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Elementos da Ação e Competência Profª Me. Michele Cristina Souza Colla de Oliveira Unidade de Estudos: Teoria Geral do Processo Leituras indispensáveis: • Livro disponível na Biblioteca on line da UNIFEOB: • 1. Acesse o sistema e clique em: • 2. Busque o título: • Leitura dos capítulos: • Cap. 16. Poder Judiciário: funções, estrutura e órgãos. • Cap 18. Organização Judiciária: conceito, conteúdo, competência legislativa. • Capítulo 26. Competência: conceito, espécies, critérios administrativos. Leia e analise os artigos seguintes (e os comentários): 86, 87, 90 a 214. Processo x Procedimento • “Processo é o método, isto é, o sistema de compor a lide em juízo através de uma relação jurídica vinculativa de direito público, enquanto procedimento é a forma material com que o processo se realiza em cada caso concreto” (THEODORO JR). • Procedimento: define e ordena os diversos atos processuais necessários. As 3 funções do processo: 1. Verificar a efetiva situação jurídica das partes (processo de cognição 2. Realizar efetivamente a situação jurídica apurada (processo de execução); e, 3. Estabelecer as condições necessárias para que se possa, num ou noutro caso, pretender a prestação jurisdicional. Classificação do PROCESSO: Processo de Cognição Processo de Execução Processo Cautelar Obs.: As atividades jurisdicionais de cognição e execução são independentes entre si! Elementos da Ação Profª Me. Michele Cristina Souza Colla de Oliveira Unidade de Estudos: Teoria Geral do Processo Elementos da ação ou elementos identificadores da causa: Elementos da ação Partes “Identidade de parte”: PF ou PJ. Pedido Equivale a lide! É o bem jurídico pretendido pelo autor perante o réu. Causa de Pedir NÃO é a norma legal invocada pela parte, mas o fato jurídico que ampara a pretensão. Litispendência? Art. 301, CPC: § 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada, quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) § 2o Uma ação é idêntica à outra quando tem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) § 3o Há litispendência, quando se repete ação, que está em curso; há coisa julgada, quando se repete ação que já foi decidida por sentença, de que não caiba recurso. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) Direito Processual – Direito privado ou público? • O direito processual, assim como o constitucional e o penal, é um ramo do direito público, uma vez que suas normas, disciplinadas pelo Estado, são de ordem pública e de observação COGENTE pelos particulares. • NORMAS COGENTES: são aquelas que constrangem à quem se aplica, tornando seu cumprimento obrigatório de maneira coercitiva. “A jurisdição é una”!!! • Art. 1º, CPC: A jurisdição civil, contenciosa e voluntária, é exercida pelos juízes, em todo o território nacional, conforme as disposições que este Código estabelece. • Jurisdição UNA: “A jurisdição, como poder ou função estatal, é una e abrange todos os litígios que se possam instaurar em torno de quaisquer assuntos de direito.” (THEODORO JR). • Obs.: A diferença de matéria jurídica a ser manipulada pelos juízes, na composição dos litígios, conduz à necessidade de especialização dos julgadores e das leis, surgindo a organização judiciária e o códigos processuais(fixação de competência). Subdivisões do Direito Processual: Internacional e Interno (nacional) CIVIL LAW e COMMON LAW: sistemas do Direito Processual COMPETÊNCIA Diferença entre Jurisdição e Competência: • Conceito de jurisdição: “(...) é a função do Estado de declarar e realizar, de forma prática, a vontade da lei diante de uma situação controvertida.” (THEODORO Jr). • Conceito jurídico de competência: “É a quantidade ou medida de poder atribuída a um determinado órgão” ou “ (...) o conjunto de limites dentro dos quais cada órgão do Judiciário pode exercer legitimamente a função jurisdicional”. • Em síntese: a competência é o critério de distribuir entre os vários órgãos judiciários as atribuições relativas aos desempenho da jurisdição. Distribuição de competências ou Estrutura do Poder Judiciário: normas constitucionais a. Supremo Tribunal Federal (art 102, CF) b. Superior Tribunal de Justiça (art. 105, CF) c. Justiça Federal (art. 108 e 109, CF) d. ESPECIAIS: Justiças Eleitoral, Militar e Trabalhista (arts. 114, 121 e 124, CF). Atenção: a competência da justiça local, ou estadual, é RESIDUAL, ou seja, tudo o que não toca à Justiça Federal ou às Especiais é da competência dos órgãos judiciários dos Estados. Art. 125, CF. Competência: absoluta e relativa Profª Me. Michele Cristina Souza Colla de Oliveira Unidade de Estudos: Teoria Geral do Processo CNJ: Conselho Nacional de Justiça. