no menor número de tomadas por dia;
Ser iniciado com as menores doses efetivas;
Poder ser usado em associação;
Ser utilizado por um período mínimo de quatro semanas, antes
de modificações, salvo em situações especiais;
Ter controle de qualidade em sua produção.
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
Tratamento medicamentoso
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
Tratamento medicamentoso
Anti-hipertensivos disponíveis
Diuréticos (DIU)
Ação central – agonistas alfa-2 centrais 
Bloqueadores beta-adrenérgicos (BB ou Betabloq)
Alfabloqueadores – bloqueadores alfa-1 adrenérgicos 
Vasodilatadores diretos 
Bloqueador dos canais de cálcio (BCC) 
Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA)
Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II (BRAII)
Inibidor direto da renina
Figura 1 – Fluxograma
para o tratamento da
hipertensão. RCV: risco
cardiovascular; TNM:
tratamento não
medicamentoso.
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
Tratamento medicamentoso
Anti-hipertensivos preferenciais para uso em
monoterapia
Diuréticos (DIU)
Bloqueadores beta-adrenérgicos (BB ou Betabloq)
Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA)
Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II 
(BRAII)
O tratamento deve ser individualizado e a escolha inicial do medicamento a ser
utilizado como monoterapia deve basear-se nos seguintes aspectos: capacidade de
o agente escolhido reduzir a morbimortalidade CV; mecanismo fisiopatogênico
predominante no paciente a ser tratado; características individuais; doenças
associadas; condições socioeconômicas.
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
Tratamento medicamentoso
Se o objetivo terapêutico não for conseguido com a monoterapia
inicial, três condutas são possíveis:
• se o resultado for parcial, mas sem efeitos adversos, recomenda-se
aumentar a dose do medicamento em uso, podendo também ser
considerada a associação com anti-hipertensivo de outro grupo
terapêutico;
• quando não houver efeito terapêutico esperado na dose máxima
preconizada ou se surgirem eventos adversos, recomenda-se
substituir o anti-hipertensivo inicialmente utilizado, reduzir a
dosagem e associar outro anti-hipertensivo de classe diferente ou
instituir uma outra associação de fármacos;
• se, ainda assim, a resposta for inadequada, devem-se associar três
ou mais medicamentos.
DIURÉTICOS
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
Diuréticos
 Função: redução do excesso de líquido circulante e
diminuição da resistência dos vasos sanguíneos.
Aumentam a taxa de fluxo da urina
Aumentam a taxa de excreção de Na+ e H2O
Ajustam o volume e composição dos fluidos em
diversas condições patológicas (HA, IC, IR, sd.
nefrótica, cirrose)
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
Diuréticos
Mecanismo de ação:
 Inicialmente por seus efeitos natriuréticos, com
diminuição do volume extracelular.
 Após quatro a seis semanas, o volume circulante
praticamente se normaliza e ocorre redução da
resistência vascular periférica (RVP).
 Reduzem a PA e diminuem a morbimortalidade CV.
7ª Diretriz Brasileirade Hipertensão Arterial, 2016
Diuréticos – Efeitos adversos
 Principais efeitos adversos: fraqueza, câimbras,
hipovolemia e disfunção erétil.
Hipopotassemia e hipomagnesemia: induzir arritmias
ventriculares, sobretudo extrassistolia.
 Intolerância à glicose: por reduzir a liberação de insulina,
aumentando o risco do desenvolvimento de DM tipo 2.
 Aumento do ácido úrico: efeito quase universal dos DIU -
crises de gota nos indivíduos com predisposição.
 Espironolactona: hiperpotassemia, em particular em
pacientes com déficit de função renal.
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
Diuréticos - Classificação
1.Inibidores da anidrase carbônica
2.Diuréticos osmóticos
3.Diuréticos de alça
4.Diuréticos tiazídicos
5.Diuréticos poupadores de potás
1- Bloq Anidrase
2- Diurético osmótico
3- Diurético de alça
4- Tiazídico
5- Poupadores de K+
6- Antag. do ADH
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
1-BLOQUEADOR (INIBIDOR) DA ANIDRASE CARBÔNICA
 Local de ação: túbulo proximal.
 Mecanismo de ação: Causam aumento da eliminação de
bicarbonato, acompanhado de Na+, K+ e água, resultando em
fluxo aumentado de urina alcalina e acidose metabólica discreta.
 Não são utilizados atualmente como diuréticos;
Representantes: Acetazolamida; Metazolamida; Diclorfenamida.
Usos terapêuticos:
•Glaucoma
•Edema 
•Alcalose metabólica
Efeito adversos:
• Acidose metabólica
• Cálculos uretrais
• Parestesia e sonolência
• Hipersensibilidade
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
2-DIURÉTICOS OSMÓTICOS
 Local de ação: partes que são livremente permeáveis à agua: o
túbulo promixal, o ramo descendente da alça de Henle e os ductos
coletores.
 Mecanismo de ação: Não são reabsorvidos. Aumentam a 
quantidade de água eliminada, com aumento relativamente 
menor na eliminação de Na+.
Representantes: Manitol, 
ureia, glicerina.
Usos terapêuticos:
•IRA
•Crise aguda de glaucoma
•Edema cerebral 
Efeito adversos:
• Trombose (ureia)
• Hiperglicemia (glicerina)
Contraindicação: 
• Edema pulmonar (ICC)
• Sangramento craniano
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
3-DIURÉTICOS DE ALÇA
 Local de ação: ramo ascendente da alça de Henle.
 Mecanismo de ação: inibe o transporte de NaCl para fora do
túbulo e para o interior do tecido intersticial ao inibir o carreador
Na+/K+/2Cl- na membrana luminal. Também possui ação
venodilatadora.
 São diuréticos potentes = alto limiar.
 Tratamento da hipertensão particularmente quando complicado
por comprometimento renal.
 Os diuréticos de alça são utilizados, com cautela, habitualmente
em combinação com restrição dietética de sal e frequentemente
com outras classes de diréticos no tratamento da sobrecarga de sal
e água associado a:Edema pulmonar; ICC; Cirrose hepática
complicada por ascite; Síndrome nefrótica e Insuficiência renal.
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
3-DIURÉTICOS DE ALÇA
Usos terapêuticos:
• ICC, edema pulmonar agudo
(furosemida)
• Hipertensão
• Edema, ascite (IRC, hepático)
• Hipercalcemia e hipercalemia
Efeito adversos:
• Desequilíbrio hidroeletrolítico
• Arritmias (diminuição K+, Ca2+, 
Mg2+)
• Alcalose metabólica 
hipocalêmica (perda de H+)
• Ototoxicidade (> ác. etacrínico)
Representantes: 
• Furosemida: Lasix; Hidrion; Neosemid
• Bumetamida: Burinax.
