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TÓPICO 01: PLANEJAMENTO Fonte [1] Foi visto na Aula 01 que a Administração compreende um conjunto de processos que se integram e se influenciam mutuamente visando alcançar metas organizacionais. Assim, existem quatro funções principais que são: planejamento, organização, direção e controle. A referidas funções são conhecidas como Processo Administrativo. Henri Fayol, definiu as funções do processo administrativo como Previsão, Organização, Comando, Controle e Coordenação, conhecidas como POCCC. Entretanto, nesta aula serão consideradas as funções conhecidas como processo administrativo, a partir da terminologia adotada pela abordagem neoclássica: planejamento, organização, direção e controle. PLANEJAMENTO Função administrativa responsável pela definição dos objetivos da organização e pela concepção de planos que integram e coordenam suas atividades, conforme mostra a figura. Fonte (Sobral e Peci (2007)) PROCESSO DE PLANEJAMENTO Processo de planejamento - é a ferramenta utilizada para administrar as relações com o futuro. O processo de planejamento faz com que os administradores se afastem da rotina operacional e se concentre no futuro da organização. TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO I AULA 03: PROCESSO ADMINISTRATIVO INTEGRADO Veja os seis passos do processo de planejamento: VERSÃO TEXTUAL Para onde queremos ir? Definição De Objetivos Onde estamos agora? Qual a situação atual O que temos pela frente? Quais as premissas em relação ao futuro Quais os caminhos possíveis? Quais as alternativas de ação Qual o melhor caminho? Qual a melhor alternativa Como iremos percorrê-los? Implemente o plano escolhido e avalie os resultados BENEFÍCIOS DO PLANEJAMENTO Proporciona senso de direção. Permite direcionar os esforços de seus membros para um objetivo comum. Focaliza esforços. Promove a integração e coordenação das atividades dos membros que compõem a organização. Maximiza a eficiência. Permite otimizar esforços e recursos organizacionais, ajuda a estabelecer prioridades evitando desperdícios. Reduz o impacto do ambiente. obriga os administradores a enfrentarem as mudanças ambientais. Define parâmetros de controle. Proporciona critérios de avaliação do desempenho organizacional. Atua como fonte de motivação e comprometimento. Identifica o papel que cada pessoa desempenha na organização, motivando e comprometendo seus membros. Potencionaliza o autoconhecimento organizacional. Busca conhecer o ambiente externo , suas ameaças e oportunidade. Fornece consistências Permite criar uma estrutura cognitiva que garante consistência entre as decisões e os resultados desejados. Conforme Sobral e Peci (2007) pesquisas têm demonstrado que o planejamento formal afeta positivamente o desempenho da organização. No entanto, os estudiosos alertam que ambientes turbulentos e incertos impedem o desenvolvimento de muitas alternativas de ação. Nessas condições, o planejamento formal não está associado a melhor desempenho organizacional. CRÍTICAS AO PLANEJAMENTO Não responde adequadamente aos desafios de um ambiente dinâmico Cria rigidez e inibe a flexibilidade organizacional Inibe a criatividade, a inovação e a ousadia TIPOS DE PLANOS Fonte (Sobral e Peci (2007)) PLANEJAMENTO POR NÍVEL ORGANIZACIONAL Fonte (Fonte: -- Sobral e Peci (2007)) Concluímos que o planejamento estratégico é um tipo de planejamento que abrange a organização como um todo, daí a razão de um aprofundamento do assunto nesta Aula. Lembro que este assunto será visto de forma mais detalhada no módulo 3, disciplina Administração Estratégica. LANEJAMENTO ESTRATÉGICO: atividade que envolve a definição da missão da organização, o estabelecimento de seus objetivos e o desenvolvimento de estratégias que possibilitem o sucesso das operações no seu ambiente (MEGGINSON et al. 1998) A figura a seguir ilustra o processo de administração estratégica, que inclui o planejamento, a implementação e o controle estratégico. Fonte (Fonte: -- Sobral e Peci (2007)) Processo De Administração Estratégica DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL ANÁLISE ESTRATÉGICA FORMULAÇÃO DE ESTRATÉGIAS IMPLEMENTAÇÃO ESTRATÉGICA CONTROLE ESTRATÉGICO DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL Consiste na identificação da situação atual e na