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é uma instituição pública que visa aperfeiçoar o trabalho do sistema judiciário brasileiro, principalmente no que diz respeito ao controle e à transparência administrativa e processual. CNJ Missão do CNJ - Contribuir para que a prestação jurisdicional seja realizada com moralidade, eficiência e efetividade em benefício da Sociedade Visão do CNJ - Ser um instrumento efetivo do Poder Judiciário Transparência e controle: o que CNJ faz? • Na Política Judiciária: zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, expedindo atos normativos e recomendações. • Na Gestão: definir o planejamento estratégico, os planos de metas e os programas de avaliação institucional do Poder Judiciário. • Na Prestação de Serviços ao Cidadão: receber reclamações, petições eletrônicas e representações contra membros ou órgãos do Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializado. • Na Moralidade: julgar processos disciplinares, assegurada ampla defesa, podendo determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas. • Na Eficiência dos Serviços Judiciais: melhores práticas e celeridade: elaborar e publicar semestralmente relatório estatístico sobre movimentação processual e outros indicadores pertinentes à atividade jurisdicional em todo o País. Conceito jurídico de “Competência”. É a quantidade ou medida de poder atribuída a um determinado órgão. Art. 86, CPC. As causas cíveis serão processadas e decididas, ou simplesmente decididas, pelos órgãos jurisdicionais, nos limites de sua competência, ressalvada às partes a faculdade de instituírem juízo arbitral. Princípios básicos. A. Indisponibilidade da competência: o órgão (Tribunal) não dispõe (legisla) sobre sua competência e cabe ao legislador dar flexibilidade a estas regras (modificar/alterar). B. Tipicidade da competência: em regra, a competência deve estar prevista em normas positivadas. Existem, também, competências implícitas, uma vwz que não pode haver vácuo de competência (algum Juiz ou Desembargador tem que ser competente). Distribuições constitucionais das competências: • A distribuição da competência é uma tarefa legislativa. A primeira grande distribuição está na CF/88 ao criar as cinco justiças: • A. Justiça Federal Comum; • B. Justiça do Trabalho; • C. Justiça Eleitoral; • D. Justiça Militar; • E. Justiça Estadual. Fixação ou determinação da competência: É a identificação de qual é o órgão que vai julgar a causa, que se dá pela aplicação do art.87 do CPC: Art. 87. Determina-se a competência no momento em que a ação é proposta. São irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem o órgão judiciário ou alterarem a competência em razão da matéria ou da hierarquia. O momento da propositura da ação é a distribuição ou o momento do despacho inicial dos casos em que só houver um juiz e um juízo. Art. 263, CPC. Considera-se proposta a ação, tanto que a petição inicial seja despachada pelo juiz, ou simplesmente distribuída, onde houver mais de uma vara. A propositura da ação, todavia, só produz, quanto ao réu, os efeitos mencionados no art. 219 depois que for validamente citado). Estabilização da competência ou Perpetuatio jurisdictionis: Art. 87. Determina-se a competência no momento em que a ação é proposta. São irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem o órgão judiciário ou alterarem a competência em razão da matéria ou da hierarquia. • A segunda parte do artigo 87, CPC, diz que fixada à competência não importa os fatos supervenientes, pois não alteram a competência já fixada (regra de estabilidade do processo). É a perpetuação da jurisdição. Competência absoluta e competência relativa Competência absoluta e competência relativa • COMPETÊNCIA ABSOLUTA: é a competência insuscetível de sofrer modificação, seja pela vontade das partes, ou por prorrogação oriunda de conexão ou continência de causas. • COMPETÊNCIA RELATIVA, ao contrário, é a competência passível de sofrer modificação por vontade das partes ou por prorrogação oriunda de conexão ou continência de causas. • Conexão: Art. 103, CPC. Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando Ihes for comum o objeto ou a causa de pedir. • Continência: Art. 104, CPC. Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras. Competência absoluta e competência relativa Competência absoluta e competência relativa A incompetência absoluta e a relativa não geram a extinção do processo, mas apenas a remessa dos autos para o juízo competente. Exceções: nos Juizados e a incompetência internacional, poderão gerar a extinção. Distinção entre competência originária e derivada: Distinção entre competência originária e derivada: • Competência originária é a competência para conhecer e julgar as causas em primeiro lugar. A regra é que os juízos singulares tenham competência originária. Contundo, há casos em que os Tribunais possuem competência originária, mas são excepcionais. • Competência derivada é a competência para julgar os recursos (recebe a causa em um segundo momento). A regra é que a competência derivada seja dos Tribunais. Competência internacional (art. 88 a 90, CPC) A competência internacional pode ser: a. Concorrente (art. 88, CPC): b. Exclusiva (art. 89, CPC). Competência internacional (art. 88 a 90, CPC) A competência internacional pode ser: a. Concorrente (art. 88, CPC): b. Exclusiva (art. 89, CPC). Competência internacional (art. 88 a 90, CPC) A competência internacional concorrente (art. 88, CPC): Art. 88, CPC. É competente a autoridade judiciária brasileira quando: I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; III - a ação se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil. Parágrafo único. Para o fim do disposto no no I, reputa-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que aqui tiver agência, filial ou sucursal. Competência internacional (art. 88 a 90, CPC) A competência internacional exclusiva (art. 89, CPC): Art. 89. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; II - proceder a inventário e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja estrangeiro e tenha residido fora do território nacional. Competência interna (art. 91 ao 124, CPC): Competência interna: verificando-se a competência da justiça brasileira, resta saber qual será o órgão do Poder Judiciário responsável pelo julgamento da causa. Competência interna (art. 91 ao 124, CPC): • Competência interna, por sua vez, divide-se em: • A. Da Competência em Razão do Valor e da Matéria (artigos 91 e 92, CPC); • B. Da Competência Funcional (art. 93, CPC); • C. Da Competência Territorial (artigos 94 a 100, CPC) Em outras palavras...os critérios para fixação dividem- se em: objetivo, funcional ou territorial. Classificação origina-se dos elementos da ação ou demanda. São eles: • PARTES • PEDIDO • CAUSA DE PEDIR Competência em razão da pessoa (elemento parte): 1) Competência em razão da pessoa (elemento parte): considera uma das partes. 2) Exemplo: art. 109, I, CF/88. Competência da Justiça Federal para julgar as causas de interesse da União ou de pessoa jurídica da administração indireta federal. Art. 109, CF. Aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; Competência em razão do valor da causa (elemento pedido): • Competência em razão do valor da causa (elemento pedido): o valor da causa é determinado pelo pedido. • Exemplo: Juizados especiais cíveis e federais. • Atenção: Juizado Especial Federal, apesar de ser competência em razão do valor da causa, esta competência é absoluta. Exemplo: a COMPETÊNCIA do Juizado Especial Cível – Lei n. 9.099/95 Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas: I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo; Salário mínimo nacional (R$ 741,00). Portanto, valor que não exceda R$ 28.960,00. II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil; III - a ação de despejo para uso próprio; IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao fixado no inciso I deste artigo. (...) omissis; Competência