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
4-DIURÉTICOS TIAZÍDICOS
 Local de ação: túbulo distal.
 Mecanismo de ação: Diminuem a reabsorção luminal ativa de Na+
e Cl- (co-transportador) das células epiteliais do túbulo contorcido
distal.
 Ação diurética moderada: mais seguros.
 Há perda significativa de K+;
 Efeitos extra-renais: vasodilatação e hiperglicemia.
Interações Medicamentosas:
*Reduzem os efeitos: Anticoagulantes, Insulina
*Aumentam os efeitos: Glicosídeos digitálicos, Diuréticos de alça
*AINEs reduzem seu efeito diuréticos
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
1-HIDROCLOROTIAZIDA: Clorana;
NeoHidrocor
-25mg e 50mg
2-CLORTALIDONA: Higroton;
Neolidona
-12,5mg; 25mg e 50mg
Fármacos
Bendroflumetiazida
Hidroclorotiazida
Ciclopentiazida
Clortalidona
Indapamida
Xipamida
Metolazona
Usos terapêuticos:
•Hipertensão
•Edema (ICC, hepatopatias, dç renal, glicocorticóides)
•Diabetes Insipidus nefrogênico
4-DIURÉTICOS TIAZÍDICOS
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
5-POUPADORES DE K+: ANTAGONISTA DA ALDOSTERONA
 Local de ação: túbulo distal.
 Mecanismo de ação: Compete com a aldosterona nas células do
túbulo distal resultando na inibição da ação de retenção de Na+
prvocada pela aldosterona, com redução concomitante no seu
efeito de estimulação da secreção de K+.
 São diuréticos “popupadores” de potássio.
 Ação diurética limitada
 Início da ação lento.
 Utilizada na insuficiência cardíaca, melhorando a sobrevida;
Efeitos adversos: Desconforto gastrintestinal; hipercalcemia;
ginecomastia; distúrbios menstruais; atrofica testicular; acidose
metabólica; ulceração péptica
Espironolactona: 
Aldactone
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
5-POUPADORES DE K+: INIBIDORES DO CANAL Na+ RENAL
 Local de ação: túbulo distal.
Mecanismo de ação: Atuam sobre os túbulos e ductos
coletores, inibindo a reabsorção de Na+ e diminuindo a
excreção de K+.
 São diuréticos “popupadores” de potássio.
 Ação diurética limitada
Representantes:
Amilorida (Amilorid) e Triantereno
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
6-ANTAGONISTA DO ADH
 Local de ação: duto coletor.
Mecanismo de ação: O tolvaptan é um antagonista
seletivo do
 recetor V2 da vasopressina, sendo que o conivaptan
é um antagonista não competitivo não seletivo dos
recetores V1a e V2.
 Ainda não são comercializados no Brasil.
Representantes:
Tolvaptan (oral) e Conivaptan, satavaptan, 
lixivaptan (parenteral
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
Diuréticos
 Doses baixas: diminui o risco dos efeitos adversos, sem
prejuízo da eficácia anti-hipertensiva.
 Preferência: DIU tiazídicos (clortalidona, hidroclorotiazida e
indapamida) em doses baixas - mais suaves e com maior
tempo de ação.
 DIU de alça (furosemida e bumetanida): casos de
insuficiência renal.
 Poupadores de potássio (espironolactona e amilorida):
habitualmente utilizados em associação com os tiazídicos
ou DIU de alça.
AÇÃO CENTRAL
1-METILDOPA - ALFA-METIL-DOPA: 250MG E 500MG
-ALDOMET; METILCORD; ETILDOPANAN
2-CLONIDINA: 0,100MG; 0,150MG OU 0,200 MG
-ATENSINA
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
Agonistas alfa-2 centrais – Ação central 
Mecanismo de ação: Interferem no tônus simpático que
acarreta diminuição da resistência dos vasos arteriais.
Agem através do estímulo dos receptores α2 que estão
envolvidos nos mecanismos simpatoinibitórios.
 Nem todos são seletivos.
Geralmente não são usados em monoterapia, exceto na
gestação.
Metildopa: medicamento permitido na gestação.
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
Agonistas alfa-2 centrais – Ação central 
Reações adversas:
Metildopa: reações auto-imunes, como febre, anemia
hemolítica, galactorreia e disfunção hepática, que na
maioria dos casos desaparecem com a cessação do uso.
 Clonidina: apresenta um risco maior do efeito rebote com a
descontinuação, especialmente quando associada a um BB
e pode ser perigosa em situações pré-operatórias.
 Os medicamentos dessa classe, apresentam reações
adversas decorrentes da ação central: sonolência, sedação,
boca seca, fadiga, hipotensão postural e disfunção erétil
BLOQUEADORES DO CANAL 
DE CÁLCIO(Ca+)
Nifedipina: Adalat
Fendilina: Plenum
Nitrendipina: Baypress
Verapamil: Dilacoron Diltiazem: Cardizem
Anlodipina: Tensodin
Minoxidil: Loniten
Bifendipina - Felodipina...
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
Mecanismo de ação: agem primordialmente
proporcionando redução da RVP como consequência da
diminuição da quantidade de cálcio no interior das células
musculares lisas das arteríolas, decorrente do bloqueio dos
canais de cálcio.
 Prefere ̂ncia: BCC de ação prolongada - evita oscilações
indesejáveis na FC e na PA.
 São anti-hipertensivos eficazes e reduzem a
morbimortalidade CV.
 Efeitos adversos: Edema maleolar (principal); cefaleia latejante;
tontura; rubor facial; hipercromia do terço distal das pernas
(dermatite ocre); hipertrofia gengival; obstipação intestinal.
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
 Indicação: São particularmente úteis para os indivíduos da raça
negra, idosos e aqueles que apresentam angina pectoris (dor
torácica), certos tipos de arritmias ou enxaquecas.
 São classificados em 2 tipos básicos:
 Diidropiridínicos: efeito vasodilatador predominante, com
mínima interferência na frequência e na função sistólica –
uso como anti-hipertensivos.
 Ex.: amlodipino, nifedipino, felodipino, nitrendipino,
manidipino, lercanidipino, levanlodipino, lacidipino,
isradipino, nisoldipino, nimodipino
 Não di-idropiridínicos: menor efeito vasodilatador. Podem ser
bradicadizantes e antiarrítmicos, o que restringe seu uso a
alguns casos específicos.
 Ex.: fenilalquilaminas (verapamil) e as benzotiazepinas
(diltiazem).
AÇÃO CENTRAL: interferem no chamado tônus simpático que 
acarreta diminuição da resistência dos vasos arteriais.
BETABLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO: Produzem 
dilatação dos vasos sanguíneos - bloqueiam a entrada de 
cálcio na célula muscular arterial. 
INIBIDORES DA ECA: dilatação das artérias através da inibição 
da enzima responsável pela conversão hormonal (ECA –
ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA) que realiza a 
constrição das artérias. 
BETABLOQUEADORES: promovem o bloqueio da adrenalina 
no sistema cardiovascular (efeitos no sistema nervoso 
simpático – responsável pela resposta ao stress – elevação da 
pressão) diminuindo a Pressão Arterial e a Frequência 
Cardíaca. 
INIBIDORES DA ENZIMA 
CONVERSORA DE 
ANGIOTENSINA (IECA)
–CAPTOPRIL: CAPOTEN, CAPOTRIL, CATOPROL, HIPOTENSIL
–CILAZAPRIL: VASCASE, CARDIOPRIL , INIBACE
–ENALAPRIL: RENITEC, EUPRESSIN, PRESSOTEC, VASOPRIL , 
ATENS, ENAPROTEC, ANGIOPRIL
–LISINOPRIL: ZESTRIL , PRINIVIL , ECAPRIL, LIPRIL
–PERINDOPRIL: COVERSYL
–RAMIPRIL: TRIATEC, VERZATEC
–TRANDOLAPRIL: GOPTEN, ODRIK
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
IECA
Mecanismo de ação: ação principal a inibição da enzima
conversora de angiotensina I, impedindo a transformação de
angiotensina I em angiotensina II, de ação vasoconstritora.
Efeitos adversos: tosse, erupcões cutâneas, angioedema,
elevação do potássio (indivíduos com IR).
 Eficazes na HAS, reduzindo a morbimortalidade CV.
Indicação: comprovadamente úteis em muitas outras
afecções CV (IC com fração de ejeção reduzida, anti-
remodelamento cardíaco pós-infarto); possíveis propriedades
antiateroscleróticas; retardam o declínio da função renal em
pacientes com nefropatia diabética ou de outras etiologias.
Seu uso é contraindicado na gravidez, pelo risco de
complicações fetais.
CAPTOPRIL
BLOQUEADORES DOS 
RECEPTORES AT1 DA 
ANGIOTENSINA II (BRAII)
–CANDESARTANA: ATACAND, BLOPRESS
–VALSARTANA: DIOVAN, TAREG
–LOSARTANA: ARADOIS, COZAAR, LOSARTEC, LOSATAL, 
REDUPRESS, ZARTENS
–OLMESARTANA: OLSAR, OLMETEC
– IRBESARTANA: ÁVAPRO, APROVEL
–TELMISARTANA: MICARDIS, PRITOR
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
BRA II
Mecanismo de ação: antagonizam a ação da angiotensina II
por meio do bloqueio específico dos receptores AT1,
responsáveis pelas ações vasoconstritoras, proliferativas e
estimuladoras da liberação de aldosterona, próprias da
angiotensina II.
Indicação: HAS, especialmente em populações de alto risco
CV ou com comorbidades.
Proporcionam redução da morbimortalidade CV e renal
(nefropatia diabética).
Efeitos adversos: Os BRAs têm perfil de efeitos adversos
semelhante ao dos inibidores da ECA, mas não provocam tosse.
Como com os inibidores da ECA, eles são contraindicados na
gestação.
Os IECA e os BRA II são classes diferentes de drogas, porém, com
mecanismo de redução da pressão arterial semelhante.
IECA e BRA II: objetivo de impedir a ação de um hormônio chamado
angiotensina II. O enalapril impede a sua formação, enquanto que o
losartan impede o seu funcionamento.
 Boa estratégia para tratamento da HAS: pois a angiotensina II é um
hormônio que causa aumento da pressão.
PROBLEMA
-Nem todos os pacientes com HAS têm angiotensina II elevada.
-Se a angiotensina II já encontra-se em níveis baixos, baixá-la ainda
mais causa pouca melhora na pressão arterial.
-Importância: negros costumam ter uma hipertensão com níveis
baixos de angiotensina II.
-Ou seja, neste grupo, os IECA e BRA II não são a classe mais efetiva.
BLOQUEADORES BETA-
ADRENÉRGICOS
CARDIOSSELETIVOS: ATENOLOL, BETAXOLOL,
BISOPROLOL, METOPROLOL, BEVANTOLOL, ESMOLOL,
NEBIVOLOL E EM MENOR GRAU, O ACEBUTOLOL.
NÃO SÃO CARDIOSSELETIVOS: CARVEDILOL, LABETALOL,
NADOLOL, PINDOLOL E PROPRANOLOL.
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
BETABLOQUEADORES
Mecanismo de ação: Promovem diminuição inicial do débito
cardíaco e da secreção de renina, havendo readaptação dos
barorreceptores e diminuição das catecolaminas nas sinapses
nervosas.
Dois tipos de receptores beta:
Receptores beta1: coração (principal), aparelho justa
glomerular do rim, intestino, olho, tecido adiposo e em
menor quantidade nos tecidos brônquicos.
Receptores beta2: existem predominantemente no tecido
brônquico, no músculo liso vascular, no pâncreas endócrino
(produção de insulina), trato gastrointestinal e em menor
quantidade no coração e troncos principais das artérias
coronárias
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
BETABLOQUEADORES
Efeito do bloqueio beta1
Redução de frequência cardíaca
Atraso na velocidade de condução no nódulo A-V.
Diminuição da força de contração (inotropismo negativo)
Redução de pressão arterial
Redução do volume sistólico
Efeito do bloqueio beta2
Broncoconstrição
Vasoconstrição coronária e muscular
Glicogenólise e neoglicogénese diminuída
Inibição da liberação de insulina
Antagonismo do tremor induzido pelas catecolaminas
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
BETABLOQUEADORES
Cardiosseletividade: predomínio de ação sobre os
receptores beta1 cardíacos, com pouca ação sobre os
receptores beta2 pulmonares e vasculares. No entanto a
cardiosseletividade é relativa e dependente da dose,
perdendo-se se a dose aumenta. Fala-se assim de
cardiosseletividade relativa.
Cardiosseletivos: atenolol, betaxolol, bisoprolol,
metoprolol, bevantolol, esmolol, nebivolol e em menor
grau, o acebutolol.
Não são cardiosseletivos: carvedilol, labetalol, nadolol,
pindolol e propranolol.
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
BETABLOQUEADORES
Carvedilol: mecanismo de ação adicional - bloqueio
concomitante do receptor alfa-1 adrenérgico.
