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Febre Amarela Elimar Lorenzon Henrique Fiorot Lirielly Vitorugo SAÚDE AMBIENTAL E OCUPACIONAL | Regina Keller Sumário Doença Agente Etiológico Vetor Reservatório Ciclo Biológico Modo de Transmissão Patogênese Ocorrência da Doença Formas de Prevenção Artigo Científico Referências 2 MANCHETES JORNAIS 3 FEBRE AMARELA E AGENTE ETIOLÓGICO A doença é considerada aguda e hemorrágica e recebe este nome, pois causa amarelidão do corpo (icterícia) e hemorragia em diversos graus. O vírus é tropical e mais comum na América do Sul e na África. Apesar de ser considerado um vírus perigoso, a maioria das pessoas não apresentam sintoma e evoluem para a cura. A febre amarela pertence à classificação das arboviroses, tendo várias diferenças entre a dengue e ao Zika vírus, apesar de pertencerem à família dos Flavivírus. 4 VETOR A febre amarela é transmitida pelos mosquito: Aedes aegypti e Aedes albopictus (em áreas urbanas) Haemagogus e Sabethes (em áreas rurais) O mosquito é infectado ao picar uma pessoa ou animais com a doença e então desenvolve a doença e passa a transmiti-la para quem ele picar. 5 RESERVATÓRIO Reservatório é um animal de outra espécie, que alberga o agente etiológico de determinada doença e o elimina para o meio exterior com capacidade infectante, ou seja, é o animal que aloja algum tipo de parasita sem que este seja prejudicado. O reservatório do vírus da febre amarela é o próprio mosquito. 6 CICLO DA DOENÇA Existem dois ciclos da febre amarela: Febre amarela silvestre: em que mosquitos destas regiões se infectam picando primatas com a doença e podem transmitir a um humano que visite este habitat Febre amarela urbana: em que um humano infectado anteriormente pela febre amarela silvestre a transmite para mosquitos urbanos, como o Aedes aegypti, que a espalham. 7 É importante alertar que em ambos os casos a doença é a mesma, a diferenciação do ciclo de transmissão apenas ajuda nas estratégias para evitar a disseminação da febre amarela. A pessoa permanece em estado de viremia, ou seja, capaz de transmitir o vírus para mosquitos, por até 7 dias após ter sido picada. 7 MODO DE TRANSMISSÃO 8 PATOGÊNESE Muitas pessoas que contraem a febre amarela não apresentam sintomas, e quando os apresentam, os mais comuns são: Febre Dores musculares em todo o corpo, principalmente nas costas Dor de cabeça Perda de apetite Náuseas e vômito Olhos, face ou língua avermelhada Fotofobia Fadiga e fraqueza. 9 Os sintomas nesta fase aguda da doença costumam durar entre três e quatro dias e passam sozinhos. ESTÁGIO 1: FASE AGUDA PATOGÊNESE Retorno da febre alta Icterícia, devido ao dano que o vírus causa no fígado Urina escura Dores abdominais Sangramentos na boca, nariz, olhos ou estômago. 10 Nesta fase chamada de tóxica, o vírus pode atingir diversos órgãos e sistemas, mas principalmente o fígado e rins No entanto, uma pequena porcentagem de pessoas pode desenvolver sintomas mais graves cerca de 24 horas após a recuperação dos sintomas mais simples. ESTÁGIO 2: FASE TÓXICA PATOGÊNESE O paciente pode apresentar delírios, convulsões e até entrar em coma. Dependendo do dano causado no organismo, esta fase da febre amarela pode levar a morte no intervalo entre sete e dez dias 11 ESTÁGIO 3: CASOS GRAVES Dependendo do dano causado no organismo, esta fase da febre amarela pode levar a morte no intervalo entre sete e dez dias. Por isso, pessoas que são diagnosticadas com febre amarela devem estar atentas ao aparecimento dos sintomas iniciais e observar se os sintomas mais graves se manifestarem, para busca de ajuda médica. 11 PATOGÊNESE e TRATAMENTO 12 Não há tratamento específico. Os esforços se concentram no controle dos sintomas e na limitação das complicações. Reidratação Anti-inflamatórios OCORRÊNCIA NO BRASIL 13 Fonte: Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde, 31 de maio de 2017. OCORRÊNCIA NA AFRICA 14 Fonte: WHO Working Group on the Geographic Risk of Yellow Fever, 2016. FORMAS DE PREVENÇÃO PROTEÇÃO COLETIVA Evitando a disseminação do mosquito. Evitar o acúmulo de água parada em recipientes destampados. Para eliminar o mosquito adulto, deve-se fazer a aplicação de inseticida através do "fumacê”. 15 FORMAS DE PREVENÇÃO PROTEÇÃO INDIVIDUAL Vacinação É a forma mais eficaz contra a doença, a qual proporciona imunização depois de 10 dias. Está disponível em postos de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Uso de repelente de insetos, mosquiteiros e roupas que cubram todo o corpo. 