definição da visão, missão, objetivos, valores; ANÁLISE ESTRATÉGICA Consiste na avaliação do ambiente externo, identificando ameaças e oportunidades e análise do ambiente interno, identificando os pontos fortes e fracos da organização; FORMULAÇÃO DE ESTRATÉGIAS Com base na análise estratégica do ambiente e da organização, a administração define novos objetivos estratégicos, revendo inclusive a missão e a visão; IMPLEMENTAÇÃO ESTRATÉGICA Processo de colocar em prática as estratégias definidas. Para garantir bons resultados os administradores de topo devem acompanhar o processo de execução do plano estratégico; CONTROLE ESTRATÉGICO Nesta fase os administradores monitoram a implementação avaliando se o desempenho da organização corresponde aos objetivos definidos e corrige desvios. Assim, para iniciar a construção do planejamento estratégico é imprescindível considerar alguns parâmetros organizacionais: MISSÃO Identifica a razão de ser da organização – ou seja, descreve suas atividades, o mercado-alvo, os produtos e serviços básicos e seus valores. VISÃO Define as aspirações da organização, onde se quer chegar. OBJETIVO Alvo ou situação que se pretende atingir. METAS Alvos a serem atingidos em curto prazo. Devem ser específicas, desafiadoras e realistas. POLÍTICAS Parâmetros ou orientações para tomada de decisão, ou seja, guias orientadores da ação administrativa. DIRETRIZES Princípios estabelecidos para possibilitar o alcance dos objetivos pretendidos. Como os objetivos são fins, as diretrizes servem para balizar os meios adequados para atingi-los e canalizar as decisões. ESTRATÉGIAS Caminho que a empresa utiliza para alcançar os objetivos. PROGRAMAS Atividades necessárias para atingir cada uma das metas. PROJETOS Trabalho a ser implementado com responsabilidade de execução, resultado esperado com quantificação de benefícios e prazos de execução preestabelecidos, considerando os seguintes recursos: humanos, financeiros, materiais e de equipamento, bem como as áreas envolvidas. PLANO DE AÇÃO Documento escrito com as etapas do trabalho a ser executado para o alcance de determinado objetivo. VALORES Crenças básicas que compõem a filosofia da empresa. NORMAS Regras para cada procedimento. CULTURA Manifestação comportamental da filosofia da empresa. Expressão de hábitos, costumes, crenças de todos que fazem a empresa. O planejamento, portanto, é a função que dá alicerce para as demais – organização, direção, controle - pois lida com o futuro da empresa. FONTES DAS IMAGENS 1. http://4.bp.blogspot.com/_FdxbzVi8xVU/SxUm1GDw1rI/AAAAAAAAA Oo/OIMVDDDu2IQ/s400/Planejamento+estrategico.jpg 2. http://www.adobe.com/go/getflashplayer 3. http://www.denso-wave.com/en/ Responsável: Professora Sueli Cavalcante Universidade Federal do Ceará - Instituto UFC Virtual TÓPICO 02: ORGANIZAÇÃO Fonte [1] No tópico anterior você viu que o planejamento é a base de todas as funções do processo administrativo. O planejamento define o que fazer, enquanto a organização define como fazer. A palavra organização tem duplo sentido, como se vê na figura a seguir Nesse contexto será visto a organização como função do processo administrativo: ESTRUTURA ORGANIZACIONAL Consiste na ordenação e agrupamento de atividades e recursos, visando o alcance dos objetose resultados estabelecidos. Especifica os papéis, as relações e os procedimentos organizacionais que possibilitam uma ação coordenada de seus membros. ORGANOGRAMA É a representação gráfica de estruturas organizacional, ou seja, é um gráfico que mostra a divisão do trabalho,definição de responsabilidade, autoridade e hierarquia e linas de comunicação. Cada organização desenha o seu organograma e utiliza a terminologia para os cargos que achar mais conveniente. TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO I AULA 03: PROCESSO ADMINISTRATIVO INTEGRADO Fonte (Fonte: -- Sobral e Peci, 2007) Estrutura organizacional: HIERARQUIA DEFINIÇÃO DE AUTORIDADE DEFINIÇÃO DE RESPONSABILIDADES AMPLITUDE DE CONTROLE HIERARQUIA Divide as autoridades de forma vertical, por nível. As pessoas que estão em qualquer nível têm responsabilidades e prestam contas para as que estão acima. Ex: os ministros do governo federal devem prestar contas ao presidente da República. DEFINIÇÃO DE AUTORIDADE É o direito de decidir e de dirigir pessoas e recursos