Nebivolol: mecanismo de ação adicional - aumenta a
síntese e liberação de óxido nítrico no endotélio vascular.
Propranolol: útil em pacientes com tremor essencial,
síndromes hipercinéticas, cefaleia de origem vascular e
hipertensão portal.
BLOQUEADORES ALFA-
ADRENÉRGICOS
DOXAZOSINA: UNOPROST
PRAZOSINA: MINIPRESS
TERAZOSINA: HYTRIN
7ª DiretrizBrasileira de Hipertensão Arterial, 2016
ALFABLOQUEADORES
Mecanismo de ação: agem como antagonistas
competitivos dos α1-receptores pós-sinápticos, levando a
redução da RVP sem maiores mudanças no débito cardíaco.
O efeito hipotensor é discreto como monoterapia, sendo
a preferência pelo uso associado.
Contribuição:
 favorável e discreta no metabolismo lipídico e
glicídico.
Melhora da sintomatologia relacionada à hipertrofia
prostática benigna.
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
ALFABLOQUEADORES
Efeitos adversos:
Podem provocar hipotensão sintomática na primeira
dose.
O fenômeno de tolerância é frequente, necessitando
aumento da dose, ao longo do uso.
Incontinência urinária em mulheres pode ser causada
pelo uso de alfabloqueadores.
Há evidência de que os pacientes tratados com
doxazosina têm maior risco de incidência de ICC.
VASODILATADORES DIRETOS 
HIDRALAZINA: APRESOLINA
MINOXIDIL: LONITEN
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
VASODILATADORES DIRETOS 
Mecanismo de ação: Atuam diretamente, relaxando a
musculatura lisa arterial, levando a redução da RVP.
Efeitos adversos:
Hidralazina: cefaleia, flushing, taquicardia reflexa e
reação lupus-like (dose-dependente). Uso com cautela em
pacientes com DAC. Evitar em aneurisma dissecante da
aorta e episódio recente de hemorragia cerebral. Pode
acarretar anorexia, náusea, vômito e diarreia.
Minoxidil: hirsutismo (comum). Um efeito menos comum
é a expansão generalizada de volume circulante e
taquicardia reflexa.
INIBIDORES DIRETOS DA 
RENINA 
ALISQUIRENO: RASILEZ
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
INIBIDORES DIRETOS DA RENINA 
Mecanismo de ação: inibição direta da ação da renina
com consequente diminuição da formação de angiotensina
II.
Outras ações podem contribuir para a redução da PA e a
proteção tissular são:
redução da atividade plasmática de renina;
bloqueio de um receptor celular próprio de
renina/pró-renina;
diminuição da síntese intracelular de angiotensina II.
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016
INIBIDORES DIRETOS DA RENINA 
 Alisquireno é o único representante da classe disponível
para uso clínico.
 Estudos comprovam sua capacidade, em monoterapia,
de redução da PA de intensidade semelhante aos demais
anti-hipertensivos.
Não existem, contudo, evidências de seus benefícios
sobre morbimortalidade.
Efeitos adversos: Boa tolerabilidade. “Rash” cutâneo,
diarreia (especialmente com doses elevadas, acima de 300
mg/dia), aumento de CPK (mais frequentes). Seu uso é
contraindicado na gravidez.
GESTAÇÃO
-Contra-indicado: IECA, BRA e IDR.
-Evitar: atenolol e prazosin.
-No Brasil, os medicamentos orais disponíveis e
usualmente empregados são: metildopa, BB (exceto
atenolol), hidralazina e BCC (nifedipino, anlodipino e
verapamil).
-Atenolol: associado com redução do crescimento fetal.
-Prazosina: pode causar natimortalidade.
-Tiazídicos: podem ser continuados em gestantes com HA
crônica, desde que não promovam depleção de volume.
ANTIARRÍTMICOS
Arritmia cardíaca: batimentos cardíacos irregulares.
Se não tratada, leva a morte.
Produzem turbulência no sangue, que facilita a
formação de trombos. Estes podem embolizar e
provocar infartos coronários e AVCs.
Mecanismo de ação: inibem a propagação de
batimentos cardíacos imediatamente subsequentes,
diminuindo a taxa de contração e excitabilidade
cardíacas.
O coração bate mais lentamente e regularmente.
Classificação: Segundo a classificação de Vaughan
Williams de 1970, a mais frequentemente utilizada hoje,
distinguem-se quatro classes de antiarrítmicos:
1.Antiarrítmicos da classe I:
• Mecanismo de ação: Fármacos que bloqueiam os
canais de sódio (Na+) nas membranas dos miócitos,
causando diminuição da excitabilidade e da velocidade
de condução.
• Representantes: Flecainida; Propafenona; Quinidina;
Procainamida; Disopiramido; Lidocaína.
2.Antiarrítmicos da classe II:
• É constituida por antagonistas beta-adrenérgicos.
• Mecanismo de ação: atuam nos receptores cardíacos do
sistema simpático, reduzindo a atividade cardíaca. Os
bloqueadores beta ou antagonistas beta são um grupo de
fármacos que têm em comum a capacidade de antagonizar
os receptores β (beta) da noradrenalina.
• Possuem diversas indicações, particularmente como
antiarrítmicos e na proteção cardíaca após infarte do
miocárdio. Embora sejam anti-hipertensores eficazes,
deixaram de ser indicados com essa finalidade, pois
existem alternativas mais eficazes e seguras.
Diferenças de indicação
Arritmia cardíaca: Esmolol, sotalol.
• ICC: Bisoprolol, carvedilol, metoprolol.
• Glaucoma: Betaxolol, carteolol, levobunolol,
metipranolol, timolol.
• IAM: Atenolol, metoprolol, propranolol.
• Profilaxia da enxaqueca: Timolol, propranolol.
3.Antiarrítmicos da classe III:
• Mecanismo de ação: bloqueiam os canais de potássio (K+)
nos miócitos, prolongando o potencial de ação e portanto a
contração dos miócitos condutores.
• Representantes:
• Amiodarona: reações adversas complicadas, com eritemas
cutâneos, problemas na Tiróide, Pulmões e outros distúrbios.
Bretílio: usado em emergências.
Sotalol: também é um antagonista adrenérgico beta.
4.Antiarrítmicos da classe IV:
• Mecanismo de ação: Bloqueiam os canais de cálcio (Ca2+)
das membranas dos miócitos. É a entrada lenta de cálcio que
propaga o potencial de ação. A inibição de canais impede o
potencial de ser gerado, mesmo que haja estímulos
suficientes.
• Representantes: Verapamil (Dilacoron); Diltiazem (Cardizem);
Amlodipina (Anlovasc, Norvasc).