em razão da matéria (elemento causa de pedir): • Competência em razão da matéria (elemento causa de pedir): pela natureza jurídica da relação de direito material travada no processo Exemplo: família — vara de família; trabalho — vara do trabalho, etc.). OBS: a competência em razão da matéria e da pessoa é absoluta. Via de regra, a competência em razão do valor da causa é relativa. Competência Funcional: Funcional: Conecta com as funções exercidas pelo órgão jurisdicional durante o processo, por exemplo: função de julgar, executar, julgar recurso, receber a reconvenção e ação cautelar. Possui duas dimensões: 1) Vertical: entre instâncias, também denominada de hierárquica. Ex: Tribunal de Justiça do RJ julga os recursos contra as decisões do juiz de primeira instância vinculado a ele. 2) Horizontal: ocorre na mesma instância. Ex: Tribunal do Júri, com as figuras do juiz pronunciante e do júri. No Processo Civil, o mesmo juiz competente para o processo cautelar será competente para o principal. Exercícios Questão 01. 1) Na jurisdição voluntária, o que ocorre é a mera participação da Justiça em negócios privados, afim de conferir-lhes validade. (A) Verdadeiro. (B) Falso. Questão 02. 2) A jurisdição é função exclusiva do Poder Judiciário,por intermédio de seus juízes, os quais decidem monocraticamente ou em órgãos colegiados e será sempre o poder-dever de o Estado declarar e realizar o direito. (A) Verdadeiro. (B) Falso. Questão 03. 3) A Jurisdição Contenciosa visa a integração do Estado para dar validade ao negócio jurídico, já a Jurisdição voluntária visa à composição de litígios. (A) Verdadeiro. (B) Falso. Questão 04. 4) O princípio da inércia da jurisdição quer dizer que como o juiz não pode proceder de ofício, a atividade jurisdicional tem sempre que ser provocada, para que ela exista de fato. E, o princípio da indeclinabilidade da jurisdição, o juiz não pode recusar-se a decidir ou mesmo, delegar essa função a outro órgão, já o princípio do juiz natural, entende-se: como o fato de que a jurisdição só pode ser exercida pelo órgão previsto abstratamente pela Constituição Federal, antes mesmo do surgimento da lide. (A) Verdadeiro. (B) Falso. Questão 05. 5) A jurisdição, que tem por finalidade compor os conflitos de interesses, resguardando a ordem jurídica e a autoridade da lei, constitui uma das funções de soberania do Estado. A respeito dessa função estatal, pode-se afirmar que os atos processuais praticados por quem não está legitimamente investido de jurisdição são nulos de pleno direito. (A) Verdadeiro. (B) Falso. Questão 06. 6) O direito processual civil, inserido no âmbito do direito público, refere-se ao conjunto de normas jurídicas que regulamentam a jurisdição, a ação e o processo, como forma de se eliminar conflitos de interesses exclusivamente de natureza penal. (A) Verdadeiro. (B) Falso. Questão 07. 7) Quando o magistrado julga o processo sem permitir que a parte apresente a sua defesa, estará infringindo os princípios do contraditório, da ampla defesa e o princípio do devido processo legal. (A) Verdadeiro. (B) Falso. Questão 08. 8) A jurisdição é sempre inerte, visto que o juiz aguardará a provo cação das partes, as quais incumbe dar início ao processo. (A) Verdadeiro. (B) Falso. Questão 09. 9) Autotutela e Autocomposição são formas não jurisdicionais de solução de conflito, ou seja, não conta m com a figura do Estado-juiz. Essas formas de solução de conflito são também chamadas de Equivalen tes Jurisdicionais. (A) Verdadeiro. (B) Falso. Questão 10. 10) As partes não poderão ser julgadas por juízo ou tribunal de exceção. Assim, em consonância com o princípio do juiz natural, às partes de um determinado litígio é assegurado que a pretensão resistida será apreciada por representante do poder estatal. (A) Verdadeiro. (B) Falso. Questão 11. 11) São princípios informadores e fundamentais inerentes à juridição: investidura, aderência ao território, indelegabilidade, juiz natural e inércia. (A) Verdadeiro. (B) Falso. Questão 12. 12) Marcos é Juiz de Direito. Foi procurado por José, cidadão de sua Comarca, o qual lhe narrou ter emprestado R$ 20.000,00 a João, que, no entanto, deixou de efetuar o pagamento na data do vencimento da dívida. Pediu-lhe providências para receber seu crédito. Marcos deverá determinar a notificação do devedor para pagar em 24 horas, sob pena de penhora de bens. (A) Verdadeiro. (B) Falso. Questão 13. 