organizacionais na execução das tarefas, tendo em vista o alcance dos objetivos da organização, ou seja, o direito de organizar e dirigir. Ex: guarda de trânsito; professor. Ela provém das posições e não das pessoas. DEFINIÇÃO DE RESPONSABILIDADES Refere-se à obrigação e ao dever das pessoas quanto à realização das tarefas ou atividades. A essência da responsabilidade é um compromisso – um compromisso assumido perante um superior de realizar as tarefas que lhe foram designadas. AMPLITUDE DE CONTROLE Refere-se ao número de colaboradores que estão sob o controle de um gerente. Quanto maior for a amplitude de controle menor será o número de níveis hierárquicos e menor será o número de administradores. Ex:, um gerente de marketing pode ter em sua equipe vendedores, pesquisadores de mercado, publicitários, promotores de vendas. Um chefe de departamento de um curso em uma universidade pública tem como amplitude de controle os professores lotados no departamento, bem como os técnicos administrativos. O elo entre a divisão do trabalho e os critérios racionais de organização das atividades reside nos conceitos de responsabilidade versus autoridade. Fonte (Fonte: -- Sobral e Peci, 2007) MODELOS DE ORGANIZAÇÃO Forma genérica estrutural que pode ser assumida por uma organização. Tipos ideais de modelos organizacionais: – Modelo mecanicista. – Modelo orgânico. A figura a seguir apresenta as características dos dois modelos organizacionais Modelos Mecanicistas Modelos Orgânicos • Tarefas bem definidas e elevada especialização ; •Hierarquia clara de controle e coordenação- burocracia ; • Prevalece a hierarquia nas relações internas ; • Estrutura verticais, como muito níveis hierárquivo; • Departamentalização funcional ; • A Comunicação é vertical e formal; 8226; Decisões centralizadas na cúpula; • Elevada formalização com muitas regras; • Reduzida especialização do trabalho, com redefinição contínua de tarefas; • Sistema estratificado de acordo com o nível de conhecimento especializado - tecnocracia. • Os laços internos são fluidos e em permanente mudanças; • Estrutura horizontais e achatadas ; • A comunicação é informal; • Decisões descentralizadas para a base; • Reduzida formalização, com poucas regras; • Os membros identificam-se e estão comprometidos com a • Os membros devem lealdade à organização e obidiência aos superiores; • Prioriza-se o desempenho de cada função. organização; • Prioriza-se os objetivos globais da organização. Na aula 4 – Composição organizacional e estrutural, você vai estudar com mais detalhes os elementos do processo de organização. FONTES DAS IMAGENS 1. http://www.das.ufsc.br/~nestor/cursos/matlab/matlab/Image57.gif Responsável: Professora Sueli Cavalcante Universidade Federal do Ceará - Instituto UFC Virtual TÓPICO 03: DIREÇÃO VERSÃO TEXTUAL A direção corresponde à terceira função que compõe o processo administrativo, antecedendo a função administrativa do controle. É importante mencionar que muitos autores utilizam outras denominações para a função, tais como: liderança e gestão de pessoas (Maximiano), Influência (Samuel Certo), liderança (Daft; Robbins e Couter; Bateman e Snell). A função direção está relacionada ao processo de guiar as atividades dos membros da organização para o alcance dos objetivos que foram traçados na atividade de planejamento. Portanto, a direção refere-se ao relacionamento interpessoal do administrador com os trabalhadores, por meio da comunicação, motivação e liderança. Como você já viu, no tópico anterior, não seria possível organizar os recursos e a estrutura se não existissem objetivos e planos. Da mesma forma, não seria possível dirigir de maneira eficaz os membros de uma organização se o que se pretende alcançar não estiver claro. Como se pode motivar uma pessoa se não estiver definido o que se pretende dela? Portanto, a função direção envolve: Tudo isso, visando compatibilizar os objetivos dos trabalhadores com o desempenho da organização. Dessa forma, a função Direção se constitui como uma função essencial para a consolidação das boas relações entre: Tal como as organizações, as pessoas são entidades complexas, cujo comportamento é difícil de prever e de controlar. Um dos principais desafios do administrador é compatibilizar os objetivos individuais dos membros de uma organização com o