• Efeitos adversos: Bradicardia; cefaleia; joelhos inchados;
obstipação; deterioração de insuficiência cardíaca já existente.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA- ICC
• É uma alteração progressiva complexa, onde o coração é
incapaz de bombear sangue suficiente para suprir as
necessidades do organismo.
• A IC é decorrente de uma redução da capacidade do
coração em encher-se de sangue e/ou de ejetá-lo de
forma adequada.
• Causa aumento anormal do volume de sangue e de
líquido intersticial - por isso, o termo IC "congestiva“.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA- ICC
• Causas subjacentes: doença cardíaca arteriosclerótica,
infarto do miocárdio, doença cardíaca hipertensiva,
doença valvular cardíaca, cardiomiopatia dilatada e
doença cardíaca congênita.
• Principais sintomas: dispneia, fadiga e retenção de
líquido.
• IC esquerda: dispneia, devida à congestão pulmonar.
• IC direita: edema periférico.
• Os objetivos da terapia farmacológica são de aliviar os
sintomas, tornar lenta a progressão da doença e aumentar
a sobrevivência.
• De acordo com esses objetivos, seis classes de fármacos
têm se mostrado eficazes:
1) os inibidores do sistema renina-angiotensina;
2) os bloqueadores de (3-adrenorreceptores);
3) os diuréticos;
4) os vasodilatadores diretos;
5) os fármacos inotrópicos;
6) os antagonistas da aldosterona.
1-IECA
• Ações sobre o coração: diminuem a resistência vascular,
o tônus venoso e a pressão arterial. Estes fármacos
diminuem a pré e a pós-carga, resultando em aumento do
débito cardíaco.
• No tratamento da IC diminui significativamente a
morbidade e a mortalidade.
• Indicações: Os IECA podem ser considerados para
tratamento com fármaco único em pacientes que
apresentam dispneia leve de esforço e que não
apresentam sinais ou sintomas de sobrecarga de volume
(edema).
2-BRA II
• Ações sobre o coração: Todos os BRAs são aprovados
para o tratamento da hipertensão. Seu uso na IC é como
substitutodos inibidores da ECA nos pacientes com tosse
intensa ou angioedema.
• APENAS dois são aprovados para uso na IC: o carvedilol e o
metoprolol de ação prolongada - diminuem a morbilidade e a
mortalidade associada a IC.
• O paciente que é também hipertenso terá um benefício
adicional com Beta-bloqueadores.
3-BETA-BLOQUEADORES 
3-BETA-BLOQUEADORES 
• É um fármaco com atividade inotrópica negativa, mas que
melhora o funcionamento sistólico e a reversão do
remodelamento cardíaco.
• Ações sobre o coração: prevenir as mudanças que ocorrem
em virtude da ativação crônica do sistema nervoso simpático,
incluindo diminuição da frequência cardíaca e inibição da
liberação de renina. Além disso, os [3-bloqueadores previnem
também os efeitos prejudiciais diretos da norepinefrina na fibra
muscular cardíaca, diminuindo o remodelamento, a hipertrofia
e a morte celular.
• O tratamento deve iniciar com baixas dosagens e
gradualmente ser titulada a dosagem eficaz com base na
tolerância do paciente.
• Ações sobre o coração: aliviam a congestão pulmonar;
edema periférico; redução dos sintomas da sobrecarga de
volume, incluindo ortopneia e dispneia paroxística noturna.
• Reduz a pré-carga: diminui o volume plasmático = diminuem o
retorno venoso ao coração (pré-carga).
• Reduz a pós-carga: redução do volume plasmático = reduz PA.
• Os diuréticos tiazídicos são relativamente fracos.
• Os diuréticos de alça são usados em pacientes que necessitam
diurese intensa e em pacientes com insuficiência renal. São os
mais usados na IC. A dosagem excessiva pode levar à
hipovolemia profunda.
4-DIURÉTICOS 
• Nitratos: reduz a pré-carga. São os dilatadores venosos
mais usados em IC congestiva.
• Hidralazina: diminui a pós-carga e o nitrato orgânico
• Hidralazina e dinitrato de isossorbida: quando o paciente
é intolerante aos inibidores da ECA ou aos Beta-
bloqueadores, ou se é necessária uma resposta
vasodilatadora adicional, pode ser usada a associação de
Esta associação é muito eficaz em pacientes negros com IC.
• Nota: os bloqueadores de canais de cálcio devem ser
evitados em pacientes com IC.
5-VASODILATADORES DIRETOS 
• Fármacos inotrópicos positivos: aumentam a
contratilidade do músculo cardíaco e, dessa
forma, aumentam o débito cardíaco.
• Mecanismos diferentes e resultados iguais:
fármacos atuam por diferentes mecanismos, mas
em todos os casos a ação inotrópica é o resultado
do aumento da concentração de cálcio
citoplasmático, o qual aumenta a contratilidade
do músculo cardíaco.
6-FÁRMACOS INOTRÓPICOS 
• Sinônimos: digitálicos ou glicosídeos digitálicos.
• A maioria dos fármacos é proveniente da planta
digitalis (dedaleira).
• São um grupo de compostos quimicamente similares
que podem aumentar a contratilidade do músculo
cardíaco, portanto, são amplamente usados no
tratamento da IC.
•O digitálico mais amplamente usado é a digoxina.
6.1-Glicosídeos digitálicos 
• Sinônimos: digitálicos ou glicosídeos digitálicos.
• A maioria dos fármacos é proveniente da planta
digitalis (dedaleira).
• São um grupo de compostos quimicamente similares
que podem aumentar a contratilidade do músculo
cardíaco, portanto, são amplamente usados no
tratamento da IC.
•O digitálico mais amplamente usado é a digoxina.
6.1-Glicosídeos digitálicos 
• Indicação: disfunção sistólica ventricular esquerda grave
depois de iniciado o tratamento com inibidor da ECA e
diurético. A principal indicação da digoxina é na IC com
fibrilação atrial.
• A digoxina não está indicada em pacientes com IC
diastólica ou direita.
• Até o momento, não existe outro fármaco inotrópico
ativo por via oral tão eficaz quanto a digoxina.
• Geralmente não é usada, pois a IC leve a moderada
responde bem ao tratamento com inibidores da ECA e
diuréticos, não necessitando da digoxina.
6.1-Glicosídeos digitálicos 
• Efeitos adversos: a toxicidade da digoxina é uma das
reações adversas a fármacos mais comumente
encontradas.
• Dosar o K+ sérico, pois sua diminuição aumenta o risco.
• Efeitos cardíacos: arritmia causada pela diminuição do
potássio intracelular.
• Efeitos gastrintestinais: anorexia, náusea e êmese.