13) Sobre jurisdição, é correto afirmar: o fracionamento em órgãos jurisdicionais implica dualidade de jurisdição. (A) Verdadeiro. (B) Falso. Questão 14. 14) A lei é fonte primária do direito processual civil, pois é dela que emanam as regras necessárias à solução dos conflitos de interesses. as fontes do direito processual civil são: a lei, os costumes, a doutrina e a jurisprudência. (A) Verdadeiro. (B) Falso. Questão 15. 15) A jurisdição civil pode ser contenciosa ou voluntária. Ambas as jurisdições são exercidas por juízes, cuja atividade é regulada pelo Código de Processo Civil, muito embora a jurisdição voluntária se caracterize pela administração de interesses privados pelos órgãos jurisdicionais, ou seja, não existe lide ou litígio a ser dirimido judicialmente. (A) Verdadeiro. (B) Falso. Questão 16. 16) Normas de direito material possuem natureza instrumental, ao passo que as normas de direito processual são eminentemente substanciais. (A) Verdadeiro. (B) Falso. Questão 17. 17) O princípio da territorialidade aplica-se unicamente às normas de direito processual penal. (A) Verdadeiro. (B) Falso. Questão 18. 18) Suponhamos que você, como advogado, ingressou com uma ação indenizatória em janeiro de 2010, hoje (setembro/2014), inicia-se a vigência do novo Código de Processo Civil. Em face do exposto, o novo Código de Processo Civil não será aplicada ao processo já em trâmite. (A) Verdadeiro. (B) Falso. Aprofundamentos – Competência no Processo Civil Concurso: MPE-RO - Promotor de Justiça Acerca de jurisdição, competência, processo e ação, assinale a opção correta. a) O princípio da indelegabilidade estabelece que a autoridade dos órgãos jurisdicionais, considerados emanação do próprio poder estatal soberano, impõe-se por si mesma, independentemente da vontade das partes ou de eventual pacto para aceitarem os resultados do processo. b) A nulidade da cláusula de eleição de foro, em contrato de adesão, não pode ser declarada de ofício pelo juiz, o qual, somente quando provocado, pode declinar de competência para o juízo de domicílio do réu. c) O direito brasileiro adota, quanto à causa de pedir, a chamada doutrina da substanciação. d) O princípio da inércia, um dos princípios basilares da jurisdição, não admite exceção. e) A competência é determinada no momento em que a ação é proposta; portanto, segundo o princípio da perpetuação da jurisdição (perpetuatio jurisdictionis), não há alteração da competência quando ocorrem modificações irrelevantes do estado de fato ou de direito efetuadas posteriormente à propositura da ação. Concurso: MPE-MG - 2010 - MPE-MG - Promotor de Justiça - 50º Concurso Fulano "A", residente em Belo Horizonte (MG), pretendendo adquirir imóvel para veraneio, interessou-se por uma casa localizada em Escarpas do Lago, Município de Capitólio (MG) (Comarca de Piumhi), pertencente à Construtora "B", sediada no Município de Divinópolis (MG). Acertado o preço para pagamento parcelado, os contratantes celebraram compromisso de compra e venda, contendo cláusula de eleição de foro, Comarca de Divinópolis (MG). Depois de quitado o preço, o promitente vendedor recusou-se a outorgar o domínio e, por isso, o comprador ajuizou ação de adjudicação compulsória no Juízo da Comarca de Belo Horizonte. De acordo com a jurisprudência dos Tribunais Superiores, marque a resposta CORRETA. a) O foro do domicílio do promitente comprador é o absolutamente competente, visto que a controvérsia envolve relação de consumo. b) Não há relação de consumo e, por isso, prevalece o foro do domicílio do réu. c) Mesmo havendo cláusula de eleição de foro, o promitente comprador não fica inibido de propor a ação em local diverso e, nesse caso, por se tratar de competência relativa, a modificação somente poderá ocorrer se o réu, por meio de exceção, arguir a incompetência. d) Trata-se de ação real imobiliária e, consequentemente, o foro competente é o da situação do imóvel, devendo o juiz, de ofício, reconhecer a sua incompetência. Obrigada!
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