desempenho organizacional. TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO I AULA 03: PROCESSO ADMINISTRATIVO INTEGRADO Então, para o exercício da função DIREÇÃO torna-se necessário a compreensão da dinâmica do INDIVÍDUO e do GRUPO. As figuras a seguir apresentam as bases do comportamento individual e grupal nas organizações: Fonte (Fonte: -- Sobral e Peci, 2007) DIMENSÕES DO COMPORTAMENTO INDIVIDUAL ATITUDE PERSONALIDADE PERCEPÇÃO APRENDIZAGEM ATITUDE Representa as predisposições dos indivíduos perante objetos, pessoas, eventos ou situações. As atitudes mais analisadas são: satisfação no trabalho, envolvimento no trabalho e comprometimento. Ex. prefiro trabalhar em equipe, não gosto de regras no trabalho; PERSONALIDADE Características psicológicas relativamente estáveis que o caracteriza e diferencia de outras pessoas, e que se reflete no seu comportamento. Ex: pessoas competitivas, tímidas. PERCEPÇÃO Processo cognitivo por meio do qual as pessoas organizam e interpretam suas impressões sensoriais. APRENDIZAGEM Refere-se à mudança no comportamento como consequência da experiência. BASES DO COMPORTAMENTO GRUPAL Fonte (Fonte: -- Sobral e Peci, 2007) PAPÉIS Definem padrões esperados de comportamento. Ex. o papel desempenhado pelo administrador. NORMAS Padrões aceitáveis e desejados de comportamento. Ex. forma de vestir, pontualidade, níveis de produtividade. STATUS Manifestação do poder no âmbito do grupo e se refere à posição ou nível de um membro do grupo. COESÃO Definida como o grau de união e compartilhamento de objetivos entre os membros de um determinado grupo. Então, diante da exposição podemos afirmar que: A compreensão do comportamento organizacional é condição necessária para que as organizações possam prever e explicar o comportamento das pessoas na organização. As tarefas são realizadas por pessoas sob a orientação de um ADMINISTRADOR, cabe ao administrador a tarefa de compatibilizar os objetivos de ambos. Essa tarefa complexa é conhecida como MOTIVAÇÃO. CONCEITO DEMOTIVAÇÃO Pode ser entendida como a predisposição individual para exercer esforços que busquem o alcance de metas organizacionais,condicionadas pela capacidade de esses esforços satisfazerem, simultaneamente, alguma necessidade individual. (Sobral e Peci, 2007) . Sobral e Peci ( 2007) destaca três elementos na definição de motivação, veja a figura. Fonte (Fonte: -- Sobral e Peci, 2007) •Esforço – indivíduos motivados se esforçam mais, mas nem sempre na direção dos objetivos organizacionais; •Metas organizacionais - o desafio do administrador é canalizar os esforços individuais para o alcance das metas organizacionais, buscando a melhoria do desempenho do indivíduo no cargo; •Necessidades - a motivação é um processo que busca a satisfação de uma necessidade. A seguir, a título de conhecimento, citaremos as teorias da motivação e da liderança, lembrando que este conteúdo será visto no módulo 5, disciplina Gestão de Pessoas. Classificação das Teorias da motivação: PERSPECTIVA CONTINGENCIAL DA LIDERANÇA A essência das teorias da liderança contingencial é a idéia de que, para ser eficaz, o estilo tem de ser apropriado PERSPECTIVA COMPORTAMENTAL DA LIDERANÇA Foca não o que os líderes eram, mas o que eles faziam, tentando isolar as características comportamentais dos líderes eficazes. PERSPECTIVA DE LIDERANÇA BASEADA NOS TRAÇOS Foca na identificação desses traços: individuais dos líderes que os diferenciam de outras pessoas. Com base nas teorias algumas técnicas motivacionais contemporâneas podem ser aplicadas, na busca do aumento da produtividade e satisfação do trabalhador, veja a figura: Fonte (Sobral e Peci ( 2007)) 01: Relacionam-se com aquilo que está dentro de um indivíduo ou do ambiente que o envolve. ■ Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow. ■ Teoria ERC. de Slderfer. ■ Teoria dos Dois Fatores de Herzberg. ■ Teoria das Três Necessidades de McClelland. 02: Verificam como o comportamento é dirigido, mantido e encerrado. ■ Teoria da Expectativa. ■ Teoria da Equidade. ■ Teoria do Estabelecimento de Objetivos. 