• Efeitos sobre o SNC: cefaleia, fadiga, confusão, visão
borrada, alteração da percepção de cores e halos em
objetos escuros.
6.1-Glicosídeos digitálicos 
DIGITÁLICOS
INTOXICAÇÃO - causas
1- Erros do paciente
2- Erros do profissional
3- Acidose metabólica 
4- Idade avançada 
5- Hipocalemia
6- Hipomagnesemia
7- Hipercalcemia
8- Interação medicamentosas 
Índice terapêutico 
reduzido: 
Pequena margem 
entre a dosagem 
terapeuticamente 
eficaz e a que é tóxica 
ou mesmo fatal. 
• A estimulação beta-adrenérgica melhora o desempenho
cardíaco porque tem efeito inotrópico positivo e
vasodilatação.
• A dobutamina é o fármaco inotrópico mais comumente
usado além da digoxina.
• Mecanismo de ação: aumenta o AMPc = ativação da
proteína-quinase = fosforilação pela proteína-quinase =
entrada de íon cálcio nas células miocárdicas aumenta =
estimula a contração.
• Deve ser administrada por infusão IV – droga de escolha no
tratamento de IC aguda em ambiente hospitalar.
6.2-Agonistas beta-adrenérgicos 
• Representantes: lnanrinona (anteriormente anrinona) e
milrinona.
• Mecanismo de ação: inibem a fosfodiesterase =
aumentam a concentração intracelular de AMPc.
• Tratamento prolongado: aumento substancial do risco de
mortalidade.
• Entretanto, o uso IV da milrinona por período curto não
está associado a aumento da mortalidade, e podem ser
obtidas algumas vantagens sintomáticas quando ela for
usada em pacientes com IC refratária.
6.3-Inibidores da fosfodiesterase
• Pacientes com doença cardíaca avançada apresentam
níveis elevados de aldosterona devido à estimulação da
angiotensina II e à redução da depuração hepática do
hormônio.
• Representantes:
• Espironolactona: Aldactone.
• Eplerona: Inspra. Menor incidência de efeitos adversos
endócrinos devido à sua menor afinidade pelos receptores
de glicocorticoides, androgênios e progesterona. Reduz a
mortalidade em pacientes com disfunção ventricular
esquerda sistólica e IC após infarto agudo do miocárdio.
7-ANTAGONISTAS DA ALDOSTERONA 
• Espironolactona: previne a retenção de sal, a hipertrofia
miocárdica e a hipopotassemia.
• O tratamento com espironolactona deve ser reservado
para os casos mais avançados de IC.
• Promove retenção de potássio: pacientes não devem
receber suplementação de potássio.
• Efeitos adversos: distúrbios gástricos, como gastrite e
úlcera péptica, efeitos sobre o SNC, como letargia e
confusão, e alterações endócrinas, como ginecomastia,
diminuição de libido e irregularidades menstruais.
7-ANTAGONISTAS DA ALDOSTERONA 
ANTIANGINOSOS
• É a causa mais comum de mortalidade em todo o
mundo.
• Os pacientes comumente morrem por
insuficiência da bomba devido a um infarto do
miocárdio (necrose tecidual) ou devido à arritmia
fatal.
• Pode se apresentar de diferentes formas: angina
de peito, síndrome coronária aguda, arritmias,
respiração curta e outras.
Doença aterosclerótica das artérias 
coronárias
• Angina pectoris (ou angina de peito): é um quadro
repentino e grave. É causada pelo fluxo sanguíneo
coronariano que é insuficiente para suprir a demanda
de oxigênio do miocárdio, levando à isquemia.
• Sintomas: dor comprimindo o peito que se irradia
pelo pescoço, pela mandíbula, pelas costas e pelos
braços.
• São episódios transitórios (15 segundos a 15
minutos) de isquemia miocárdica, portanto não
causam morte celular, como ocorre no IAM.
Angina pectoris
• Isquemia crônica pode levar à deterioração da função
cardíaca, levando, por sua vez, à insuficiência cardíaca, a
arritmias e à morte súbita.
• Três classes de fármacos usados notratamento de
pacientes com angina estável: nitratos orgânicos, beta-
bloqueadores e bloqueadores de canais de cálcio.
• Mecanismo de ação: diminuem a demanda de oxigênio pelo
coração afetando a pressão arterial, o retorno venoso, a
frequência e a contratilidade cardíacas.
• Mudanças no estilo de vida e nos fatores de risco,
especialmente parar de fumar, também são importantes no
tratamento da angina.
Angina pectoris
• Causam rápida redução na demanda miocárdia de
oxigênio, seguido por alívio rápido dos sintomas.
• São eficazes na angina estável e na instável, bem como
na angina pectoris variante.
• Representantes:
• Dinitrato de isossorbida: Isordil.
• Mononitrato de isossorbida: Monocordil.
• Nitroglicerina: trinitrato de glicerila. Nitrostat e
Vernies (sublinguais).
• Nitrato de amila: inalatório.
1-NITRATOS ORGÂNICOS 
• Mecanismo de ação:
• Aumenta a perfusão do miocárdio e assim aliviam a angina
vasoespástica.
• Relaxam as veias (venodilatação), diminuindo a pré-carga e
o consumo cardíaco de oxigênio.
• Efeitos adversos: cefaleia (mais comum); hipotensão
postural, rubor facial e taquicardia (em doses altas).
• Os inibidores de fosfodiesterase V como sildenafila,
tardenafila e vardenafila potencializam a ação dos
nitratos = hipotensão. Associação contraindicada.
1-NITRATOS ORGÂNICOS 
SEM NITRATO COM NITRATO
• Mecanismo de ação:
• Bloqueiam os receptores Beta1, reduzindo o trabalho do
coração por diminuir a frequência, a contratilidade e o
débito cardíaco e a pressão arterial.
• Por estes efeitos, os beta-bloqueadores são os fármacos de
escolha para tratar a angina de esforço.
• Diminuem a frequência e a gravidade dos ataques de angina.
• Contraindicação: asma, diabetes, bradicardia grave, doença
vascular periférica e doença pulmonar obstrutiva crônica.
• Representantes: Acebutolol, Atenolol, Metoprolol e
Propranolol.
2-BLOQUEADORES BETA-ADRENÉRGICOS 
• O propranolol é o protótipo dessa classe de compostos,
mas não é cardiosseletivo. Por isso, outros beta-
bloqueadores, como metoprolol e atenolol, são preferidos.
• Nota: todos em doses elevadas são não seletivos e podem
inibir receptores Beta2.
• Pindolol: menos eficazes e devem ser evitados na angina.
• Metoprolol: úteis no tratamento de pacientes com infarto
do miocárdio e prolongam a sobrevivência.