16 ESTATÍSTICAS E CURIOSIDADES MORTE DE MACACOS POR FEBRE AMARELA 18 Fonte: BBC, BRASIL 2017. De acordo com o Ministério da Saúde, quase 5,5 mil macacos morreram por suspeita de febre amarela desde o início do surto. NÚMEROS DE OCORRÊNCIAS DA FEBRE AMARELA NO BRASIL 19 Fonte: Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde, 31 de maio de 2017. NÚMEROS DE MORTES POR FEBRE AMARELA 20 Fonte: Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde, 31 de maio de 2017. ÁREAS DE RISCO DE FEBRE AMARELA NA AMÉRICA DO SUL 21 Fonte: WHO Working Group on the Geographic Risk of Yellow Fever, 2017. As áreas rurais e silvestres de quase todo o Brasil agora são consideradas áreas de risco para contaminação pela febre amarela. 21 ÁREAS DE RISCO DE FEBRE AMARELA NA AFRICA 22 Fonte: WHO Working Group on the Geographic Risk of Yellow Fever, 2015. Vídeo Explicação 23 23 ARTIGO CIENTÍFICO Artigo Científico Nome da Revista: Vaccine Fator de Impacto: 3,413 Ano de Publicação: 2014 Título do Artigo: Duration of post-vaccination immunity against yellow fever in adults Autores: Caldas I.R., et al. 25 Artigo Científico Justificativa: A evidência científica disponível para recomendar ou realizar reforço nas doses contra a febre amarela não é conclusiva. Portanto, estudos sobre o assunto se tornaram importantes, devido a alta incidência da doença ao redor do mundo. Objetivo da Pesquisa: Esta pesquisa teve o objetivo de avaliar o nível de anticorpos neutralizantes que persistem após anos da primeira vacinação contra a febre amarela em adultos. 26 Artigo Científico Resultados Obtidos: De 2011 a 2012 foram recrutados 691 indivíduos (73% do sexo masculino), entre 18 e 83 anos. O tempo desde a vacinação variou de 30 dias a 18 anos. Taxas de soropositividade (95%C.I.) e GMT (International Units / mL) diminuiu com o tempo desde a vacinação: 27 Título acima de 2,90 indicam soropositivo. Soropositivo, ocorre produção de anticorpos contra o antivírus. - Dentro dos soronegativos, ou seja 4,8% da população analisada não responderam a vacinação como esperado, não produziram a quantidade de anticorpos como esperado. - Nos soronegativos, o intervalo de 5-9 anos pós vacinação apresentou um aumento em 5,1 em relação ao intervalo anterior. Há portanto uma queda considerável pós 5 anos de vacinação. - A maior taxa de soropositividade no grupo ≥ 12 anos, em comparação com o grupo 10-11 anos, pode ser devido a diferenças na vacina e à dupla vacinação não registrada ou não relatada, pois é plausível que tenha acontecido a revacinação em indivíduos que tenham tomado a primeira dose a 10 anos. 27 Artigo Científico Conclusão: Os dados deste e outros estudos podem indicar a necessidade de antecipar a revacinação, considerando que a percentagem de indivíduos soronegativos é alta pós 5 anos de vacinação; A realização de testes para selecionar indivíduos que necessitam de revacinação não é recomendada como medida de saúde pública; A recomendação de abolir a vacinação a cada 10 anos parece mais segura se a administração de 2 doses for adotada em áreas endêmicas, particularmente aquelas em que a primeira vacinação é realizada rotineiramente em crianças menores de 2 anos. 28 O maior desafio encontrado pelos pesquisadores neste estudo foi garantir que as 691 pessoas em teste tinham tomado somente 1 dose da vacina. 28 Artigo Científico 29Considerações Finais: Discussão nesta ultima epidemia sobre número de doses de imunização dos indivíduos. Estudo baseados em áreas não endêmicas do Brasil (Rio de Janeiro e Alfenas) De acordo com o artigo, não é necessário aplicar duas doses da vacina em áreas não endêmicas, não justificando a aplicação em pessoas previamente vacinadas. 29 Referências Febre amarela: sintomas, tratamentos e causas. Disponível em: <http://www.minhavida.com.br/saude/temas/febre-amarela> Acesso em 16 de junho de 2017. Centro de Informações em Saúde para viajantes. Disponível em: <http://www.cives.ufrj.br/informacao/fam/fam-iv.html> Acesso em 16 de julho de 2017. Portal da Saúde - Situação Epidemiológica / Dados. Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/situacao-epidemiologica-dados-febreamarela> Acesso em 17 de julho de 2017. COLLABORATIVE GROUP FOR STUDIES ON YELLOW FEVER VACCINES et al. Duration of post-vaccination immunity against yellow fever in adults. Vaccine, v. 32, n. 39, p. 4977-4984, 2014. 30 Referências Centers for Disease Control and Prevention – Infectious Diseases Related to Travel, Yellow Fever. Disponível em: <https://wwwnc.cdc.gov/travel/yellowbook/2018/infectious-diseases-related-to-travel/yellow-fever> Acesso em 17 de julho de 2017. Yellow fever among travellers returning from South America. Disponível em: <http://ecdc.europa.eu/en/publications/Publications/14-03-2017-RRA-Yellow%20fever,%20Flaviviridae-Suriname,%20Southern%20America.pdf> Acesso em 17 de julho de 2017. COES – Febre Amarela. Disponível em: <http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/junho/02/COES-FEBRE-AMARELA---INFORME-43---Atualiza----o-em-31maio2017.pdf> Acesso em 17 de julho de 2017. 31 OBRIGADO! Elimar Lorenzon Henrique Fiorot Lirielly Vitorugo
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