03: Busca compreender como as consequências de comportamentos anteriores influenciam as ações futuras. (Skinner) Apesar de todas as técnicas e teorias nem todos os administradores obtêm os mesmos resultados na motivação dos trabalhadores. Por isso a LIDERANÇA está diretamente relacionada com a direção e motivação. CONCEITO DE LIDERANÇA (SOBRAL E PECI, 2007, P. 216) Processo social de dirigir e influenciar o comportamento dos membros de uma organização, levando-os à realização de determinados objetivos ELEMENTOS DA LIDERANÇA: Perspectiva de liderança baseada nos traços: Foca na identificação desses traços individuais dos líderes que o diferencia de outras pessoas. Perspectiva comportamental da liderança: Foca não o que os líderes eram, mas o que eles faziam, tentando isolar as características comportamentais dos líderes eficazes. Perspectiva contingencial da liderança: A essência das teorias da liderança contingencial é a ideia de que, para ser eficaz, o estilo tem de ser apropriado. Estilos De Liderança - primeiros estudos efetuados por Kurt e seus colegas da Universidade de Iowa. AUTOCRÁTICO Muitas vezes, chamados de autoritários, são aqueles líderes que tomam decisões sozinhos sem permitir que seus seguidores participem delas. Esses líderes são muitas vezes comparados com um instrutor militar ou “sargento”. DEMOCRÁTICO Participativo: neste modelo de liderança ocorre a participação dos seguidores no processo de decisão. Usam o envolvimento grupal para estabelecer determinar as funções dos cargos. LAISSEZ-FAIRE Laissez-faire ou liberais: aqui temos os líderes frouxos e permissivos e deixam os seguidores fazerem o que querem. Veja o continuum de comportamentos liderança que variam de um estilo autocrático até um estilo laissez faire, como ilustra a figura a seguir. Fonte (Fonte: -- Adaptado Sobral e Peci, 2007) Na disciplina Gestão de Pessoas, módulo 5, você conhecerá de forma mais detalhada sobre motivação, liderança e gestão de equipe, entre outros assuntos. FONTES DAS IMAGENS 1. http://www.adobe.com/go/getflashplayer Responsável: Professora Sueli Cavalcante Universidade Federal do Ceará - Instituto UFC Virtual TÓPICO 04: CONTROLE CONCEITO Esforço sistemático de geração de informações sobre a execução das atividades organizacionais, de forma a torná-las consistentes com as expectativas estabelecidas nos planos, metas e padrões de desempenho. (Sobral e Peci, 2007,p.231). Para garantir o alcance dos objetivos organizacionais o controle tem duas atribuições essenciais, veja figura a seguir: Fonte (Sobral e Peci) Perceba caro aluno, que as funções planejamento e controle são intrinsecamente relacionadas. PLANEJAMENTO – especifica objetivos. CONTROLE - verifica se esses objetivos estão sendo atingidos. VEJA COMO ACONTECE O PROCESSO DE CONTROLE: Pode ser dividido em quatro etapas: estabelece padrões de controle, adquire informações para medir o desempenho, compara o desempenho, TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO I AULA 03: PROCESSO ADMINISTRATIVO INTEGRADO observados os padrões de controle preestabelecidos e, por fim, implementa medidas corretivas. Veja a figura a seguir. Fonte (Fonte: -- adaptado Sobral e Peci, 2007) O sistema de controle depende também do nível hierárquico e do tipo de planejamento. Assim, pode-se distinguir 3 níveis de controle: estratégico, tático e o operacional. Veja figura: Fonte (Fonte: -- Sobral e Peci, 2007) O controle do desempenho organizacional pode ser efetuado em 3 momentos diferentes, veja figura Fonte (Fonte: -- Sobral e Peci, 2007) Conheça agora os fatores contingências que influenciam a adoção de diferentes formatos do sistema de controle. VARIÁVEL ORGANIZACIONAL FORMATO DO SISTEMA DE CONTROLE PEQUENO PORTE DIMENSÃO DA ORGANIZAÇÃO Pessoal, informal, baseado na informação direta e em relatórios verbais. GRANDE PORTE Formal, impessoal, complexo e automatizado NÍVEL ORGANIZACIONAL ALTA ADMINISTRAÇÃO Critérios múltiplos de avaliação que privilegiam uma visão de conjunto da organização BASE OPERACIONAL Critérios simples e diretos, de mensuração mais objetiva. BASE OPERACIONAL CENTRALIZADA Menor número de controle e de critérios de avaliação DESCENTRALIZADAL Maior necessidade de informações e feedback, controles mais diversificados e abrangentes. CULTURA ORGANIZACIONAL PARTICIPATIVA Informal. COERCITIVA Autocontrole. ESTILO DE LIDERANÇA DEMOCRÁTICO Informal e definido de forma participativa. AUTOCRÁTICO Formal e imposto internamente. IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE ELEVADA Sofisticado e abrangente. REDUZIDA