Buscar

Pre eclampsia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Pré- eclampsia
Fisiopatologia: 
A gravidez pressupõe o crescimento de um ser geneticamente diferente dentro do útero da mulher, uma vez que herdou metade dos genes do pai. Ela não rejeita esse corpo estranho, porque desenvolve mecanismos imunológicos para proteger o feto. Em alguns casos, porém, ele libera proteínas na circulação materna, que provocam uma resposta imunológica da gestante, que agride as paredes dos vasos sanguíneos, causando vasoconstrição e aumento da pressão arterial. Além da hipertensão, outra característica da doença é a perda de grande quantidade de proteínas pela urina, uma alteração no revestimento dos vasos sanguíneos dos rins que favorece esta perda.
Embora a fisiopatologia da pré-eclâmpsia ainda não esteja perfeitamente elucidada, os dados moleculares recentes confrontados com os estudos anatomopatológicos mais antigos orientam na direção de um esquema fisiopatológico constituído de várias etapas sucessivas. O esquema fisiopatológico clássico comporta os seguintes elementos:
· Revascularização uterina defeituosa (em grande parte associada a um defeito de invasão trofoblástica), responsável por hipoperfusão da câmara intervilosa
· Hipóxia placentária e tensão oxidativa, que induzem disfunção generalizada do sinciciotrofoblasto
· Disfunção do endotélio materno associada a diversas substâncias liberadas pela placenta na circulação materna (radicais livres, lipídios oxidados, citocinas, sVEGFR-1), originando os sinais clínicos da enfermidade.
A teoria da má adaptação imune sugere que a pré-eclâmpsia pode estar envolvida com um desbalanço Th1/Th2 prejudicial à gestação, com liberação de citocinas e fatores de crescimento na circulação materna. A presença desses mediadores parece desempenhar um papel na fisiopatologia da pré-eclâmpsia, resultando nos sinais clínicos da doença: a hipertensão e a proteinúria. Assim, este estudo pretendeu analisar diferentes vias metabólicas durante a gestação, a fim de tentar elucidar um biomarcar para a doença. Nossa hipótese é a de que moléculas relacionadas ao sistema inflamatório estariam aumentadas no plasma materno e na placenta de mulheres com pré-eclampsia e diminuídas no plasma fetal.
Diagnostico / sintomas 
A partir da 20ª semana é possível perceber os sintomas da pré-eclâmpsia como pressão alta, partes do corpo inchadas como rosto, pés, pernas e mãos além da dor de cabeça e também em alguns casos visão turva e estrelas de luz. Fora isso a gestante desenvolve perda de proteína pela urina que pode ser constatado através de um exame de urina solicitado pelo obstetra.
Caso o médico suspeite que a gestante tenha desenvolvido a pré-eclâmpsia, ele pedirá uma série de exames como por exemplo:
Exame de proteína (proteinúria) 24 ou 48 horas, que nada mais é do que toda a urina desse período de 24 ou 48 horas. A quantidade vai determinar se está ou não normal para seu organismo, pode variar de laboratório para laboratório, mas geralmente é um limite de 300 mg por 24 horas.
Plaquetas, normal acima de 250 mil
Ureia, Sódio, Potássio
É possível a identificação precoce de uma gravidez de risco para o desenvolvimento desta patologia através do Rastreio da Pré-Eclâmpsia no 1º trimestre. Este rastreio possibilita assim a obtenção de uma estimativa do risco de desenvolvimento da doença, antes que qualquer sinal ou sintoma apareça, condicionando a vigilância mais apertada da mesma, para uma precoce detecção e prevenção de eventuais complicações. 
O diagnóstico clínico desta patologia implica, na maioria dos casos, o internamento da grávida, por forma a garantir o necessário repouso, o controlo apertado da pressão arterial, bem como a prevenção das eventuais complicações, através da vigilância clínica, laboratorial e ecográfica da gravidez, para evitar qualquer complicação materna ou fetal. A Pré-Eclâmpsia, se não for diagnosticada, progride para a síndrome HELLP, complicação obstétrica com risco de morte. 
Tratamento 
 (*O tratamento definitivo é o nascimento do feto e a extração da placenta.) 
O tratamento para pré-eclampsia leve é o repouso da mãe deitada do lado esquerdo (acredita-se que essa posição ajuda na circulação sanguínea para o útero e rins), diminuição de sal na comida, aumento na ingestão de água e rigorosa vigilância pré-natal. Se precisar, o médico indicará anti-hipertensivos. Aguardar o parto espontâneo até 40 semanas.
Na pré-eclampsia grave geralmente a mulher ficará internada no hospital. A conduta é a mesma da pré-eclampsia leve, mas com controle mais intenso. Indica-se a interrupção da gestação, independente da idade gestacional, quando há maturidade, sofrimento fetal ou iminência de eclampsia.
São condutas tomadas em caso de eclampsia tratamento da crise hipertensiva, manutenção do tratamento anti-hipertensivo após o controle da crise hipertensiva e remédios (corticoides) para a maturação pulmonar na possibilidade de prolongamento da gravidez caso o feto esteja entre a 28ª e 34ª semana de gestação.
Prevenção 
Não existe uma fórmula para isso, mas um estilo de vida saudável pode ajudar bastante a reduzir alguns fatores de risco como a obesidade ou a hipertensão.
Por isso, tente fazer uma alimentação equilibrada e arranjar tempo para fazer um pouco de exercício, melhorando assim sua condição física e diminuindo o risco geral de desenvolver doenças durante a gravidez.
Além disso, se você estiver atenta aos sinais e tiver um acompanhamento correto da sua gravidez, as chances de ter uma gestação saudável aumentam consideravelmente.

Outros materiais