• Nota: é importante não interromper abruptamente o uso.
Reduzir gradualmente por 2 a 3 semanas para evitar
rebotes de angina, infarto do miocárdio e hipertensão.
2-BLOQUEADORES BETA-ADRENÉRGICOS 
• O cálcio é essencial para a contração muscular.
• Mecanismo de ação: Protegem o tecido inibindo a
entrada de cálcio nas células cardíacas e musculares lisas
dos leitos arteriais coronarianos e sistêmicos.
• Representantes: Amlodipino, Diltiazem, Felodipino,
Nicardipino, Nifedipino e Verapamil.
•Todos os bloqueadores de canais de cálcio reduzem a
pressão arterial. Eles podem agravar a insuficiência
cardíaca devido ao seu efeito inotrópico negativo.
3-BLOQUEADORES DE CANAIS DE CÁLCIO 
• Nifedipino: Adalat.
• Exerce maior efeito nos músculos lisos nos vasos
periféricos.
• Apresenta efeito mínimo na condução e na frequência
cardíacas.
• É administrado por via oral, normalmente na forma de
comprimidos de liberação prolongada.
• Efeitos adversos: rubor, cefaleia, hipotensão, edema
periférico e constipação.
3-BLOQUEADORES DE CANAIS DE CÁLCIO 
• Verapamil: Dilacoron.
• Afeta principalmente o miocárdio.
• Causa maior efeito inotrópico negativo do que o nifedipino,
mas é um vasodilatador mais fraco.
• Extensamente biotransformado pelo fígado: cuidado em em
pacientes com disfunção hepática.
• Contraindicação: pacientes com depressão da função
cardíaca preexistente ou anormalidades de condução AV.
• Causa constipação.
• Usar com cautela em pacientes que estão tomando
digoxina, pois ele aumenta os níveis desse fármaco.
3-BLOQUEADORES DE CANAIS DE CÁLCIO 
• Diltiazem: Cardizem.
• Apresenta ação intermediária.
• Apresenta efeitos cardiovasculares similares aos do
verapamil.
• Reduz a frequência cardíaca e a pressão arterial.
• Extensamente biotransformado no fígado.
• Efeitos adversos: incidência baixa.
• As interações com outros fármacos são as mesmas
indicadas para o verapamil.
3-BLOQUEADORES DE CANAIS DE CÁLCIO 
• Representante: Ranolazina – Ranexa.
• Inibe a última fase da corrente de sódio melhorando a
equação suprimento-e-demanda de oxigênio.
• É indicada para o tratamento da angina crônica e pode
ser usada só ou em combinação com outros tratamentos
tradicionais.
• É mais frequentemente usada como opção nos
pacientes em que outros tratamentos anginosos
falharam.
• Não é usada no tratamento de ataque agudo de angina.
4-BLOQUEADORES DE CANAIS DE SÓDIO 
ANTI-HIPERLIPIDÊMICOS
• São anormalidades da concentração sanguínea do
colesterol total e suas frações, ou seja, das gorduras
circulantes no sangue.
• Predispõe ao aparecimento da aterosclerose
(formação de placas de gordura na parede das
artérias).
• A aterosclerose e suas manifestações clínicas como o
infarto do miocárdio (ataque cardíaco) e o acidente
vascular cerebral (derrame cerebral) são a principal
causa de morte no Brasil.
DISLIPIDEMIA
• Relacionada com níveis elevados da lipoproteína de baixa
densidade (LDL) colesterol e triacilgliceróis e com níveis baixos
de lipoproteína de alta densidade (HDL) colesterol.
• Outros fatores de risco para DCC incluem o fumo, a
hipertensão, a obesidade e o diabetes.
• Causas:
• Resultado do estilo de vida do indivíduo.
• Defeito genético que compromete o metabolismo das
lipoproteínas.
• Combinação de fatores genéticos e estilo de vida (mais
comum).
DOENÇA CARDÍACA CORONARIANA (DCC)
• Alterações adequadas no estilo de vida associadas ao
tratamento farmacológico podem levar ao declínio da
progressão das placas coronarianas, à regressão de
lesões preexistentes e à redução da mortalidade
decorrente de DCC em 30 a 40%.
• Os fármacos anti-hiperlipêmicos precisam ser
utilizados por tempo indefinido porquê, quando o
tratamento é interrompido, os níveis plasmáticos de
lipídeos retornam aos valores pré-tratamento.
DOENÇA CARDÍACA CORONARIANA (DCC)
• Os lipídeos plasmáticos consistem principalmente em
lipoproteínas.
• As lipoproteínas clinicamente importantes, listadas em
ordem decrescente de aterogenicidade, são LDL,
lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL),
quilomícrons e HDL.
• DCC está associada de forma positiva ao alto colesterol
total no sangue e, ainda mais fortemente, ao LDL
colesterol elevado.
• Altos níveis de HDL colesterol estão associados a um
menor risco de doenças cardíacas.
OBJETIVOS DO TRATAMENTO 
• A diminuição do nível de LDL é o objetivo principal do
tratamento de redução do colesterol.
• Hiperlipemia moderada: alterações do estilo de vida (dieta,
exercícios e emagrecimento) = modesta redução nos níveis de
LDL e no aumento nos níveis de HDL.
• Mas as pessoas não estão dispostas a alterar seus hábitos de
modo suficiente, a fim de alcançar o objetivo.
• Níveis de LDL acima de 160 mg/dL + um fator de risco
importante (hipertensão, diabetes, fumo ou história familiar de
DCC): tratamento farmacológico.
• Dois ou mais fatores de risco adicionais: tratamento enérgico,
visando a reduzir o nível de LDL para menos do que 100 mg/ dL
e, em alguns pacientes, até 70 mg/mL.
Tratamento contra a hipercolesterolemia
• Níveis elevados de triacilglicerol (triglicéride) estão
independentemente associados a um maior risco de DCC.
• Dieta e exercícios físicos são as principais formas de combater
a hipertriacilglicerolemia.
• Tratamento:
• Niacina e derivados do ácido fíbrico são os mais eficazes na
redução dos níveis de triacilglicerol.• Estatinas: é um benefício secundário das estatinas (o benefício
primário é a redução do colesterol LDL).
• Nota: o principal componente do VLDL é constituído de
triacilglicerol.
Tratamento contra a hipertriacilglicerolemia
• Representantes: Pitavastatina, rosuvastatina,
atorvastatina, sinvastatina, pravastatina, lovastatina e
fluvastatina por ordem de potência na redução do LDLc).
• São análogos do HMG (3-hidroxi-3-metilglutaril), o
precursor do colesterol.