Informal e simples. Fonte (Fonte: -- Sobral e Peci, 2007) INSTRUMENTOS DE CONTROLE: Nós já vimos que as organizações são tidas como sistemas de recursos: humanos, materiais, financeiros, tecnológicos etc. Vimos também que buscam alcançar objetivos, que o desempenho organizacional deve ser avaliado pela eficácia na realização dos objetivos e pela eficiência na utilização dos recursos. Mas, sabemos que nenhum sistema de controle consegue dar conta de forma integrada de todas as atividades de uma organização. Assim, os administradores usam diferentes instrumentos e métodos de controle para lidar com a adversidade de atividades e elementos da organização. Veja na figura, alguns tipos de controles Fonte (Fonte: -- Sobral e Peci, 2007) Instrumento de Controle do Desempenho: CONTROLE FINANCEIRO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL – SIG AUDITORIA BENCHMARKING BALANCED SCORECARD - BSC CONTROLE FINANCEIRO Busca medir os impactos financeiros das atividades econômicas de uma organizaçãoou de uma unidade organizacional. Principais instrumentos de controle financeiro: demonstrativos financeiros, análise de índices e orçamentos. SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL – SIG Sistemas de apoio à decisão que fornecem ao gestor a informação regular de que ele necessita para tomar decisões, informam por meio de relatórios o que está acontecendo, indicam quais são os parâmetros de desempenho que permitem o alcance dos objetivos e auxiliam a decisão, propondo medidas de ação corretiva. AUDITORIA –verifica a adequação, a eficiência e a eficácia dos sistemas de controles da organização. –verifica a integridade e a confiabilidade das informações e registros. –verifica a eficiência, a eficácia e a economicidade do desempenho e da utilização dos recursos. –verifica a concordância entre as atividades realizadas com relação aos objetivos, planos e meios planejados. –mede os desvios detectados ou confirma a inexistência de problemas. BENCHMARKING Processo contínuo e sistemático que busca comparar práticas e métodos de trabalho de uma organização com os de outras organizações, de forma a identificar fatores que conduzam a um desempenho superior. BALANCED SCORECARD - BSC Sistema de controle administrativo abrangente que equilibra as medidas financeiras tradicionais com as medidas do atendimento ao cliente, os processos comerciais internos e a capacidade da organização para aprendizagem e crescimento. Fonte (Fonte: -- Sobral e Peci, 2007) OLHANDO DE PERTO Atualmente o BSC é uma das ferramentas gerenciais mais utilizadas no mundo. Uma pesquisa conduzida pela empresa de consultoria Bain revelou que 50% das maiores empresas norte-americanas e européias adotam o BSC como sistema de controle do desempenho. No Brasil, a Petrobrás, Siemens, Banco do Brasil, Aracruz Celulose e o Unibanco são exemplos de empresas que também utilizam o BSC para controlar o desempenho de suas atividades. (Sobral e Peci, 2007, p. 246). Até o momento, foi apresentado o processo de controle numa perspectiva instrumental e mecânica. Mas, sabemos que as organizações são formadas por pessoas e os sistemas de controle são elaboradas para restringir o comportamento das pessoas. Conclui-se que tudo depende das pessoas. A seguir apresentamos alguns aspectos comportamentais dos sistemas de controle TIPOS DE CONTROLE SOBRE PESSOAS • Controle formal: autoridade formal; • Controle social: pressão do grupo social ; • Controle técnico: pressão do próprio trabalho. RESISTÊNCIA AOS SISTEMAS DE CONTROLE • Provocada pelo sentimento de perda de liberdade. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO • Fornecer feedback a equipe é a principal finalidade. AUTOCONTROLE • É a técnica de controle de pessoas mais alinhadas com as modernas práticas de gestão. Fonte: Maximiano 2007, p.330. Sobral e Peci (2007, p. 255) comentam que a principal dificuldade no desenho e uso racional dos sistemas de controle está relacionada a dimensão comportamental. ATIVIDADE DE PORTFÓLIO EM GRUPO Pesquise sobre a Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow e trace uma relação com a motivação citando conceitos de outros autores. FONTES DAS IMAGENS Responsável: Professora Sueli Cavalcante Universidade Federal do Ceará - Instituto UFC Virtual
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