• Mecanismo de ação: Devido à sua grande afinidade pela
enzima, todas competem efetivamente para inibir a HMG
CoA redutase, a etapa limitante da síntese do colesterol.
Inibindo a síntese de novo do colesterol, elas esgotam o
seu suprimento intracelular.
Inibidores da HMG CoA redutase - Estatinas 
• Benefícios terapêuticos:
• Estabilização das placas;
• Melhora da função endotelial coronariana;
• Inibição da formação do trombo plaquetário;
• Atividade anti-inflamatória.
•Usos terapêuticos: na redução dos níveis plasmáticos de
colesterol em todos os tipos de hiperlipidemias.
• Pacientes homozigotos para hipercolesterolemia familiar
não têm receptores de LDL, não se beneficiam com o
tratamento.
Inibidores da HMG CoA redutase - Estatinas 
• Efeitos adversos:
• Fígado: anormalidades bioquímicas na função hepática.
Avaliar a função hepática e níveis plasmáticos de
transaminase. Eles retornam ao normal com a suspensão
do fármaco.
• Músculo: miopatia e rabdomiólise (raros). Avaliar os
níveis plasmáticos de creatinaquinase.
• Interações farmacológicas: aumentar os níveis de
varfarina. Avaliar INR.
• Contraindicações: durante a gravidez e a lactação. Eles
não devem ser utilizados em crianças e adolescentes.
• Reduz os níveis de LDL (10 a 20%).
• Fármaco mais eficaz para aumentar os níveis de HDL.
• Pode ser usada em combinação com as estatinas.
• Mecanismo de ação:
• Inibe fortemente a lipólise no tecido adiposo - o principal
produtor dos ácidos graxos livres circulantes = diminui VLDL e
consequentemente LDL.
• Aumenta os níveis de HDL.
• Reverter algumas disfunções das células endoteliais que
contribuem para a trombose associada à hipercolesterolemia e
à aterosclerose.
Niacina (ácido nicotínico) 
• Usos terapêuticos: Reduz os níveis plasmáticos de
colesterol e de triacilglicerol.
• Tratamento das hiperlipidemias familiares.
• Tratamento de outras hipercolesterolemias graves,
frequentemente associada a outros anti-hiperlipêmicos.
• É o fármaco anti-hiperlipidêmico mais potente para elevar os
níveis plasmáticos de HDL (indicação clínica mais comum).
• Efeitos adversos: intenso rubor cutâneo (acompanhado por
uma desconfortável sensação de calor) e prurido. A
administração de ácido acetilsalicílico previamente à niacina
reduz o rubor. Náuseas e dor abdominal (raros).
Hiperuricemia, gota, hepatotoxicidade e intolerância à
glicose.
• São derivados do ácido fíbrico.
• Reduzem os triacilgliceróis e aumentam os níveis de HDL do
plasma.
• Ambos têm o mesmo mecanismo de ação, mas o
fenofibrato é mais eficaz do que o genfibrozila.
• Mecanismo de ação: ativação dos Receptores Ativados da
Proliferação de Peroxissomos (PPARα) = aumenta a lipólise e
a eliminação das partículas aterogênicas ricas em
triglicerídeos. Também induz aumento na síntese de
apoproteínas AI e AII = redução de VLDL e LDL e um
aumento no HDL.
Fibratos: fenofibrato e genfibrozila
• São resinas que se ligam aos ácidos biliares: reduzem
significativamente o colesterol LDL, mas são menos eficazes
que as estatinas.
• Representates: colestiramina, o colestipol e o colesevelam.
• Efeitos adversos:
• Efeitos GI: constipação, náuseas e flatulência.
• Deficiência de absorção: Em altas doses, prejudicam a absorção das
vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K).
• Interações farmacológicas: tetraciclina, fenobarbital, digoxina,
varfarina, pravastatina, fluvastatina, ácido acetilsa/icílico e diuréticos
tiazídicos (inibem a absorção). Fármacos devem ser administrados
pelo menos 1 a 2 horas antes, ou 4 a 6 horas depois das resinas.
Sequestradores de ácidos biliares (resinas) 
• Mecanismo de ação: realizam trocas de ânions e que se
ligam aos ácidos e sais biliares com carga negativa no
intestino delgado, o complexo resina/ácido biliar é excretado
nas fezes (não retornem ao fígado através da circulação
enteroepática). A redução da concentração de ácidos graxos
faz com que os hepatócitos aumentem a conversão de
colesterol em ácidos biliares = diminui colesterol intracelular
= maior absorção de colesterol contendo partículas LDL,
levando a uma redução do LDL plasmático.
• Em alguns pacientes também se observa um leve aumento
nos níveis plasmáticos de HDL.
Sequestradores de ácidos biliares (resinas) 
• Representante: ezetimiba.
• Mecanismo de ação: inibe seletivamente a absorção de
colesterol da dieta e da bile no intestino delgado,
diminuindo a oferta de colesterol intestinal para o fígado.
• Não apresenta efeitos clinicamente significativos nas
concentrações plasmáticas de vitaminas lipossolúveis A, D
e E.
• Contraindicação: Pacientes com insuficiência hepática
moderada a grave não devem ser tratados com ezetimiba.
Inibidores da absorção de colesterol 
Chega por hoje?
FARMACOLOGIA - GRAZIELA ROSSI
ALMEIDA, R. N. Psicofarmacologia: fundamentos práticos. Rio de Janeiro. Guanabarra Koogan, 2005.
CLARK, M. A. et al. Farmacologia ilustrada. 5.ed. - Dados eletrônicos. - Porto Alegre : Artmed, 2013. 
CRAIG, C.; ROBERT, E.; STITZEL, R. E. Farmacologia moderna com aplicações cínicas. 6ed. Rio de 
Janeiro. Guanabara Koogan, 2005.
DALE, M. M. et al. Farmacologia. 6 ed. Rio de Janeiro. Elsevier, 2008.
ELOIR, P., COLAB. Cuidados com os medicamentos. 4 ed. Porto Alegre. UFRGS, 2004.
FUCHES, F. D.; WANNMACHER, L.; FERREIRA, M. B. C. Farmacologia clínica, fundamentos de 
terapêutica nacional. 4 ed. Rio de Janeiro. Gunabara Koogan, 2004.
GOODMAN & GILMAN. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. McGraw-Hill Interamericana do 
Brasil Ltda. 11ªedição, 2005.
GRAHAME, S. D. G.; ARONSON, J. K. Tratado de farmácia clínica e farmacoterapia. 3 ed. Rio de 
Janeiro. Guanabara Koogan, 2004.
KATZUNG, B. G. Farmacologia básica e clínica. 8 ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2003.
REFERÊNCIAS

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